Cada dia que passa torna-se um
sofrimento maior ler os blogs e demais veículos de oposição ao governo
municipal, que pululam esperançosos pela cidade.
É óbvio que este governo
comete erros, tem falhas e pontos a reparar. Mas, diferentemente do anterior, o
saldo positivo é muito maior.
Na tarefa diária de se
informar sobre o que acontece ou pensam os midiáticos, deparamo-nos com
enormidades como um menino que – candidamente – convoca seus leitores para
formarem uma “Câmara Municipal Paralela”, uma aberração que apenas denota o
inconformismo de encontrar-se alijado do processo político pelo anacronismo de
suas ideias.
Sempre é bom que o povo tenha
um espaço onde possa expor suas necessidades, reivindicações ou mesmo elogios.
Mas aí cabe a pergunta: em um veículo tão sectário e radical quanto o referido
blog, haverá espaço ou liberdade para o elogio? E, se houver, o mesmo virá
solitário ou acompanhado de nota repleta de réplicas aterradoras?
A ideia de um espaço de
debates é excelente, mas chamá-lo de “Câmara” soa á insurgência, á revolta pura
e simples, cheira á hormônios estudantis em fúria e ao sentimento de saber-se
rejeitado.
Em outro blog, já veterano e
engordado pela longa e paquidérmica inércia de suas propostas, o autor dispara
sua metralhadora giratória contra tudo e todos: Deus, o diabo e até mesmo a
Terra do Sol. A amargura é a tônica, o deboche é o tempero e assim prossegue
bradando contra seu próprio fracasso, esquecido de que foi venal – teria se
entregado ao capitalismo? – ao retirar suas críticas ao evento Cabo Folia tão
logo recebeu patrocínio do mesmo em suas páginas.
Clama o decadente escriba
contra diversas secretarias do governo – algumas poucas que realmente
enfrentaram ou enfrentam problemas, como em qualquer gestão – e outras tantas que
nada mais fazem do que cumprir, com brilho, suas obrigações. Ele, em sua ânsia
de vândalo ideológico, as vitima com as balas perdidas de seus recalques
pessoais.
Exemplo? Gritou o citado
senhor contra a Secretaria de Cultura, afirmando que por lá haveria apenas
desocupados que nada fariam e, o mais das vezes, sequer apareceriam para
cumprir o expediente. Mas, com a característica esquizofrenia esquerdopata –
que já foi objeto de análise na postagem anterior – recusa-se a admitir o
sucesso retumbante do PROEDI, que deixou as instalações da Secretaria lotadas,
a ponto de serem distribuídas senhas e prorrogarem o prazo de inscrição. Varreu
da mente a realização da Conferência Municipal de Cultura, que norteou os
caminhos culturais da cidade e colocou Cabo Frio em condições de receber os
auxílios de programas federais e estaduais. Ignorou o lançamento da revista
Nossa Gente, editada pela mesma Secretaria, que é iniciativa pioneira na
informação cultural oficial do município. E por aí vai, em sua faina delirante.
Já outro blog, de um irado
senhor cuja única palavra que conhece é “vagabundo”, mescla-se com o blog
anterior em sua incapacidade de compreender o que um assessor de imprensa de um
governo tem de fazer, como dever de ofício. Na tosca, partidária e anti
democrática visão de ambos, um assessor de imprensa bom seria aquele que
esculachasse o governo para o qual trabalha. Ambos – que não são jornalistas –
desconhecem que o opinativo não tem vez nos releases oficiais e que obviamente
tais declarações referem-se ás realizações desta mesma gestão, e não podem ter
o caráter de análise política. Os estúpidos reivindicam editoriais por parte de
assessores e sequer conseguem entender que o comprometimento do profissional
também é ideológico – e portanto ele defenderá este governo em suas funções ou
fora delas. Para eles, idealistas só os do seu oligofrênico e patético
grupelho. O resto resumiria-se á um bando de aproveitadores. Mas já diziam os
antigos: “o gato que usa, acusa.”
Desconhecem os rudimentos da
democracia. Elogiam a força e intimidação como maneira válida, onde os fins
justificariam os meios. Praticam a perseguição pessoal quando percebem a contundência
de argumentos que desmascarem a podridão de seus objetivos egoístas e não é
outra a razão de atirarem pedras á Secretaria de Comunicação e á Secretaria de
Cultura, pois sabem que por lá anda alguém que os vê exatamente como são:
famintos de benesses, de poder pessoal, de privilégios, e que não hesitariam em
praticar os mesmos desvios de caráter exibidos em seus escritos, uma vez no
poder.
Vocês podem enganar estudantes
secundaristas cheios de ilusões, mas a mim, não.
Um encerra seu blog alegando
ser perseguido e, no mesmo instante o blog de seu alter-ego infla-se de uma
acuidade política que jamais teve, já que seu dono prefere o Kung-Fu ás urnas.
Uma vez de volta á blogosfera, o mesmo esvazia-se. Que coincidência!
Outro, critica todas as ações
e repartições do governo por onde seus desafetos andem. Criticou igualmente a
micareta em Cabo Frio, inúmeras, repetitivas e cansativas postagens que, por
encanto, sumiram para dar lugar á vistosos anúncios do Cabo Folia – vendeu-se
por 30 dinheiros.
Outro ainda, e bem mais
obscuro, vitimado por poderoso complexo de inferioridade, chama tudo e todos de
vagabundos, apela ao baixo nível e torna seu espaço um antro histriônico, um “Programa
do Ratinho” onde persegue e destila seu
ódio inesgotável contra tudo o que represente sucesso, alegria ou efetividade
na vida da cidade, que o esquecerá de maneira tão definitiva quanto ele não
consegue livrar-se do complexo de ser, intelectualmente, apenas um esforçado
medíocre.
Essa gente pouco fala sobre
democracia – a verdadeira, e não o sofisma pespegado em suas bandeiras
ditatoriais. Fingem não saber que o direito á reclamar tem como fronteira a
obsessão: ultrapassado este limite, despenca-se no ridículo daqueles que se
alimentam de polêmicas e todo o crédito se vai.
Essa gente ignora nosso
direito de ir e vir, do uso pacífico das ruas e gritariam – se pudessem – em nossos
ouvidos para nos convencer pela força: uma vez imbuídos de um objetivo, que se
dane o povo e sua vida normal. Que se dane quem tem conta a pagar no banco:
feche-o, faça-se a greve que depois pagaremos nossas dívidas com multa.
Suas vontades ditatoriais são
expostas claramente ao acusarem todos os que querem apenas seguir com sua vida,
cumprir seus compromissos, de “alienados”. Para eles, todos e cada um são
apenas massa de manobra, manipuláveis e moldáveis ao gosto de suas necessidades
políticas.
É uma gente que despreza o
povo – a “plebe ignara” que tanto repudia os acadêmicos (ou os que pensam ser),
e que enxerga apenas seu próprio ventre, faminto de privilégios e importância.
Sequer sabem que existe vida
além de suas esquizofrenias e irritações frustradas.
Walter Biancardine