quinta-feira, 23 de agosto de 2012



Walcyr Carrasco vence ação contra o 'Pânico'

Rio - A TV Bandeirantes terá que retirar do seu site e do Youtube qualquer imagem, caricatura e o nome do autor Walcyr Carrasco, inseridas no programa "Pânico". A decisão foi tomada pela 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio e divulgada nesta quarta-feira.
Segundo o autor, que já havia conseguido uma liminar com a determinação, o personagem que o representa no programa pelo nome de “Walcyr Churrasco” possui trejeitos afeminados com linguajar chulo, o que “não corresponde com a realidade”.
Para a desembargadora Elisabete Filizzola, relatora do processo, nenhum indivíduo pode ter sua imagem exposta sem autorização. “A liberdade de imprensa não pode ser exercida com desrespeito, seja em relação à coletividade que recebe a mensagem midiática, seja em relação a um cidadão, colocado em situação de absoluto constrangimento e ridículo. A circunstância de o agravante ser pessoa conhecida, autor de novelas da Rede Globo e escritor de livros e crônicas, não dá a ninguém – mormente um programa de televisão – o direito de utilização da sua imagem sem consentimento, ainda que com o fim de ‘entretenimento’”, ressaltou a magistrada.

Opinião -

Quantas vezes precisaremos falar que a censura está de volta, e a todo vapor?
Disfarçada sob a égide de “preservação da imagem”, “danos morais” entre outras desculpas frouxas e demagógicas de igual calibre, a mão peluda do moralismo demagógico avança sem barreiras, rumo ao controle total da mídia.
Qualquer pessoa que exerça atividades que, em consequência – voluntária ou não – torne-se uma figura pública (se querida ou não, muito conhecida ou apenas para iniciados, isso não vem ao caso) assume os riscos que essa exposição implica.
É demagógica e paternalista a postura de encarar os eventuais ônus dessa exposição sob o foco de que devem ser punidos. É afirmar, categoricamente, que para estas pessoas os riscos inerentes á fama não existem.
Por outro lado, a constância com que estas ações vem sendo impetradas – e ganhas – longe de educar o público, apenas o assegura que o Estado Todo Poderoso aí está, para tutelar os interesses de quem se sente pessoalmente ofendido pela liberdade alheia.
Assim, passo a passo, acostuma-se um povo que, em breve, achará perfeitamente normal o “Controle Social da Mídia”, como já proposto pelos talibãs petistas.
Há tempos bato na mesma tecla: estamos de volta à Era Medieval. A Santa Inquisição de setores radicais religiosos uniu-se ao falso moralismo de conveniência stalinista. Um governo cinza-chumbo deu as mãos ao “modus operandi” dos aiatolás, mas ninguém reclama.
Afinal, que censura é essa que deixa a novela Gabriela mostrar coleções e coleções de bundas na TV?
Meus caros, a lição é preciosa: o moralista libera a bunda para o povo para esconder suas mais sinistras ambições – essas sim, podres e imorais.

Por outro lado:
Romário ataca Mano: 'Você é imbecil. Pede para sair'
Rio - Romário partiu definitivamente para o ataque a Mano Menezes. Após o técnico da seleção brasileira dizer, em entrevista ao MARCA BRASIL, que o Baixinho é um aproveitador, o ex-craque não ficou calado e postou a resposta em seu site.
Mano retrucou Romário após saber das críticas que o Baixinho fez durante a campanha da Seleção na Olimpíada. E a troca de farpas esquentou. Nesta quarta-feira, Romário disparou contra o técnico, chamando-o de "imbecil" e pedindo a sua saída.

Opinião II -

Se o caro leitor não entendeu nada, vou desenhar:
Neste pais é proibido mexer com três coisas sagradas – futebol, carnaval e feriado. O resto, vale tudo.
Um programa de humor não pode fazer piadas – que já comportam a evidência do exagero em sí – mas uma personalidade pública pode engalfinhar-se em palavrório desbocado, estéril e sem nenhum proveito, que nenhum advogado ou juiz terá a macheza de fazer o que for.
É por isso que temos Lula, Dilma, Zé Dirceu e ainda trabalhamos como escravos 45% de nosso tempo apenas para pagar os tributos que sustentam essa gente.
Ô povinho sem-vergonha.




terça-feira, 21 de agosto de 2012


Batata quente

Publicou o Jornal Folha dos Lagos em 18 de agosto de 2012 a notícia que foi aprovada na Câmara Municipal de Cabo Frio, em regime de urgência, a Mensagem Executiva do Prefeito da cidade destinada a prover um substancial aumento de 60% nos salários pagos pela Prefeitura municipal.
Entretanto, o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração foi transformado, nas mãos da mídia servil, em um verdadeiro instrumento de chantagem, ao afirmar que outros candidatos teriam apelidado este plano de “batata quente”.
Em português claro ameaçam que, eleito qualquer candidato que não seja o oficial, o mesmo irá, certamente, descumprir a demagógica proposição governista.
Chantagem, pura e simples.
Esquecem-se os imorais arautos da midia situacionista que, ao apelarem para o que há de mais vil – a compra de consciências – não apenas jogam em nossa cara toda a torpeza da qual nos supõem capazes como, igualmente, demonstram não se libertar do arraigado hábito de adquirir votos, seja em dinheiro vivo, seja em pacotinhos bons pra cacête.
Servidores municipais certamente estão com salários achatados, e qualquer correção é mais do que justa. Mas é pouco provável que se sintam em igual situação de infelizes que são obrigados a trocar votos por televisões, dentaduras ou bujões de gás. Tal correção nos vencimentos teria sido inatacável e honesta se proposta, por exemplo, há um ano atrás – época em que os servidores estavam com os salários tão defasados quanto hoje.
Oferecê-lo hoje é má-fé, sôa como vigarice e chantagem.
É crer demasiadamente em coincidências para não enxergar um crime – ou mesmo heresia – eleitoral um prefeito decretar um aumento brutal em vésperas de eleição, e que só não causará um rombo nas contas da Prefeitura pelo fato de sermos – embora não pareça – uma das cidades mais ricas do estado.
Como a própria imprensa comprada afirma ao comentar declarações de adversários políticos,“ a lei foi chamada de “batata quente” por um dos candidatos à prefeitura da cidade. A postura pejorativa indica que, se eleito, o plano pode não ser integralmente cumprido e obedecido pelo político em questão (…) É clara a diferença de opções de governança.”, conclui o articulista, em sua ameaça velada.
Esquecem-se os continuístas de dizer ao seu público que Cabo Frio tem uma arrecadação brutal, que entupiu os cofres públicos com bilhões de reais e que dinheiro é o que não falta – nem jamais faltou nos últimos anos.
Se não houveram obras, melhorias, saúde, educação e infra estrutura, foi pela escassez política, nunca financeira.
Mas mesmo o esquecimento denota a má-fé, pois qual servidor não se perguntará o porquê de só agora, às vésperas de eleições, uma Prefeitura milionária se lembrar de seus sofrimentos?
É preciso urgentemente por um fim a tal prática sórdida, tão em voga em determinados setores da política cabo friense.



Servidores do Ministério Público Federal na Região dos Lagos estão em greve

Servidores do Ministério Público Federal estão em greve. Todas as audiências foram mantidas, de acordo com o sindicato que representa a categoria, desde de 2006 não há aumento nos salários dos servidores. As perdas já chegam a 46%. Nas unidades paralisadas, apenas 30% dos funcionários estão trabalhando para a manutenção dos serviços essenciais. No interior a paralisação atinge ainda as cidades de Macaé, Campos, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Itaperuna. Os servidores do Ministério Público Federal de São Pedro da Aldeia aderiram a greve nacional. A paralisação é por tempo indeterminado.
No Ministério Público Federal de São Pedro da Aldeia, dos nove servidores, apenas três estão trabalhando. São os 30% exigidos pela lei para manter os atendimentos de urgência, as audiências, por exemplo, estão normais. Foram mantidos também os habeas corpus, mandados de segurança, comunicação de prisão em flagrante, pedidos de liberdade provisória e busca e apreensão de pessoas e bens. Mas, cerca de 500 investigações, entre inquéritos policiais e civis públicos, devem ser prejudicadas.



RIO - Moradores da comunidade do Conjunto das Casinhas acusam a polícia de ter entrado atirando na favela. 

Na tarde desta segunda-feira, a família de Yasmin – morta por um tiro de fuzil em um confronto entre policiais e traficantes – conseguiu a certidão de nascimento e o atestado de óbito da criança, necessários para a liberação do corpo da vitima no Instituto Médico-Legal (IML).
O clima na rua onde a família de Yasmin mora é de medo. O delegado Reginaldo Félix, da 39ª DP (Pavuna), que investiga a morte da menina, disse que fará uma reconstituição do crime, mas espera a mãe, a ambulante Tereza Odete Bento de Moura, ter condições emocionais para realizar o procedimento.
A Polícia Militar, por meio de nota, informou que um blindado estava estacionado na Estrada do Camboatá com o objetivo de reprimir o roubo de veículos. Segundo o comunicado, “um motorista que passava pelo local avisou aos policiais militares que perto dali havia cerca de 30 de bandidos tentando fechar a rua”.
Com isso, ainda segundo a nota, os policiais do 41º BPM (Irajá) deslocaram o blindado até o local para checar a denúncia. Ao chegar ao endereço, eles teriam sido recebidos a tiros. Segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Carlos Eduardo Sarmento, os policiais militares não revidaram. Na mesma nota, a PM também lamentou a morte de Yasmin.
De acordo com vizinhos, a criança foi baleada após um carro blindado da Polícia Militar ter entrado na comunidade do Conjunto das Casinhas. Por volta de 23h30m, quando os tiros foram disparados, houve muita correria, e a criança ficou caída no chão. Após perceberem que a menina havia sido baleada, os moradores cercaram o carro blindado do 41º BPM, informaram que a criança estava ferida e pediram que os policiais a socorressem.
A mãe da criança carregou a filha nos braços até o carro blindado, que as levou até a UPA de Costa Barros, onde foi constatado que o tiro entrou pela nuca e ficou alojado na cabeça. A criança faleceu no Hospital Souza Aguiar, no Centro, para onde foi transferida com perda de massa encefálica. A mãe de Yasmim foi encaminhada para a 39ª DP pelo próprios policiais militares.
Funcionários da UPA relataram que, ao darem entrada na unidade, os PMs contaram que a criança havia sido baleada em um confronto entre traficantes de facções criminosas rivais. O padrinho de Yasmim, que pediu para ter a identidade preservada, contesta a versão e alega que os policias entraram atirando na comunidade e que não havia tiroteio.
No último sábado, o adolescente Elizeu Santos Trigueiro da Silva, de 15 anos, foi morto durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela do Arará, em Benfica. Em nota, a corporação afirma que o menor foi encontrado ferido numa da vielas da comunidade, mas parentes dizem que ele foi baleado pelos policiais. Os pais do menino, que foi enterrado neste domingo, pretendem processar o Estado.

Mãe de jovem morto em ação do Bope se solidariza com família de Yasmin

A mãe de Elizeu Santos Trigueiro da Silva, de 15 anos, morto durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela Parque Arará, em Benfica, na Zona Norte do Rio, na sexta-feira, Aurea Cristina da Silva Santos, de 40, mandou um recado para a família da menina Yasmin de Moura Camilo.
— Estamos juntos na dor. Se eles quiserem, vamos lutar juntos contra essa polícia — disse Aurea.
Parentes e vizinhos acusam PMs do 41º BPM (Irajá) de terem feito o disparo. O batalhão nega.
— Eu vou processar o Estado. Se eles (os pais de Yasmin) quiserem podem entrar na Justiça comigo. Vamos lutar juntos contra essa polícia. A gente não pode ver a história se repetindo todos os dias e não fazer nada. Esses PMs parecem que chegam às comunidades com o diabo no corpo — afirmou a mãe de Elizeu

Opinião - A quem interessa o fim do BOPE?

Desde os nefastos anos do governo Brizola no Rio de Janeiro, uma sistemática operação de desmoralização e desmantelamento da Polícia Civil e Militar está em curso.
É impossível não associar o slogan do então candidato Leonel - “Brizola na cabeça” - com tudo o que se viu depois: proibição da polícia subir morros, desaparelhamento, achatamento salarial, falta de treinamento e perseguição na mídia. 
O resultado disso é a guerra civil pela qual o Estado do Rio passa há quase 30 anos e que, a julgar pelas estatísticas, espalha-se pelo país. O crime foi preservado, protegido e amamentado. E agora é organizado.
Orientados por suspeitíssimos movimentos em favor dos “direitos humanos”, parentes de vítimas de balas perdidas sempre são por eles orientados a culparem a Polícia e processarem o Estado – até porque processar um traficante não só nada rende como, igualmente, colocará uma enxurrada de “balas perdidas” em toda a família enlutada.
Passado o momento de euforia inicial pelo sucesso do filme “Tropa de Elite” - espinho que atravessou muitas gargantas coroadas do governo – entendeu o sistema que é hora de atacar e desmoralizar o até então super treinado e inatacável Batalhão de Operações Especiais – BOPE.
As denúncias já começaram e o leitor pode esperar: é só uma questão de tempo até se saírem com a acusação de que algum integrante desta tropa integrava quadrilhas, traficava ou era assassino de aluguel.
A quem interessa o fim da polícia?



Paquistão: menina de 11 anos pode ser condenada à morte por blasfêmia
Jovem, que teria Síndrome de Down, disse ter queimado páginas do Alcorão por acidente

ISLAMABAD - Uma menina de 11 anos, que teria Síndrome de Down, pode ser condenada à pena de morte no Paquistão sob a acusação de blasfêmia, por queimar cerca de 10 páginas do Alcorão. Segundo Qasim Niazi, policial responsável pela delegacia local, a jovem, que vive em um bairro pobre cristão, é analfabeta e disse que não sabia que destruíra páginas do livro sagrado.
De acordo com a lei paquistanesa, crimes de blasfêmia são punidos com execução. No entanto, em comunicado divulgado pela Presidência do Paquistão no domingo, o governo ressaltou que a menina, identificada como Ramsha, teria utilizado o material para cozinhar sem saber o que estava escrito nele, fato que pode salvá-la. Ela foi denunciada por um morador local e policiais encontraram em sua casa - no bairro de Mehrabadi - uma sacola plástica com diversos papéis, entre eles textos sagrados para os muçulmanos.
Segundo Niazi, Ramsha foi levada para a delegacia e tinha muita dificuldade para falar. A ONG Cristãos no Paquistão divulgou que a jovem teria Síndrome de Down, mas a informação não foi confirmada pelo governo. Após a divulgação do incidente, cerca de 150 pessoas realizaram um protesto no local, ameaçando “queimar a menina e dar a ela uma lição”, mas a situação foi controlada pela polícia, disse Niazi.
Temendo serem atacados, cerca de 600 pessoas de famílias cristãs da comunidade deixaram o local. Em um comunicado, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, pediu uma investigação urgente do Ministério do Interior e disse que as minorias da sociedade paquistanesa devem ser protegidas de “qualquer uso errôneo da lei da blasfêmia”.
“A blasfêmia não deve ser tolerada, mas ninguém deve utilizar de forma errada a lei da blasfêmia para satisfazer objetivos pessoais”, disse Farhatullah Babar, porta-voz do presidente.
Policiais, que não quiseram ser identificados, disseram ao “Daily Mail” que a acusação contra a jovem pode ser retirada assim que as apurações sobre o caso forem concluídas e a tensão popular diminuir. Ativistas de direitos humanos denunciam que a lei da blasfêmia tem sido diversas vezes utilizada para perseguir minorias religiosas no país.
O Paquistão é a casa de cerca de 2 milhões de cristãos, que representam mais de 1% da população, segundo dados do governo. Em alguns casos, segundo a legislação paquistanesa, um insulto ao Islã, ao Alcorão ou ao profeta Maomé pode ser punido com a pena de morte.
No ano passado, o ministro de Relações das Minorias no Paquistão, Shahbaz Bhatti, foi assassinado depois de ter pedido por uma reformulação da lei da blasfêmia. Dois meses antes, o governador da província de Punjab, Salman Taseer, foi morto dias após de ter feito declarações sobre a polêmica legislação.

Fonte: G1

Opinião:
Cresce, assustadoramente, a mentalidade medieval no planeta.
Não se trata de um fenômeno local e sim de uma verdadeira onda de fundamentalismo religioso que tenta sufocar a ciência, a moral, o progresso, a sociedade e os costumes em todo o planeta.
No Brasil temos focos de fanatismo neo-pentecostal, que tentam impor conceitos sociais do século XVIII e mesmo revogar Darwin nas escolas.
Impor Adão e Eva a crianças é de uma torpeza só comparável a lavagem cerebral da extinta Juventude Hitlerista.
Que vozes renascentistas se levantem a tempo, antes que nos precipitemos na mais negra inquisição.



Cantor Scott McKenzie morre aos 73 anos
Intérprete da canção 'San Francisco' estava em casa no momento da morte.
Ele tinha síndrome de Guillain-Barre, doença que afeta o sistema nervoso.

O cantor americano Scott McKenzie, famoso pela canção "San Francisco (Be sure to wear flowers in your hair)", um hino da contracultura da década de 1960, faleceu em Los Angeles aos 73 anos.
"É com profunda dor que informamos a morte de Scott McKenzie em LA em 18 de agosto de 2012", afirma um comunicado divulgado no site do artista. "Scott estava muito doente ultimamente e sua morte aconteceu em casa, depois de duas semanas no hospital", completa.
Segundo o site, Scott foi internado várias vezes desde 2010, depois que foi diagnosticada a síndrome de Guillain-Barre, uma doença que afeta o sistema nervoso. "San Francisco" foi escrita por John Phillips, o líder do grupo The Mamas and the Papas, mas foi interpretada por McKenzie.
McKenzie também escreveu ao lado de Phillips, Mike Love e Terry Melcher o sucesso dos Beach Boys "Kokomo"

segunda-feira, 20 de agosto de 2012



A repressão governamental contra aqueles que expõem publicamente suas opiniões não é um triste privilégio exclusivo do século passado.
Experimentamos hoje um inacreditável retrocesso da mão pesada do Estado, praticamente ressuscitando o "crime de opinião" ao dar cínica guarida judicial aos inúmeros processos civis sob a acusação de danos morais, difamação e calúnia, sem atinar em suas verdadeiras motivações políticas e censórias.
Não foi outra a razão da prolongada hibernação de nosso jornal: criticando uma decisão da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que deu ganho de causa ao prefeito de Cabo Frio em um processo que litigava contra Alair Corrêa, tivemos nossa palavra cassada por ilegítima interpelação deste prefeito - arvorado em defensor do Poder Judiciário fluminense contra nossas supostamente danosas considerações.
O processo contra nós teve o destino que merecia: a lata de lixo, arquivado por ilegitimidade do autor.
O Poder Judiciário não precisa que ninguém o defenda, é soberano e não carece de protetores - auto intitulados ou nomeados como "sinônimos" do mesmo por algum nefasto político.
O leitor há de perdoar nossa prolongada ausência - muito maior do que a suficiente para recompor-nos de tal atribulação - mas não podemos fugir à verdade, admitindo profundo desencanto que nos dominou durante todo esse tempo e paralisou nossas atividades de maneira muito mais grave que quaisquer arreganhos absurdos de coronéis provincianos.
O Opinião está de volta, este é o fato.
E desde já podemos assegurar àqueles que buscam nossas páginas que este é apenas um primeiro passo, em busca de destinos maiores no coração do povo da Região dos Lagos.
Quem viver, verá!


Um raciocínio vale mais que mil fofocas

É público e notório o fato da pouca mídia que apoia o candidato neo-marquiniano despender um esforço considerável em busca de alvos para suas balas de festim.
Sem nenhuma noção do que seja jornalismo, passando ao largo da mais comezinha verdade que nenhum candidato ganha ou perde uma eleição por passar trote ao vizinho, conversar com adversários políticos, pedir um café fiado ou mesmo sair às ruas calçado com uma meia de cada cor, perdem-se os atônitos da tropa de choque neo-marquiniana-ortopédico-stalinista em futriquinhas de comadre e cochichos sobre os mais diversos assuntos – menos sobre o único que interessa ao eleitor: que diabos fará o seu candidato, caso saia vitorioso.
Tal é a contradição genética da surreal candidatura, que o slogan já funciona quase como um pedido de desculpas - “vai ser diferente”.
Como diz Lula, o filósofo, nunca antes na história deste país um sucessor apontado pelo governo montou uma campanha prometendo ser diferente de seu antecessor.
Por outro lado, na ausência de vida própria em seus – vá lá – projetos de governo, agarram-se à figuras que imaginam terem algum poder sobre o eleitor, tais como o sr. Governador e alguns tribunos de desempenho desbotado. Agarrar-se à um governo cada dia mais impopular como o que temos no Estado do Rio é, evidentemente, um ato de desespero.
De fato, tantas são as atitudes com viés claramente desesperado que a única esperança que um eleitor pode supor que eles possuam seja o uso da máquina governamental – em escala municipal e estadual, graças as tais “alianças pela integração entre os governos”. Nome bonito.
Em nenhum momento apresentam planos de governo, propostas, projetos.
Limitam-se as futricas de botequim, como se uma candidatura naufragasse pelo fato de seu desafeto ter errado um pênalti, por exemplo.
Arrogam-se de arrastar multidões aos seus comícios e apontam supostos desertos nos comícios adversários, em um clima de “já ganhou” que, paradoxalmente, dispensaria qualquer propaganda. Ora, pela lógica bastaria que seu candidato sentasse na poltrona e esperasse a vitória, tão proclamada como certa por eles. Então, por que tanto esforço, gasto de dinheiro e comemorações surreais?
E nem mesmo nas futricas conseguem ser originais. Basta verificar em um dos poucos veículos que apoiam os neo-pacotinhos-bom-pra-cacete uma suposta piadinha que seu autor deve ter achado supimpa: lá, o neófito compara um blogueiro desafeto ao personagem Forrest Gump.
Meu filho, eu te perdôo pela sua pouca idade. Esta comparação foi feita originalmente por mim anos atrás, no apagar das luzes do desastroso governo de Toninho Branco, em Armação dos Búzios.
Enfim, nesta época provavelmente suas leituras se resumiam aos gibis e mangás. Não é culpa sua desconhecer a história.
O fato é o seguinte, a candidatura adversária não possui:
  • Projeto de governo exposto de forma clara, detalhada e compreensível
  • Explicação para o fato de buscar uma aliança evidentemente espúria, ao lado de quem sempre – não ocasionalmente, mas sempre – criticou
  • Legitimidade, pelo sofisma evidente em seu nascedouro
  • Propostas maiores que fofocas sobre seu adversários
De fato, não se trata de uma candidatura. É um projeto de continuísmo a todo custo, emprenhado do mais profundo sentimento de vingança contra o único candidato com tradição política, propostas concretas e – fundamentalmente – que não pertence ás elites que dominam a cidade desde que Américo Vespúcio ainda nem sabia nadar.
Resta-nos imaginar que fascínio exerce o poder sobre os seres humanos, ao ponto de renegarem todo seu passado – até mesmo o recente – em troca de alguns anos daquilo que ele, ingenuamente, imagina ser o “Mando”.
Que o destino nos poupe de uma dinastia de fantoches na cadeira de prefeito.

Pois é, amigo leitor – estamos de volta!
E, tal qual um desembarque nas costas da Normandia – aquela mulata gostosa que mora alí atrás da padaria – já chegamos em meio à uma saraivada de balas fofoquísticas entre os principais candidatos ao cargo de Síndico, em nosso ensolarado condomínio.
Fred Flintstone e Barney Rubble disputam a cadeira que antes pertencia a Tim Maia – o síndico – mas fora ardilosamente usurpada por Sorriso, o garí, que limpou as gavetas do caixa e se mandou pra Londres, mode dar uma sambadinha no encerramento das Olimpíadas.
Enquanto os defensores de Fred fazem coro em seu grito “Viiiiillmaaaa!”, os apaniguados de Barney quebram a cabeça pra tentar arrumar um jeito de explicar como diabos seu candidato foi aceitar o apoio dos Irmãos Rocha, da Corrida Maluca, ao invés de compor com Penélope Charmosa – sem dúvida, uma companhia bem mais agradável.
Neste miserê ideológico, nem mesmo o Capitão Caverna ousou botar o nariz pra fora. Ficou quietinho em seu canto, mas ultimamente corre à boca miúda que estaria arrependido de ter se esquivado da troca de tacapes.
De divertido nisso tudo só a guerra de hieróglifos entre os escribas de um e outro lado. Dino da Silva Sauro gasta lascas e lascas de precioso granito esculpindo fofoquinhas bibas – como diria Gronk, PhD em Paleontologia local – enquanto de outro esta coluna evoca todo o seu poderio (derrubou 3 ditaduras, acabou com 8 guerras no Oriente Médio, pacificou os morros cariocas e foi voto de minerva no concurso da Periguete Mais Galinha de Xambiobá) para revidar os golpes de borduna adversária.
Entenderão meus 7 leitores que estou recém-chegado, e mais não posso esmiuçar.
Prometo, entretanto, aprofundar-me nas dobras e reentrâncias da campanha ora em curso para trazer novas fresquinhas, delicadas e criadas pela avó, para vocês.
Até breve!

Assis Jatôubrigando