quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A VELOCIDADE TERRÍVEL DA QUEDA – A mão que nos segura


Circunstâncias particulares terríveis e a falta absoluta de patrocinadores patriotas impeliram o OPINIÃO á única saída: cessar suas publicações. Mas houve uma reviravolta.

Por vezes acontecem coisas que escapam ao domínio frio da lógica e esbarram na mais humana das solidariedades: a força, mais uma vez dada por um idealista. E este idealista chama-se João Luis Woerdenbag – Lobão, para os íntimos.

Em conversa privada no Twitter, Lobão mostrou ao OPINIÃO a importância desta “micromídia”, composta por blogueiros, redes sociais, youtubers, que desbancaram o monopólio da verdade até então mantido pelas grandes redes de comunicação.

Isso não significa que o consagrado roqueiro saia por aí apoiando qualquer boateiro ou mentiroso que apareça na internet: não, pelo contrário. Lobão é seletivo, e ainda que menos o fosse, um mínimo de lógica avisa qualquer leitor da possibilidade de estar diante de uma notícia falsa.

Mas Lobão não se limitou a mostrar nossa importância, ele também nos lembrou do momento crítico que vivemos e que somos nós – a micromídia – quem impele o povo ás ruas por um país melhor e honesto. E isso nos retira o direito de nos calarmos.

Isso também evidencia o medo que ainda domina grande parte do empresariado nacional e local, pois graças á Lobão e seu apoio, uma pequena publicação como a nossa já conseguiu mais de 21 mil acessos em uma única matéria! E se tal repercussão não atrai patrocínios, é porque – desculpem o trocadilho – há algo a temer.

Em nome deste trabalho de formiguinha que milhares de nós fazemos, em nome da força e influência que conquistamos e em honra de abnegados como Lobão – que certamente sente na carne os prejuízos impostos pela grande mídia á sua postura – o OPINIÃO continuará no ar!

Walter Biancardine

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

OPINIÃO ENCERRA SUAS ATIVIDADES


O fim de uma luta

O Opinião surgiu em 2009, após minha saída da Rede Lagos de jornal e TV.

Sentí, naquela época, a necessidade de continuar lutando pela cidade que acreditava, ainda mais com a recente eleição de um prefeito que não era de meu agrado, e esta postura sempre foi clara.

Começamos como jornal papel, mas nenhum anunciante quis associar sua marca a um veículo opositor. Saímos das bancas e fomos para a internet – á época, ainda um insípido meio de comunicação – e lá construímos nossa história.

Com linguagem aberta e objetiva, posturas claras e nunca ficando em cima do muro, conquistamos vitórias ao longo dos anos. Revelamos a baixeza sindical em Cabo Frio, os conluios políticos, o oportunismo de ambiciosos candidatos á vereança – e a tal ponto de sucesso chegamos que o prefeito opositor nos processou, sindicatos tentaram bloquear nossas páginas nas redes sociais e na internet, armadilhas foram preparadas em programas de entrevistas e mais um longo e tedioso rol de armações ao longo destes oito anos de luta, sem patrocinadores ou apoios de qualquer espécie.

Neste meio tempo e com o agravamento da crise política em Brasília, entramos também nesta briga defendendo o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef e a prisão dos ladrões que saquearam o país.

Conseguimos o apoio do cantor Lobão, dos políticos Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, bem como uma pequena mas expressiva e influente lista de nomes conhecidos Brasil á fora.

Para nosso pequeno tamanho, foi motivo de alegria termos mais de 21 mil acessos num só dia em nossas matérias, mas mesmo assim continuamos trabalhando por idealismo – sem patrocínio, sem apoios próximos, sem incentivos.

Criamos nosso canal no You Tube onde postamos vídeos jornalisticos opinativos, bem como nos espalhamos pelo Twitter, Google+, The Real Talk, Facebook e até mesmo Instagram.

É evidente que ao longo de quase uma década de luta conseguimos reunir uma pesada lista de inimizades e ódios, ao ponto de sermos chamados de “câncer da mídia” em decorrência de nossas posições políticas e sociais.

E tudo isso, um dia, certamente iria pesar. E agora pesou.

Toda essa luta, todos os ódios que angariamos, o nenhum apoio que tivemos além da leitura amiga de nossos seguidores, tudo isso sem obter um só resultado positivo.

Mesmo o grupo político que apoiamos em nossa cidade, ao chegar ao poder, revelou-se de uma inépcia avassaladora e nos envergonhou por termos defendido por anos um grupo que se auto-destruiu em nome da ambição – e com ela levou o município junto.

O balanço que fazemos após tudo isso, é negativo e está na hora de parar.

Idealismo não paga contas, não nos dá casa e comida e certamente saio disto tudo muito mais pobre que entrei – caso único na política e jornalismo locais.

Esta é a última postagem do Opinião – o ambicionado nome que tantas vezes tentaram roubar de mim. Sem nenhum resultado real na vida de Cabo Frio ou na política brasileira, somado á minha própria deterioração fisica e material, resta a resignação e o silêncio.

E a torcida, para que surjam outros com mais dinheiro, saúde, apoio e competência para levar esta tarefa adiante, sem que para isso precisem destruir a própria vida pessoal.

Agora é hora de buscar novos rumos, procurar o sustento do suor nosso de cada dia.

E virar, definitivamente, a última página do Opinião.

Muito obrigado á todos!

Walter Biancardine.

sábado, 7 de janeiro de 2017

GLOBONEWS DOUTRINÁRIA: E NÓS PAGAMOS PARA VER -

Esta cena está sendo usada como vinheta pela GloboNews e é repetida incessantemente

O comportamento da emissora de TV a cabo GloboNews ultrapassou ultimamente todas as medidas do razoável, assemelhando-se algo entre o desespero e a doutrinação político-partidária.

Suas vinhetas transformaram-se em propaganda ideológica, fora a pregação explícita e ofensiva que coloca o presidente dos EUA recém-eleito, Donald Trump, como o sucessor de Adolf Hitler, em uma agressividade de comportamento jamais vista nesta ou em qualquer outra emissora.

Em seus programas - os acertos de conta nos presídios, por exemplo - a GloboNews coloca no ar um programa do Fernando Gabeira em que, ao passar estatísticas do número de mortos por armas de fogo no Brasil, a imagem que passa ao fundo é de viaturas da PM e do BOPE - ou seja, uma primária e evidente afirmação subliminar da inocência do preso, da culpa da PM e das teses da esquerda: quem mata 60 mil pessoas por ano é a PM.

E isso é apenas UM exemplo.

Do mesmo modo, vinhetas que são apenas texto chegam a chocar pois mais parecem slogans de propaganda eleitoral e nem valem ser comentadas.

Algo de muito profundo mudou nas Organizações Globo desde a morte de Roberto Marinho - que, se não foi dos mais conservadores, ao menos tinha a consciência de não deixar sua obra transformar-se em trincheira partidária, como seus herdeiros o fazem.

Noticiários omitem informações importantes, que contrariam a tese das "vítimas da sociedade" ou a sujeira esquerdista.

Programas evidenciam o partidarismo convidando apenas uma só pessoa, ou grupo coeso em suas opiniões, aparentando que o mundo real é como prega a esquerda.

A agressividade ideológica, entretanto, contrasta gravemente com o comportamento fútil, primário e descontraído em excesso de seus repórteres e apresentadores. Estamos a ver notícias ou um show? É para se informar ou distrair?

Ou é para que a doutrinação seja feita de forma suave e sem resistência?

Definitivamente, este canal perdeu-se em seu desespero, e se você não acredita, dispa-se de seus hábitos e o assista com olhar crítico - ou pior: abaixe o volume da TV e veja só as imagens.

Você se sentirá um bobo enganado.