Enquanto outros se
calam, ele fala -
Primeiro político da Região dos Lagos a falar mostra seu apoio á segurança
Primeiro político da Região dos Lagos a falar mostra seu apoio á segurança

O Rio
de Janeiro e todo o resto do Brasil acordou com a surpreendente
notícia da decretação de intervenção Federal no Estado do Rio,
após um vergonhoso recorde de bandidagem explícita neste carnaval.
Na
verdade a intervenção já se desenhava há muito, em um estado
corroído pelo roubo de cima á baixo, com bandidos eleitos pelo povo
e outros vindos desta mesma população sofrida.
O fato
é que a reforma da previdência impedia esta decretação, pois ela
exige reforma constitucional – o que a Constituição veda que seja
feito, em caso de qualquer tipo de intervenção federal.
Com a
derrota certa no Congresso, o governo Temer acabou tomando uma medida
correta, ainda que por motivos errados, e que pode livrar o Rio de
Janeiro de um câncer que o consome desde os tempos do falecido
governador Leonel Brizola – que impediu a PM de subir morros e
permitiu que traficantes se armassem melhor do que exércitos de
pequenos países.
A intervenção na Região
dos Lagos – O que Alair falou:
Na
Região dos Lagos – polo turístico do estado e acossada pela
inegável presença de traficantes nativos, de outras cidades e até
de outros estados – a notícia da intervenção teve o dom de
deixar os políticos locais mudos, seja por medo de correlações
entre a intervenção e a operação Lava Jato, seja por pura e
simples culpa no cartório, com exceção de Alair Corrêa.
Conhecido
por sua sinceridade contundente, sem meias palavras, o veterano
idealizador da Cabo Frio moderna concedeu esta entrevista ao OPINIÃO,
mesmo sabendo que o site do jornal ainda está em construção mas,
igual ao que ele mesmo sente, sem podermos nos esquivar de tais
acontecimentos.
AC – Alair Corrêa
OP – Jornal Opinião
OP –
O senhor concorda com a intervenção federal no Rio de janeiro?
AC –
Quero dizer de início que vejo com muita tristeza esta intervenção,
mas pela fraqueza do governo estadual, tal providência teve de ser
tomada. Jamais imaginei que o estado onde moro, onde trabalho, onde
criei meus filhos chegasse a uma situação dessas. Entretanto esta
tristeza que sinto poderá terminar em alegria, se o governo federal
tiver êxito e conseguir livrar o Rio desta situação terrível.
OP –
O senhor considera a intervenção uma necessidade, um ato político
ou ambos, visando o ano eleitoral?
AC –
O lado político certamente veio no carnaval, com aquele boneco do
Temer fantasiado de vampiro pelas escolas de samba, com as imagens
que rodaram o mundo inteiro! Aquilo certamente o motivou de uma forma
espetacular (risos)! Mas falando mais objetivamente, com certeza a
figura de um Presidente da República vestido de vampiro, com malas
de dinheiro e mais escândalos de corrupção mostrados pelos enredos
que foram espalhados nas tevês de todo o planeta certamente tiveram
um peso principalmente porque, no fim das contas, acabou-se culpando
este governo por toda uma situação de corrupção que já acontece
há anos.
O fato
é que a segurança pública é hoje a maior e principal demanda do
povo brasileiro e é inegável este fator na corrida eleitoral. Temer
se livrou de uma carga incômoda – a reforma da previdência –
substituindo-a por outra, muito mais popular – a segurança, onde
até adversários políticos mostraram seu apoio. Não tenho certeza
se a intervenção resolverá, mas como pai de família fico feliz
por ter a esperança de dias melhores.
OP –
As cidades da região seriam alvos específicos desta intervenção?
Afinal, Paratí se transformou em rota do tráfico internacional de
drogas e o litoral sempre foi suscetível a este tipo de crime.
Ocorreria uma migração do crime para cá, tal como na época das
UPP's?
AC –
Não consegui ainda apurar com certeza se o Exército estará sozinho
nesta, ou se Marinha e Aeronáutica também participarão. Com
relação á migração do crime, temos uma unidade do Exército em
Macaé e a Base Aeronaval da Marinha em São Pedro da Aldeia e na
extensão destas operações destacamentos da Marinha poderiam ocupar
locais como o Morro da Coca Cola em Arraial, Vinhateiro em São
Pedro, o Manoel Corrêa aqui em Cabo Frio e muitos outros, onde
bandidos podem se esconder e forçar a população a aceitar que
vendam suas drogas, sob a mira de armas. Nós poderíamos nos
beneficiar destes contingentes, mas realmente não sei ainda se serão
as três armas ou apenas o Exército que atuará.
OP –
Alguma recomendação sobre a situação?
AC -
Falando por mim, eu apoio a intervenção, embora me cause tristeza.
Mas já passamos da hora de podermos andar nas ruas pelas quais
pagamos, de desfrutarmos de uma cidade, de um estado, de um país que
é nosso! Nós somos os donos, não os criminosos! Os criminosos são
os que devem se esconder, não nós – e digo todos, todos os
criminosos: dos que andam armados de fuzis aos que usam terno,
gravata e mandatos.
O
melhor conselho que posso dar é que todos colaborem, pois milagres
não existem neste sentido. Confie em Deus, peça sua proteção mas
ajude a Polícia, ajude as tropas, denuncie, participe, pois não
podemos ficar sentados, esperando que tudo se resolva sozinho.
NOSSA OPINIÃO:
NOSSA OPINIÃO:
O Jornal Opinião observa que o ex
prefeito Alair Corrêa declarou seu apoio á intervenção, mas teve
a cautela de não entrar na análise do teor do decreto.
Afirmamos que a presença militar no Estado é urgente, necessária para impor respeito e freios á marginalidade mas, por si só, não surtirá efeitos definitivos.
O mesmo clamor popular que mudou o Brasil - da queda de Dilma Roussef á Operação Lava Jato - deve se erguer agora exigindo uma legislação penal DURÍSSIMA contra crimes, sem progressão de regime, sem indultos ou mesmo - e principalmente - sem audiências preliminares.
Afirmamos que a presença militar no Estado é urgente, necessária para impor respeito e freios á marginalidade mas, por si só, não surtirá efeitos definitivos.
O mesmo clamor popular que mudou o Brasil - da queda de Dilma Roussef á Operação Lava Jato - deve se erguer agora exigindo uma legislação penal DURÍSSIMA contra crimes, sem progressão de regime, sem indultos ou mesmo - e principalmente - sem audiências preliminares.
Enviar soldados á guerra civil
brasileira sem a retaguarda jurídica adequada é como mandar uma
tropa sem armamentos para o front - UM CRIME DE TRAIÇÃO Á
PÁTRIA!
Temos de exigir dos legisladores - AGORA MESMO - leis mais duras!
Ou eleger novos congressistas comprometidos com nossa segurança!
Outubro está aí, pense nisso!
Temos de exigir dos legisladores - AGORA MESMO - leis mais duras!
Ou eleger novos congressistas comprometidos com nossa segurança!
Outubro está aí, pense nisso!
Walter Biancardine