Neste mesmo dia de agosto, em 1954, Getúlio Vargas matava-se com um tiro no peito.
O ditador fascista, idolatrado pela esquerda, era amigo de Hitler e Mussolini e só aliou-se aos Estados Unidos por ter ganho de presente a siderúrgica de Volta Redonda, dos americanos, entregando-a ao seu genro, Amaral Peixoto.
Seu legado nefasto não se resumiu ao mando pessoal, contra o qual paulistas se insurgiram em 1932 ao custo de centenas de vidas: Getúlio deixou de herança mastodôntica burocracia, um Estado inerme além de insuportável entulho de leis trabalhistas, responsáveis pelo custo absurdo de manter-se um empregado no Brasil.
Seu tentador espólio caudilhista seduziu Jango, Brizola e até o cangaceiro Ciro Gomes, do narco-partido que ostenta o ideal ditatorial em seu nome, PDT. Em todos os citados, encontramos duas características em comum: a fantasia esquerdista – mera peça de propaganda para angariar votos – e a sede ditatorial de empunharem, sozinhos, as rédeas do país.
Nenhum destes aspirantes a ditadores - Jango, Brizola ou Ciro - jamais lembraram, em seus delírios esquerdistas, do fato de seu ídolo gaúcho haver entregue aos campos de concentração nazistas a terrorista Olga Benario, mulher do ícone comunista no Brasil: Luis Carlos Prestes.
Getúlio nunca foi o “pai dos pobres”. Foi sim, o pai da burocracia, do Estado hidrocefálico paraplégico; pai do sub emprego graças á sua absurda legislação CLT e santo padroeiro de todos os pulhas que, um dia, sonharam ser o “Fuhrer” brasileiro.
Sua morte, em 1954, abre a contagem regressiva de dez anos que culminaram em 1964 mas – militares sempre foram cegos em seu positivismo demencial – sem, entretanto, terem o cuidado de abolir a memória de tal facínora da história pátria.
Tal data apenas nos lembra de um cadáver insepulto, cujo fedor ideológico insiste em impregnar a política nacional.