terça-feira, 16 de outubro de 2012



Bloguices e Efebos

O silêncio obsequioso que o fim do Jornal do Totonho nos proporcionou, como tudo de bom nesta vida, não foi uma alegria completa.
Infelizmente, desde os tempos da campanha do “diferente”, o rubicundo blogueiro cercou-se de dois efebos que o secundavam, em evidente babação imitativa, mimetizando-o tristemente no que havia de pior: sofismas, deboche e cegueira dogmática.
Um deles, após a derrota do 12 e em uma reação que bem denuncia seus verdes anos, acreditou nas mentiras de seu mestre rubicundo – que insiste em alardear um Alair vingativo como a peste – e danou a publicar seus dotes de karateca em seu blog.
O outro, emparedado atrás de tantos diplomas ostentados em sua página, e que impedem sua visão da realidade, resolveu prosseguir com a obra de deboche e desinformação daquele que agora – desgostoso e birrentinho – recolhe-se em seu tão propalado “silêncio obsequioso”.
E não são outras as razões do desgosto do internauta cabo friense além do sofrer a leitura de tais sandices acadêmicas.

Absurdos com diploma

Insiste o Efebo que vivemos, no atual momento da política cabo friense, uma repetição – ou um prolongamento – do “processo de inquietude, incerteza e insegurança que tomou conta da cidade nos últimos 4 anos”: a judicialização.
Sem dúvida iluminado por suas horas acadêmicas, raciocinou que existiriam algumas diferenças no caso atual, e pretendeu – sempre obscuro – ressaltar algumas confusões conceituais que o mesmo teria encontrado. Quis o advogado diletante do “diferente” ressaltar o óbvio: que voto e a justiça não são opostos ou adversários, mas sim complementares.
Estudioso, acessou o Google e lá digitou “Benjamin Constant”, obtendo prontinho e acabado o raciocínio sob encomenda que suas lacunas filosóficas reclamavam – no caso, “Época, vida e obras de Henri-Benjamin Constant de Rebecque – Parte II”. Tão bem aplicada foi a colagem que citou Rousseau e Hegel apenas e tão somente porque os mesmos se encontravam no texto, e tentou impingir-nos sua erudição de retalhos.
Nós outros, aqui do Opinião, somos mais humildes: simplesmente afirmamos que Jânio faz agora o que sempre acusou Alair de fazer.

Forçando a barra

Rodou, virou, e em uma esforçada hipérbole, foi o Efebo bater onde seu Mestre Rubicundo mandara, como alvo: que Alair seria – ainda essa história – ficha suja. Cândido e crente em nossa burrice, propõe a absurda tese de que Jânio teria um bom “jus esperneandi” por este fato – Alair, o ficha suja! - enquanto esquece olimpicamente as barbáries como compras de voto e fraudes perpetradas nas eleições 2008, que deram a fictícia vitória ao atual prefeito.

Forçando a barra II

Cito novamente o Efebo, que se expressou desta vez em tons mais prudentes – afinal o TSE já está com o processo nas mãos: “no caso de Cabo Frio, jamais critiquei o Sr. Alair Corrêa, por exemplo, por buscar seus direitos na justiça, no que tange às eleições de 2008. Agiu corretamente, dentro da lei e dos direitos que achava ter ou tinha. Critica-se, entretanto, a balbúrdia e o circo político criado em torno do caso, ao longo de 4 anos. A transformação de uma demanda jurídica em um palanque eleitoral é o que se aponta como falha, e é isso que vimos de 2008 a 2012, mas que não vemos atualmente (…) e que se cale a pseudo-oposição entre democracia e direito, já que a democracia, nada mais é, do que um direito”.
Que bonitinho! Que meigo! Não se vê atualmente? O sr. Jânio Mendes ir ás rádios e lá praticamente “montar” um governo e falar como prefeito eleito seria o quê, menino?
Tão ardoroso foi em sua defesa que esqueceu-se da contradição evidente em sua última frase: afirma ser a democracia um direito de todos mas manda os “pseudo” opositores ás suas teses se calarem! Esta é a democracia do 12! A “democracia diferente”!

Benjamim, para você e para mim – Opinião também é cultura!

Vejamos então o que diz o texto original, tão bem copiado e colado pelo Efebo:
“Benjamin Constant aceita a teoria de Rousseau quanto à existência da “vontade geral”, porém vê nessa ideia um totalitarismo potencial. Concorda que não é possível contestar a supremacia da vontade geral sobre toda a vontade particular, mas observa que são muitos os males causados sob o pretexto de realizar essa vontade. Ele admite: "não há no mundo senão dois poderes, um ilegítimo: é a força; e outro legítimo: é a vontade geral". Porém – adverte – é necessário uma definição correta da natureza e da extensão dessa teoria – caso contrário, sua aplicação será calamitosa. Comenta que os crimes cometidos pela Revolução Francesa pareciam dar força aos que pretendiam descobrir outras fontes para a autoridade dos governos, que não a vontade geral. Os partidários do despotismo partem francamente desse axioma, porque ele lhes dá apoio e os favorece. A soberania não existe senão de uma maneira limitada e relativa – afirma. Onde começa a independência e a existência individuais, aí para a jurisdição daquela soberania. A sociedade não pode desrespeitar essa linha, exceder sua competência, sem ser usurpadora, ou desprezar a maioria, sem ser facciosa. Rousseau ignorou esta verdade, e seu erro fez do seu contrato social, tantas vezes invocado em favor da liberdade, o mais terrível auxiliar de todos os gêneros de despotismo." diz. "Entendo por liberdade o triunfo do indivíduo tanto sobre a autoridade que queira governar despoticamente quanto sobre as massas que reclamam o direito de escravizar a minoria à maioria".
Aconteceu aquilo tudo com Alair e o menino ficou quietinho. Não citou nem Dercy Gonçalves.

De volta ao país tupiniquim

Voltemos ao caso dos recursos de Alair e Jânio: sabemos que existe utilização protelatória de recursos sim, sobretudo pelo Poder Público, mas esse vício não vai ser sanado pela extirpação - via legislação - dos recursos. Operadores do Direito com o mínimo de ética e boa fé não se valem de protelação para defender os interesses de seus clientes. A grande maioria da população NÃO tem dinheiro para bancar recursos inúmeros. Então, devemos verificar a quem irá agradar a redução dos recursos. Na atual Justiça do Estado do Rio, recheada de polêmicas, uma medida como essa seria a gota d'água!
MORAL DA HISTÓRIA: impetra-se o bom recurso com bases sólidas. Alair supunha, mais que justificadamente, fraude. Jânio supõe o quê? Insiste no ficha limpa?

Pegadinha do Mallandro

Segundo recente postagem do Efebo predileto de rubicundo blogueiro – o qual encontra-se hoje em “silêncio obsequioso” – um funcionário da Secretaria de Assistência Social o qual, segundo ele, “existe, tem nome, sobrenome e matrícula, e é concursado” (ou seja, não é fantasma!) teria denunciado o fato de uma mulher estar ligando insistentemente para a repartição pública, mandando dizer para “todo mundo aí que a vassoura e os rodos já estão comprados, e já já vão passar por aí. É só um aviso”. Afirma o Efebo que o grupo de Alair já estaria, deste modo, iniciando a perseguição sobre os vencidos. Acrescenta também que o denunciante teria enviado o ocorrido para outro blog, mas não ter sido publicada. E encerra, debochado como o Rubicundo: “Por que será?”
Respondemos ao menino tolinho: por que até o Papa pode pegar um telefone e dizer que vai “passar o rodo” na turma de Marquinho. Acreditamos que, entre suas inúmeras graduações, não se encontre a de jornalista, pois é básico e elementar – qualquer “foca” de redação sabe disso – que ocorrências com base em telefonemas anônimos não são levadas em conta!

Eles odeiam o professor Chicão

Para concluir a dissecação de tão feio cadáver, notamos que o mesmo indigitado Efebo escracha um artigo do professor Chicão, no qual ele elogiaria a vitória de Alair. Segundo o menino, se Fernandinho Beira-Mar fosse eleito prefeito, Chicão diria que ele era uma liderança popular das favelas cariocas, um político do povão, que não se deixa levar pela burguesia, e que bastaria ter mais votos para ser elogiado.
Este último surto mal vale a pena ser comentado: trata-se unicamente de dor de corno, por ver-se enganado, em seus verdes anos, pela “curva ascendente” da “força esmagadora” do 12, que o Rubicundo Silencioso proclamava até a véspera.

E por falar em Chicão

O professor roqueiro divulgou que o blogueiro Alex Garcia estaria com seu Cartão Vermelho fora do ar, porque o mesmo teria esquecido de pagar o provedor, em meio aos seus compromissos.
Sabendo da admiração de Chicão por Alex, custa-nos crer nesta alfinetada amistosa.
Pra mim, em breve devemos ter grandes novidades na mídia cabo friense.
E com patrocinios gordos.

Derriere

A jornalista Renata Cristiane foi a primeira a noticiar que o fotógrafo Marconi Castro levou um tiro, ontem, no bairro São Cristóvão em Cabo Frio. Via Twitter, a notícia chegou incompleta e assim continuou em seu blog hoje: até o momento, não se sabem as razões do atentado e nada mais detalhado foi confirmado sobre o assunto.
É melhor apurar logo, antes que algum blogueiro fanático diga que foi obra da “turma de Alair”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A CLASSE B NÃO MORREU



Classe B: a classe esquecida

Tempos atrás, em um passado nem tão distante posto que imediatamente anterior ao advento do Lullismo, a pirâmide social dividia-se apenas em classes A,B e C.
Indivíduos mais realistas e atentos ás misérias tupiniquins encontraram, nos lixões e marquises da vida, a classe D – que hoje, curiosamente, compreende os antigos componentes da classe C.
Como podemos observar na ilustração acima, a chegada do ditador petista ao poder produziu uma deformidade sociológica eis que, em seu afã de provar estatisticamente a erradicação da miséria nacional, num golpe de “gênio” simplesmente fundiu as classes A e B numa só – as preconceituosamente chamadas “elites” - e promoveu a classe C ao status de “classe média”.
Fácil é observar que o que hoje se denomina “classe média” inicia seus ganhos com pouco mais de um salário mínimo, sendo pouco crível a qualquer um que não seja um intelectual petista de gabinete, acreditar que se vive dignamente com mil reais por mês.
É inegável, entretanto, que seja por conta dos inúmeros programas assistencialistas do governo, seja em virtude do real aumento do poder de compra do salário mínimo ou mesmo por uma perceptível melhora na capacidade de consumo popular, hoje o país atravessa uma explosão de consumo jamais vista antes – é a explosão da classe C, muito bem retratada na novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo, que desenha à perfeição a dicotomia entre o poder de gastar e a incapacidade de discernir qualidade, senso estético ou mesmo conveniência naquilo que se compra, por parte dos integrantes desta fatia social.
A indústria, o comércio e os prestadores de serviço prontamente identificaram o novo filão e uma massiva e exclusiva dedicação à classe emergente tomou conta dos empreendedores no Brasil.
Temos como exemplos mais evidentes a TV a cabo – antes um produto considerado “elitista”, com canais segmentados, sem dublagem e apresentando programas com abordagem objetiva e mais aprofundada – que rendeu-se aos encantos dos novos emergentes e voltou-se inteira, em uma paixão monogâmica, para este nicho. Como resultado temos hoje uma TV paga pela qual, cada vez menos, vale a pena pagar.
Nas rádios a devastação foi completa: poucas e estoicas emissoras insistem em sobreviver sem o ouro fácil provocado pelo sertanejo universitário, axé, pagode, gospel ou funk.
Em termos de laser, vida noturna, tornou-se um desafio encontrar um lugar no qual não esteja instalada – em posição de honra – uma poderosa TV de plasma à exibir o Brasileirão ou mesmo o Domingão do Faustão.
De modo pior para as mulheres, comprar roupas é hoje a difícil escolha entre vestir-se como uma beata ou aderir ao look “Tchutchuca”, pois mesmo as mais renomadas etiquetas precisam faturar e, na mentalidade capitalista dominante, o dinheiro está em mãos cegas e – perdoem-me – bárbaras.

Cabe entretanto ponderar que a classe B – aquela antiga classe média que outrora conhecemos – não morreu. Ela continua com seus gostos, hábitos, pequenos requintes e educação melhor possível, dentro de seus orçamentos.
É uma classe que hoje não consegue se ver na TV, não se ouve nas músicas, nas lojas, nos bares, nos shows. Produtos a ela dirigidos como o seriado “Os Normais” da TV Globo, o rock nacional – Blitz como expoente mais característico – marcas de roupa extintas por inanição como Inega, Toulon, ou quase, como a Levi's – shows memoráveis em lotações próprias, como os antigos eventos do falecido Canecão; tudo isso deu lugar ao predomínio da quantidade em detrimento da qualidade. De fato, para a “intelectualidade”, a classe B morreu no início dos anos 90.
Fato curioso e digno de estudo é a nenhuma crença – por parte do empresariado – no potencial de compra da classe B, que foi preconceituosamente confundida pelo governo (embora em realidades quilometricamente diferentes) com uma suposta classe A, que só consumiria no exterior ou “do” exterior.
Outro fato digno de nota é que os “formadores de opinião” realmente conseguiram acuar a classe B, fazê-la sentir vergonha de si mesma e alardear que os integrantes deste extrato social são impermeáveis ao novo – seja na música, na TV ou mesmo em hábitos de consumo.
É óbvio o volume avassalador de consumo da emergente e ansiosa classe C, mas a envergonhada classe B ainda empresta prestígio ao produto consumido – por mais que se queira negar ou menosprezar – tal qual a classe A o fez, em passado mais distante. Se não, por que motivos jogadores de futebol ou pagodeiros tomariam, como primeira providência, simbolizar sua ascensão social com os ícones – carros, joias, celulares, baladas – desta mesma e tão criticada classe?
A classe B está viva, está aí, à espera de um visionário que a redescubra e acredite no óbvio: seu poder de consumo. Evidentemente, por se tratar de um público mais exigente, o custo de produção daquilo a eles destinado será bem maior. Mas os lucros, igual e proporcionalmente, também o serão.

E para você que é classe B, não se envergonhe disso: manifeste-se, exija ver-se representado na TV, na política, nas rádios, nas lojas, na noite!

A classe B unida jamais será vencida!

Walter Biancardine

sábado, 13 de outubro de 2012

As estradas são de todos: um artigo de Luis Antônio Biato, The House of Rock and Roll - Búzios


Moto não tem tamanho. Tem estado de espírito.

Antes de pegar minha moto e ir para o show, debaixo de chuva e tomando antibióticos para a garganta, me lembrei de um incidente lá no bar com uns sujeitos, proprietários de motos de ultima geração e caríssimas, que estavam ridicularizando um cara que tinha saído do bar todo equipado – mas pilotando uma Honda CG 125.
Eles se diziam motociclistas e se referiram a ele como "motoqueiro".
Eu não aguentei e disse que era uma palhaçada o que eles fizeram e que o cara da CG podia ser alguém muito mais ligado ao motociclismo e ao ideal de liberdade, companheirismo e vento no rosto. Entre eles e o rapaz da 125, a única diferença era o dinheiro: uns com muito, o outro com quase nada.
Foi o maior rolo!
* * *

Tem cara que dá a volta ao mundo com uma 125, sofrendo com as rajadas de vento, com a falta de potencia, com as roupas que molham por não ter alforges impermeáveis e , principalmente, com o preconceito por não estar numa Harley ou BMW. No entanto ele sabe consertar tudo na moto e com um orçamento de zero centavos. É mão na graxa mesmo, de quem conhece e sabe a arte da mecânica.
Um, viaja o mundo driblando todas as adversidades que só quem já encarou uma estrada a bordo de uma moto, conhece. O outro é um filhinho de papai, que somente foi á loja e o pai comprou-lhe a moto – sempre a mais cara, para ele.
Este ultimo é o cara que vemos, nos EUA, transportando a moto na pick up e, em chegando em Daytona ou Sturgis, tirando a moto do carro e passeando em volta do encontro como um babaca, tirando a maior onda.
Ora, o cara pode fazer o que quiser, até mandar a moto de avião!
Só não tem o direito de desrespeitar o outro, que andou 2000 km, 14 horas em um dia, para para chegar a tempo no encontro de motos.
Quem é o motociclista e o motoqueiro?
O simbolo da caveira ligado ao motociclismo é para mostrar que, embaixo de nossa pele, somos todos iguais. Mas não é isto o que acontece.
Portanto não se julgue melhor que alguém se você tem uma moto topo de linha: você apenas tem mais dinheiro!!!
* * *

Isto foi um desabafo, pois esbarrar em uma situação como esta tornou-se – infelizmente – corriqueiro. E, por ter uma Harley Davidson – que não foi minha mãe que comprou e que só consegui aos 50 anos, embora tenha sempre desejado ter uma – os caras acham que eu compartilho deste "apartheid", me abordando com estas piadinhas sobre os "motoqueiros".
Eu fico é puto! Quem não anda de moto não sabe como este é um veiculo peculiar. A estrada é traiçoeira: buracos, areia e óleo na pista; cachorro atravessando, carro te fechando, caminhão ou ônibus provocando um deslocamento de ar que pode te derrubar, vento lateral que te manda pro chão, ranhuras e depressões na pista. Uma curva que começa seca, no meio já está toda molhada pela chuva, o vento quer arrancar o capacete, a chuva que espeta o rosto como agulhas e te deixa cego; o sol que te torra junto com o calor gerado pelo motor e causa reflexo nos arranhados da viseira do capacete. O frio te faz parar e encher a roupa com jornal, congela os dedos, o sono obriga parar e dormir em cima da primeira grama que aparece, a água das poças que os caminhões jogam na gente e que nos deixa cegos por instantes, as costas que doem, partes do corpo que ficam dormentes. Tudo isso somado a sua própria desatenção, imperícia ou vontade de arrepiar, que podem te colocar em uma situação de quase morte e lembrar que, por mais que você saiba andar de moto, há que respeitá-la, pois num minuto estamos em cima dela e no outro podemos estar embaixo de um caminhão.
Então o cara que entende de tudo isto, como você, não pode ser menosprezado por estar em uma moto pior. Ele é o cara que pode estar na tua frente e te avisar de um perigo que você talvez não visse. O verdadeiro motociclista/motoqueiro se preocupa com você como você se preocupa com ele.
As vezes é um cara que passa a andar do teu lado na estrada, que você nem conhece e nem vê o rosto por causa do capacete mas, naquele momento, se torna teu irmão e, algumas de centenas de quilômetros a frente, pega uma saída da estrada, acena, vai embora e você nunca mais o vê.
O texto é grande, mas eu queria que as pessoas que não tem moto entendessem também como é complexo e delicado o motociclismo e que o verdadeiro motociclista/motoqueiro tem isto tudo nas veias, na alma ou escrito em tatuagens por todo o corpo.
Isto tudo, mas uma vez, independe do preço da moto que ele está pilotando.

Luis Antonio Biato 
Luis Antônio é motociclista, ciclista, surfista, praticante de stand up paddle e, nas horas vagas, arrebenta no rock and roll em seu bar.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

VALE A PENA VER DE NOVO: TV SHAME!

O Jornal Opinião exibe um clássico dos video clips: é a produção original de 2010 da OpTv (a TV do Opinião) - Um rap exclusivo sobre as eleições de síndico em um condomínio  numa cidade da Região dos Lagos. Divirta-se!




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Deu no Blog do Chicão: Estão preparando armadilha contra Alair!



Segundo publicação recente no Blog do Chicão (www.http://josefranciscoartigos.blogspot.com.br/)
estaria confirmado, por diferentes fontes, que os advogados do grupo que perdeu as eleições de lavada - 70 mil pessoas disseram não a Janio e Marquinho - preparam neste momento uma armadilha jurídica, para tentar tirar do ex prefeito Alair Correa sua vitória. O esquema se daria por outra via que não o registro que está no TSE.
Ainda segundo o informado no Blog do Chicão, até sexta feira eles esperam ter este artifício jurídico nas mãos para impugnar Alair.

Nosso raciocínio -
Qual seria a arapuca, desta vez? Não conseguimos imaginar, leigos no Direito que somos.
O fato é que, durante os longos anos de escaramuças políticas - nos quais Marquinho Mendes sempre acusou Alair de entravar o desenvolvimento da cidade por causa da "incerteza" que toda a judicialização trazia - os governantes tiveram o caminho aberto para nada fazerem; apenas dormirem, irem ás boites e andarem de jet ski, em uma inação infame e negligente jamais vista em uma cidade, ainda mais em um município com milhões de reais nos cofres á disposição.
Agora, remoendo uma vergonhosa e acachapante derrota, esquecem-se de tudo o que disseram e passam - eles próprios - a desempenharem o papel que tanto condenaram no passado.
A grande diferença é que sobre este pleito não resta nenhuma dúvida de real importância sobre sua lisura e, por isso, motivos para se travar outra longa e desgastante batalha judicial resumem-se á mais rasteira e comezinha sede gananciosa de poder.
Indiferentes á exaustão do povo, querem continuar nem que seja no grito.
Nem que, para isso, precisem pregar Alair numa cruz ou subverter o estado de direito.
O cabofriense precisa estar de olhos abertos.

Walter Biancardine

Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff


Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff

Fontes ligadas ao Exército informaram que, para este fim, a corporação "teria se valido de militares cedidos à Agência Brasileira de Inteligência", 

Temperatura alta: azedou a relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Exército brasileiro - Sem que a presidente Dilma Rousseff fosse consultada, o Exército destacou os melhores e mais preparados oficiais da inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470).
Ao criar o esquema que dá garantia de vida ao Ministro, conhecido pela sua ojeriza a esse tipo de situação, o Exército, que se valeu de militares cedidos à Agência Brasileira de Inteligência, acabou passando por cima da Presidência da República, do Ministério da Justiça e da cúpula da Polícia Federal que, por questões óbvias, não foram consultados mas a quem, por dever de ofício, caberia a decisão.
Outros dois ministros do Supremo, Ricardo Lewandowski e José Antônio Dias Toffolli, reconhecidamente ligados ao Partido dos Trabalhadores e a alguns dos seus mais altos dirigentes, também contam com escolta, mas da Polícia Federal. O esquema criado para o ministro-relator não se limite à proteção física, mas inclui também monitoramento constante de ambientes e do sistema telefônico utilizado pelo magistrado.

A proteção ao ministro Joaquim Barbosa foi uma decisão tomada pelo alto comando do Exército e pelo general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Esse episódio, que tem como palco a necessária proteção ao Ministro, deve aumentar a tensão entre Dilma e os militares, reforçada com a criação da Comissão da Verdade, que investigará apenas os crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura, deixando de fora os protagonizados pelos terroristas - alguns deles, com passagem recente pelo governo e outros até compondo o atual.

Pressão e censura: petistas do governo forçam mudança no comando da Rede Globo - O executivo Octávio Florisbal será substituído da Direção-Geral da Rede Globo porque não mais suporta as pressões diretas e indiretas do governo após divulgação, pela emissora, de matérias negativas contra supostos esquemas petistas e de seus aliados. Alegando que a maior rede de televisão do País não pode aceitar se submeter à censura, Florisbal pediu aos irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho para sair do cargo, que será ocupado por alguém com sangue mais frio para lidar com as constantes tentativas de ingerências políticas: o jornalista Carlos Henrique Schroder – atual diretor-geral de Jornalismo e Esportes.
A versão de que a família Marinho preferiu se blindar contra as armações político-econômicas dos petistas no poder vazou entre conversas de lobistas que trabalham para importantes afiliadas da Rede Globo. Os irmãos Marinho aceitaram a troca de Florisbal por Schroder porque as pressões sobre a Globo alcançaram níveis insuportáveis, após o julgamento do Mensalão no STF ganhar os impensáveis desfechos de condenação, para os principais réus políticos.
Dirigentes globais foram “desaconselhados” por “emissários do governo” a não tentarem uma entrevista exclusiva com o publicitário Marcos Valério. Muito menos a Globo deveria cogitar de comprar e veicular o conteúdo das tais quatro bombásticas fitas que Valério teria mandado um famoso cineasta gravar e editar para comprometer o ex-presidente Lula da Silva e a cúpula do PT com o esquema do Mensalão. O comando das Organizações Globo preferiu acreditar nas ameaças e anunciou, depressa, a programada e futura substituição de Florisbal por Schroder. O ex-diretor geral acabou “promovido” para um cargo no novo conselho da emissora, cujos sócios são os herdeiros do falecido Roberto Marinho.

Bronca maior - Além de neutralizar a televisão Globo, a máquina de censura petista pretende atingir três jornalistas que operam a contra-ofensiva da família Marinho no jornal O Globo.
Merval Pereira, Ricardo Noblat e Miriam Leitão – que publicam artigos mais contundentes contra os esquemas revelados no governo federal – são os alvos preferenciais do grupo.

Fontes:
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Alair Corrêa, prefeito de Cabo Frio!



Alair prefeito – graças a ele e a Deus!

Casa Azul, 09 de outubro de 2012

Tive, finalmente, a oportunidade de ouvir uma entrevista concedida pelo prefeito eleito de Cabo Frio, Alair Corrêa, na manhã de hoje à Rádio Sucesso FM, programa do Brizola.
O som chiado de meu pobre rádio trouxe-me aos ouvidos a fala de um homem em paz consigo, sem os apregoados desejos de vingança e perseguição, tão ao gosto da boataria mendocrata ululante. Falou de seus projetos, da luta que foi sua volta à Prefeitura – e mesmo do degrau que ainda falta superar no TSE – mas com clareza, desassombro e tranquilidade da vitória da Justiça.
Particularmente gratificante para mim foi sua intenção declarada de transformar todo o município em – novamente – um imenso canteiro de obras: Segundo Distrito tão carente de ações e atenções, periferia aglutinadora de vivências indignas e promotoras de misérias, Centro da Cidade como polo de atração turística – um outro ponto bastante caro para mim, pessoalmente, que sempre defendi que turismo se faz com dinheiro e não com esmolas.
Ouvi a fala de um homem que sempre confiou em seu histórico de ações, seu carisma e no amor de seu povo, além do reconhecimento do apoio prestado pelos inúmeros companheiros de luta que aglutinou, ao longo da comprida estrada de seis anos em seu rumo de volta à cadeira de prefeito.
E é no reconhecimento dos esforços prestados pelos que o apoiaram que encerro este meu aliviado artigo, certo de que Alair – mais que ninguém – sabe que sua vitória se deve a ele próprio, a Deus, ao povo que o elegeu e, finalmente, aos que o apoiaram.
Méritos individuais à parte – e todos os que o apoiaram os tem, e muitos – não cabe a ninguém, daqui para frente arrogar-se, por essa razão, ser uma espécie de “filtro” ao prefeito. Este é um hábito da gestão anterior, cujo titular entregou suas decisões nas mãos de um “dono”, ainda que familiar seu. Será extremamente desagradável constatar quaisquer sinais de pessoas próximas à Alair se fazendo de “porteiros” de sua ante-câmara, com o único objetivo de angariar favores daqueles que desejarem avistar-se com o novo titular da Prefeitura.
O prefeito é do povo e para o mesmo suas portas devem estar abertas.

Alair Corrêa, seja bem vindo de volta ao lugar que é seu: Prefeito do município capital da Região dos Lagos, Cabo Frio.
Parabéns, Prefeito!

Walter Biancardine.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

TRE DIVULGA: ALAIR 53% DOS VOTOS!


No aguardo da decisão do TSE, Alair Corrêa obteve 53,14% dos votos para prefeito de Cabo Frio, significando quase 18 mil votos á frente de Jânio Mendes.
Levando em conta que Alair NÃO É FICHA SUJA e que seu registro foi contestado por conta de uma certidão que alguns juízes se recusaram a enxergar (mas que constava no processo, tendo a mesma sido atestada inclusive por desembargador), sua vitória no TSE é - salvo mandinga muito forte vinda da Gamboa - líquida e certa.
Ainda que o curimbeiro, assessorado por poderoso e sorridente pai-de-santo municipal, consiga seus intentos e tire Alair da disputa, mesmo assim - por conta do total obtido ultrapassar os 50% dos votos - seriam realizadas novas eleições. Resta saber se a turma "diferente" teria apetite para nova disputa contra quem Alair indicasse, uma vez que maior que a distância entre ele e seu indicado, só a gritante REJEIÇÃO POPULAR ATESTADA PELAS URNAS CONTRA TUDO O QUE SIGNIFIQUE "MENDES" - seja Jânio ou Marquinhos.
Agora é aguardar!

Enquanto um desiste, Professor Chicão ensina como fazer

Talvez as duas únicas coisas que eu tenha em comum com o professor Chicão sejam gostar de Rock and Roll e não ter escutado a entrevista de Alair Corrêa na Estação 104 hoje pela manhã.
Por diversas vezes me peguei pensando como diabos um cara que deve regular pela minha idade consegue ser idealista a esse extremo? Sei que muita gente deve crer que tudo não passa de pose, mas quem o conhece, sabe que é de verdade - tão de verdade que já brigou com muita gente por conta de suas posições, quase monolíticas.
Li agora o texto que o Professor Chicão escreveu para Alair, em seu blog. É sabido que a idade deixa cicatrizes na gente - muito mais na alma que na pele - e reconheço que é de uma grandeza, coragem e verdade que eu - cicatrizes na alma á parte - não seria capaz.
Que o amigo leitor aprecie as palavras de Chicão, as quais posto sem sua autorização.
Que faça uma lenta digestão de seu teor, e as compare com declarações presentes e passadas de recente desistente da blogosfera.
Jornalismo não se faz com papel, lápis e máquina fotográfica.
Jornalismo se faz com gente.
Meu mais profundo respeito ao Mestre, Doutor Professor José Francisco de Moura - Chicão, pra corja que toma umas brejas com ele e ouve AC/DC a todo volume.

Segue a postagem:

"Caro Alair

Soube que o senhor disse na rádio que eu mereço um “busto” em praça pública. Uma cidade que precisa que uma pessoa que apenas luta por justiça precise de algo assim realmente está muito mal. Pois acho que o que faço todas as pessoas de bem deveriam fazer.
Não quero nenhuma homenagem. Não tenho vaidade alguma. Como disse o pastor Samuca em seu culto, eu sou apenas um maltrapilho. Minha vaidade é ser apenas reconhecido como uma pessoa que quer um mundo melhor. Só isso.   
Não quero cargos, benesses ou favores de políticos.  Faça pela cidade e pelo coletivo e estará fazendo por mim. 
Quero o fim das perseguições. Quero um governante que cuide dos pobres. Quero um prefeito que trate da saúde da população e que não beneficie grupelhos privados. Quero que o dinheiro circule entre todos e que não fique preso entre os amigos do poder. Quero os empresários rindo para que contratem muitos trabalhadores e dividam os lucros com eles. Quero que a cidade toda se beneficie do dinheiro dos royalties, e não apenas um grupelho. Quero democracia na gestão da cultura e da educação. Quero os professores ganhando bem e felizes. 
Se isso tudo é pedir demais a ponto de eu merecer receber um “busto”, realmente estamos no final dos tempos.
Hoje, o senhor pede um busto para mim. Mas se o senhor se tornar prefeito, perseguir as pessoas e não praticar o bem, eu juro que em 2013 o senhor vai estar querendo um caixão para minha pessoa e não um busto, pois vou atormentar muito seu juízo. 
Se o senhor vier a se tornar o prefeito de direito de Cabo Frio, pois já o é de fato, governe para servir. Pois esta é a missão dos governantes e se aquele lá de cima der esta missão para o senhor, não é para outro fim."

Professor Chicão

OBITUÁRIO DIGITAL

Comunicamos a todos os que se utilizam dos blogs da região que o Jornal do Totonho, blog pioneiro de Cabo Frio, pediu pra sair, arregou, entregou os pontos.
Enquanto o rubicundo ateve-se ao caráter informativo, foi um dos mais acessados meios de comunicação da região. Entretanto, uma sucessão de gracinhas infelizes e partidarismos cegos e equivocados, por parte de seu editor, fez com que sua imagem caisse por terra perante o público.
Das críticas ao Cabo Folia - cujas postagens foram apagadas tão logo os anúncios do evento começaram a pingar em suas páginas - ao tom debochado e sarcástico com que conduziu suas últimas análises da situação política local, o Jornal do Totonho aparentemente teve como causa mortis seu total descrédito e inconveniência.
A blogosfera lamenta a decisão do rubicundo blogueiro, asseverando que - enquanto Totonho defendeu suas idéias sem descambar para o pastelão - muita falta fará no universo informativo da costa do sol.
Vai parceiro; vai cuidar de seus assuntos, trabalhar, porque do mato do 12 não sai mais coelho nenhum.
Aproveite o merecido descanso!






Casa Azul, Cabo Frio:

Um bom repórter costuma funcionar melhor durante as madrugadas, e é por isso que me encontro escrevendo estas mal-traçadas ás 1:10 da manhã, ao invés de estar na cama dormindo e satisfeito com a vitória acachapante de Alair Corrêa e de seus vereadores.
Entretanto, por conta de minha antiga e conhecida paranóia persecutória, encontro-me a batucar o teclado, encafifado com um dejavú incômodo: novamente estamos ás voltas com uma decisão eleitoral que não será tomada pelo povo, e sim pelos juízes do TSE.
Em artigos recentes escrevi uma observação que a judicialização das eleições no Estado do Rio estaria se tornando uma praxe, criando uma verdadeira escola estratégica emanada pelos altos escalões do Governo Estadual e Federal.
Não foi outra a destinação de nossas pobres intenções eleitorais: o martelo do STE, em Brasília.
Sempre é bom lembrar, entretanto, que a iniciativa de toda esta cansativa e desgastante novela que – novamente e desculpem-me o pleonasmo – se repete, foi da máquina administrativa que apoia o candidato derrotado nas urnas.
Tenho certeza de que esta segunda-feira marca o início de uma guerra nojenta de boatos, desinformações e – principalmente – estranhas “notícias” vindas de Brasília. Aquele que acredita e respeita a decisão soberana das urnas deve estar preparado para o bombardeio impiedoso que a midia assalariada continuísta tentará impor aos nossos olhos e ouvidos.
Não considerem artigos, notas ou mesmo “notícias-bomba” publicados nos blogs e jornais que apoiam o candidato derrotado. Eles serão incessantes, massivos e cansativos, tentando mesmo aparentar uma lógica e “conhecimento de causa” sobre a questão judicial de Alair, principalmente repisando o cansado e falso tema de que nosso novo prefeito seria ficha-suja.
Nada disso é verdade, e tudo não passa de cólicas egoístas de desocupados que, quanto mais se enchem de cerveja e promessas de cargos, mais minguam suas credibilidades.
Não podemos esquecer: se hoje temos novamente uma eleição decidida nos tribunais, a culpa é deles!

E que nossa semana seja produtiva e feliz, caro leitor!
Boa segunda-feira!

Walter Biancardine


TURMA DA DERROTA QUER SALVAR AS APARÊNCIAS

A abstenção de votos (17,28%) e a quase total renovação da Câmara de Vereadores registrados em Cabo Frio é uma das coisas que mais chama atenção no quadro de apuração em 2012.
Querem os janiopatas de plantão debitar estes índices na conta da triste campanha do "Não Reeleja" - um mero balão de ensaio continuísta - e reivindicarem para si os altos percentuais de renovação observados no pleito de ontem.
Ora, qualquer um que não seja um profissional da imbecilidade rejeitará de pronto a tese da mendocracia agonizante pelo simples fato de que as urnas nada mais revelaram, aos gritos, que uma tríade composta por "Rejeição absoluta á Marquinho/Jânio Mendes X Expulsão de vereadores subservientes e coniventes á sua gestão desastrosa X Votação esmagadora em Alair" - significa o "fim da era mendocrata no poder". 
Tudo o que lembrava os mais desastrosos oito anos de governo cabofriense foi jogado na lixeira da história pelo povo, restando aos ditadores stalinistas-ortopédico-municipais um melancólico apagar de luzes e esvaziar de gavetas.
Diante de tal quadro acachapante e tão contrário ás suas mentiras nauseadamente repetidas na mídia, tenta a esquerda demencial dos lagos salvar as aparências de força, reivindicando a responsabilidade pela quase total renovação dos quadros da vereança.
Esquecem-se os militantes de aluguel que lá permaneceram, reeleitos, Marcello Corrêa e Dr. Taylor - curiosamente, ambos ligadíssimos á Alair Corrêa.
Definitivamente, inteligência e modéstia não são o forte da mendocracia janiopata cabofriense.

Walter Biancardine

Eddylene Água Suja no OPINIÃO!


Eleições blasé

E finalmente o dia 7 chegou e já passou.
Sim, porque o dia de votação dura apenas até as 17 horas. Depois, tudo para até que se venha com a mensagem, boa ou ruim para alguém.
A eleição de Prefeito em um município realmente não me passa despercebida. São milhares de pessoas pelas ruas, clamando ou fingindo, não sei. Por um futuro incerto e que talvez sequer às envolvam ou às tenham inclusas na nova máquina, que está já formada ou para se formar.
Ainda assim, de uma forma muito especial, me emociona. É com sonhos que estão lidando; é com o futuro das crianças, de idosos e dos que estão ou não envolvidos com esse tão cobiçado jogo de poder.
Tal como diz a canção de Dominguinhos, “ Olha quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai “. É bem por ai a sensação.
Quando o Prefeito da cidade que eu estava chegou, carregado nos braços por homens que, esperançosamente, aguardam uma mudança drástica em suas vidas e que - de uma forma cruel - não irá acontecer, eu me emocionei. Não pela cena, mas pelo que envolve a cena.
Reparei pessoas com lágrimas nos olhos, pela vitória de um governo que já estava atuante e nada fez pelos mesmos; vi gente chorando pelo Prefeito que não entrou e, por um instante, fiquei confusa pensando em como uma mudança de governo, em uma cidade pequena, influi tanto na vida e sonhos de uma família.
Imaginei o pai dele emocionado, junto com os familiares, sinceros ou não, que agora tem a ele para se orgulhar. Imaginei centenas de mulheres com família grande e que receberam uma miséria por semana para segurarem placas com seu número, no sol quente, para poderem comprar mantimentos. Pensei em amigas, que dependiam daquela vitória para permanecerem estáveis, pensei em mim - que nada tinha a ver com aquilo e nunca precisei de política para traças minhas metas de vida e, definitivamente, não sei dizer se isso é bom ou ruim.
O dia da eleição em algumas cidades é quase que um carnaval. Abadás sem números, camuflando a campanha irregular, desfilavam pelas ruas como uma marcha em busca de um poder transferível, um poder que sequer vai chegar à despensa de quem o empunhou e mesmo brigou por isso. É como se a idade média tivesse se incorporado ao século vinte e um, todos amigos, mas num dia de rivalidade, onde quem tem - ou compra - a maioria, tivesse o maior exército por quatro anos.
Ainda fico confusa quando penso nas sensações que presenciei, talvez pela incredulidade que tenho sobre tudo isso. Fui à minha sessão, votei tranquila e fui para outra cidade para acompanhar de longe o que acontecia na minha e absorver com menos fervor o que se desenrolaria na outra.
Sei que é incrível analisar de longe o sincretismo que ainda envolve os cidadãos e cidadãs de uma cidade. Ponderar que a mudança pode realmente vir, que suas vidas podem mesmo evoluir com o novo homem que irá às representar na próxima gestão. Para alguns, isso representa portarias novas para a família e uma tranquilidade durante quatro anos - algo incerto, mas quem hoje em dia pode se dar ao luxo de pensar quatro anos a frente? Numa sociedade em que damos graças a deus por sobreviver no hoje, talvez seja lucro garantir os cinquenta reais da boca de urna que - na verdade - não, não acabou, a portaria que negam que darão, mas que sabemos que será distribuída como ticket leite, ou mesmo que o candidato apoiado não vença. Ainda assim, quem sabe valeram a pena os duzentos reais semanais, o carro emprestado pra tirar onda com os amigos, ou até mesmo a foto com o candidato vencedor...mesmo que você não consiga outra durante os próximos quatro anos?
Eu não saberia responder se acredito na mudança, até porque aprendi muito cedo que a responsável pelas mudanças em minha vida sou eu mesma.

Eddylene Água Suja resolveu escrever mais sério em sua estréia no Opinião e dispensa apresentações. Se você não conhece, não é da Região dos Lagos.


domingo, 7 de outubro de 2012

QUASE 3.000 ACESSOS EM 5 HORAS - O OPINIÃO AGRADECE!


Das 18:40 ás 23:20 deste domingo, graças ao acompanhamento em tempo real das eleições em Cabo Frio e juntamente com a análise que é nossa marca registrada, o jornal Opinião registrou o recorde de 2.925 acessos - ou seja, quase 3.000 leitores obtiveram informação atualizada e opinativa, em menos de cinco horas!
O editor do Opinião agradece a confiança não apenas dos quase 3 mil leitores de hoje, mas também ao seu público habitual que, certamente, será bastante maior a partir de amanhã.

Muito obrigado!

Walter Biancardine
A realidade das coisas

Com quase 60% dos votos, finalmente as urnas refletiram a realidade das preferências do cidadão cabofriense.
A vitória esmagadora de Alair Corrêa é fruto de um pleito onde as "forças ocultas" - premidas pelo clamor de moralidade que varre o pais devido ao julgamento do Mensalão e cujos cabeças Federais e Estaduais encontram-se com seu poder ditatorial visivelmente abalado por conta do escândalo - não tiveram a audácia suficiente para repetir, em sua totalidade, o despudor das eleições passadas.
Hoje, domingo, é um dia de alegria para aquele que ama sua cidade acima de tudo e não vive de favores municipais. Entretanto, a partir de amanhã certamente começará verdadeira guerra de boatos visando dar como certa a retirada de Alair do caminho á Prefeitura.
Pseudo-jornalistas, veiculadores de uma midia de ódios mal disfarçados e incansáveis em seu afã difamatório  publicarão incansavelmente notícias falsas, tendenciosas, e engendrarão verdadeiros sofismas para dissimular a vergonhosa derrota de toda uma engrenagem - municipal e estadual, unidas - pela força e carisma de um único homem: Alair Corrêa.
Que os quase 20 mil votos de dianteira obtidos por Alair sobre Jânio sirva de lição aos que acreditaram em seus próprios deboches fantasiosos e faça amadurecer aos novatos jornalistas que escolheram modelos equivocados para tentarem seu lugar ao sol.
Que os 60% de diferença de Alair sobre Jânio sirva ao aprendizado de políticos que acreditaram em um povo submisso, verdadeiros capachos que obedeceriam suas ordens e acreditariam em sua psicologia barata que afirmava ser o "sucessor" diferente do sucedido.
Que a derrota acachapante os ensine que o povo é sábio, e que a máxima "odeia-se mais aos seus por trair que ao inimigo por infligir" é absolutamente verdadeira e o eleitor não perdoa traição, e muito menos aceita que se renegue todo um passado.
E que todos nós tenhamos a paciência e grandeza de espírito de entender as frustrações dos derrotados, e aceitemos com urbanidade o verdadeiro terrorismo de boatos e notícias obscuras que serão deflagrados a partir desta meia noite.
A verdade é uma só, doa a quem doer: Alair, 60% - Prefeito Eleito de Cabo Frio.
Dr. Taylor, Marcello Corrêa, Vinicius Corrêa e Paulo Henrique Corrêa - todos estes eleitos não só por seus próprios méritos - que não são poucos - mas também pelo auxílio precioso do mesmo homem que a mídia rubicunda e raivosa acusava de ser uma "estrela decadente".
Pois esta estrela ganhou 20 mil votos a mais que o outro, e de quebra ajudou a eleger ao menos 4 vereadores para a Câmara.
Se isso não é prestígio, não sei mais o que é.

Walter Biancardine

Algumas observações sobre a mídia que apostou no candidato errado

Horn Pain
(Leia-se "Dor de Côrno)

Começa um burburinho na mídia cabofriense, verdadeira dor de corno eleitoral, resmungando que seria "fácil ganhar quando se está na oposição".
É preciso, entretanto, lembrar que Alair Corrêa, que ganhou esta de lavada com seus 60% de votos, foi o único prefeito na história da cidade que fez seu sucessor - infelizmente, o inacordável Marquinho Mendes.
E então, o que dirá esta parcela resmungona da mídia? Que foi compra de votos? Que Alair teria usado a máquina administrativa? Qual será a desculpa? Teria o seu amado Marquinho ganho somente em virtude de armação eleitoral?
Vale lembrar também a polêmica e duvidosa "derrota" de Alair, nas eleições passadas. Por que não ganhou, se estava em franca oposição?
Admitiria esta mídia então que houve, realmente, crime eleitoral? Compra de votos (um pacotinho bom pra cacete)? Fraude pura e simples?

Com a palavra, a mídia resmungona.

NOTA: O Opinião deseja parabenizar o eleito vereador, Emanoel Fernandes, por sua vitória e retorno á Câmara de Vereadores de Cabo Frio. É sempre bom saber que podemos contar com quadros dignos em uma legislatura que será, sem dúvida, marcante - já que conta com outros igualmente dignos, competentes representativos vereadores, aos quais estendo meus parabéns. São eles Marcello Corrêa, Vinícius Corrêa, Paulo Henrique Corrêa, Dr. Taylor e Luís Geraldo.
Á todos, votos de brilho e sucesso em suas ações pelo povo de Cabo Frio!

Walter Biancardine

URGENTE: RELAÇÃO DE VEREADORES ELEITOS EM CABO FRIO

Vanderlei Bento, 3691 votos
Rose de Aires, 2534
Dr. Taylor, 2505
Aquiles Barreto, 2450
Marcelo Corrêa, 2410
Rodolfo de Rui, 2109
Zé Ricardo, 1997
Vinicius Corrêa, 1886
Dr. Adriano, 1859
Luis Geraldo, 1701
Jefferson Vidal, 1661
Ricardo Martins, 1543
Paulo Henrique Corrêa, 1430
Emanoel Fernandes, 1402
Celso Campista, 887
Eduardo Kita, 848
Fred, 780

O ERRO FUNCIONA! RADIO AFIRMA: JÂNIO ELEITO!

BOLETIM URGENTE

Tal como afirmei minutos atrás, o mais recente boletim das rádios dão conta de que, com 99% das urnas de Cabo Frio apuradas, "Jânio Mendes está matematicamente eleito".
É a induução ao erro. Em um universo de mais de 100 mil eleitores, Jânio Mendes obteve a pífia quantidade de 30 mil votos, enquanto ALAIR CORRÊA - o qual "esqueceram-se" de mencionar - OBTEVE 60 MIL VOTOS.

Mais notícias a qualquer momento.

INFORMAÇÃO EXTRA-OFICIAL - VITÓRIA DE ALAIR:

BOLETIM URGENTE

Informações extra-oficiais dão conta de que o candidato Alair Corrêa já abriu uma vantagem de mais de 17 mil votos sobre o segundo colocado, Jânio Mendes.
Neste momento, uma gigantesca festa está sendo realizada na Av. do Contorno, na Praia do Forte.
Inúmeros partidários de Alair e centenas de eleitores somaram-se aos populares e comemoram a vitória de Alair Corrêa, ao som de um trio elétrico.
Outras informações dão conta que, para a Câmara de Vereadores de Cabo Frio, Wanderley Bento é o mais votado, seguido por Dr. Taylor e Marcelo Corrêa.
A única informação liberada pelo TRE-RJ até o momento é que 93% dos votos já foram computados em Cabo Frio, bem como 21 mil eleitores se abstiveram de manifestar sua preferência para o cargo de vereador.
A vitória esmagadora de Alair Corrêa é irreversível, e o povo comemora!

NADA MUDA: ALAIR GANHA, "ELES" GARFAM

URGENTE

Casa azul, Cabo Frio:
As primeiras totalizações de urnas no município de Cabo Frio dão conta de uma vitória estrondosa do candidato Alair Corrêa, com mais de 60% dos votos válidos.
Em recente entrevista á Rádio Ondas FM, o candidato Jânio Mendes afirmou, ipsis literis: "Eu considero o resultado das urnas, mas é a Justiça Eleitoral quem vai decidir o resultado do pleito".
Pois bem, segue abaixo a sequência dos acontecimentos em Cabo Frio:
* Primeiras urnas abertas, e ainda informações outras obtidas, dão conta de mais de 60% dos votos para Alair Corrêa
* Conforme a vantagem aumentava e as urnas eram encaminhadas ao Fórum da cidade, por uma estranha decisão da Justiça, a ENTRADA DE JORNALISTAS FOI PROIBIDA NO RECINTO DE APURAÇÃO
* Logo depois, e alegando determinação já estabelecida, o TRE-RJ ZEROU TODOS OS VOTOS DESTINADOS Á ALAIR CORRÊA, OMITINDO DE FORMA CENSÓRIA ESTA INFORMAÇÃO AO PÚBLICO.
Não cabe á nós questionarmos decisões da onipotente Justiça, mas estranhar é um direito que nos assiste.
E muito mais estranheza todo este procedimento causa quando lembramos não apenas das vergonhas perpetradas na última eleição ("Marquinho é a Justiça e a Justiça é Marquinho"), como também do comportamento inaceitável e caricatural do TRE-RJ ao recusar-se a enxergar certidões apresentadas pelo candidato Alair - isso, mesmo sem ter sido intimado, conforme preconiza a lei.
Evidentemente temos um resultado sub-judice, mas NADA JUSTIFICA OMITIR O RESULTADO DAS URNAS, como se o mesmo tivesse o poder de decisão no deferimento ou não de sua vitória no TSE.
A sequência de acontecimentos é bastante estranha: primeiro, proibe-se a entrada de jornalistas na apuração - vale ressaltar que a midia é a única forma de auditoria independente na qual podemos confiar.
Depois, zeram-se os votos no site do TRE-RJ, para que ninguém mais saiba. Como resultado, o povo passa a escutar nas rádios e lerá amanhã em jornais que o candidato DERROTADO, JÂNIO MENDES, obteve 80% dos votos.
É uma manobra capciosa, indutora de erro e que fará muita gente não entender o que aconteceu, quando Alair for diplomado.
Pelo sagrado direito á informação, pela liberdade de voto, pela paz e tranquilidade no município, é preciso que o TRE-RJ REVEJA E REVOGUE URGENTEMENTE esta decisão de CENSURAR a contagem de votos de Alair.
Já sofremos vergonhas e violências legais inaceitáveis em passado recente.
Crer que a maioria esmagadora dos cabofrienses aceitará resignadamente outro golpe contra sua vontade soberana é esticar demais a corda.

ALAIR É O NOVO PREFEITO, COM MAIS DE 60% DOS VOTOS.
ATÉ QUE O TSE JULGUE, TUDO O MAIS É CONVERSA FIADA E BOATARIA!

Walter Biancardine

IMPRENSA BARRADA NA APURAÇÃO EM CABO FRIO


IMPRENSA IMPEDIDA DE ACOMPANHAR APURAÇÃO DOS RESULTADOS ELEITORAIS EM CABO FRIO! 

É PRECISO URGENTE UMA MEDIDA LIMINAR NA JUSTIÇA PARA PERMITIR O ACESSO DA MÍDIA, PARA EVITAR QUE EVENTOS SUSPEITOS POSSAM OCORRER!!!
A IMPRENSA DEVE TER SEU ACESSO LIBERADO JÁ!!!!

ATÉ AGORA INFORMAÇÕES DÃO CONTA DE VITÓRIA ESMAGADORA DE ALAIR CORRÊA, COM MARGEM DE MAIS DE 60% SOBRE SEU ADVERSÁRIO JÂNIO, MAS LOGO APÓS A DECISÃO PROFERIDA PELO TRE-RJ DE NÃO LIBERAR O ACESSO DA IMPRENSA AO LOCAL DE APURAÇÃO, SURGIRAM BOLETINS INFORMANDO VOTAÇÃO PR[Ó-JÂNIO MENDES DA ORDEM DE 60% NO SEGUNDO DISTRITO.


NUNCA É DEMAIS LEMBRAR DAS SUSPEITAS DE INTERFERÊNCIA INDEVIDA DO EXECUTIVO ESTADUAL SOBRE O JUDICIÁRIO.
LIMINAR JÁ!!!!!

sábado, 6 de outubro de 2012



Induzindo o erro

Não é segredo para ninguém que já há muito apoio o candidato Alair Corrêa.
Igualmente sempre afirmei não acreditar em “jornalismo imparcial”, uma vez que é feito por seres humanos dotados (graças a Deus) de paixões, preferências e repulsas.
Existe outra corrente jornalistica – notadamente os “diplomados”, que aprenderam coisas muito bonitas nas faculdades – a qual finca pé na existência de uma informação absolutamente imparcial, coisa que é direito deles.
O que não é nem está direito é um blog, dizendo-se parte integrante da corrente do “jornalismo imparcial”, secundar outros que são visíveis boletins de campanha – tal como o do Rubicundo ou os dos seus Efebos – e estampar notícia absolutamente tendenciosa, enganosa mesmo, aos seus leitores.
Neste blog, sua editora afirma que Alair Corrêa é o único candidato que não foi atualizado na página do TRE-RJ e lá permanece com sua candidatura indeferida – o que é verdade.
Logo depois – quase pode-se ver o fantasma de um Rubicundo guiando suas mãos – publica batidíssima entrevista da Ministra do TSE, Carmem Lúcia, na qual a mesma assegura que os candidatos “ficha-suja” não devem ter muitas esperanças. Ou seja: de uma só tacada a jornalista debita a acusação de ficha-suja para Alair, como também indica que, deste modo, votar nele é perda de tempo. O que é MENTIRA! O nome deste tipo de ação é INDUÇÃO AO ERRO, pois Alair NÃO É FICHA-SUJA! ELE NÃO ESTÁ ENQUADRADO NESTE TIPO PENAL!
Que decepção, minha colega!
A bem da verdade, por diversas vezes utilizei seu blog como fiel de balança, em termos de informação séria, sem os vôos de imaginação tão comuns nos blogs de ambos os lados da contenda – e agora você me sai com essa?
Tal como o próprio Jânio, teria você jogado fora uma reputação em troca de uma vaga perspectiva tentadora? Quais teriam sido as razões para uma mudança tão brusca em sua linha editorial?
Só o tempo dirá.
A verdade que sabemos é que juízes do TRE-RJ – por motivos quiçá espirituais ou porque não gostam que Alair fale “banêro” - recusaram-se, peremptoriamente, a encontrar a certidão negativa de antecedentes criminais do candidato. E é só!
Quantas vezes serão necessárias repetir isso aos ouvidos fanatizados pelo poder?
Ao subir o processo para o TSE – o qual, diga-se de passagem, possui jurisprudência contrária ás razões dadas pelo TRE-RJ para impugnar Alair – a normalização de sua candidatura é mais do que certa.
Adolf Hitler é o pai desta traficância. Dizia ele: “Repita uma mentira mil vezes. Repita mais, e mais, pois de tanto repetí-la, ela se tornará verdade na cabeça das pessoas”.
É a Gestapo dos Lagos em ação.

Walter Biancardine

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Imparcial?

É sabido que o Opinião defende a tese de que não existe jornalismo imparcial. Mesmo assim, caminhando para seus 3 anos de existência, jamais fizemos propaganda formal de candidatos em nossas páginas e é por isso que - prevendo a surpresa de nossos leitores - redigimos este breve introito: serve o mesmo para apresentar dois candidatos á vereador por Cabo Frio, cujas qualidades acompanhei e confirmei pessoalmente ao longo de vários anos de convivência.
São eles Emanoel Fernandes e Lulacal.
Conheço Emanoel desde os idos de 2006 quando eu ainda trabalhava na rádio Ondas FM e o acompanhava em seu cargo de Vice-presidente da Câmara de Vereadores. Tenho a certeza, pelo que ví pessoalmente, que trata-se de pessoa honesta, um dos raros que ainda tem ideais e sonhos para esta cidade.
Lulacal, o outro amigo, é velho companheiro de reportagens e daquelas enrascadas que só os jornalistas conseguem se meter. Me salvou de muitas delas e talvez este seja seu traço de caráter mais marcante: Lula é um sujeito que não deixa seus amigos ao mar. Estende a mão e faz tudo o que pode para ajudar.
Abaixo, as propagandas dos amigos - e o aval deste jornal sobre ambos, certamente merecedores de seu voto.

Obs: como na propaganda de Emanoel Fernandes não há nada escrito sobre ele, reproduzo breve resenha extraída de sua página em rede social:

Niteroiense nascido em 09/08/73, casado com Cristiane Fernandes e pai de três filhos, EMANOEL FERNANDES escolheu Cabo Frio para viver, sendo muito bem acolhido pelo povo que conquistou de vez seu coração. Filho de Emanoel Fernandes e Vera Maria Freire, foi à luta armado apenas de ousadia e dedicação para crescer na região. Foi Assessor Parlamentar do Legislativo Cabofriense e, em seguida, implementou relevantes ações sociais com o “Projeto Educarte”, um sonho que foi materializado com muita luta e que se transformou, oito anos depois, no “Instituto Social Educarte”. O objetivo do Instituto é dos mais significativos: Oportunidades aos cidadãos e alfabetização de adultos e idosos. Apaixonou-se pela atividade política nas funções administrativas que exerceu,ingressou no PSC em 1999 e no ano seguinte conquistou uma das cadeiras de Agente Administrativo. Em sua gestão pautou sua atuação no desenvolvimento efetivo das grandes questões sociais. Transformou o “Instituto Social Educarte” e o “Lar Esperança” em utilidade pública pelos relevantes serviços prestados a sociedade. Criou Leis como: A obrigatoriedade de guarda vidas em todas as embarcações turísticas em Cabo Frio; Criação do Conselho Tutelar do Idoso que colocou Cabo Frio como a única cidade do Brasil a ter um conselho específico a cuidar da tutela da terceira idade; Criou o Projeto de Resolução “Disque Melhor Idade” pelo telefone 0800 20611 para sanar problemas de maus tratos; criou a Comissão de Despoluição da Laguna de Araruama, uma vez que é, sem sombra de dúvidas, nossa maior riqueza natural, entre outras Leis de suma importância para a população. EMANOEL FERNANDES também é autor dos Projetos de Lei de criação da “Semana do Aleitamento Materno”, da “Semana da Ecologia”, o “Dia do Gari” – quem faz verdadeiramente Cabo Frio ostentar o título de “Cidade mais limpa do Brasil”; Fez indicações como a de implantação da “Academia Popular”, de pavimentação de diversas ruas no 1º e 2º Distritos de Cabo Frio, entre tantas outras. Também atuou para instalação de postos de saúde, escolas, praças, distribuição de correspondências em bairros extremamente carentes, água potável e muito mais. Pelo seu posicionamento forte e sempre voltado para as questões sociais e de extrema fidelidade à comunidade e a seus pares, chegou à vice-presidência da Câmara Municipal de Cabo Frio, quando obteve 15 dos 16 votos válidos, o que lhe credenciou também a ocupação da presidência em exercício do Legislativo. Foi líder da bancada do PSC, partido ao qual é filiado desde 1999, uma mostra clara da sua fidelidade e de compromisso partidário e com a mesma intensidade junto ao povo. Assumiu a Presidência do Partido Social Cristão onde demonstrou sabedoria em alavancar o PSC ao posto de segundo Partido do estado do RJ.


POR AMOR A CABO FRIO


Estamos a alguns poucos dias do pleito que irá decidir os rumos que Cabo Frio seguirá nos próximos 4 anos. O que queremos? A continuação de tudo que presenciamos neste octoênio perdido ou a troca, a renovação, o novo em termos de tudo aquilo que se propõe para o nosso município? Nos meios universitários já se compara este período de 8 anos de estagnação de Cabo Frio à famosa década perdida, termo que caracterizou a estagnação econômica vivida pela América Latina na década de 80.
Não é necessário irmos longe. Basta que façamos uma rápida pesquisa nos indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, não precisamos enveredar pelos números e pelas técnicas estatísticas. O rei está nu! Vamos dar uma volta por Cabo Frio: hospitais sucateados, sem médicos, sem enfermeiros, sem auxiliares de enfermagem, sem remédios, verdadeiras catedrais do horror! Ensino de baixa qualidade, com profissionais necessitando reciclagem, falta de creches, filas, preparo inadequado de alunos, o que remete analfabetos funcionais para as universidades e por aí vai! Se fossemos listar todas as mazelas preencheríamos algumas laudas.
De um lado, temos um candidato que se propôs a jogar fora o seu passado e se aliar com poderosos a fim de realizar um projeto pessoal. Fez um percurso maldito: como suplente de deputado estadual em exercício se destacou pelo apoio a grupos de interesses, votando com prejuízo para os bombeiros, policiais, profissionais da saúde, professores e, pasmem, como candidato recebe apoio – alguns dizem que um pouco constrangido (ou não!) – de uma prefeitura incompetente, rejeitada pela maioria dos cidadãos e promotora da falência de nosso município, além de suporte de toda ordem de um governo estadual abalado por gravíssimos escândalos É este grupo que almeja seqüestrar a cidade de Cabo Frio..
Quanto a isso, é interessante comentar a tese desposada pelo economista Pedro Nascimento quando, em emblemático artigo, demonstra que a cidade não faliu totalmente nos últimos 8 anos (2005/2012), em função dos 8 anos anteriores (1998/2004). Resumindo: A revolução urbana realizada por Alair Corrêa em seu último mandato foi de tal ordem que seus efeitos ainda se fazem sentir até hoje! Em suas palavras: “... a herança que recebeu (MM) foi tão grande que ele pôde optar por não trabalhar durante 8 anos, para dizer o mínimo. Porém, quem o suceder receberá de herança nada além de problemas e terá de trabalhar dobrado para compensar pelos seus 8 anos de absoluta paralisia”.
Ao longo desse período de propostas, Alair esmiuçou todo o seu Plano de Governo, deixando bem claro para Cabo Frio quais são seus projetos para a educação, saúde, turismo, cultura, habitacional, trânsito, fiscalização e posturas, segurança, esporte, lazer, inclusão social e dignidade do cidadão. Enquanto isso, na falta do que comentar sobre seus planos de governo, alguns pseudoespecialistas do adversário ficam entregues a exercícios simbólicos da numerologia da campanha ou a interpretações semânticas de palavras e frases, numa lógica que beira as raias da insanidade. Já outros, de menor valor, partem para o deboche, a grosseria, a agressão e a mentira
Aliás, Alair não precisa demonstrar a sua capacidade laboral, já por todos bem conhecida, que, associada à sua invejável disposição física, sobejamente demonstrada nesta campanha em longas caminhadas com sol a pino, pedaladas e comícios, visitações, reuniões de trabalho que, muitas vezes, varam as madrugadas, deixam alguns companheiros com a língua de fora, incluindo quem lhes escreve... Porém, o mais importante de tudo é, em primeiro lugar, o seu amor por Cabo Frio e, depois, a sua vontade firme e inabalável de fazer um governo para a história!
Se somarmos a tudo isso o seu conhecimento de gestão pública, sua experiência e seu idealismo, podemos ter certeza de que ele superará em muito o que já fez de bom para Cabo Frio e fará melhor!
Não podemos deixar de registrar que nesta fase final da campanha há certo destempero do candidato da máquina administrativa estadual e municipal, quiçá um furor ressentido, pois toda a trama urdida nos subterrâneos fétidos do poder foi em vão! Isso fica bem evidente em suas propagandas e no exibicionismo e extravagância histérica de suas penas de aluguel, em que exegetas políticos de poucas luzes despejam seus ressentimentos e fracassos recorrentes numa tentativa desesperada de atingir o inalcançável, a terceira margem do rio ...
E o mais curioso é que as últimas atitudes “a la Corleone” deste bizarro grupo surtiram o efeito oposto ao que eles esperavam. Isto só vem a confirmar que o povo de nossa cidade não suporta mais essas tentativas de estupro à dama de olhos vendados!
Mas, o mais importante é que nesse momento é preciso tomar muito cuidado e trabalhar intensamente para evitar o acontecido em passado recente. Cada cidadão cabo-friense deve se tornar um fiscal da democracia. É preciso que no dia 7 de outubro cada cidadão fiscalize e denuncie abusos, tentativa de compra de votos, eleitores fantasmas ou votando com outro título, adulterações, enfim qualquer tipo de crime eleitoral. Desta forma, poderemos exercer o voto livre, sem coação, que é o objetivo maior de qualquer sistema democrático.
Enfim, tudo está nas mãos do povo cabo-friense – o verdadeiro detentor do poder! 

Alberto Corrêa e Castro Neto





Salvo bruxaria, Alair já é prefeito!

O que se acabou de ver no debate promovido pela Inter TV, afiliada local da Rede Globo, foi a confissão implícita de derrota, por parte do candidato Jânio Mendes.
O mesmo, em sua primeira pergunta a Alair, disparou: “ - O que o senhor fará, como prefeito...”, ao invés de usar a adequada suposição “faria”.
Nem quero falar sobre o constrangimento de Jânio diante da observação que Alair fez do discurso do candidato de Marquinho, no qual Jânio insinua que “tudo o que se precisa para governar é o apoio (puxar o saco – nota do editor) dos governos Estadual e Federal.
Alair não teve meias medidas e foi direto ao talo, em sua réplica: “não é nenhum favor do Governador ou do Presidente; a Constituição MANDA o apoio aos municípios”.
Vexaminoso, e por isso prefiro ater-me a aspectos mais subjetivos do debate.
O sucessor que nega seu apoiador, Jânio “Hamlet” Mendes, definitivamente não é mais o mesmo que conheci há mais de seis anos atrás, na Câmara de Vereadores. Maneiroso, sorridente, ares desconfortavelmente íntimos de mim, telespectador, comportou-se como um apresentador de programas de auditório. Escorregadio, não deu uma só resposta objetiva ao que foi perguntado pelos outros dois candidatos, além de ter abandonado a gravidade e circunspecção que sempre foram características suas – talvez, por influência de seus novos “amigos”, seja esta a versão Jânio Paz e Amor replicada do inefável Lulla Lá. A bem da verdade, senti-me invadido por tamanha e não autorizada intimidade.
Perdulário, sequer soube tirar proveito de seu inegável dom para a oratória, de sua boa voz e melhor dicção em prol de uma persuasão convincente através de respostas concretas: tal como um bagre ensaboado, sorria quase cúmplice para o telespectador. De tal forma foi desagradável esta versão de animador de auditório que custei a acreditar que o debate se encerrou e Jânio não piscou – brejeiro – para mim!
Restou comprovado, após o debate, que a perspectiva de poder é moeda suficiente para que uns e outros se julguem pagos por atirarem na lama uma reputação, coerência e carreira construída ao longo de mais de uma década. E o que mais doerá ao candidato Jânio será constatar, após as eleições e a embriaguez da possibilidade do poder, que ele saiu menor – muito menor do que a desventura genética que o fez ficar na ponta dos pés para alcançar o púlpito dos debates. Jânio sairá anão em estatura moral.
Resta saber se este súbito amor entre Marquinho e Jânio, os Mendes, sobreviverá ao 7 de outubro.
Eu aposto que não.
Cláudio Leitão, a bem da verdade, não pode mais ser considerado como “uma grata surpresa”: já a um bom tempo o moço vem ganhando destaque no cenário político local com sua coerência e contundência em suas críticas e propostas.
É um novato na política, quase ingênuo – se me permitem o paradoxo – e com muita estrada pela frente. Se um dia conseguir se livrar da tola utopia socialista que ainda insiste em carregar como bandeira, poderá realmente ser uma alternativa viável para a Prefeitura – desde que se dê ao rapaz mais uns dez anos para aprender e amadurecer.
Visivelmente o mais natural e à vontade dos três – sem a intimidade inconveniente e teatral de Jânio e a paúra televisiva de Alair – exibiu corretamente, de forma ponderada e leve, as suas propostas e críticas. Bem articulado, bom no discurso e voz vagamente professoral, teve como único inconveniente suas mãos, quase italianas, a disputar as câmeras com o rosto do candidato.
E é justamente o dom da fala – presente em ambos – que faltou em Alair mas consagrou sua vitória neste debate. Rouco, jeito de operário que, por respeito a seu Deus, obrigou-se a vestir um terno e ir à igreja após um dia inteiro de suor e trabalho duro, o veterano e virtual prefeito de Cabo Frio mostrou exatamente o que o povo quer de volta nesta cidade: pouca conversa e muito trabalho, mas trabalho de macho, coisa de calejar as mãos, acordar as cinco da manhã e ir fiscalizar obra.
Alair deu ao eleitor neste debate o conforto da esperança em dias melhores, a segurança de saber que teremos na prefeitura não um animador de auditório ou um bom moço, mas um chefe de família responsável e trabalhador, que estará de pé enquanto todos dormem, para garantir que a cidade funcione para nós.
Bendita rouquidão de Alair. Ela é a mais perfeita tradução da doação extrema de um homem pela sua cidade, por seu povo.
E será pelas mãos calejadas deste homem, pela sua voz desgastada nos chamando ao dever, que teremos novamente nossa Cabo Frio de volta ao lugar que – por inação e descaso dos que apoiam Jânio – jamais deveria ter saído: o lugar de “Capital da Região dos Lagos”.

NOTA: no jornal RJ TV da InterTV, desta quinta feira, apareceram os três candidatos. Leitão, falando para a câmera sozinho, Jânio depondo diante de uma razoável quantidade de seguidores e Alair, carregado nos braços de uma multidão tal que nem mesmo sei onde foi o comício ou seja lá o que aconteceu.
Está explicada a rouquidão do homem.

Walter Biancardine

quinta-feira, 4 de outubro de 2012



A triste figura de um Sinistro do Supremo

Pior que um rábula, só um com pouca inteligência e que igualmente não acredite na inteligência alheia – pois como ele mesmo – Ricardo Lewandowiski, Sinistro do Supremo e mais conhecido como Tio Funéreo – afirma, só “acredita no que vê, e não em Papai Noel”.
Afirma o mesmo que a “teoria do domínio do fato” só seria plausível diante de situações de guerra ou graves perturbações internas – e arrota, arrogante, seus conhecimentos em um alemão falado nas docas.
Esta teoria surgiu na Alemanha, no final da década de 30, e foi atualizada – e não criada, como afirmou Tio Funéreo – depois por Claus Roxin na década de 60. O alemão Welzel a pariu, em 1939, e nunca sofreu qualquer contestação teórica de Roxin, ainda que o Sinistro do Supremo não o saiba. A teoria foi aperfeiçoada para assegurar a punição dos chefes das tropas de Hitler e, anos depois, dos oficiais envolvidos no assassinato de fugitivos do Muro de Berlim.
Pelas leis comuns, só os soldados, que estavam na linha de frente e atiravam contra os fugitivos, eram passíveis de condenação. A teoria do domínio do fato permitiria a responsabilização criminal de coronéis e oficiais que, mesmo não estando no front, tinham o poder de impedir os crimes com uma simples ordem aos soldados de plantão.
Logo depois, a teoria começou a ser usada para punir chefes das máfias italianas e outras organizações criminosas, sob a mesma lógica. Os chefes quase nunca deixam digitais nos crimes cometidos pela base das quadrilhas – ou, como diz a Ministra Rosa Weber, “o corrupto não emite recibo de sua corrupção”.
Em seu voto, após o Sinistro Lewandowiski citar a historieta acima, a Ministra sustentou que “nos crimes de guerra punem-se, em geral, os generais estrategistas, que desde seus gabinetes planejam os ataques, e não os simples soldados que os executam”. Rosa Weber fazia referência à ideia central da teoria, que prevê a responsabilização criminal do chefe de uma organização, mesmo que ele não apareça na cena do crime. É o que os alemães chamam de “o autor por detrás do autor”, e é o que Dirceu e seus capachos mais temem, em seus pesadelos atrozes.

Mensalão é um atentado a República e ao regime democrático

Ainda assim, e sem sentir nenhum resquício de vergonha, o Sinistro Revisor ameaçou os colegas, dizendo que seriam gravíssimas as consequências se, não obstante, votassem a existência da compra de votos, já que a reforma da previdência – entre outros – teria sido fraudada. Ora, ninguém contestou o Excelentíssimo para perguntar se estas mesmas consequências “gravíssimas” já não seriam razões suficientes – consoante com sua peculiar interpretação da teoria acima – para considerar o mensalão como um atentado à República e, por conseguinte, uma grave perturbação interna?
Pois Funéreo não se satisfez: no afã de exibir um suposto conhecimento jurídico e agradar seus donos – Dirceu e Lula – ignorou provas – alegando que o que não está nos autos não está no mundo, e valeu-se de impressões pessoais sobre o “caráter” de acusados, em uma clara contradição do que ele próprio dizia. Precipitou-se explicitamente na escravidão, entretanto, quando atacou o Ministério Público de maneira desrespeitosa e agressiva, debochando inclusive da doutrina defendida pelos pares, nos votos anteriores.
O magistrado vota com a sua consciência, espelhada em seu voto. Foi a abominável e indisfarçada distorção de fatos, conceitos e escolas acadêmicas que mostrou um Ministro do Supremo abandonando seu elevado posto e descendo, célere, para ombrear-se aos piores rábulas, defensores de porta de xadrez. O Sinistro do Supremo mostrou, para quem quisesse ver, que não passava de um advogado de defesa, e da pior extração.

Livrando a cara do chefe a qualquer custo

Funéreo insiste em absolver réus com base na teoria de que não houve compra de votos. Ora, como pode ele então ter condenado Marcos Valério e outros, por corrupção?
Insiste o Sinistro do Supremo em fincar pé no desmerecimento da prova testemunhal – que ao meu ver é a mais importante, posto que baseada na mesma presunção de inocência (e boa fé) do testemunho, presunção que Funério apenas invoca quando favorece Dirceuzinho – mas ao mesmo tempo invoca miríades de testemunhos, considerados “valiosíssimos” por ele, para exaltar a inocência de seu cliente, José Dirceu.
A verdade é que o relator baseou grande parte de seu voto em depoimentos de aliados dos petistas e de figuras que, se reconhecessem a existência do mensalão, poderiam ser responsabilizadas judicialmente.
Na versão do Sinistro do Supremo, coube a Delúbio e ao publicitário Marcos Valério a decisão política de corromper deputados e a tarefa de providenciar os recursos ilícitos que consolidariam a empreitada. Geniais, a dupla teria conseguido arrancar milhões de um banco sem que a direção do PT ou seu chefe maior – Dirceu – soubesse.
Tio Funéreo ficou sozinho: um a um, os Ministros começaram em apartes e, sem sequer corar, o Sinistro do Supremo teve de ouvir críticas dos outros ministros a respeito dos pontos fracos de seu voto. "Vossa excelência condena alguns deputados por corrupção passiva, entendendo que houve repasses de recursos para algum ato, provavelmente de apoio político. Também em seu voto condena Delúbio Soares como corruptor ativo. Não está havendo uma contradição?", disse Gilmar Mendes, apontando a falta de coerência entre a postura anterior de Tio Funéreo e o voto dele no caso de Dirceu.
Marco Aurélio Mello, por sua vez, estranhou o Sinistro do Supremo condenar Delúbio, então tesoureiro do PT, mas absolver José Dirceu e José Genoino, manda-chuvas do partido na época: "Vossa excelência imagina que um tesoureiro de partido político teria essa autonomia?", indagou.
Celso de Mello, o mais antigo Ministro da corte, também se pronunciou para questionar Funéreo, quando o revisor tentou apontar uma contradição na tese de Joaquim Barbosa – que houve compra de apoio político no Congresso: "Compra-se a Câmara mas não se compra o Senado?", perguntou o Sinistro. Celso de Mello lembrou o óbvio: "Talvez porque não houvesse prova de que houve compra no Senado", disse, lembrando que o que está nos autos pode ser apenas parte de um esquema maior.
Mais cedo, o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, rebateu o colega revisor e lembrou que Roberto Jefferson não desmentiu à Justiça o que afirmou à imprensa e ao Congresso, quando denunciou o mensalão.
Cada Dirceu tem a Marília que merece.

O fim da sessão

Nitidamente amedrontada, nervosa e gaguejando bastante, foi até compreensível o temor exibido pela Ministra Rosa Weber ao proferir seu voto. Coerente, minucioso e acurado, talvez sejam essas as razões de tais possíveis receios – afinal, juízes são apenas seres humanos; tem maridos, mulheres, filhos, pais, mães...e Tio Funéreo tem o guerrilheiro terrorista Zé Dirceu e o cangaceiro stalinista Genoíno – uma dupla para a qual não se vira as costas.
De comportamento mais desassombrado foi o Ministro Luis Fux, que fulminou – uma a uma – as pobres razões de Funéreo e, de quebra, utilizou-se do mesmo autor Roxin para contestar os balbucios funéricos.
O mais engraçado entretanto – e que, infelizmente, ficou para semana que vem – foi o gozador Fux citar um juizo condenatório do próprio Supremo, que justificava a tese de que "indícios reforçados tem poder condenatório sobre os réus" – exatamente o contrário dos “meros indícios” fartamente expelidos pelo Sinistro.
Seu autor? Dias Toffoli – que vai ter muito o que explicar pro Papai Lula, Tio Dirceu e aquele jagunço enfezado deles, o cabra Genoíno.

Nota: sempre é atual a genial série de reportagens de David Nasser para os Diários Associados - "Falta alguém em Nuremberg" - teoricamente sobre analogias entre os criminosos nazistas e o regime ditatorial de Vargas, mais precisamente centrado na figura de Filinto Muller. 
Delúbios e Marcos Valérios não poderiam ter feito o que fizeram sem o conhecimento e anuência de Zé Dirceu. E Zé Dirceu? Poderia ter feito o que fez, sem o conhecimento de seu superior?
Valho-me da mesma sutileza de Nasser para afirmar que falta alguém a ser julgado no Supremo.

Walter Biancardine




quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Para pensar na cama

Dr. Ives Gandra

Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituidas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15%  de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiado por dinheiro público, para realçar as suas orientações sexuais - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do governo!

Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', simplesmente porque esse cumpre a lei.

Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema?

Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.



Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra:
"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." 

Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Professor e Orador Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).

(*Ives Gandra da Silva Martins, é professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).