sexta-feira, 2 de novembro de 2012


PARA OS QUARENTÕES, CINQUENTÕES E ... 

Se você já passou dos cinquenta, prepare-se porque logo, logo, vai começar a sofrer de TPC.
Para quem não está ligando o nome à coisa, explico: TENSÃO PÓS CINQUENTA.
Só os homens sentem isso, porque mulher não faz cinquenta nunca! No máximo...49!
Console-se porque todo mundo, um dia, vai envelhecer.

Lembra-se de quando você tinha vinte anos e sofria por bobagens, como ter que usar creme anti-acne? Agora tem que usar gel para dor muscular...
Lembra quando você se apaixonava e achava que o teu coração te maltratava? Experimenta agora subir correndo um lance de escada...

O que é uma fimose diante de uma artrose?
O que é um band-aid, diante de um emplastro?

O pior é quando você percebe que ao invés de ter quatro membros flexíveis e um duro, passou a ter quatro membros duros e um mole!
O problema maior já não é aquela primeira vez que você não consegue dar a segunda e sim a segunda vez que você não consegue dar a primeira!
Agora, você nem se importa mais em tirar a roupa e não provocar desejo, não provocando riso, já tá ótimo!
Aliás, sexo depois dos cinquenta, se você conseguir, é que nem pizza... mesmo ruim, tá bom!

Os médicos dizem que sexo depois dos cinquenta é importantíssimo! Ajuda na circulação sanguínea, nos batimentos cardíacos e que deve ser praticado no mínimo três vezes por semana!
Então você pergunta: -Com quem?
E, se você for casado, então... não existe a menor possibilidade que isso aconteça!
E se for solteiro e coroa, também não.
E ainda dizem que depois dos cinquenta o homem fica mais sexy...só se for sexy-agenário..
Mas se você estiver solteiro, pode conseguir casar depois dos cinquenta e fazer sua lista de presentes de casamento numa farmácia...

Dizem que a vida começa aos quarenta... Verdade!
Só que em vez de um pediatra, você começa a frequentar um geriatra...
Em vez do teste do pézinho...vai ganhar o teste do dedinho: Um bom exame de próstata!
Depois dos cinquenta o romantismo muda para reumatismo... Mas, você pode correr atrás do prejuízo. Corra numa esteira, num parque, não importa...

DICA:
Depois da corrida, tome um açaí com prozac e meio viagra.
Sua depressão vai desaparecer na hora...se você não morrer!

Ricardo Villarinho é jornalista old school, dos tempos de 68, e já trabalhou em tudo que é jornal que presta, tipo O Globo, e por aí vai. Ele também acredita que a vida começa aos 50: a vida após a morte!
Misérias diversas


Norte magnético X norte geográfico
É gratificante quando amigos se prontificam a apontar o rumo certo que nós, por vezes, não conseguimos divisar entre as brumas. Beth Michel, navegadora como eu mas com bússola mais calibrada, postou quase uma “aula” sobre o que realmente está se passando nas sessões de UFC, MMA, ou seja lá como chamem o Vale-Tudo na Câmara de Vereadores atualmente.

Fim de festa
É o que parece estar ocorrendo, deduzindo-se dos relatos da amiga. Sumiu todo mundo e ninguém quer ficar lá pra arrumar a bagunça e lavar os copos. Soma-se à isso o fato relevante – exposto por Beth – que, seja lá por quais razões, o presidente da casa Silas Bento entendeu de tomar umas atitudes um tanto quanto, digamos, atabalhoadas. O cara deve estar nervoso com a possibilidade de ser obrigado a faxinar a casa sozinho, após a festa.

Alternativa
Ou não. O nervoso pode ser uma “Vice-Prefeitite” galopante que, quiçá, teria subido à cabeça do pobre moço. Seja lá o que for, não sou psicólogo e a única coisa que posso fazer é insistir no tema de que devemos deixá-lo lamber suas feridas sozinho. Platéia, nestes casos, só agrava os sintomas e dão margem à assuntos que já deveriam estar quietos há muito tempo. Sim, porque sujeira se limpa na hora em que acontece, e não na hora que convém.

Alternativa II
Ou não, de novo. O nervoso pode ser conjunto – Silas Bento ansioso somado à mídia hiperativa, sedenta de novidades e sem assunto para comentar. Vale lembrar o último editorial do OPINIÃO, que perguntava: “por que só agora resolveram escarafunchar os mal feitos do homem?” Seja lá como for, é mais um pepino para nosso novo prefeito descascar. A sorte é que Alair é o cara. Fosse outro sujeito no lugar e o mesmo estaria já dando faniquitos, dizendo que “querem desestabilizar o processo de transição”.

Nervosinho
Outro que anda com os nervos à flor do copo é o (vá lá) jornalista Moacir, o Cabral. O homem teve uma crise de ovários e desandou a publicar imprecações contra Alair, chamando-o de caloteiro, o escambau. Faz sentido: qualquer um que não pague pra sair bem na foto de seu jornal, no raciocínio envelhecido 12 anos do referido, é caloteiro. O alambique do Cabral vai secar, a menos que ele se pendure em outra Prefeitura.

Nervosinho II
O pobre Cabral é um incompreendido, que não teve seus méritos jornalísticos reconhecidos pela plebe ignara – da qual faço parte. Havemos de creditar a ele a ressurreição da “Oposição Vagalume” - acende e apaga conforme as faturas das prefeituras vão sendo pagas – ou não. Momô – para os íntimos – copiou de Assis Chateaubriand o jornalismo de “alavanca”, que pretende chantagear quem não quer anunciar. Se deu mal, pois o baixinho de Umbuzeiro era um intelectual, discutia Nietszche com o próprio, falava uns 4 idiomas e construiu um império que elegeu e depôs presidentes da República. Cabral? Bom, Cabral até conseguiu botar uns cupinchas na Prefeitura. E fala aquele dialeto estranho do Engenho de Dentro.

Nervosinho III
Não convidem o blogueiro Álex Garcia para a mesma mesa. Qualquer mesa.
O cara tá brigando com todo mundo; já brigou com Marquinhos (apoiadíssimo), com Cabral, com Silas Bento, com a blogueira Beth Michel – o cara já brigou até com Alair!
Eu chamo Álex pra uma mesa sem problemas. Desde que o garçom me traga uma Maracujina Pet de 2 litros!

Nervosinho IV
Não convidem o Macaco Tião e Jânio Mendes para a mesma mesa – esteja a mesa onde estiver, que não vou dizer pois não sou besta de tomar mais um processo pelas fuças.

Missa de 30° dia
E se passaram quase 30 dias desde o passamento – tardio – do blog do Obronho. E ninguém sentiu falta. Obronho deve estar se recuperando da vertigem causada pela “curva ascendente, que cresce sem parar”, da campanha de Jânio – o Maluco da Gamboa, que já até anunciou secretariado!
Saudosista que sou, relembro a velha pergunta: Obronho, por que o senhor apagou as postagens contra o Cabofolia, depois que Froilan começou a anunciar o evento em seu blog?
Recordar é viver!

Assim é a mídia amestrada
O mais engraçado foi ver o mestre Obronho afiançar, jurar por tudo que os comícios de Alair eram um deserto, enquanto os de Jânio juntavam uma multidão bíblica, cada vez maior. Até foto de comício supostamente vazio o obeso postou, dizendo que era a prova do “fracasso de Alair”.
Deve ser por conta do tal “fracasso” que Alair surrou Jânio com uma diferença cavalar de votos. Não fosse o fracasso, Jânio teria permanecido atrás de sua mesinha em Búzios, ao invés de pagar esse mico patrocinado por Memê e aquele outro, lá das Laranjeiras.

Secretariado
E já que está na moda fumar bosta de cavalo, anunciar que vai tomar posse e anunciar secretariado, preparei um bom chá pra curar minha azia e anunciarei aqui meu secretariado, para quando eu tomar posse da Prefeitura em 31 de fevereiro:

Procuradoria: São Longuinho

Secretário de Gabinete: Serguei

Secretário de Educação: Dercy Gonçalves (in memoriam)

Secretário de Cultura: Dona Diana, a Bin Laden do sinal

Demais secretariados: tudo meu, na minha mão, que sou avarento e sedento de poder!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


O CASO SILAS BENTO: O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Casa Azul, 31 de outubro de 2012

A boca que fala é de prata, mas a boca que cala é de ouro – antigo ditado que assegura ser o silêncio muitas vezes superior ao palavrório, por vezes, inconveniente.
Valho-me das frases alheias para justificar o longo silêncio que o OPINIÃO se impôs, logo na semana seguinte à vitória acachapante de Alair Corrêa nas urnas. O raciocínio é o seguinte: o OPINIÃO ainda não voltou ás bancas, não é um jornal papel e, sequer, teve a pretensão de ser um blog diário, ainda nesta fase de amadurecimento que vivemos. O ponto complementar é que, diante de uma vitória tão bonita quanto a de Alair, nada mais há para ser dito.
Espasmos de derrotados, afirmando que assumirão e que já tem até secretariado devem correr por conta de alguma medicação que os mesmos talvez estejam tomando para aceitar a derrota; editoriais de empresário boteco-etílico-jornalista – sim, aquele! Quem leu o Lagos Jornal nos áureos idos de 2008 lembra-se que, para responder às patadinhas de calango do referido editor, bastava-nos um repórter, no caso, eu – igualmente sequer merecem comentários após a resposta definitiva dada por Andréa Corrêa, filha de Alair. Desvairios esquerdopatas da dupla de pobres efebos devem ser vistos com a devida piedade: órfãos de Obronho, um esganiça sandices acadêmicas, outro sequer cria – apenas copia o que seu irmão mais velho escreveu, e lasca em seu blog Mangá.
Assim, do alto de minha absoluta ignorância dos bastidores da política – eis que nunca tive a pretensão idiota de ser “o cara que sabe o que realmente se passa nos subterrâneos” - vejo com espanto que a falta de assunto pode provocar comichões em gente que, ao que parece, está achando tudo meio chato, parado, modorrento, e sente falta de um agito.
Assim, a bola da vez chama-se Silas Bento.
Não conheço o rapaz, apenas por acenos e cumprimentos formais. Não sei se é Flamengo ou mesmo se tem uma nega chamada Tereza – e nem quero saber. O que sei é que o supracitado é vice de Alair, e confesso que não entendo mais nada.
Se Silas tem realmente contas a acertar, se o rapaz andou fazendo besteiras graves, isso – a meu ver – seria assunto para ANTES de sua escolha para compor a chapa. Por quê diabos não trouxeram isso à baila antes, para o conhecimento de Alair? Agora, neste momento em que apenas aguarda-se um bater de martelo do TSE, resolve-se escarafunchar os alegados malfeitos do homem e distribuir munição para opositores inconformados. E pior: ao que parece, é gente ligada à Alair quem está tomando a iniciativa em cutucar o assunto.
Repito minha ignorância do que se passa nos bastidores do poder – e mesmo se este é um “caso de bastidor”, pois a mim mais parece falta de assunto – mas penso que é de uma inconveniência olímpica, uma falta de senso de oportunidade, falta de “timing” mesmo.
Um vereador Taylor deita falação na Câmara contra o vice-prefeito que, sob a sombra da chapa Alair-Silas, garantiu sua reeleição. Um Álex Garcia – seus desafetos podem dizer tudo sobre ele, menos que não está do lado de Alair – igualmente ecoa o assunto em seu blog, e até mesmo o pacato James Santos enfia o pé no jacá e tira sua casquinha no blog da Beth Michel – que não perdeu viagem e também deu o seu pitaco.
Confesso que nada mais entendo, digo isto sem medo e igualmente tranquilo quanto à minha amizade e respeito para com todos os blogueiros que citei acima.
O que entendo é que – tal como eles – estive ao lado de Alair por longos e sofridos cinco anos, fui processado por Marquinho, sofri como muitos a discriminação de estar do lado perdedor e sob um governo revanchista, e milhares de pessoas como eu – simples mortais – igualmente não devem estar entendendo nada.
Afinal, de que lado essa turma está? Se antes de Alair finalmente assumir o lugar, que por direito lhe pertence desde 2008, o povo já está em processo autofágico, resta a certeza – ao menos – de um preocupante sintoma de desunião do grupo. Se alguém sabe a resposta, por favor me esclareçam – as páginas do OPINIÃO estão à disposição!
Ainda assim, resta a questão Silas – o que fazer?
Confesso que não sei, e se soubesse eu não seria um pobre repórter – seria vidente cigano e estaria ganhando uma boa grana. Deixo esta decisão nas mãos experientes de Alair Corrêa, que já descascou abacaxís muito piores do que esse.
A única coisa que sei é que ficarei muito brabo se, por conta dessas firulas, o meu candidato vitorioso Alair, com quase 60% dos votos, assumir com um terno sujo da poeira atirada por seus próprios e afoitos seguidores.

Walter Biancardine

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

The House of Rock and Roll também é cultura!


Não há nada que um bom dia de surf não cure?
Ditado conhecidíssimo e também um dos mais verdadeiros! Todo surfista sabe disto!
Contando com isto, hoje cedo, resolvi pegar onda antes de descascar os pepinos do dia a dia.
Coloquei o long-board na pick-up e fui para Geribá. Chegando lá vi que meu filho, Luis Felipe, tinha tirado a cordinha da prancha e, assim, voltei em casa e aproveitei para trocar o long pelo stand up que era mais apropriado para aquelas ondas.
Cheguei à praia e vi que havia esquecido o remo e voltei em casa para pegar. Cheguei em casa. O remo não estava lá. Concluí, então, que o Luis Felipe devia ter esquecido o remo na casa do amigo e meu afilhado João. Peguei o remo e fui para a praia.
Tirei a prancha do carro, fechei tudo e quando cheguei na areia e coloquei a prancha no chão eu notei algo esquisito...a prancha estava sem quilha! Adivinhem! O Luis Felipe pegou minha quilha em um dos seus experimentos surfisticos e não a colocou de volta. Pensei em ir sem quilha, em colocar um pedaço de disco de vinil como eu fazia na época do píer de Ipanema quando eu pegava onda de prancha de isopor, mas desisti. Já não sou grande coisa! Sem quilha então!
Voltei para o carro, coloquei a prancha no rack do carro, limpei a areia dos pés e fui até em casa pegar a quilha. Peguei a de uma prancha e não deu, peguei a de outra e desta vez deu certo.
Toquei para a praia de novo. Desta vez estava tudo certo. Finalmente, consegui entrar na água e pegar umas ondas.
Já cansado, peguei uma onda para sair, caí e levei com a prancha, pequenininha, na cabeça.
Puta merda! Cacete! @#$%&¨* !!! – disse.
Esta foi a gota d’água! Não é possível! – disse, logo depois.
Vi que estava realmente na hora de ir embora e já estava mais do que na cara que eu não deveria ter ido pegar onda. Mas, agora, o que mais poderia acontecer?
Subi a areia, entrei na servidão e, depois, quando cheguei no carro, encostei a prancha no poste e...pronto!
Meu pé foi envolvido por uma substância pastosa, escorregadia, ainda morna, que entrava por entre meus cinco dedos.
MERDA !!!! - pensei, disse,senti e cheirei!
Aprendizados do dia:
-Não há ditado que não possa ser contradito.
-Não há situação ruim o suficiente que não possa piorar.


Luis Antônio


Luis Antônio Biato surfa, pedala, pilota moto na estrada, pula de moto nas trilhas, sobe em árvore, assobia, chupa cana, atende o telefone e ainda quebra seu galho dizendo que você não está. No meio disso tudo, consegue arrumar pulmões pra arrebentar nos vocais, lá no THE HOUSE OF ROCK AND ROLL!



quinta-feira, 18 de outubro de 2012



A ditadura sem máscaras

Casa azul, 18 de outubro de 2012

Vejo cada vez mais, aqui e ali, publicarem matérias e artigos onde, finalmente, percebe-se que o povo acordou.
Articulistas de prestígio, que não arriscariam seu bom nome duramente conquistado rendem-se, enfim, à inescapável constatação de que vivemos uma proto-ditadura – nascida de sete meses, que apenas aguarda a incubadora das eleições chegar para expor, sem nenhum pejo, suas garras ao país e revelar-se como tal, sem disfarces. Um irmão bastardo do chavismo, cujos gêmeos se espalham pela triste América Latina; concebido como projeto de poder e amamentado pelo ódio ao TSE e á toda mídia livre, que expôs suas fraldas sujas.
Palavras como “regime de exceção”, “autoritarismo”, “ditadura” e até “atentado contra a República” (no caso do mensalão) são, cada vez mais, presentes nos textos dos articulistas mais consagrados e ponderados.
As opiniões sobre como nos livrarmos do jugo petista são várias, mas o temor é um só: que uma reação violenta enseje nova ditadura, em um processo de simples substituição do ditador.

Penso que vivemos uma situação singular, na qual não podemos utilizar dados de um passado relativamente recente – 1964 – já que, à época, existia um claro e forte componente idealista em ambos os lados. Hoje, o que existe é o mercantilismo do poder e, como tal, o teor das reações contrárias são imprevisíveis mas – tristemente – justificáveis em um primeiro momento.
O PT no poder demonstrou, através do mensalão, que não existe a menor conotação ideológica em suas ações. A busca pela hegemonia, poder absoluto e perpétuo, tendo como base a compra de gente, revelou ao país a cínica face dos monstros que empunham bandeiras vermelhas contra o capital, mas elegeram o dinheiro como seu único e soberano norte ideológico.

Tolice é, portanto, imaginar que um mensalão servirá de freio ás suas ações torpes no Congresso: novas votações virão, e com elas, novas compras de gente pelo PT, tal qual vimos recentemente nas eleições no nordeste. O PNDH III volta à baila, não só como brecha para a censura de imprensa mas, igualmente, como vingança e aviso: “não mexam com o PT”, já disse um inominável esquecido.
Igualmente ingênuo será supor que pararão por aí. A coisa é muito maior, mais ambiciosa, e tem como objetivo unir toda a América do Sul em um continente de ditaduras, uma espécie de “Mercado Comum do Absolutismo”, com vistas ao enfrentamento do eterno objeto de inveja “esquerdista” (parêntesis sim, pois não é mais ideologia): os Estados Unidos da América do Norte.
A máxima taoísta está em pleno vigor: “esvazie as cabeças, encha os ventres”. O assistencialismo, aliado ao eterno carnaval, forjaram uma geração de frouxos que só agora – mal e mal, pois nem 5% do país sabe ou se importa com isso – começa a cair na triste realidade liberticida.

O fato inconteste é que, por vias legais e constitucionais, eles não sairão do poder. Comprarão tudo, todos, Deus, o diabo e até a terra do sol se preciso for.
Tristemente, é o que já podemos observar acontecer, pontualmente, em diversos rincões do país. Governadores, deputados e senadores aliam-se aos ditadores – uns por medo, outros por malícia e cálculo, mas todos se dão as mãos contra a presa inerte, o Brasil.
Estamos tangenciando o maelstrom de uma reação e tudo dependerá do comportamento do Governo Federal, logo após as eleições.

Para aqueles que temem as balas, não se esqueçam que mesmo São Tomás de Aquino já dizia que a “reação, se é para reparar a ordem, é benéfica e necessária”.
Para aqueles que apostam que tudo terminará na Marquês de Sapucaí, eu, em absoluto desdenharei: tristemente, ainda não encontramos qual é o limite de nossa dignidade.
Sempre podemos ir mais abaixo.

Mas os avisos já foram lançados.

Walter Biancardine

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Misérias diversas

Já começou!
O blogueiro pseudo-jornalista e efebo de Obronho nas horas vagas, conforme previsto neste blog ontem, já lança suspicácias malévolas (aháá!!!) sobre o tiro tomado pelo fotógrafo Marconi, em São Cristóvão. Segundo o paranóico-persecutório-bloguista, a polícia precisa “ficar de olho se queriam só a máquina fotográfica ou o conteúdo das fotos”! É um gênio que a KGB perdeu!

Novidades na mídia?
E o blog Cartão Vermelho voltou, finalmente! Insisto entretanto em meus dotes mediúnicos, que apontam a possibilidade de grandes novidades midiáticas muito bem recheada de novos e ansiosos patrocinadores, nas plagas cabo frienses. Aguardemos.

Não passa nem agulha
Enquanto isso, o outro efebo do Rubicundo continua postando artigos relativos à suas amizades do tatame. Calma rapaz, o pessoal de Alair é de paz e quem espalha essas mentiras são vocês mesmos, que se esquecem de avisar aos parceiros (no caso, você) sobre os boatos novos veiculados.

Pegou pesado
E por falar neste último e assustado blogueiro teen, não é pra menos sua paúra: postou uma foto de um comício de Hitler nos anos 30/40, com os dizeres que “cada povo faz as escolhas que quer, mas se arrepende tarde demais”. Cara, isso é feio. Pra você, Alair é um novo Hitler, então?
Mesmo que você odeie profundamente o cara (coisa que duvido, pois não tens idade para o ódio nem amor extremos), será que não estás pintando com cores fortes demais e emprestando ao cara uma dimensão que ele nem quer ter? Sossega o facho, menino, senão em breve dirás que a guerra no Iraque é culpa de Alair!

Censura
A 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), reunida desde o dia 12 em São Paulo, terminou nesta terça-feira (16) com a eleição de uma nova diretoria e com um alerta sobre o aumento das ameaças contra a liberdade de imprensa nas Américas. Na Argentina temos uma louca, Cristina Kirschner. Chaves, Evo Morales e outros quetais, nem vale a pena comentar. Já aqui, no Brasil, temos a “vingança” petista contra tudo, todos, mídia e STJ, prometendo o retorno do pútrido e censório PNDH III.

Censura II
Segundo o texto de conclusão da assembleia, "a violência contra a integridade física dos jornalistas e a crescente intolerância dos governos autoritários são os principais problemas que a imprensa independente no continente enfrenta hoje". O documento destaca o assassinato de 13 jornalistas nos últimos seis meses no México, Honduras, Brasil e Equador "apenas por realizarem seu trabalho".
Quando eu falo do PT vocês acham que é perfumaria, crianças?

Bomba prevista. Bomba?
Conforme previsto por Pai Francisco do Gurirí – mais conhecido como Professor Chicão – já começaram as “bombas jurídicas” contra Alair, alcovitadas nos escuros corredores que ligam o Palácio das Laranjeiras ao prediozinho Tiradentes, na Avenida Assunção: tanto zumbiram na cabeça do MPE que o mesmo enviou um pedido ao TSE em Brasília, para que devolva – isso mesmo – devolva o processo de Alair ao TCE-RJ, porque agora o referido MPE aqui do Rio – leia-se Cabral – entendeu que o TCE-RJ é competente para julgar as contas do ex-prefeito. Ainda segundo o informe postado por afoito, ansioso e esperançoso Efebo, Alair teria um porrilhão de contas erradas. O menino só não explicou que tanta raiva é essa, que o levou a chamar o MPE de relapso e incompetente, não determinando que o TCE cumprisse a tarefa antes. Coisa de garoto.

Secretariado
Leio nas linhas da querida amiga Beth Michel – que rouba-me, consentido prazeirosamente por mim, artigos do Opinião – seu desabafo sobre gente querendo saber quem vai ser secretário do quê, no governo Alair – aos quais ela, invariavelmente, responde que não faz nem ideia.
E não faz mesmo. Conheço a Beth e sei que – ainda que ela suspeite com bases fortes e justificadas – jamais manifestaria seus “achômetros”. Beth é artista plástica mas guarda, lá no fundo, um secreto arrependimento de não ter seguido a poderosa banca advocatícia de seu pai. E, como boa “jus diletante” (perdoem-me, criei esse monstrengo agora!), só fala o que pode fundamentar.
Até porque ela não é da turma que quer ganhar prestígio posando de “responsável pela indicação” de alguém ao secretariado.
Capisci, bambini?

terça-feira, 16 de outubro de 2012



Bloguices e Efebos

O silêncio obsequioso que o fim do Jornal do Totonho nos proporcionou, como tudo de bom nesta vida, não foi uma alegria completa.
Infelizmente, desde os tempos da campanha do “diferente”, o rubicundo blogueiro cercou-se de dois efebos que o secundavam, em evidente babação imitativa, mimetizando-o tristemente no que havia de pior: sofismas, deboche e cegueira dogmática.
Um deles, após a derrota do 12 e em uma reação que bem denuncia seus verdes anos, acreditou nas mentiras de seu mestre rubicundo – que insiste em alardear um Alair vingativo como a peste – e danou a publicar seus dotes de karateca em seu blog.
O outro, emparedado atrás de tantos diplomas ostentados em sua página, e que impedem sua visão da realidade, resolveu prosseguir com a obra de deboche e desinformação daquele que agora – desgostoso e birrentinho – recolhe-se em seu tão propalado “silêncio obsequioso”.
E não são outras as razões do desgosto do internauta cabo friense além do sofrer a leitura de tais sandices acadêmicas.

Absurdos com diploma

Insiste o Efebo que vivemos, no atual momento da política cabo friense, uma repetição – ou um prolongamento – do “processo de inquietude, incerteza e insegurança que tomou conta da cidade nos últimos 4 anos”: a judicialização.
Sem dúvida iluminado por suas horas acadêmicas, raciocinou que existiriam algumas diferenças no caso atual, e pretendeu – sempre obscuro – ressaltar algumas confusões conceituais que o mesmo teria encontrado. Quis o advogado diletante do “diferente” ressaltar o óbvio: que voto e a justiça não são opostos ou adversários, mas sim complementares.
Estudioso, acessou o Google e lá digitou “Benjamin Constant”, obtendo prontinho e acabado o raciocínio sob encomenda que suas lacunas filosóficas reclamavam – no caso, “Época, vida e obras de Henri-Benjamin Constant de Rebecque – Parte II”. Tão bem aplicada foi a colagem que citou Rousseau e Hegel apenas e tão somente porque os mesmos se encontravam no texto, e tentou impingir-nos sua erudição de retalhos.
Nós outros, aqui do Opinião, somos mais humildes: simplesmente afirmamos que Jânio faz agora o que sempre acusou Alair de fazer.

Forçando a barra

Rodou, virou, e em uma esforçada hipérbole, foi o Efebo bater onde seu Mestre Rubicundo mandara, como alvo: que Alair seria – ainda essa história – ficha suja. Cândido e crente em nossa burrice, propõe a absurda tese de que Jânio teria um bom “jus esperneandi” por este fato – Alair, o ficha suja! - enquanto esquece olimpicamente as barbáries como compras de voto e fraudes perpetradas nas eleições 2008, que deram a fictícia vitória ao atual prefeito.

Forçando a barra II

Cito novamente o Efebo, que se expressou desta vez em tons mais prudentes – afinal o TSE já está com o processo nas mãos: “no caso de Cabo Frio, jamais critiquei o Sr. Alair Corrêa, por exemplo, por buscar seus direitos na justiça, no que tange às eleições de 2008. Agiu corretamente, dentro da lei e dos direitos que achava ter ou tinha. Critica-se, entretanto, a balbúrdia e o circo político criado em torno do caso, ao longo de 4 anos. A transformação de uma demanda jurídica em um palanque eleitoral é o que se aponta como falha, e é isso que vimos de 2008 a 2012, mas que não vemos atualmente (…) e que se cale a pseudo-oposição entre democracia e direito, já que a democracia, nada mais é, do que um direito”.
Que bonitinho! Que meigo! Não se vê atualmente? O sr. Jânio Mendes ir ás rádios e lá praticamente “montar” um governo e falar como prefeito eleito seria o quê, menino?
Tão ardoroso foi em sua defesa que esqueceu-se da contradição evidente em sua última frase: afirma ser a democracia um direito de todos mas manda os “pseudo” opositores ás suas teses se calarem! Esta é a democracia do 12! A “democracia diferente”!

Benjamim, para você e para mim – Opinião também é cultura!

Vejamos então o que diz o texto original, tão bem copiado e colado pelo Efebo:
“Benjamin Constant aceita a teoria de Rousseau quanto à existência da “vontade geral”, porém vê nessa ideia um totalitarismo potencial. Concorda que não é possível contestar a supremacia da vontade geral sobre toda a vontade particular, mas observa que são muitos os males causados sob o pretexto de realizar essa vontade. Ele admite: "não há no mundo senão dois poderes, um ilegítimo: é a força; e outro legítimo: é a vontade geral". Porém – adverte – é necessário uma definição correta da natureza e da extensão dessa teoria – caso contrário, sua aplicação será calamitosa. Comenta que os crimes cometidos pela Revolução Francesa pareciam dar força aos que pretendiam descobrir outras fontes para a autoridade dos governos, que não a vontade geral. Os partidários do despotismo partem francamente desse axioma, porque ele lhes dá apoio e os favorece. A soberania não existe senão de uma maneira limitada e relativa – afirma. Onde começa a independência e a existência individuais, aí para a jurisdição daquela soberania. A sociedade não pode desrespeitar essa linha, exceder sua competência, sem ser usurpadora, ou desprezar a maioria, sem ser facciosa. Rousseau ignorou esta verdade, e seu erro fez do seu contrato social, tantas vezes invocado em favor da liberdade, o mais terrível auxiliar de todos os gêneros de despotismo." diz. "Entendo por liberdade o triunfo do indivíduo tanto sobre a autoridade que queira governar despoticamente quanto sobre as massas que reclamam o direito de escravizar a minoria à maioria".
Aconteceu aquilo tudo com Alair e o menino ficou quietinho. Não citou nem Dercy Gonçalves.

De volta ao país tupiniquim

Voltemos ao caso dos recursos de Alair e Jânio: sabemos que existe utilização protelatória de recursos sim, sobretudo pelo Poder Público, mas esse vício não vai ser sanado pela extirpação - via legislação - dos recursos. Operadores do Direito com o mínimo de ética e boa fé não se valem de protelação para defender os interesses de seus clientes. A grande maioria da população NÃO tem dinheiro para bancar recursos inúmeros. Então, devemos verificar a quem irá agradar a redução dos recursos. Na atual Justiça do Estado do Rio, recheada de polêmicas, uma medida como essa seria a gota d'água!
MORAL DA HISTÓRIA: impetra-se o bom recurso com bases sólidas. Alair supunha, mais que justificadamente, fraude. Jânio supõe o quê? Insiste no ficha limpa?

Pegadinha do Mallandro

Segundo recente postagem do Efebo predileto de rubicundo blogueiro – o qual encontra-se hoje em “silêncio obsequioso” – um funcionário da Secretaria de Assistência Social o qual, segundo ele, “existe, tem nome, sobrenome e matrícula, e é concursado” (ou seja, não é fantasma!) teria denunciado o fato de uma mulher estar ligando insistentemente para a repartição pública, mandando dizer para “todo mundo aí que a vassoura e os rodos já estão comprados, e já já vão passar por aí. É só um aviso”. Afirma o Efebo que o grupo de Alair já estaria, deste modo, iniciando a perseguição sobre os vencidos. Acrescenta também que o denunciante teria enviado o ocorrido para outro blog, mas não ter sido publicada. E encerra, debochado como o Rubicundo: “Por que será?”
Respondemos ao menino tolinho: por que até o Papa pode pegar um telefone e dizer que vai “passar o rodo” na turma de Marquinho. Acreditamos que, entre suas inúmeras graduações, não se encontre a de jornalista, pois é básico e elementar – qualquer “foca” de redação sabe disso – que ocorrências com base em telefonemas anônimos não são levadas em conta!

Eles odeiam o professor Chicão

Para concluir a dissecação de tão feio cadáver, notamos que o mesmo indigitado Efebo escracha um artigo do professor Chicão, no qual ele elogiaria a vitória de Alair. Segundo o menino, se Fernandinho Beira-Mar fosse eleito prefeito, Chicão diria que ele era uma liderança popular das favelas cariocas, um político do povão, que não se deixa levar pela burguesia, e que bastaria ter mais votos para ser elogiado.
Este último surto mal vale a pena ser comentado: trata-se unicamente de dor de corno, por ver-se enganado, em seus verdes anos, pela “curva ascendente” da “força esmagadora” do 12, que o Rubicundo Silencioso proclamava até a véspera.

E por falar em Chicão

O professor roqueiro divulgou que o blogueiro Alex Garcia estaria com seu Cartão Vermelho fora do ar, porque o mesmo teria esquecido de pagar o provedor, em meio aos seus compromissos.
Sabendo da admiração de Chicão por Alex, custa-nos crer nesta alfinetada amistosa.
Pra mim, em breve devemos ter grandes novidades na mídia cabo friense.
E com patrocinios gordos.

Derriere

A jornalista Renata Cristiane foi a primeira a noticiar que o fotógrafo Marconi Castro levou um tiro, ontem, no bairro São Cristóvão em Cabo Frio. Via Twitter, a notícia chegou incompleta e assim continuou em seu blog hoje: até o momento, não se sabem as razões do atentado e nada mais detalhado foi confirmado sobre o assunto.
É melhor apurar logo, antes que algum blogueiro fanático diga que foi obra da “turma de Alair”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A CLASSE B NÃO MORREU



Classe B: a classe esquecida

Tempos atrás, em um passado nem tão distante posto que imediatamente anterior ao advento do Lullismo, a pirâmide social dividia-se apenas em classes A,B e C.
Indivíduos mais realistas e atentos ás misérias tupiniquins encontraram, nos lixões e marquises da vida, a classe D – que hoje, curiosamente, compreende os antigos componentes da classe C.
Como podemos observar na ilustração acima, a chegada do ditador petista ao poder produziu uma deformidade sociológica eis que, em seu afã de provar estatisticamente a erradicação da miséria nacional, num golpe de “gênio” simplesmente fundiu as classes A e B numa só – as preconceituosamente chamadas “elites” - e promoveu a classe C ao status de “classe média”.
Fácil é observar que o que hoje se denomina “classe média” inicia seus ganhos com pouco mais de um salário mínimo, sendo pouco crível a qualquer um que não seja um intelectual petista de gabinete, acreditar que se vive dignamente com mil reais por mês.
É inegável, entretanto, que seja por conta dos inúmeros programas assistencialistas do governo, seja em virtude do real aumento do poder de compra do salário mínimo ou mesmo por uma perceptível melhora na capacidade de consumo popular, hoje o país atravessa uma explosão de consumo jamais vista antes – é a explosão da classe C, muito bem retratada na novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo, que desenha à perfeição a dicotomia entre o poder de gastar e a incapacidade de discernir qualidade, senso estético ou mesmo conveniência naquilo que se compra, por parte dos integrantes desta fatia social.
A indústria, o comércio e os prestadores de serviço prontamente identificaram o novo filão e uma massiva e exclusiva dedicação à classe emergente tomou conta dos empreendedores no Brasil.
Temos como exemplos mais evidentes a TV a cabo – antes um produto considerado “elitista”, com canais segmentados, sem dublagem e apresentando programas com abordagem objetiva e mais aprofundada – que rendeu-se aos encantos dos novos emergentes e voltou-se inteira, em uma paixão monogâmica, para este nicho. Como resultado temos hoje uma TV paga pela qual, cada vez menos, vale a pena pagar.
Nas rádios a devastação foi completa: poucas e estoicas emissoras insistem em sobreviver sem o ouro fácil provocado pelo sertanejo universitário, axé, pagode, gospel ou funk.
Em termos de laser, vida noturna, tornou-se um desafio encontrar um lugar no qual não esteja instalada – em posição de honra – uma poderosa TV de plasma à exibir o Brasileirão ou mesmo o Domingão do Faustão.
De modo pior para as mulheres, comprar roupas é hoje a difícil escolha entre vestir-se como uma beata ou aderir ao look “Tchutchuca”, pois mesmo as mais renomadas etiquetas precisam faturar e, na mentalidade capitalista dominante, o dinheiro está em mãos cegas e – perdoem-me – bárbaras.

Cabe entretanto ponderar que a classe B – aquela antiga classe média que outrora conhecemos – não morreu. Ela continua com seus gostos, hábitos, pequenos requintes e educação melhor possível, dentro de seus orçamentos.
É uma classe que hoje não consegue se ver na TV, não se ouve nas músicas, nas lojas, nos bares, nos shows. Produtos a ela dirigidos como o seriado “Os Normais” da TV Globo, o rock nacional – Blitz como expoente mais característico – marcas de roupa extintas por inanição como Inega, Toulon, ou quase, como a Levi's – shows memoráveis em lotações próprias, como os antigos eventos do falecido Canecão; tudo isso deu lugar ao predomínio da quantidade em detrimento da qualidade. De fato, para a “intelectualidade”, a classe B morreu no início dos anos 90.
Fato curioso e digno de estudo é a nenhuma crença – por parte do empresariado – no potencial de compra da classe B, que foi preconceituosamente confundida pelo governo (embora em realidades quilometricamente diferentes) com uma suposta classe A, que só consumiria no exterior ou “do” exterior.
Outro fato digno de nota é que os “formadores de opinião” realmente conseguiram acuar a classe B, fazê-la sentir vergonha de si mesma e alardear que os integrantes deste extrato social são impermeáveis ao novo – seja na música, na TV ou mesmo em hábitos de consumo.
É óbvio o volume avassalador de consumo da emergente e ansiosa classe C, mas a envergonhada classe B ainda empresta prestígio ao produto consumido – por mais que se queira negar ou menosprezar – tal qual a classe A o fez, em passado mais distante. Se não, por que motivos jogadores de futebol ou pagodeiros tomariam, como primeira providência, simbolizar sua ascensão social com os ícones – carros, joias, celulares, baladas – desta mesma e tão criticada classe?
A classe B está viva, está aí, à espera de um visionário que a redescubra e acredite no óbvio: seu poder de consumo. Evidentemente, por se tratar de um público mais exigente, o custo de produção daquilo a eles destinado será bem maior. Mas os lucros, igual e proporcionalmente, também o serão.

E para você que é classe B, não se envergonhe disso: manifeste-se, exija ver-se representado na TV, na política, nas rádios, nas lojas, na noite!

A classe B unida jamais será vencida!

Walter Biancardine

sábado, 13 de outubro de 2012

As estradas são de todos: um artigo de Luis Antônio Biato, The House of Rock and Roll - Búzios


Moto não tem tamanho. Tem estado de espírito.

Antes de pegar minha moto e ir para o show, debaixo de chuva e tomando antibióticos para a garganta, me lembrei de um incidente lá no bar com uns sujeitos, proprietários de motos de ultima geração e caríssimas, que estavam ridicularizando um cara que tinha saído do bar todo equipado – mas pilotando uma Honda CG 125.
Eles se diziam motociclistas e se referiram a ele como "motoqueiro".
Eu não aguentei e disse que era uma palhaçada o que eles fizeram e que o cara da CG podia ser alguém muito mais ligado ao motociclismo e ao ideal de liberdade, companheirismo e vento no rosto. Entre eles e o rapaz da 125, a única diferença era o dinheiro: uns com muito, o outro com quase nada.
Foi o maior rolo!
* * *

Tem cara que dá a volta ao mundo com uma 125, sofrendo com as rajadas de vento, com a falta de potencia, com as roupas que molham por não ter alforges impermeáveis e , principalmente, com o preconceito por não estar numa Harley ou BMW. No entanto ele sabe consertar tudo na moto e com um orçamento de zero centavos. É mão na graxa mesmo, de quem conhece e sabe a arte da mecânica.
Um, viaja o mundo driblando todas as adversidades que só quem já encarou uma estrada a bordo de uma moto, conhece. O outro é um filhinho de papai, que somente foi á loja e o pai comprou-lhe a moto – sempre a mais cara, para ele.
Este ultimo é o cara que vemos, nos EUA, transportando a moto na pick up e, em chegando em Daytona ou Sturgis, tirando a moto do carro e passeando em volta do encontro como um babaca, tirando a maior onda.
Ora, o cara pode fazer o que quiser, até mandar a moto de avião!
Só não tem o direito de desrespeitar o outro, que andou 2000 km, 14 horas em um dia, para para chegar a tempo no encontro de motos.
Quem é o motociclista e o motoqueiro?
O simbolo da caveira ligado ao motociclismo é para mostrar que, embaixo de nossa pele, somos todos iguais. Mas não é isto o que acontece.
Portanto não se julgue melhor que alguém se você tem uma moto topo de linha: você apenas tem mais dinheiro!!!
* * *

Isto foi um desabafo, pois esbarrar em uma situação como esta tornou-se – infelizmente – corriqueiro. E, por ter uma Harley Davidson – que não foi minha mãe que comprou e que só consegui aos 50 anos, embora tenha sempre desejado ter uma – os caras acham que eu compartilho deste "apartheid", me abordando com estas piadinhas sobre os "motoqueiros".
Eu fico é puto! Quem não anda de moto não sabe como este é um veiculo peculiar. A estrada é traiçoeira: buracos, areia e óleo na pista; cachorro atravessando, carro te fechando, caminhão ou ônibus provocando um deslocamento de ar que pode te derrubar, vento lateral que te manda pro chão, ranhuras e depressões na pista. Uma curva que começa seca, no meio já está toda molhada pela chuva, o vento quer arrancar o capacete, a chuva que espeta o rosto como agulhas e te deixa cego; o sol que te torra junto com o calor gerado pelo motor e causa reflexo nos arranhados da viseira do capacete. O frio te faz parar e encher a roupa com jornal, congela os dedos, o sono obriga parar e dormir em cima da primeira grama que aparece, a água das poças que os caminhões jogam na gente e que nos deixa cegos por instantes, as costas que doem, partes do corpo que ficam dormentes. Tudo isso somado a sua própria desatenção, imperícia ou vontade de arrepiar, que podem te colocar em uma situação de quase morte e lembrar que, por mais que você saiba andar de moto, há que respeitá-la, pois num minuto estamos em cima dela e no outro podemos estar embaixo de um caminhão.
Então o cara que entende de tudo isto, como você, não pode ser menosprezado por estar em uma moto pior. Ele é o cara que pode estar na tua frente e te avisar de um perigo que você talvez não visse. O verdadeiro motociclista/motoqueiro se preocupa com você como você se preocupa com ele.
As vezes é um cara que passa a andar do teu lado na estrada, que você nem conhece e nem vê o rosto por causa do capacete mas, naquele momento, se torna teu irmão e, algumas de centenas de quilômetros a frente, pega uma saída da estrada, acena, vai embora e você nunca mais o vê.
O texto é grande, mas eu queria que as pessoas que não tem moto entendessem também como é complexo e delicado o motociclismo e que o verdadeiro motociclista/motoqueiro tem isto tudo nas veias, na alma ou escrito em tatuagens por todo o corpo.
Isto tudo, mas uma vez, independe do preço da moto que ele está pilotando.

Luis Antonio Biato 
Luis Antônio é motociclista, ciclista, surfista, praticante de stand up paddle e, nas horas vagas, arrebenta no rock and roll em seu bar.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

VALE A PENA VER DE NOVO: TV SHAME!

O Jornal Opinião exibe um clássico dos video clips: é a produção original de 2010 da OpTv (a TV do Opinião) - Um rap exclusivo sobre as eleições de síndico em um condomínio  numa cidade da Região dos Lagos. Divirta-se!




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Deu no Blog do Chicão: Estão preparando armadilha contra Alair!



Segundo publicação recente no Blog do Chicão (www.http://josefranciscoartigos.blogspot.com.br/)
estaria confirmado, por diferentes fontes, que os advogados do grupo que perdeu as eleições de lavada - 70 mil pessoas disseram não a Janio e Marquinho - preparam neste momento uma armadilha jurídica, para tentar tirar do ex prefeito Alair Correa sua vitória. O esquema se daria por outra via que não o registro que está no TSE.
Ainda segundo o informado no Blog do Chicão, até sexta feira eles esperam ter este artifício jurídico nas mãos para impugnar Alair.

Nosso raciocínio -
Qual seria a arapuca, desta vez? Não conseguimos imaginar, leigos no Direito que somos.
O fato é que, durante os longos anos de escaramuças políticas - nos quais Marquinho Mendes sempre acusou Alair de entravar o desenvolvimento da cidade por causa da "incerteza" que toda a judicialização trazia - os governantes tiveram o caminho aberto para nada fazerem; apenas dormirem, irem ás boites e andarem de jet ski, em uma inação infame e negligente jamais vista em uma cidade, ainda mais em um município com milhões de reais nos cofres á disposição.
Agora, remoendo uma vergonhosa e acachapante derrota, esquecem-se de tudo o que disseram e passam - eles próprios - a desempenharem o papel que tanto condenaram no passado.
A grande diferença é que sobre este pleito não resta nenhuma dúvida de real importância sobre sua lisura e, por isso, motivos para se travar outra longa e desgastante batalha judicial resumem-se á mais rasteira e comezinha sede gananciosa de poder.
Indiferentes á exaustão do povo, querem continuar nem que seja no grito.
Nem que, para isso, precisem pregar Alair numa cruz ou subverter o estado de direito.
O cabofriense precisa estar de olhos abertos.

Walter Biancardine

Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff


Exército decide dar proteção a Joaquim Barbosa e cria zona de conflito com Dilma Rousseff

Fontes ligadas ao Exército informaram que, para este fim, a corporação "teria se valido de militares cedidos à Agência Brasileira de Inteligência", 

Temperatura alta: azedou a relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Exército brasileiro - Sem que a presidente Dilma Rousseff fosse consultada, o Exército destacou os melhores e mais preparados oficiais da inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470).
Ao criar o esquema que dá garantia de vida ao Ministro, conhecido pela sua ojeriza a esse tipo de situação, o Exército, que se valeu de militares cedidos à Agência Brasileira de Inteligência, acabou passando por cima da Presidência da República, do Ministério da Justiça e da cúpula da Polícia Federal que, por questões óbvias, não foram consultados mas a quem, por dever de ofício, caberia a decisão.
Outros dois ministros do Supremo, Ricardo Lewandowski e José Antônio Dias Toffolli, reconhecidamente ligados ao Partido dos Trabalhadores e a alguns dos seus mais altos dirigentes, também contam com escolta, mas da Polícia Federal. O esquema criado para o ministro-relator não se limite à proteção física, mas inclui também monitoramento constante de ambientes e do sistema telefônico utilizado pelo magistrado.

A proteção ao ministro Joaquim Barbosa foi uma decisão tomada pelo alto comando do Exército e pelo general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Esse episódio, que tem como palco a necessária proteção ao Ministro, deve aumentar a tensão entre Dilma e os militares, reforçada com a criação da Comissão da Verdade, que investigará apenas os crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura, deixando de fora os protagonizados pelos terroristas - alguns deles, com passagem recente pelo governo e outros até compondo o atual.

Pressão e censura: petistas do governo forçam mudança no comando da Rede Globo - O executivo Octávio Florisbal será substituído da Direção-Geral da Rede Globo porque não mais suporta as pressões diretas e indiretas do governo após divulgação, pela emissora, de matérias negativas contra supostos esquemas petistas e de seus aliados. Alegando que a maior rede de televisão do País não pode aceitar se submeter à censura, Florisbal pediu aos irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho para sair do cargo, que será ocupado por alguém com sangue mais frio para lidar com as constantes tentativas de ingerências políticas: o jornalista Carlos Henrique Schroder – atual diretor-geral de Jornalismo e Esportes.
A versão de que a família Marinho preferiu se blindar contra as armações político-econômicas dos petistas no poder vazou entre conversas de lobistas que trabalham para importantes afiliadas da Rede Globo. Os irmãos Marinho aceitaram a troca de Florisbal por Schroder porque as pressões sobre a Globo alcançaram níveis insuportáveis, após o julgamento do Mensalão no STF ganhar os impensáveis desfechos de condenação, para os principais réus políticos.
Dirigentes globais foram “desaconselhados” por “emissários do governo” a não tentarem uma entrevista exclusiva com o publicitário Marcos Valério. Muito menos a Globo deveria cogitar de comprar e veicular o conteúdo das tais quatro bombásticas fitas que Valério teria mandado um famoso cineasta gravar e editar para comprometer o ex-presidente Lula da Silva e a cúpula do PT com o esquema do Mensalão. O comando das Organizações Globo preferiu acreditar nas ameaças e anunciou, depressa, a programada e futura substituição de Florisbal por Schroder. O ex-diretor geral acabou “promovido” para um cargo no novo conselho da emissora, cujos sócios são os herdeiros do falecido Roberto Marinho.

Bronca maior - Além de neutralizar a televisão Globo, a máquina de censura petista pretende atingir três jornalistas que operam a contra-ofensiva da família Marinho no jornal O Globo.
Merval Pereira, Ricardo Noblat e Miriam Leitão – que publicam artigos mais contundentes contra os esquemas revelados no governo federal – são os alvos preferenciais do grupo.

Fontes:
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Alair Corrêa, prefeito de Cabo Frio!



Alair prefeito – graças a ele e a Deus!

Casa Azul, 09 de outubro de 2012

Tive, finalmente, a oportunidade de ouvir uma entrevista concedida pelo prefeito eleito de Cabo Frio, Alair Corrêa, na manhã de hoje à Rádio Sucesso FM, programa do Brizola.
O som chiado de meu pobre rádio trouxe-me aos ouvidos a fala de um homem em paz consigo, sem os apregoados desejos de vingança e perseguição, tão ao gosto da boataria mendocrata ululante. Falou de seus projetos, da luta que foi sua volta à Prefeitura – e mesmo do degrau que ainda falta superar no TSE – mas com clareza, desassombro e tranquilidade da vitória da Justiça.
Particularmente gratificante para mim foi sua intenção declarada de transformar todo o município em – novamente – um imenso canteiro de obras: Segundo Distrito tão carente de ações e atenções, periferia aglutinadora de vivências indignas e promotoras de misérias, Centro da Cidade como polo de atração turística – um outro ponto bastante caro para mim, pessoalmente, que sempre defendi que turismo se faz com dinheiro e não com esmolas.
Ouvi a fala de um homem que sempre confiou em seu histórico de ações, seu carisma e no amor de seu povo, além do reconhecimento do apoio prestado pelos inúmeros companheiros de luta que aglutinou, ao longo da comprida estrada de seis anos em seu rumo de volta à cadeira de prefeito.
E é no reconhecimento dos esforços prestados pelos que o apoiaram que encerro este meu aliviado artigo, certo de que Alair – mais que ninguém – sabe que sua vitória se deve a ele próprio, a Deus, ao povo que o elegeu e, finalmente, aos que o apoiaram.
Méritos individuais à parte – e todos os que o apoiaram os tem, e muitos – não cabe a ninguém, daqui para frente arrogar-se, por essa razão, ser uma espécie de “filtro” ao prefeito. Este é um hábito da gestão anterior, cujo titular entregou suas decisões nas mãos de um “dono”, ainda que familiar seu. Será extremamente desagradável constatar quaisquer sinais de pessoas próximas à Alair se fazendo de “porteiros” de sua ante-câmara, com o único objetivo de angariar favores daqueles que desejarem avistar-se com o novo titular da Prefeitura.
O prefeito é do povo e para o mesmo suas portas devem estar abertas.

Alair Corrêa, seja bem vindo de volta ao lugar que é seu: Prefeito do município capital da Região dos Lagos, Cabo Frio.
Parabéns, Prefeito!

Walter Biancardine.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

TRE DIVULGA: ALAIR 53% DOS VOTOS!


No aguardo da decisão do TSE, Alair Corrêa obteve 53,14% dos votos para prefeito de Cabo Frio, significando quase 18 mil votos á frente de Jânio Mendes.
Levando em conta que Alair NÃO É FICHA SUJA e que seu registro foi contestado por conta de uma certidão que alguns juízes se recusaram a enxergar (mas que constava no processo, tendo a mesma sido atestada inclusive por desembargador), sua vitória no TSE é - salvo mandinga muito forte vinda da Gamboa - líquida e certa.
Ainda que o curimbeiro, assessorado por poderoso e sorridente pai-de-santo municipal, consiga seus intentos e tire Alair da disputa, mesmo assim - por conta do total obtido ultrapassar os 50% dos votos - seriam realizadas novas eleições. Resta saber se a turma "diferente" teria apetite para nova disputa contra quem Alair indicasse, uma vez que maior que a distância entre ele e seu indicado, só a gritante REJEIÇÃO POPULAR ATESTADA PELAS URNAS CONTRA TUDO O QUE SIGNIFIQUE "MENDES" - seja Jânio ou Marquinhos.
Agora é aguardar!

Enquanto um desiste, Professor Chicão ensina como fazer

Talvez as duas únicas coisas que eu tenha em comum com o professor Chicão sejam gostar de Rock and Roll e não ter escutado a entrevista de Alair Corrêa na Estação 104 hoje pela manhã.
Por diversas vezes me peguei pensando como diabos um cara que deve regular pela minha idade consegue ser idealista a esse extremo? Sei que muita gente deve crer que tudo não passa de pose, mas quem o conhece, sabe que é de verdade - tão de verdade que já brigou com muita gente por conta de suas posições, quase monolíticas.
Li agora o texto que o Professor Chicão escreveu para Alair, em seu blog. É sabido que a idade deixa cicatrizes na gente - muito mais na alma que na pele - e reconheço que é de uma grandeza, coragem e verdade que eu - cicatrizes na alma á parte - não seria capaz.
Que o amigo leitor aprecie as palavras de Chicão, as quais posto sem sua autorização.
Que faça uma lenta digestão de seu teor, e as compare com declarações presentes e passadas de recente desistente da blogosfera.
Jornalismo não se faz com papel, lápis e máquina fotográfica.
Jornalismo se faz com gente.
Meu mais profundo respeito ao Mestre, Doutor Professor José Francisco de Moura - Chicão, pra corja que toma umas brejas com ele e ouve AC/DC a todo volume.

Segue a postagem:

"Caro Alair

Soube que o senhor disse na rádio que eu mereço um “busto” em praça pública. Uma cidade que precisa que uma pessoa que apenas luta por justiça precise de algo assim realmente está muito mal. Pois acho que o que faço todas as pessoas de bem deveriam fazer.
Não quero nenhuma homenagem. Não tenho vaidade alguma. Como disse o pastor Samuca em seu culto, eu sou apenas um maltrapilho. Minha vaidade é ser apenas reconhecido como uma pessoa que quer um mundo melhor. Só isso.   
Não quero cargos, benesses ou favores de políticos.  Faça pela cidade e pelo coletivo e estará fazendo por mim. 
Quero o fim das perseguições. Quero um governante que cuide dos pobres. Quero um prefeito que trate da saúde da população e que não beneficie grupelhos privados. Quero que o dinheiro circule entre todos e que não fique preso entre os amigos do poder. Quero os empresários rindo para que contratem muitos trabalhadores e dividam os lucros com eles. Quero que a cidade toda se beneficie do dinheiro dos royalties, e não apenas um grupelho. Quero democracia na gestão da cultura e da educação. Quero os professores ganhando bem e felizes. 
Se isso tudo é pedir demais a ponto de eu merecer receber um “busto”, realmente estamos no final dos tempos.
Hoje, o senhor pede um busto para mim. Mas se o senhor se tornar prefeito, perseguir as pessoas e não praticar o bem, eu juro que em 2013 o senhor vai estar querendo um caixão para minha pessoa e não um busto, pois vou atormentar muito seu juízo. 
Se o senhor vier a se tornar o prefeito de direito de Cabo Frio, pois já o é de fato, governe para servir. Pois esta é a missão dos governantes e se aquele lá de cima der esta missão para o senhor, não é para outro fim."

Professor Chicão

OBITUÁRIO DIGITAL

Comunicamos a todos os que se utilizam dos blogs da região que o Jornal do Totonho, blog pioneiro de Cabo Frio, pediu pra sair, arregou, entregou os pontos.
Enquanto o rubicundo ateve-se ao caráter informativo, foi um dos mais acessados meios de comunicação da região. Entretanto, uma sucessão de gracinhas infelizes e partidarismos cegos e equivocados, por parte de seu editor, fez com que sua imagem caisse por terra perante o público.
Das críticas ao Cabo Folia - cujas postagens foram apagadas tão logo os anúncios do evento começaram a pingar em suas páginas - ao tom debochado e sarcástico com que conduziu suas últimas análises da situação política local, o Jornal do Totonho aparentemente teve como causa mortis seu total descrédito e inconveniência.
A blogosfera lamenta a decisão do rubicundo blogueiro, asseverando que - enquanto Totonho defendeu suas idéias sem descambar para o pastelão - muita falta fará no universo informativo da costa do sol.
Vai parceiro; vai cuidar de seus assuntos, trabalhar, porque do mato do 12 não sai mais coelho nenhum.
Aproveite o merecido descanso!






Casa Azul, Cabo Frio:

Um bom repórter costuma funcionar melhor durante as madrugadas, e é por isso que me encontro escrevendo estas mal-traçadas ás 1:10 da manhã, ao invés de estar na cama dormindo e satisfeito com a vitória acachapante de Alair Corrêa e de seus vereadores.
Entretanto, por conta de minha antiga e conhecida paranóia persecutória, encontro-me a batucar o teclado, encafifado com um dejavú incômodo: novamente estamos ás voltas com uma decisão eleitoral que não será tomada pelo povo, e sim pelos juízes do TSE.
Em artigos recentes escrevi uma observação que a judicialização das eleições no Estado do Rio estaria se tornando uma praxe, criando uma verdadeira escola estratégica emanada pelos altos escalões do Governo Estadual e Federal.
Não foi outra a destinação de nossas pobres intenções eleitorais: o martelo do STE, em Brasília.
Sempre é bom lembrar, entretanto, que a iniciativa de toda esta cansativa e desgastante novela que – novamente e desculpem-me o pleonasmo – se repete, foi da máquina administrativa que apoia o candidato derrotado nas urnas.
Tenho certeza de que esta segunda-feira marca o início de uma guerra nojenta de boatos, desinformações e – principalmente – estranhas “notícias” vindas de Brasília. Aquele que acredita e respeita a decisão soberana das urnas deve estar preparado para o bombardeio impiedoso que a midia assalariada continuísta tentará impor aos nossos olhos e ouvidos.
Não considerem artigos, notas ou mesmo “notícias-bomba” publicados nos blogs e jornais que apoiam o candidato derrotado. Eles serão incessantes, massivos e cansativos, tentando mesmo aparentar uma lógica e “conhecimento de causa” sobre a questão judicial de Alair, principalmente repisando o cansado e falso tema de que nosso novo prefeito seria ficha-suja.
Nada disso é verdade, e tudo não passa de cólicas egoístas de desocupados que, quanto mais se enchem de cerveja e promessas de cargos, mais minguam suas credibilidades.
Não podemos esquecer: se hoje temos novamente uma eleição decidida nos tribunais, a culpa é deles!

E que nossa semana seja produtiva e feliz, caro leitor!
Boa segunda-feira!

Walter Biancardine


TURMA DA DERROTA QUER SALVAR AS APARÊNCIAS

A abstenção de votos (17,28%) e a quase total renovação da Câmara de Vereadores registrados em Cabo Frio é uma das coisas que mais chama atenção no quadro de apuração em 2012.
Querem os janiopatas de plantão debitar estes índices na conta da triste campanha do "Não Reeleja" - um mero balão de ensaio continuísta - e reivindicarem para si os altos percentuais de renovação observados no pleito de ontem.
Ora, qualquer um que não seja um profissional da imbecilidade rejeitará de pronto a tese da mendocracia agonizante pelo simples fato de que as urnas nada mais revelaram, aos gritos, que uma tríade composta por "Rejeição absoluta á Marquinho/Jânio Mendes X Expulsão de vereadores subservientes e coniventes á sua gestão desastrosa X Votação esmagadora em Alair" - significa o "fim da era mendocrata no poder". 
Tudo o que lembrava os mais desastrosos oito anos de governo cabofriense foi jogado na lixeira da história pelo povo, restando aos ditadores stalinistas-ortopédico-municipais um melancólico apagar de luzes e esvaziar de gavetas.
Diante de tal quadro acachapante e tão contrário ás suas mentiras nauseadamente repetidas na mídia, tenta a esquerda demencial dos lagos salvar as aparências de força, reivindicando a responsabilidade pela quase total renovação dos quadros da vereança.
Esquecem-se os militantes de aluguel que lá permaneceram, reeleitos, Marcello Corrêa e Dr. Taylor - curiosamente, ambos ligadíssimos á Alair Corrêa.
Definitivamente, inteligência e modéstia não são o forte da mendocracia janiopata cabofriense.

Walter Biancardine

Eddylene Água Suja no OPINIÃO!


Eleições blasé

E finalmente o dia 7 chegou e já passou.
Sim, porque o dia de votação dura apenas até as 17 horas. Depois, tudo para até que se venha com a mensagem, boa ou ruim para alguém.
A eleição de Prefeito em um município realmente não me passa despercebida. São milhares de pessoas pelas ruas, clamando ou fingindo, não sei. Por um futuro incerto e que talvez sequer às envolvam ou às tenham inclusas na nova máquina, que está já formada ou para se formar.
Ainda assim, de uma forma muito especial, me emociona. É com sonhos que estão lidando; é com o futuro das crianças, de idosos e dos que estão ou não envolvidos com esse tão cobiçado jogo de poder.
Tal como diz a canção de Dominguinhos, “ Olha quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai “. É bem por ai a sensação.
Quando o Prefeito da cidade que eu estava chegou, carregado nos braços por homens que, esperançosamente, aguardam uma mudança drástica em suas vidas e que - de uma forma cruel - não irá acontecer, eu me emocionei. Não pela cena, mas pelo que envolve a cena.
Reparei pessoas com lágrimas nos olhos, pela vitória de um governo que já estava atuante e nada fez pelos mesmos; vi gente chorando pelo Prefeito que não entrou e, por um instante, fiquei confusa pensando em como uma mudança de governo, em uma cidade pequena, influi tanto na vida e sonhos de uma família.
Imaginei o pai dele emocionado, junto com os familiares, sinceros ou não, que agora tem a ele para se orgulhar. Imaginei centenas de mulheres com família grande e que receberam uma miséria por semana para segurarem placas com seu número, no sol quente, para poderem comprar mantimentos. Pensei em amigas, que dependiam daquela vitória para permanecerem estáveis, pensei em mim - que nada tinha a ver com aquilo e nunca precisei de política para traças minhas metas de vida e, definitivamente, não sei dizer se isso é bom ou ruim.
O dia da eleição em algumas cidades é quase que um carnaval. Abadás sem números, camuflando a campanha irregular, desfilavam pelas ruas como uma marcha em busca de um poder transferível, um poder que sequer vai chegar à despensa de quem o empunhou e mesmo brigou por isso. É como se a idade média tivesse se incorporado ao século vinte e um, todos amigos, mas num dia de rivalidade, onde quem tem - ou compra - a maioria, tivesse o maior exército por quatro anos.
Ainda fico confusa quando penso nas sensações que presenciei, talvez pela incredulidade que tenho sobre tudo isso. Fui à minha sessão, votei tranquila e fui para outra cidade para acompanhar de longe o que acontecia na minha e absorver com menos fervor o que se desenrolaria na outra.
Sei que é incrível analisar de longe o sincretismo que ainda envolve os cidadãos e cidadãs de uma cidade. Ponderar que a mudança pode realmente vir, que suas vidas podem mesmo evoluir com o novo homem que irá às representar na próxima gestão. Para alguns, isso representa portarias novas para a família e uma tranquilidade durante quatro anos - algo incerto, mas quem hoje em dia pode se dar ao luxo de pensar quatro anos a frente? Numa sociedade em que damos graças a deus por sobreviver no hoje, talvez seja lucro garantir os cinquenta reais da boca de urna que - na verdade - não, não acabou, a portaria que negam que darão, mas que sabemos que será distribuída como ticket leite, ou mesmo que o candidato apoiado não vença. Ainda assim, quem sabe valeram a pena os duzentos reais semanais, o carro emprestado pra tirar onda com os amigos, ou até mesmo a foto com o candidato vencedor...mesmo que você não consiga outra durante os próximos quatro anos?
Eu não saberia responder se acredito na mudança, até porque aprendi muito cedo que a responsável pelas mudanças em minha vida sou eu mesma.

Eddylene Água Suja resolveu escrever mais sério em sua estréia no Opinião e dispensa apresentações. Se você não conhece, não é da Região dos Lagos.


domingo, 7 de outubro de 2012

QUASE 3.000 ACESSOS EM 5 HORAS - O OPINIÃO AGRADECE!


Das 18:40 ás 23:20 deste domingo, graças ao acompanhamento em tempo real das eleições em Cabo Frio e juntamente com a análise que é nossa marca registrada, o jornal Opinião registrou o recorde de 2.925 acessos - ou seja, quase 3.000 leitores obtiveram informação atualizada e opinativa, em menos de cinco horas!
O editor do Opinião agradece a confiança não apenas dos quase 3 mil leitores de hoje, mas também ao seu público habitual que, certamente, será bastante maior a partir de amanhã.

Muito obrigado!

Walter Biancardine