A esquerda, a naftalina e o crime
É de causar pasmo ver
gente nova – notadamente efebos mal-entrados na pubescência –
agarrados a conceitos mortos e anacrônicos como “direita” e
“esquerda”.
Produzindo textos com
cheiro e cor dos antigos panfletos mimeografados dos “contestadores”
de 68, a gurizada nascida na virada dos anos 80 para os 90 crê
piamente que o emprego de expressões como “burguesia”, “extrema
direita”, “esquerda progressista” ou até a podre “consciência
social” emprestarão uma seriedade, maturidade e experiência aos
seus autores bem mais verossímeis que suas faces sarapintadas de
espinhas nos permitiriam supor.
Essa turminha da creche
socialista, que jamais viu um governo militar na vida e nem de longe
sabe o que é uma ditadura declarada – e não essa covardia
absolutista disfarçada que grassa nas esferas estadual e federal –
aceita de bom grado o exercício do mando pessoal e nada vê de
errado nisso, quando o vento sopra à seu favor. Enormidades como o
“Veta Dilma” referente aos royalties, nada mais são do que um
endosso popular que os donos desses meninos querem emprestar ao poder
discricionário de uma presidente.
Fosse outro a ocupar a
principal cadeira do Planalto – um Aécio Neves, que fosse – e
essa turminha já estaria gritando, com as veias do pescoço
inchadas, que um assunto tão importante teria de ser levado à
decisão popular e nunca ser submetido à decisão de um só – um
presidente.
Digno de nota é a
falta de memória dessa criançada: até ontem bradavam que nada mais
justo as embromações protelatórias de Jânio em Brasília, sob a
alegação de que a Justiça era a única forma de impedir que “uma
minoria” prevalecesse sobre todos. E o que acontece nos royalties?
Nada mais nada menos que todos os estados do Brasil querendo enfiar a
faca e sangrar os cofres de dois ou três Estados da Federação –
ou seja, maioria absoluta a favor do fim dos royalties para nós.
E os bobinhos se
esquecem das próprias besteiras que falam. Desde que seja
conveniente à seus donos, é claro.
Pior: batem nos
peitinhos adolescentes e bradam com orgulho serem “de esquerda”.
Andaram lendo um pouquinho mais que a grande massa analfagoogle e se
acham profundos conhecedores de Karl Marx e de toda a burrice
decorrente das sandices do mesmo.
Nunca pararam para
pensar no fato – pois é um fato – que governos “de esquerda”
só conseguem produzir resultados quando exercidos através de
ditaduras – e os resultados sempre são bélicos.
Nunca pararam para
pensar que a “direita”, como conceito, sequer existe – pois o
que eles acusam como “defeitos direitistas” nada mais são que
falta de caráter e ganância do espécime humano – que também se
manifesta nas esquerdas através do fanatismo, absolutismo e
violência.
A verdade é que eles
só falam essas bobagens porque ainda existem menininhas tolas que
suspiram por seus “idealismos”. Todo o socialismo, esquerdismo e
consciência social desembocam – inevitavelmente – na cama de um
motel. E pior: desaparecem por completo, ao crescerem, terem filhos,
contas para pagar e mais o que fazer do que exibir seus egos inflados
por aí.
No frigir dos ovos, é
de causar pasmo estarmos no ano de 2012, boca de 2013, e ainda ter
gente que não saiu de 1968 – o ano que nunca acabou para eles, que
não terminaram de ler o livro que conta como foi.
E é de embasbacar mais
ainda constatar que esse discurso rasteiro, inverossímil, repleto de
sofismas, ainda encontre eco nas cabecinhas ocas da estudantada e
demagogos de plantão.
A petizada que aplaude
as esquerdopatias expelidas por uns e outros por aí é a mesma que
repudia nosso atual e triste estado de guerra civil do crime, com –
no mínimo – quatro Estados da Federação submetidos ás ordens de
chefinhos nas cadeias. Rio, São Paulo, Minas Gerais e até –
pasmem – Santa Catarina vivem hoje uma rotina de terror e toque de
recolher que os cidadãos se auto impuseram. Abdicaram do direito de
ir e vir por medo do crime. E o Estado nada faz – ou o faz com
medidas protelatórias e tímidas, dignas de suspeitas de má-fé e
conivência com o crime.
E estes Estados
suspeitos quais são? Curiosamente, os mesmos cujas capitais
acolheram o dito “pensamento de esquerda”. Depois do “Brizola
na Cabeça” e da proibição da polícia carioca de subir morros,
toda suspeita de conivência é justificável.
A promiscuidade entre o
Estado “com consciência social” e o crime é nítida, e só não
vê quem não quer. Mensalões, assassinato do prefeito Celso Daniel,
super-secretárias, dinheiro nas cuecas e toda a sorte de bandalhas e
evidências dessa relação inaceitável são jogadas em nossas caras
pagadoras de impostos todos os dias.
E para quê pagamos 35%
do PIB ao Governo?
Para que ele não dê
nada em troca – conto do vigário, estelionato – e nos puna se
inadimplentes – extorsão.
A esquerda hoje mostra
sua verdadeira face: a face de uma quadrilha organizada para reduzir
o brasileiro ao paternalismo mais miserável, trancá-lo em casa por
medo da morte, extorquir-lhe os últimos tostões em impostos e
eternizar-se no poder – sem oposição graças ao “controle da
mídia”.
E essa gurizada ainda
acha o máximo “ser de esquerda”.
Amiguinhos: o tempo de
falar merda acabou! Cresçam! Não existe esquerda ou direita, o que
existe são bons ou maus governos. Parem de discutir utopias e
sofismas marxistas e prestem atenção na realidade!
Ou o futuro de vocês
será viver ás custas de um “bolsa família”, assistindo Faustão
na TV, cercados de grades em casa e felizes com a vitória do seu
time nas finais do Brasileirão.
Se esta é a ideia da
tal “dignidade” que vocês tanto falam, me desculpem.
Qualquer um tem o
direito de almejar horizontes bem mais altos que um carnê das Casas
Bahia.
Pois somos todos iguais
diante de Deus.