segunda-feira, 27 de abril de 2015

NUNCA FOI TÃO FÁCIL MENTIR: AVAAZ, A FÁBRICA DE MULTIDÕES


Uma das mais polêmicas instituições, a qual luta para livrar-se da aura de fraude eletrônica – o site de petições Avaaz – frequentemente aparece nas páginas políticas das publicações brasileiras.
Tristemente, o mesmo quase sempre figura como acusado quando a credibilidade de seus métodos é posta em questão, não apenas pelos seus critérios relaxados de individualização do signatário como também pelo fato de seu chefe no Brasil possuir ligações notórias com o PT e não esconder sua política pouco ortodoxa de gestão do site.

Em 20 de junho de 2013, o jornalista Reinaldo Azevedo já denunciava na revista Veja: "Pedro Abramovay, o chefão do site Avaaz e um mimo da esquerda, avisa: O Brasil é nosso!
Ele, vocês sabem, é o chefão no Brasil da organização internacional de petições chamada “Avaaz” e já deixou claro que só ficam no site as petições com as quais o grupo concorda. O rapaz é advogado, ex-secretário nacional de Justiça e prosélito entusiasmado de várias causas. As mais notórias são a descriminação de todas as drogas e uma mudança de tratamento ao chamado pequeno traficante”.
O jornalista Luis Nassif igualmente pesquisou a referida ONG e suas descobertas são estarrecedoras, basta acessarhttp://jornalggn.com.br/b…/luisnassif/avaaz-golpe-ou-verdade

Este mesmo site foi o escolhido pelo grupo oposicionista que instituiu uma secretaria paralela de cultura em Cabo Frio, para abrigar uma petição pela permanência da Secult – em vias de ser transformada em fundação, obedecendo o decidido no Fórum de Cultura.

Excetuando-se a afronta em denominar-se secretaria civil de cultura, a escolha do tal site poderia no máximo não abonar completamente a alegada “despolitização” do movimento, mas quando revemos o histórico dos métodos de ação deste grupo, o que concluímos é preocupante.

A acintosa página no Facebook, denominada secretaria civil de cultura, foi recentemente objeto de duras críticas deste jornal, que comprovou métodos fraudulentos de inclusão de signatários na mesma. Até pessoas ligadas ao Governo Municipal, como o Diretor do Teatro Municipal Yuri Vasconcellos; a Diretora do Espaço Cultural Torres do Cabo, Nininha Dantas; o conhecidíssimo Evangelos Pagalidis – uma das molas propulsoras do Charitas – e, pasmem, o ex-Chefe de Gabinete da própria Secretaria de Cultura, James Santos, foram adicionados á revelia na página de oposição. Não escaparam desta “inclusão digital forçada” nem mesmo pessoas que prestavam serviços á Secult, como o popular Ayron Dias, do Programa Tá Maluco, igualmente sem ter sido consultado ou notificado.



Pois diante de tais métodos, o Jornal Opinião investigou o que o site Avaaz exige para que alguém se torne signatário de uma petição qualquer. O que constatamos foi um verdadeiro absurdo, pois basta incluir o nome e o enderêço de e-mail para que você esteja assinando uma demanda – apenas isso, sem nenhum método de confirmação que é você mesmo o signatário e sem sequer notificá-lo de sua assinatura, através do e-mail solicitado, e quantas vezes você quiser assinar, Ok!

Deste modo, chega-se ao absurdo de, por exemplo, lá adicionarmos o nome e o e-mail do Papa Francisco e clicarmos no “assinar” - e teremos o primeiro pontífice a subscrever uma demanda á favor do aborto, se assim nossa maldade fraudulenta desejar! E pior: o Santo Padre jamais saberá!
Ora, cesteiro que faz um cesto faz um cento e não é difícil acreditar que o mesmo atrevimento que incluiu nomes sem autorização em uma página do Facebook – facilmente verificável – muito mais á vontade ficará para lotar de assinaturas falsas a petição pela manutenção da Secult, cujos infelizes donos jamais saberão se estão lá ou não!

E como fazer para arranjar tantos e-mails? Ora, essa é a parte mais fácil! Se um cidadão comum, que se utiliza da internet apenas para atividades de trabalho e sociais, consegue facilmente ter um acervo de cem ou duzentos nomes, imagine alguém que lida com atividades políticas, vendas, cadastro de profissionais e por aí em diante!

Diante de tal estado de coisas, desta sucessão de afrontas ao Poder Público e trapalhadas diversas cometidas pelo grupo que exige a manutenção da Secult, chegamos á conclusão que, por vezes, uma causa plausível perde todo seu apelo diante do descrédito de seus promotores.

Insistir em pretender obrigar um Prefeito á atendê-los através de números falsos e desobediência civil, definitivamente, não parece ser o melhor e mais democrático meio de se obter as coisas.

Que o grupo abra mão do nome absurdo de secretaria civil; que se abstenha de sua já publicada estrutura organizacional – pois não existe governo paralelo – e que consiga apoiadores de carne e osso para, com a devida civilidade, pleitearem seus objetivos.

Chega de bagunça!