VOCÊ PODE FAZER PARTE DE UM E NÃO SABER
Grupo aumenta seu número incluindo perfis do Facebook sem
autorização dos donos
E se você é um eleitor fiel de Alair Corrêa e de repente vê seu
perfil do Facebook fazendo parte de um grupo de apoio á Marcos
Mendes? O que você faria?
A mesma surpresa que o leitor deve estar experimentando agora foi
sentida por integrantes da recém extinta Secretaria Municipal de
Cultura de Cabo Frio, ao encontrarem seus perfis na página da
estranha “Secretaria Civil de Cultura”, um movimento encabeçado
pelo Guarda Municipal Carlos Ernesto Lopes, o Carlão, juntamente com
Isabelle Valladares e Susiane Borges, que se recusam a aceitar as
determinações do Fórum de Cultura, onde a proposta de criação da
Fundação de Cultura foi votada e aprovada.
A criação desta “secretaria paralela” repete uma tática de
afronta ao poder público inaugurada por um professor blogueiro
local, que tentou implantar a “Câmara Paralela de Vereadores”,
sem sucesso. A diferença é que nesta última tentativa contra o
Governo Alair Corrêa – que simplesmente cumpriu o determinado pelo
Fórum – integrantes foram adicionados ao grupo sem uma permissão
expressa, visando apenas a exibição de um grande número de
integrantes e, por consequência, uma suposta força política.
Dentre os participantes do grupo que teoricamente estão ligados ao
Governo, destaca-se a presença do marido de ex-sub secretária –
uma presença vigorosa, participante, reivindicativa e que causa
estranheza não apenas pelo português corretamente escrito (já que
o mesmo é estrangeiro) como também pelo conhecimento de detalhes
internos que talvez apenas sua esposa soubesse. Curioso notar que
esta ex-sub secretária foi afastada justamente por ter intentado
articular a deposição do então secretário José Facury.
Pessoas como o então Chefe de Gabinete da Secult, James Santos,
revelaram-se surpresas e indignadas com a inclusão de seus nomes na
página:
-
Tive
o meu nome incluído à minha revelia na tal de secretaria civil de
cultura, e não pretendendo discutir sabedoria com quem já está
premeditando o golpe. Entretanto,
prefiro acreditar
na inocência e na boa intenção deste povo conspirativista, que não
deve ter tido acesso ao
Guia de Orientações para os municípios do Sistema Nacional de
Cultura,
onde todo o processo de uma Fundação é explicado, disse ele.
Do
mesmo modo, o Diretor do Teatro Municipal de Cabo Frio, Yuri
Vasconcellos, também teve seu nome incluído sem autorização, no
movimento:
-
Me incluíram sem me consultar. Até achei que, estando dentro, eu
poderia obter informações mas quando percebí que o grupo é
público, retirei meu nome pois qualquer um pode ler, explicou.
O
apresentador de um dos programas de maior sucesso com o público
jovem – o “Tá Maluco” - Ayron Dias, também revelou-se
indignado com a manobra:
-
Estava
ligado á Secult, prestando serviços á ela, e de repente vejo meu
nome numa coisa que nunca ouvi falar e que só prejudica quem
simplesmente cumpre o que o Prefeito determina, isso é um absurdo,
disse ele.
A
inclusão destas pessoas, á revelia, lança o descrédito sobre
quase a totalidade dos participantes deste movimento de desobediência
civil, pois ninguém agora poderá ter certeza de que os que lá
estão tiveram a real intenção de participar.
Desde
o anúncio da criação da Fundação e consequente articulação
deste grupo, tal movimento tem sido marcado por suas ações
desastradas e de claro prejuízo político para os próprios
participantes. O nome “Secretaria Civil” já foi alvo de duras
críticas por parte deste jornal e seus participantes recuaram,
alegando que não seria uma secretaria paralela e sim “um canal de
comunicação, onde todos poderiam se manifestar”.
Igualmente,
a própria razão de ser do grupo – a permanência da Secretaria –
é questionável, pois ficou decidido no Fórum de Cultura a criação
da referida fundação, como proposta aprovada e, inclusive,
anunciada
como tal no blog da antiga ex-sub secretária de Cultura.
No
bojo de toda esta confusão encontra-se uma petição pública,
organizada pelo grupo, que solicita a permanência da Secretaria.
Esta pesquisa, curiosamente, abriga-se no polêmico site Avaaz.org,
já acusado por alguns setores de pertencer á pessoas ligadas ao
Governo Federal e de nítida orientação ideológica.
Em
20 de junho de 2013, o jornalista Reinaldo Azevedo já denunciava na
revista Veja: "Pedro
Abramovay, o chefão do site Avaaz e um mimo da esquerda, avisa: O
Brasil é nosso!
Pedro
Abramovay, vocês sabem, é o chefão no Brasil da organização
internacional de petições chamada “Avaaz”. Ele já deixou claro
que só ficam no site as petições com as quais o grupo
concorda. O rapaz é advogado, ex-secretário nacional de
Justiça e prosélito entusiasmado de várias causas. As mais
notórias são a descriminação de todas as drogas e uma mudança de
tratamento ao chamado pequeno traficante”.
O
jornalista Luis Nassif igualmente pesquisou a referida ONG e suas
descobertas são estarrecedoras, basta acessar
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/avaaz-golpe-ou-verdade
CONCLUSÃO
Todos
tem o direito de ser contra ou a favor da Fundação de Cultura ou da
extinção da secretaria relacionada, isso nem se discute. Mesmo com
toda a estranheza causada por uma – em tese - “mudança de
idéia”, desdizendo o referendado no Forum de Cultura e preferindo
a Secretaria, ainda assim existiria o espaço para o diálogo pois
vivemos em um governo democrático e que procura atender os anseios
dos mais diversos segmentos da sociedade.
O
que não se pode admitir são os métodos stalinistas, de clara
afronta, pretendendo ganhar tudo no grito – e outra não foi a
atitude do grupo ao partir sem mais delongas para a criação de uma
secretaria paralela, a acusação lançada sobre o governo municipal
tachado como “ditatorial e militarista” (pois a pseudo
secretaria se intitula “civil”), a auto-vitimização em
declararem-se “perseguidos” e a criação de uma petição sem
sequer terem tentado um diálogo com o Prefeito Alair Corrêa.
Coroando este horror, encontramos a má-fé em incluir pessoas
desavisadas como apoiadores de um movimento de desobediência civil,
sem a expressa concordância das mesmas.
O
Jornal Opinião vem lutando em favor da LEGALIDADE desde o início
desta situação absurda. Defendemos o que é legal, não o
secretário A, B ou C. Se o leitor deseja se inteirar de tudo o que
aconteceu, basta ler as matérias anteriores deste jornal.
Finalizando,
havemos de pensar se a desonestidade nos métodos, agressividade,
arrogância e demagogia deste grupo de algum modo os abona em suas
pretensões de serem os novos gestores da cultura em Cabo Frio.