Misérias diversas
Criminalidade
Parece que só agora a
mídia acordou: de repente, os “grandes” chegaram a conclusão
que Cabo Frio e toda a Região dos Lagos vive um surto alarmante de
criminalidade. O que entristece é que, diante da nulidade das
medidas tomadas – isso quando tomam alguma – a coisa soa mais
como demagogia e politicagem do que como uma real preocupação.
Criminalidade II
Aposto dez reais como
adivinho a primeira medida que tomarão, diante do avanço da
marginalidade: mais viaturas. Parece que o Governo do Estado acredita
piamente que a PM de Cabo Frio não passa de um bando de
Marias-Gasolina, que só se satisfazem com o desfilar em carros
novos.
Criminalidade III
Ninguém lembra, mas se
existe alguém a quem o crime organizado muito deve é o falecido
ex-Governador do RJ, Leonel Brizola. Com sua proibição da polícia
subir morros, criou uma “faixa sem lei”, onde o Estado não tinha
autoridade nem jurisdição. E deu no que deu: os revólveres deram
lugar ás bazucas e AK-47. Foi um absurdo tamanho que até hoje tem
gente que se pergunta se foi só demagogia ou o slogan “Brizola na
cabeça” queria dizer algo mais.
Criminalidade IV
O aumento da
criminalidade segue um processo conhecidíssimo por todos, em escalas
e ações que se repetem, seja lá em que localidade for. No RJ, só
se pensou em tomar alguma medida depois que a bandidagem já estava
armada o suficiente para enfrentar os Mariners dos EUA. Aqui em Cabo
Frio e região, a coisa ainda é rastaquera. O que estão esperando
para agir? Que se armem até os dentes?
Criminalidade V
De uma coisa todos
podem ter certeza: se a Região dos Lagos se transformar num inferno
tal qual Rio e São Paulo, isso será culpa única e exclusiva do
Governo do Estado e do Comando da Polícia Militar. Ainda dá tempo
de se cortar o mal pela raiz, sem que inocentes sofram. A inação de
ambos será uma prova definitiva de, na melhor das hipóteses, uma
incompetência clamorosa e uma ganância eleitoreira sem limites. Na
pior das suposições, resta o conluio crime X Estado.
Criminalidade VI
Fica aqui uma sugestão
ao prefeito Alair Corrêa: urbanize as favelas de Cabo Frio. Abra
ruas largas, sem abrigos para atiradores e ilumine aquilo tudo.
Vielas, becos e escuridão são aliados tanto das baratas quanto da
bandidagem. E se “defensores dos direitos humanos” vierem
protestar, mande-os entrar lá nos buracos quentes à meia noite,
para explicar ao bandidão que o que ele está fazendo é muito feio
e prejudicial à vida em comunidade. Depois a Secaf recolhe os
pedaços.
Criminalidade VII
Enquanto o pau come e
gente inocente morre em Cabo Frio, a PM continua (só) fazendo blitz
para apreender veículos com IPVA atrasado. De onde concluo que, no
dia em que não tivermos mais motoristas inadimplentes, o crime
acaba.
Malícia e cálculo
Tanto fizeram que
conseguiram tungar o Rio de Janeiro em seus royalties. Existe aí uma
mistura de motivações, que a grande mídia se recusa – ou não
pode – esclarecer devidamente: uma óbvia inveja dos demais estados
da Federação, que desde a década de 60 sofrem o desejo ardente de
fulminar cariocas e fluminenses (afinal, das paisagens deslumbrantes
ao inegável posto de centro pensante, cultural e lançador de modas,
é muito privilégio para um Estado só), além de uma inescusável
vingança pela promiscuidade de relações entre a Presidente Dilma e
o Governador Sérgio Cabral – leia-se PMDB e PT.
Malícia e cálculo II
Igualmente estranha é
a reação – ou falta dela – por parte do Governador do Estado e
mesmo do ainda prefeito Marquinho Mendes, em protestar pela
espoliação promovida pelos outros Estados, em uma verdadeira
disposição de Guerra Civil contra o Rio. Por que será? Da outra
vez tivemos passeatas, gritaria, discursos e protestos. Agora, um
mal-elaborado resmungo. Dá o que pensar.
Malícia e cálculo III
Durante a campanha para
prefeito, os janistas batiam na tecla de que era preciso continuar o
bom relacionamento do município com o Estado e, por consequência,
com o Governo Federal – e que só Jânio, herdeiro de Marquinho –
poderia fazer isso. Pois bem: onde andam os dois, Jânio e Marquinho,
tão influentes com Sérgio Cabral? E onde anda Sérgio Cabral, tão
influente com Dilma?
Nas coxas
É de dar nojo a
qualidade do asfalto usado pela Prefeitura de Cabo Frio em sua
“Operação Maquiagem” deflagrada na cidade. Não bastasse
utilizar um produto que literalmente derrete sob sol quente e que já
é colocado sem a menor preocupação de nivelamento – leia-se
“plantação de futuros buracos” – as concessionárias de
serviços públicos só entenderam de realizar suas obras nas vias
públicas após os serviços de asfaltamento. Leia-se “esburacar
tudo de novo, mostrar serviços prolongando a obra e gastar mais em
compra de asfalto”. Coisa de gênio, que nenhum cabo friense
reclama.