quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Tapas e beijos

Meu amigo Álex Garcia publicou em seu blog uma resposta ao meu artigo da seção “bloguices”, no qual eu tirava um sarro com seu temperamento nuclear. Segue abaixo a resposta do amigo, com meus comentários em vermelho:

Na verdade não briguei com quase nenhum desses nomes, veja: De Marcos Mendes (PSDB) apenas cobrei um governo melhor e mais transparente, jamais bati boca com esse senhor. Jamais briguei com Silas Bento (PSDB) apenas quero saber por que gastar 150 mil reais em 5 sessões da Câmara Itinerante e isso em pouco mais de 60 dias, jamais briguei com Silas em minha vida, a não ser que um membro da mídia cobrar o uso do dinheiro público seja briga.

Pois é, acho que foi aí um ponto em que não me expliquei bem: eu e Álex fomos companheiros, réus em um processo escatológico que o digníssimo prefeito moveu contra nós, segundo uma lógica absurda. Admiro a grandeza de espírito do Álex, que se aporrinhou, gastou dinheiro e queimou a mufla por causa de processos assim e ainda consegue não brigar. Eu, de minha parte e segundo minha índole rasteira, não viro as costas para este tal de Sr. Marcos... Já com relação a Silas, concordo que todo homem público deve prestar contas de sua atuação. Apenas ando assombrado o suficiente para crer que, se chamarmos Silas Bento de feio, o povo lá de Memê se aproveita disso pra lascar mais uma tentativa de impugnação de Alair!

Quanto ao nosso querido Governador Sérgio Cabral (PMDB) apenas quero que pare de prejudicar os cidadãos de nosso estado, privatizar saúde, aumentar passagens, colocar cadeião no 2º distrito, prejudicar Bombeiros e Policiais Militares, isso é demais para minha cabeça.

Neste ponto, Governador Sérgio Cabral, devo guardar minhas opiniões só para mim. A coisa descamba para o baixo calão, mesmo. E de processos, já estou legal.

Podemos pular a parte sobre alcoolismo? Se não for possível pular conto em detalhes na próxima vez todo o drama vivido por mim e pelo Professor Chicão, mas lhe garanto jamais houve briga, foi apenas legítima defesa pessoal e de terceiros, e isso depois de suportar coisas que nem Francisco de Assis aguentaria.

Nesse vespeiro aí eu não meto o dedo, até porque a briga não é minha. Minha única tentativa de intervenção não foi nem mesmo com intenção de dar razão à um ou à outro e sim que devíamos nos manter unidos e civilizados. Acho que fui mal interpretado, até porque o professor Chicão parece que está meio de mal comigo...

Com Alair Corrêa briguei, briguei, briguei, briguei, briguei, briguei... e depois de brigar briguei mais um pouco, mas ele (Alair) venceu a eleição com 20 mil votos de diferença e com a imagem bem melhor do que na eleição de 2008, e enquanto o Alair Corrêa me quiser como prestador de serviço (faço isso há 4 eleições) e amigo irei brigar com ele, e faço isso sem medo de perder o cliente e o amigo, tenho convicção que todas as brigas que chegaram até a serem públicas (tiveram as que não chegaram ao público) fizeram mudanças imprescindíveis para que Alair se tornasse um político mais completo e moderno.

Nesse ponto concordamos: de puxa-sacos, todos os políticos já estão com suas cotas completas. Tenho certeza que o amigo Álex e eu temos pontos de vista bastante semelhantes; apenas que eu, pelo meu velho hábito de jornalista, uso palavras menos espinhudas. Por outro lado, esta postura é válida para ambos: por vezes discordei de algumas posições de Alair e expus isso da mesma maneira que exponho minhas discordâncias com o amigo: certo de que o que nos une é muito maior que quaisquer divergências.

Ah! O meu amigo Walter esqueceu de citar que já briguei com o radialista morde fronha, ex blogueiro tarado e miliciano da mídia, brigas essas que me enchem de orgulho.

Aí o assunto fica mais divertido: um, tenho certeza de que em menos de um mês será novamente fã incondicional de Alair. Já os dois últimos talvez tenham sido os responsáveis pelos momentos mais divertidos de minha passagem pelo Lagos Jornal: os tiroteios jornalísticos e públicos mereceriam uma compilação em livro!
E para os cães que ladram quando a caravana passa, fica a dica: quando as pessoas se unem em torno de um ideal – e não de uma boquinha – os elos tornam-se fortes o suficiente para sobreviverem até pelo longo e doloroso inverno dos últimos cinco anos...com brigas, sem brigas ou apesar delas!

Um grande abraço, amigo Álex!

Walter Biancardine