Tapas e beijos
Meu amigo Álex Garcia
publicou em seu blog uma resposta ao meu artigo da seção
“bloguices”, no qual eu tirava um sarro com seu temperamento
nuclear. Segue abaixo a resposta do amigo, com meus comentários em
vermelho:
“Na verdade não
briguei com quase nenhum desses nomes, veja: De Marcos Mendes (PSDB)
apenas cobrei um governo melhor e mais transparente, jamais bati boca
com esse senhor. Jamais briguei com Silas Bento (PSDB) apenas quero
saber por que gastar 150 mil reais em 5 sessões da Câmara
Itinerante e isso em pouco mais de 60 dias, jamais briguei com Silas
em minha vida, a não ser que um membro da mídia cobrar o uso do
dinheiro público seja briga.
Pois
é, acho que foi aí um ponto em que não me expliquei bem: eu e Álex
fomos companheiros, réus em um processo escatológico que o
digníssimo prefeito moveu contra nós, segundo uma lógica absurda.
Admiro a grandeza de espírito do Álex, que se aporrinhou, gastou
dinheiro e queimou a mufla por causa de processos assim e ainda
consegue não brigar. Eu, de minha parte e segundo minha índole
rasteira, não viro as costas para este tal de Sr. Marcos... Já com
relação a Silas, concordo que todo homem público deve prestar
contas de sua atuação. Apenas ando assombrado o suficiente para
crer que, se chamarmos Silas Bento de feio, o povo lá de Memê se
aproveita disso pra lascar mais uma tentativa de impugnação de
Alair!
Quanto ao nosso
querido Governador Sérgio Cabral (PMDB) apenas quero que pare de
prejudicar os cidadãos de nosso estado, privatizar saúde, aumentar
passagens, colocar cadeião no 2º distrito, prejudicar Bombeiros e
Policiais Militares, isso é demais para minha cabeça.
Neste
ponto, Governador Sérgio Cabral, devo guardar minhas opiniões só
para mim. A coisa descamba para o baixo calão, mesmo. E de
processos, já estou legal.
Podemos pular a
parte sobre alcoolismo? Se não for possível pular conto em detalhes
na próxima vez todo o drama vivido por mim e pelo Professor Chicão,
mas lhe garanto jamais houve briga, foi apenas legítima defesa
pessoal e de terceiros, e isso depois de suportar coisas que nem
Francisco de Assis aguentaria.
Nesse
vespeiro aí eu não meto o dedo, até porque a briga não é minha.
Minha única tentativa de intervenção não foi nem mesmo com
intenção de dar razão à um ou à outro e sim que devíamos nos
manter unidos e civilizados. Acho que fui mal interpretado, até
porque o professor Chicão parece que está meio de mal comigo...
Com Alair Corrêa
briguei, briguei, briguei, briguei, briguei, briguei... e depois de
brigar briguei mais um pouco, mas ele (Alair) venceu a eleição com
20 mil votos de diferença e com a imagem bem melhor do que na
eleição de 2008, e enquanto o Alair Corrêa me quiser como
prestador de serviço (faço isso há 4 eleições) e amigo irei
brigar com ele, e faço isso sem medo de perder o cliente e o amigo,
tenho convicção que todas as brigas que chegaram até a serem
públicas (tiveram as que não chegaram ao público) fizeram mudanças
imprescindíveis para que Alair se tornasse um político mais
completo e moderno.
Nesse
ponto concordamos: de puxa-sacos, todos os políticos já estão com
suas cotas completas. Tenho certeza que o amigo Álex e eu temos
pontos de vista bastante semelhantes; apenas que eu, pelo meu velho
hábito de jornalista, uso palavras menos espinhudas. Por outro lado,
esta postura é válida para ambos: por vezes discordei de algumas
posições de Alair e expus isso da mesma maneira que exponho minhas
discordâncias com o amigo: certo de que o que nos une é muito maior
que quaisquer divergências.
Ah! O meu amigo
Walter esqueceu de citar que já briguei com o radialista morde
fronha, ex blogueiro tarado e miliciano da mídia, brigas essas que
me enchem de orgulho.”
Aí
o assunto fica mais divertido: um, tenho certeza de que em menos de
um mês será novamente fã incondicional de Alair. Já os dois
últimos talvez tenham sido os responsáveis pelos momentos mais
divertidos de minha passagem pelo Lagos Jornal: os tiroteios
jornalísticos e públicos mereceriam uma compilação em livro!
E
para os cães que ladram quando a caravana passa, fica a dica: quando
as pessoas se unem em torno de um ideal – e não de uma boquinha –
os elos tornam-se fortes o suficiente para sobreviverem até pelo
longo e doloroso inverno dos últimos cinco anos...com brigas, sem brigas ou apesar delas!
Um
grande abraço, amigo Álex!
Walter Biancardine