Por vezes indiscrições
sérias são cometidas por vaidade, infantilidade, imaturidade,
soberba.
Quando todas essas
razões convergem para a pena de um blogueiro, engajado
partidariamente apenas por questões afetivas e pessoais, o resultado
pode ser desastroso.
E foi o que aconteceu
com o Efebo blogueiro, arremêdo de Totonho, que tenta
desesperadamente seguir os passos debochados de seu mestre e, de
maneira contumaz, descamba para indiscrições sérias – sempre
motivadas pelas razões listadas acima.
Recentemente o mesmo
publicou nota, assaz esclarecedora, na qual informava que o advogado
Carlos Magno estaria sofrendo uma sucessão de derrotas em Brasília
por não contar mais com o apoio do “grupo político” para o qual
advogava anteriormente – leia-se grupo do senhor Sérgio Cabral,
Marcos Mendes, etc.
Na ocasião o Opinião
publicou, na seção “Bloguices”, uma observação que tal nota
seria mesmo passível de um aprofundamento muito sério, dada a
irresponsabilidade do autor em alardear algo que, se verdadeiro,
poderia comprometer seriamente – e ainda mais – as reputações
dos políticos governistas envolvidos.
O tempo passou,
entretanto, e a imaturidade do menino não foi refreada pois o mesmo
insiste na cantilena de que não importam as leis nem advogados, o
que importa é a força de seu grupo.
Pois bem, dada a
extensão do deboche provocativo, é o caso de perguntarmos de
maneira clara ao autor o que ele pretende insinuar com isso. E o faço
nas questões abaixo:
1 – Senhor blogueiro,
é sua intenção afirmar que seu grupo político influencia decisões
judiciais – sejam elas em quaisquer instâncias?
2 – É sua intenção
mostrar que a habilidade profissional do Dr. Carlos Magno foi um
casuísmo oriundo apenas da força política de seu grupo?
3 – De que maneira o
seu grupo político consegue “influenciar” as decisões
judiciais? Através de argumentos ou oferecimentos?
4 – É ponto pacífico
que, sendo a situação de Alair a exposta por todos, sua vitória no
TSE é certa – isso é algo afirmado por juristas e não por
leigos. Quais seriam as razões mágicas, que nenhum advogado viu até
agora, e que irá provocar a inexorável derrota de Alair, prevista
pelo senhor?
5 – Qual é sua
explicação para o fato de, nas eleições de 2008, o grupo do
governador Sérgio Cabral ter conquistado 99% das prefeituras do
Estado do Rio? Bons candidatos apenas?
6 – Qual sua
explicação para as controversas decisões do TRE-RJ relacionadas a
todos os adversários do Governador? E estas decisões não estariam,
a seu ver, relacionadas com os reveses de Alair no TRE? Ou foi só
coincidência?
7 – Por que o senhor
não expôe, como um veículo da mídia tem por obrigação fazer,
suas notícias de maneira clara, objetiva e sem as informações que
o senhor declaradamente omite – contrariando a obrigação de
qualquer profissional da área? Trata-se de blefe ou existe realmente
a sonegação? Seus "espiões" em Brasilia conseguem realmente obter informações privilegiadas? Eles tem acesso aos juízes?
8 – Por último, não
custa repisar: é fato que o senhor insinua a manipulação de
sentenças a favor de seu grupo político? O que o senhor quis dizer
quando afirmou que as vitórias jurídicas deviam-se ao “grupo
político”? Explique de maneira clara, por favor.
É improvável que o
menino-blogueiro responda as questões acima. Entretanto, dada a
gravidade de suas insinuações irresponsáveis, seria extremamente
previdente que os janistas, governistas, sergistas, marquinhistas e
outros quetais se unissem em preces pela vitória – rápida, sem a
nítida má-fé das “vistas de processos”, novos advogados, e etc
– de Alair no TSE.
Uma vitória deste já
tão desgastado grupo poderá ser uma verdadeira vitória de Pirro,
que destruirá para sempre quaisquer resquícios de credibilidade que
o mesmo ainda possa desfrutar entre os eleitores.
Graças ao blogueiro
afoito, uma improvável e absurda vitória de Janio será a prova
material da promiscuidade de relações entre o Executivo e o
Judiciário em nossas tristes terras fluminenses.
Walter Biancardine