Misérias diversas
Fiel à causa, nunca à
pátria
Causa espécie ler no
blog do Efebo mais velho de Obronho um vasto texto, no qual o imberbe
procura arrotar seus bonitos diplomas e deita falação sobre o quão
inexorável será a perda dos Royalties, pelo Estado do Rio de
Janeiro, com a nova lei de divisão dos mesmos. O rapazinho nos
alerta – do alto de toda a sua idade e experiência de vida – que
é próprio do sistema democrático que o desejo da maioria vença.
Logo, se a maioria do país tem os olhos gordos postos na grana do
petróleo, nós fluminenses devemos nos conformar. Quietinhos.
Fiel à causa, nunca à
pátria II
Nosso incorrigível
adolescente teórico esqueceu-se das incontáveis vezes em que
prevaleceram desejos de minorias, tanto nas esferas Federais, quanto
nas Estaduais e – principalmente no governo do padrinho de seu
candidato – municipais. O bobinho empresta ao Regime Democrático
uma força dinâmica incoercível, que jamais cederia ás
vicissitudes e conjunturas momentâneas ou não, e que tornariam a
posição de minorias prevalecente sobre as da maioria. Ou deseja o
Efebo o fim de todas as leis que beneficiam negros, índios, gays,
por inconstitucionais e anti-democráticas?
Deixa pra lá. Não é
próprio desse povo de esquerda entender de democracia, mesmo...
Fiel à causa, nunca à
pátria III
O que dá dó é
perceber que o menino gasta laudas e laudas de sua erudição da
Barsa apenas para – em uma esforçada hipérbole – raspar de leve
em Alair e insinuar que, pelo seu suposto relacionamento distante com
os governos Estadual e Federal, sua gestão seria inviável e inerte.
Bom mesmo, para ele,
seria Jânio e seu pires, à mendigar uns trocados com Cabral e
Dilma.
Paúra
No fundo no fundo, tudo
isso é medo de um gurí que nunca teve o hábito de lutar pelo que
acha certo. Tomaram nossos royalties, tal qual Evo Morales nos tomou
a Petrobras na Bolívia? Tudo bem, deixa quieto, a vida é assim
mesmo!
O gurí tem muito –
mas muito mesmo – o que aprender com Alair...
Confissão?
E por último mas não
menos importante – talvez seja mesmo o maior motivo de pasmo e
horror aos que verdadeiramente compreendem o que seja democracia –
se encontra sua cândida postagem, na qual sugere que o advogado
Carlos Magno estaria enfrentando diversos problemas defendendo Alair
em Brasília, por não contar mais com o “apoio” do grupo para o
qual trabalhava anteriormente.
Com o mensalão na
cabeça, é caso de se perguntar em quê diabos consistiria esse
“apoio” sugestionado pelo incauto Efebo. Estaria ele insinuando
que haveriam pessoas comprando sentenças, subornando juízes
Federais, ou algo pior?
Realmente, tem gente
que escreve o que vem na cabeça, e que se dane o resto. O negócio é
parecer “rebelde e de esquerda”.
Frase do dia: Diploma
nem sempre quer dizer excelência. A arca de Noé foi feita por
amadores. O Titanic, por engenheiros...