segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Misérias diversas

Fiel à causa, nunca à pátria
Causa espécie ler no blog do Efebo mais velho de Obronho um vasto texto, no qual o imberbe procura arrotar seus bonitos diplomas e deita falação sobre o quão inexorável será a perda dos Royalties, pelo Estado do Rio de Janeiro, com a nova lei de divisão dos mesmos. O rapazinho nos alerta – do alto de toda a sua idade e experiência de vida – que é próprio do sistema democrático que o desejo da maioria vença. Logo, se a maioria do país tem os olhos gordos postos na grana do petróleo, nós fluminenses devemos nos conformar. Quietinhos.

Fiel à causa, nunca à pátria II
Nosso incorrigível adolescente teórico esqueceu-se das incontáveis vezes em que prevaleceram desejos de minorias, tanto nas esferas Federais, quanto nas Estaduais e – principalmente no governo do padrinho de seu candidato – municipais. O bobinho empresta ao Regime Democrático uma força dinâmica incoercível, que jamais cederia ás vicissitudes e conjunturas momentâneas ou não, e que tornariam a posição de minorias prevalecente sobre as da maioria. Ou deseja o Efebo o fim de todas as leis que beneficiam negros, índios, gays, por inconstitucionais e anti-democráticas?
Deixa pra lá. Não é próprio desse povo de esquerda entender de democracia, mesmo...

Fiel à causa, nunca à pátria III
O que dá dó é perceber que o menino gasta laudas e laudas de sua erudição da Barsa apenas para – em uma esforçada hipérbole – raspar de leve em Alair e insinuar que, pelo seu suposto relacionamento distante com os governos Estadual e Federal, sua gestão seria inviável e inerte.
Bom mesmo, para ele, seria Jânio e seu pires, à mendigar uns trocados com Cabral e Dilma.

Paúra
No fundo no fundo, tudo isso é medo de um gurí que nunca teve o hábito de lutar pelo que acha certo. Tomaram nossos royalties, tal qual Evo Morales nos tomou a Petrobras na Bolívia? Tudo bem, deixa quieto, a vida é assim mesmo!
O gurí tem muito – mas muito mesmo – o que aprender com Alair...

Confissão?
E por último mas não menos importante – talvez seja mesmo o maior motivo de pasmo e horror aos que verdadeiramente compreendem o que seja democracia – se encontra sua cândida postagem, na qual sugere que o advogado Carlos Magno estaria enfrentando diversos problemas defendendo Alair em Brasília, por não contar mais com o “apoio” do grupo para o qual trabalhava anteriormente.
Com o mensalão na cabeça, é caso de se perguntar em quê diabos consistiria esse “apoio” sugestionado pelo incauto Efebo. Estaria ele insinuando que haveriam pessoas comprando sentenças, subornando juízes Federais, ou algo pior?
Realmente, tem gente que escreve o que vem na cabeça, e que se dane o resto. O negócio é parecer “rebelde e de esquerda”.

Frase do dia: Diploma nem sempre quer dizer excelência. A arca de Noé foi feita por amadores. O Titanic, por engenheiros...