domingo, 31 de maio de 2015

Convocação!


O Conselho Municipal de Cultura, através do seu presidente, o Secretário de Cultura de Cabo Frio, José Facury Heluy, está convocando os integrantes da classe artística da cidade para o Pré Fórum de Cultura de Cabo Frio, que será realizado nesta terça feira, 02 de junho ás 19 horas, no Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb.
O evento será desdobrado em duas datas: dia 02 de junho para artistas e agentes culturais que produzem sem CNPJ, e dia 09 de junho, no mesmo horário e local, para artistas e agentes culturais que produzem com CNPJ.
Em ambas ocasiões serão promovidos debates sobre os rumos da cultura cabo friense, esclarecimentos diversos, além da discussão e aprovação do Regimento Interno, que vai nortear as ações do III Fórum Municipal de Cultura.

Compareça!

sábado, 30 de maio de 2015

O DISCURSO DA DERROTA


Tentando capitalizar o que considerou um revés, o grupo oposicionista (que se nega como tal) Secretaria Civil de Cultura divulgou nota protestando contra o adiamento do debate marcado para acontecer no programa de TV de um de seus idealizadores.
O adiamento foi determinado pelo proprietário da emissora, que não divulgou as razões de sua decisão.
Entretanto, em mais uma atitude que apenas revela o destempero dos participantes de tal grupo de desobediência civil, a nota divulgada tenta emprestar o ônus desta decisão ao Secretário Municipal de Cultura, como se o mesmo tivesse ingerência ou influência sobre a emissora.
Para nós, do Opinião, este é um assunto sepultado. A Fundação é uma ação do Prefeito Alair Corrêa, com base no decidido pelo Fórum de Cultura e não cabe ao Secretário discuti-la, e sim acatá-la. Toda a discussão pertinente ao assunto já foi esgotada em seu devido Fórum, e assinada por seus participantes. Insistir em debates nada mais é do que a intenção de colocarem-se nos holofotes, como defensores de algo que deveriam ter defendido tempos atrás, e emprestarem-se uma importância que não possuem.
Entretanto, os cadáveres que não se enterram e insistem em empestear as redes sociais, na realidade, chamam-se VAIDADE e COBIÇA POR CARGOS. É o que podemos deduzir da recente nota divulgada, a qual se resume em um amontoado de clichês desconexos, perdidos no tempo como se estivéssemos ainda em 1968, com o único e desesperado objetivo de manter o grupo unido.
O Jornal Opinião fez uma breve análise da mesma, para que seus leitores possam – diante de nossa argumentação – tirar suas próprias conclusões.

SP – Secretaria Paralela
JO – Jornal Opinião
SP – "Boa tarde aos amigos do programa RAÍZES.
SOU A FAVOR E DEFENDO A PERMANÊNCIA E MANUTENÇÃO DA SECRETARIA DE CULTURA DE CABO FRIO.
Esclarecendo os fatos: Na ultima segunda feira 25 de maio foi agendado no programa RAÍZES um debate que pretendia trazer a discussão sobre a PERMANÊNCIA E MANUTENÇÃO DA SECRETARIA DE CULTURA DE CABO FRIO."
JO – Como é isso? Declara de antemão seu ponto de vista e se pretende como mediador de um debate? Só pode ser piada!
SP – "Convidei todos os participantes para o debate pessoalmente, fiz questão deste movimento. Ao chegar a Cabo Frio TV no dia do programa fui informado pela direção da emissora que esta havia desmarcado a participação de um dos convidados."
JO – Favor observar: A EMISSORA DESMARCOU.
SP – "Para minha total perplexidade aquele, a quem eu havia convidado pessoalmente, não teve a educação ou dignidade de entrar em contato comigo avisando da sua não participação com o compromisso assumido."
JO – Como assim? Não bastou o DONO da emissora avisá-lo de sua decisão de dono? Ele queria que os participantes viessem pessoalmente pedir mil desculpas, de joelhos, por atitudes dos outros? Que soberba, meu caro...
SP – "Em função disso, eu como apresentador do RAÍZES e a Cabo Frio TV entendemos que o adiamento deste debate possibilitará a ampliação desta discussão entre a sociedade Civil e o poder público. AVANÇAMOS!"
JO – Pois Bem: como ele mesmo diz, A EMISSORA desmarcou. Se houve desconsideração, foi da direção da TV e não do convidado. Quanto ao brado de “AVANÇAMOS”, é apenas para enfeitar o vácuo. Outra: se o mesmo se permite falar em nome da emissora ao afirmar que “Eu e a Cabo Frio TV entendemos que o adiamento possibilitará a ampliação da discussão”, então qual é o motivo da perplexidade?
SP – "Sobre a fala publicada nas redes sociais pelo ex-secretário de cultura, sito: “... ENTENDEMOS QUE O DEBATE SOBRE A QUESTÃO É DE SUMA IMPORTANCIA E ESTAMOS DISPONÍVEIS QUANDO O MESMO ENTENDER QUE SE TRATA DE UM DEBATE COM A SERIEDADE QUE O MOMENTO NECESSITA.” (Publicado em minha Linha do Tempo – facebbok e Assinado pelo ex-secretário de Cultura).
Entendo que esta fala expressa total descaso e falta de compromisso real com o entendimento da importância de uma SECRETARIA DE CULTURA dentro de um município."
JO – Esta fala revela descaso? Seria bom explicar melhor, pois nela só vemos a disposição de debater...e como defensor da Cultura, o mesmo deveria saber que o verbo “citar” (citação, “eu cito”) é com a letra “C”. Sito, com “S”, é mais encontrado em documentos legais, tipo “Projeto Cultural SITO á Av. Assunção...etc...
SP – "Tanto os telespectadores, a sociedade e a atividade cultural do município reconhecem a seriedade e o comprometimento do programa RAÍZES ao que ele se propõe, isto é, a divulgação, discussão e incentivo às questões relacionadas à GENTE, HISTÓRIA E CULTURA. "
JO – E A ISENÇÃO, MEU CARO? Onde está a ética jornalística, ao ambicionar a mediação de um debate, tendo seus pontos de vista amplamente sabidos por todos? É claro, o senhor não é jornalista...
Alegar que a postagem do Secretário revela “descaso” é apenas retórica, argumento desesperado de quem não os tem, pois o mesmo reiterou sua disposição para o debate – só que, obviamente, organizado como tal, e não como um tribunal da inquisição onde o mediador, á priori, tem seu ponto de vista já explicitado nas redes sociais. A participação do Secretário em programas que adotam uma postura contrária á este governo já foi, por demais, esclarecedora: não pelas perguntas, pois neste ponto nenhuma preocupação haveria, e sim pela desonestidade dos métodos midiáticos empregados – e quem ouve rádio sabe do que falamos. Ora, e por quais motivos o Programa Raízes, contra a Fundação, comandado por este senhor, igualmente contra a Fundação, teria isenção e credibilidade para se arrogar esta importância toda?
SP – "Não a toa que estamos no ar, AO VIVO, há mais de sete anos e temos credibilidade reconhecida por todos."
JO – Quanto ao quesito “credibilidade” alegado pelo mesmo, mal vale a pena falar. Basta ver os prints abaixo, onde são mostrados participantes de sua página “Secretaria Civil”, que foram adicionados Á REVELIA, SEM AUTORIZAÇÃO OU CIÊNCIA DO MESMO, o que não abona de maneira nenhuma sua pretendida “credibilidade”. Igualmente podemos destacar a petição abrigada em um site reconhecidamente inidôneo – Avaaz – que nos permite assinar sob e-mails falsos ou alheios, bem como a atitude inicial de confronto, arrogância e desobediência civil, que foi a instituição de uma secretaria paralela, com organograma e funções, conforme foto abaixo. Isto é credibilidade? Falsificar participantes, fabricar apoios, criar factóides apenas para alimentar suas ambições pessoais abona os organizadores deste debate? Que seja feito um debate, mas com outros mediadores e em campo neutro.

SP – "Vale ressaltar que os eventos publicados nas redes sociais/ Encontro das Folias de Reis, Presente das Águas, Brincareta e Reis de Bois, Desfile de Blocos, Folia Alternativa (ARTE NA PRAÇA), Semana Teixeira e Sousa, Fóruns e conferências de Cultura, Cursos de Teatros, Lançamento de Revistas de Cultura, Encontros da Baixada Litorânea, Criação do PROEDI, Oficinas de artes (Polo Culturais Tamoios e Jardim Esperança), Festival de Cinema Curta Cabo Frio, Festival de Esquetes, Bonecarte – Clarêncio Rodrigues, Fórum de Igualdade Racial, Artes nas praças, Concurso do Rei Momo, Resgate do Carnaval no ano 2000, Desfile de Escolas de Samba, Desfile de Blocos de Arrastão, Festa de São Jorge, Instalações Fotográficas, Concurso de Poesia, Série Jovens Pianistas, Festival Estudantil de Teatro, Lançamento do Anuário/ foram criados e incentivados por outros secretários que estiveram nas gestões da Secretaria. Ultimo secretário que a cultura teve ficará marcado em nossa história como o secretário da EXTINÇÃO. LAMENTÁVEL."
JO – Muito bom ter tocado neste ponto: entende-se um bom governo como aquele que pratica a continuidade das ações definidas em um programa, e o mesmo senhor aqui o reconhece, embora nem todas as ações citadas tenham sido iniciativa de outros gestores. O que ele possivelmente não se conforma é que, na hipótese do advento de uma Fundação de Cultura, suas chances de lá abrigar-se serão mínimas, pois a mesma demanda cargos técnicos e não um especialista em generalidades como o mesmo. Clamar que uma Fundação pode e deve conviver com uma Secretaria é má-fé numa cidade com nosso número de habitantes, e só se justifica pelo fato de que a manutenção da Secretaria permitiria a chance de SEU PADRINHO futuramente assumir o cargo e abrigá-lo, como fez antes – daí a ânsia de uns e outros em derrubar o Secretário – e aqueles que acharam esta solução ótima certamente terão suas razões, impossiveis de serem discutidas aqui.
Acreditem, ainda que o Prefeito Alair Corrêa resolva contrariar o decidido no Fórum de Cultura e determinar a continuidade da Secretaria, a campanha continuará, pois o que incomoda não é a fórmula e sim o titular da mesma.


SP – "Então toda ATIVIDADE CULTURAL DE CABO FRIO E DA REGIÃO está convidada a assistir ao debate que acontecerá no dia 29 de junho segunda feira às 19 horas na Cabo Frio TV canal 10 no programa RAÍZES.
Durante o mês de junho o programa RAÍZES estará exibindo imagens de debates sobre CULTURA já realizados na CIDADE DE CABO FRIO.
Vai ser bom demais, vocês ficarão surpresos!
AGUARDEM E ATÉ BREVE.
Carlos Ernesto - apresentador "

quinta-feira, 28 de maio de 2015

ESTAMOS DE LUTO – A POLÍTICA MORREU



De molho, acometido por forte gripe que vaza o ânimo pela coriza insistente, havia jurado que passaria o dia quieto, mas não foi possível.

Imprudente, resolvi buscar informações sobre a manifestação do SEPE – Lagos, ocorrida nesta quinta feira 28, em frente á Prefeitura. Tão imprudente quanto, foi minha busca por atualização do que se passa na Cultura (pois, como disse, hoje fiquei de molho) e em ambos os setores o que vi, lí e ouvi, através das redes sociais e blogs, foi de enojar.

Em outubro de 2013 eu já havia escrito (matéria publicada no Blog Álvaro Neves – http://nevesalvaro.blogspot.com.br/2013/10/com-palavra-reporter-walter-biancardine.html) sobre o pasmo que senti ao presenciar negociação entre este mesmo SEPE e o Prefeito Alair Corrêa, em seu gabinete: lá discutiram, ponderaram, debateram, chegaram á um acordo e apertaram as mãos, firmando o mesmo. Pois bastou a comissão negociadora descer ás ruas, aos braços da turba ululante, para se romper a palavra e desdizer, sem nenhuma cerimônia, o que haviam apalavrado naquela ocasião diante do Prefeito.

Agora a cena se repete, revista e piorada: não bastasse a já habitual quebra de palavra dada, somou-se o ingrediente preocupante da deseducação explícita de quem teria, em tese, justamente a missão de educar – e não foi digna de nenhuns outros qualificativos a atitude da sindicalista (e professora nas horas vagas) Denise Teixeira, ao discordar publicamente de seu colega de sindicato Olney Vianna, tomar-lhe a palavra e incitar a turba a vaiar o prefeito, que havia descido á rua e se misturado aos queixosos para negociar olho no olho, como só um verdadeiro cabra macho tem a hombridade de fazer.

Quero ver um outro sujeito – nem precisa ser prefeito – ter os culhões arroxeados no tom necessário para encarar uma multidão manipulada e negociar de igual para igual. Mas isso sequer foi levado em conta por esta senhora, sedenta de holofotes e que certamente desagradou-se do fato, pois muito mais gostosamente teria deitado sua falação incendiária e desconexa se Alair fosse um frouxo que se escondesse atrás de uma escrivaninha, tal qual nos cansamos de assistir em passado recente.
É claro que, diante de tal absurdo anti democrático, o Prefeito não iria ficar alí parado feito bobo, enquanto a nervosa e insatisfeita senhora puxava a claque em direção ao desvairio. Alair voltou ao seu gabinete e a negociação terminou como ela queria, ou seja, muito ruim – o que rende aplausos e justifica sua existência como sindicalista: o importante não é conseguir o pretendido e sim fazer barulho e sair de vítima.

E o mais triste disso tudo é perceber que nós, como pais, entregamos crianças aos cuidados de tais cabeças – intolerantes, irascíveis, agitadoras e que nenhuma importância dão á palavra dada e ao compromisso firmado.

Cabe agora as duas mais importantes perguntas: esta senhora exibe alguma ponderação para representar uma classe? Outra: esta senhora tem o equilíbrio e comedimento necessários para a tarefa de educar uma mente em formação? Pois se um sindicato elege tal pessoa como seu ideal representativo, falando, agindo e decidindo por todos, realmente a Educação precisa, urgentemente, ser repensada de cabo á rabo.

Por outro lado, ainda em minha busca por informações no dia de hoje, o que constatei como tônica e exemplo do nível de argumentação daqueles que se dizem formadores de opinião e representantes ou pertencentes á classe cultural de Cabo Frio não esteve muito distante do que se poderia ouvir em uma delegacia ou jogo de futebol.

Gente que se diz artista acusando o Governo Municipal de tramar um calote contra a classe, que reclama diante da suposição de “ser tratado como um marginal” por um governo, que chamam um Secretário Municipal de Cultura de “sem cultura e irresponsável” e reclamam pelo setor em que atuam – quase morto por anos de falcatruas – estar anêmico, como se a sangria tivesse o mesmo Secretário como causa.

Outros, birrentos como crianças contrariadas, criam seu “universo paralelo” e de lá desancam tudo e todos, clamando que a extinção da Secretaria de Cultura extinguirá a própria cultura de Cabo Frio. Se tal fato é verdade, então a mesma é tão débil que certamente não fará falta, já que a criatividade local só existiria entubada em balão de oxigênio estatal.

No meio disso tudo, vaidosos de plantão aproveitam para extravasar seu ego e queixarem-se de absurdos como “o Prefeito deveria dar descontos no Imposto de Renda para quem investe na Cultura” - como se o Município tivesse ingerência na legislação Federal que regula a tributação!
Gritam, xingam, são agressivos mas se encolhem e fazem-se de vítimas quando são tratados da mesma maneira – digo por experiência própria.

Coroando tudo isso, teimam em remarcar que suas queixas não possuem nenhuma conotação política, que estão unicamente preocupados com os rumos da Cultura na cidade, e outros clichês de igual teor – mas acusam sistematicamente o ex-Secretário da pasta como se ele fosse a última instância decisória do Governo Municipal. Acusam, batem em quem se encontra exatamente no limbo administrativo (pois não é mais Secretário, oficialmente, nem Presidente da Fundação e por isso nada pode afirmar ou se comprometer, pois nenhum poder tem) e evitam cuidadosamente que sua fúria extrapole para outras instâncias, superiores, pois apostam que sua fúria será paga com benesses do Gabinete.

E coroando este circo dos horrores, uma ex-sub secretária torna-se íntima e participante de grupo oposicionista, frequentando via telefone um programa de TV por eles mantido e chegando ao absurdo em sua indisciplina e falta de noção hierárquica – incompetência e arrogância mesmo – ao oferecer uma outra secretaria, sobre a qual nenhuma função ou poder possui, para patrocinar um número de um participante deste mesmo programa de TV já que, segundo ela, a Secretaria de Cultura nada faz.

Este é o baixíssimo nível ao qual chegamos. Nenhuma coerência, nenhuma objetividade, nenhuma proposta – apenas críticas, vaidades e sede de poder, tanto na Cultura quanto na Educação.

A bem da verdade e para sermos absolutamente justos, este é um mal que não foi provocado por nenhum governo municipal, seja ele recente ou distante.

Esta não é uma deficiência conjuntural e sim de caráter, de gente que crê piamente em um diploma ou honras concedidas – ou compradas – como suficientes para substituir a cordialidade, o sentido do bem comum, humildade e trabalho duro. Como negociar com semelhantes cérebros? Como exercer a política com quem se crê dono de todas as verdades do mundo? Como tentar acordos com quem se alimenta da discórdia? Como falar para ouvidos surdos pela vaidade e ambição?

Diplomas, cargos e ideologias jamais substituirão a educação de berço, e é isso que essa gente não entende ou já esqueceu.


Walter Biancardine

domingo, 24 de maio de 2015

A PIOR COISA QUE PODE ACONTECER É NADA ACONTECER



Se hoje vivemos em uma sociedade idiotizada, compostas por pessoas que raciocinam e vivem segundo premissas e idéias falsas, irreais ou mesmo conflitantes, a culpa é da mídia – a mesma mídia que clama por paz, defende “tratamento humano” para animais delinquentes, mas exibe filmes em que heróis decepam cabeças com o ar de quem vinga o planeta.

A massificação das mentiras ideológicas, repetida diariamente de forma explícita ou gramsciana, não importa, entope o cidadão mediano ao ponto de não mais pensar e guiar-se apenas por slogans de fácil memorização e sempre com um benefício excuso embutido, pois o ser humano comum jamais foi reconhecido por sua nobreza de caráter.

A esquerda apropriou-se de virtudes humanas e vendeu-as como méritos ideológicos, daí o pensamento que alguém que se intitula “conservador” ser visto, o mais das vezes, como alguém mau e repressor. E o benefício excuso já citado vêm nas entrelinhas: a esquerda e o progressismo são “liberais, sem preconceitos”, por exemplo. Para alguém que busca desesperadamente um canal para extravazar suas peculiariedades sexuais, nada mais óbvio que esquerdizar-se ao ponto do fanatismo, pois no fundo defende nada além de sua libido.

A irresponsabilidade da grande imprensa e da mídia atinge níveis fúnebres quando vendem utopias como uma sociedade de amplo entendimento, de paz, de policiais gentis e desarmados tal e qual um mundo em que todos, sem exceção, possuíssem o mesmo caráter, berço, referências e limites que nós mesmos. 

Esquecem da feia realidade, em que a imensa maioria – por trás da casca de seres humanos – abriga irascível, egoísta, sanguinário e individualista animal selvagem, e apenas tratando-o como tal, poderá ser coagido (sim, coagido, pois a concessão e a razoabilidade está além de sua capacidade de entendimento) a fazer ou deixar de fazer algo. 

Os romanos antigos chamavam tal camada social de “proletários”, cujo sentido original era de “prole”, de instrumento de perpetuação da espécia – e apenas isso. Cruel mas verdadeiro, pois os ideais da revolução francesa, “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”, são apenas belas idéias porém biologicamente irrealizáveis.

O rebaixamento da racionalidade, substituindo o pensamento pelo prazer libidinoso (instilado ao paroxismo pelas músicas, vídeos, cinema, livros, novelas, etc) nada mais é do que a infantilização do ser humano aos níveis do descobrimento – e fixação – da sua própria sexualidade e do prazer nela encontrado, e quando nos tornamos este tipo de criança, tendemos a acreditar ainda mais facilmente (pois não queremos pensar e sim gozar) nas palavras de ordem decretadas pelos noticiários – a última delas, a “epidemia” repentina de esfaqueamentos.

Creiam-me leitores, isto é apenas o início: não bastou desarmar o cidadão comum, como se o crime fosse por nós praticado ou abastecido por nossas armas de fogo. Agora, há que se dar o golpe de misericórdia e desprover o cidadão até mesmo de seu direito ao desespero – pegar uma faca, um porrete, uma pá e defender-se da ameaça iminente.

Somos gado tangidos ao matadouro, inermes, nas mãos de um pensamento psicopata de esquerda que vende a idéia de que nosso conforto causa o crime e deveremos pagar eternamente por nossas aspirações, até que o último cidadão de bem tenha sido substituído por zumbí limítrofe da criminalidade e servo do Estado.

A insistência dos noticiários em divulgar os crimes de arma branca (que em nada diferem em número dos anos anteriores) não é simples sensacionalismo, há um propósito por detrás disso – simplesmente nossa prisão domiciliar e morte por inanição de vida.

A esquerda é ditadora. Não quer homens, quer robôs. Não quer trabalho, quer escravidão. Não quer paz, quer morte para lucrar com isso.

A esquerda – essa mesma que nos governa hoje, é cúmplice do crime organizado, lucra com ele, se lambuza de sua depravação e quer nos impingir o padrão moral da barbárie.

Mas nada faremos, pois gozar – ejacular-se em todas as caras, paredes, vídeos, músicas e almas é muito melhor que pagar o preço de ser humano. Até quando seremos submissos?


Acreditem: a pior coisa que pode acontecer é nada acontecer.

Walter Biancardine

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Demagogia


Confesso que, por vezes, bate um cansaço ao perceber que a reação única de quem tem suas falhas apontadas é encher o saco dos outros com cantilenas queixosas e acusações fáceis. Essa gente não descansa e a vigarice intelectual é sua única arma.
Agora é a vez de apresentador de programa, omisso ao permitir surto apoplético de seu parceiro irritadinho cometendo enorme grosseria contra seu entrevistado. Sentindo-se magoado, resolve revidar apelando para a acusação fácil de chamar-me "bajulador" e "puxa-saco".
Triste constatar a estreiteza de raciocínio, incapaz de se dar conta que em nenhum momento protestei contra suas críticas ao governo, e sim contra a deseducação de fazê-las diante de um entrevistado que nada teria para responder - nem conhecimento nem chance, já que o surto foi ao encerramento do mesmo programa. Assim, cai a acusação de bajulador.
Por outro lado, em todo esse episódio grotesco dos que reclamam contra a criação da Fundação de Cultura, em nenhum momento apoiei a mesma ou a manutenção da Secretaria. Minhas críticas foram dirigidas á canalhice dos meios empregados. E mais: desafio que encontrem quaisquer contestações minhas empregando o elogio como arma, pois não existem. E assim, cai a acusação de puxa saco.
Agora, se uma pessoa que defende sua convicção - que não é de hoje, data de longos anos - é chamada de bajulador e puxa saco, imagino que semelhante cérebro só consiga distinguir a crítica como linguagem jornalística. Em todo caso, numa atitude atípica, o mesmo posta no resumo diário de seu programa a desinteligência ocorrida - o que ao menos indica que não sou tão indiferente para ele quanto seu amigo irritado o é, para mim.
Gostaria muito, se o ex-amigo realmente considera a crítica como uma postura constante e válida, de ler uma resenha de sua autoria sobre a atuação dos vereadores, prefeitos e demais habitantes do espaço político de Arraial do Cabo - todos, sem exceção, e sempre vistos sob esta ótica crítica, ou o mesmo estará sendo um bajulador e puxa saco.
No frigir dos ovos, tudo isso gera apenas um grande cansaço, tristeza pelas amizades abatidas ao longo do caminho e uma enorme desesperança na coerência alheia.
Que essa masturbação gramatical tenha um fim agora, pois só se prolongou em consideração á estima que tive, por longos anos, pelo cidadão.
E que os números da sorte continuem favorecendo...á todos.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Chororô



Deu o que falar a entrevista do Secretário de Cultura e futuro Presidente da Fundação Municipal de Cultura em um programa popularesco, assistencialista, veiculado por uma rádio de Cabo Frio.
O curioso é que o falatório se deu não pela entrevista em sí – correta, linear e até um pouco “amistosa” demais para um programa que se diz neutro mas faz da pancada contra a Prefeitura da cidade sua razão de ser – mas sim pelos segundos finais da transmissão, já encerrada a participação do Secretário e sem nenhuma possibilidade de réplica, quando um dos apresentadores entendeu de fazer verdadeiro discurso contra a PMCF.

Exaltado e nervoso, o franzino rapaz desancou setores da administração que nada tinham a ver com a área do entrevistado. Falou, falou, fez sua demagogia populista e, ao final, bateu com suas folhas de anotação na mesa encerrando sua epifania oposicionista – e deu no pé, certamente sabedor que ali presentes não estavam apenas intelectuais avessos á atitudes mais firmes, e sim um certo assessor de comunicação de saco cheio com esse chororô demagógico, irritado demais, cético demais, cansado demais e grande o suficiente para que o tal apresentador se agarrasse ao braço do Secretário e lá se escondesse.

Pois bem, esta foi a razão do falatório: nas redes sociais o franzino e irritadiço herói da oposição discursou sobre sua altivez e nobreza de missão, que este era o perfil do programa e que ninguém teria o direito de pautar seu espaço radiofônico. Ótimo. Pena que esqueceu de mencionar a falta de ética jornalística cometida com sua histérica intervenção, á parte da enorme grosseria, falta de educação daquelas de berço mesmo, cometida contra seu entrevistado – tudo isso por uns aplausinhos de mais uma meia dúzia de magrelinhos insatisfeitos, vibrando com a coragem de seu ídolo!
A nota triste da história foi o fim de uma amizade – oferecida a mão estendida, sequer foi respondida e para bom entendedor, meia conveniência política basta.

Agora, nosso intrépido Secretário vocacionado á kamikaze resolve aceitar convite para ser entrevistado por outro antro de mal amados oposicionistas – antro composto pelos mesmos inconsequentes que criaram uma secretaria de cultura paralela, que adicionaram á revelia e sem autorização nomes e perfis de pessoas (sem que as mesmas soubessem) como apoiadoras da tal sandice e que criaram petição eletrônica na maior fraude digital dos tempos cibernéticos chamada Avaaz – onde fantasmas votam, e quantas vezes quiserem.

É o caso de se perguntar se nosso Secretário pretende oferecer-se em holocausto aos lobos famintos.
Uma coisa é uma turma de encrenqueiros acusar o Governo de só comparecer á entrevistas promovidas pelo que chamam de “mídia amiga” e, por isso a Cultura ter agendado a mal fadada entrevista no rádio. Outra coisa é perceber – após a mesma – que os métodos desonestos são idênticos, esse povo age e pensa segundo o mesmo cérebro canalha cujos fins justificam os meios.
E aí, diante da constatação de que se enfrenta não uma oposição e sim delinquentes intelectuais, torna-se imperativa a pergunta ao Secretário que, diga-se de passagem, é um homem honrado e com uma reputação á zelar: vale á pena?


Que os cabofrienses tenham a capacidade de perceber a canalhice, tão explicitada por eles quanto a falta de vergonha que os mesmos tem em mostrá-la tão abertamente.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Só serve se for mega-multi-hiper


Vivemos em uma era em que o embrutecimento dos sentidos é evidente, e só não enxerga quem já se embruteceu também – perdoem o joguinho de palavras.

Artistas que são verdadeiras lendas, clássicos, se consagraram em teatros com lotação de 500 pessoas, subindo ao palco sozinhos e complementados apenas por uma banda de quatro ou cinco gatos pingados, mas extremamente competentes no que faziam.

Hoje nenhum artista acha que é “bom negócio” fazer shows em teatros, e somente eventos ao ar livre, com 90 bailarinos, queima de fogos nucleares, efeitos tão especiais que até esquecemos da música...tocada por aparelhos – nenhum músico!, coreografias para que oligóides fixem bem o que viram, com cachês tão estratosféricos que somente Governos podem pagar e dirigidos para dois milhões de pessoas cabem em suas megalomanias gananciosas e valerão á pena. Aliás, esta é uma relação promíscua que poderá ser debatida em outro artigo: a cumplicidade entre o artista e o Governo pagador de seus cachês. Breve comentarei.

Claro, haverão moderninhos que me lembrarão: “Mas existe o Rap, é um movimento politizado, etc, etc...” Politizado? É de fazer rir! O que essa turma atrofiada dos neurônios vê como “politizado” resume-se, na verdade, á um crioulo reclamão, se queixando sobre como sua vida é difícil e o mundo odeia ele – por isso ele rouba, trafica e ainda quer glamourizar isso. Uma análise da situação, um pensamento em termos de apontar um caminho, uma denúncia que não se limite ao “eu, eu, eu” simplesmente não existem! Mas para os anestesiados de hoje, qualquer música que tenha algo além de um refrão grudento é “cabeça” demais!

Na mesma toada vão as super produções da indústria cinematográfica: tal como a música, o cinema hoje é feito exclusivamente para o público pré adolescente – daí a abundância de Marvel Comics, zumbís e outras pragas. Se a criatividade para inventar personagens e enredos extinguiu-se, a brutalidade por outro lado encontrou campo fértil, um verdadeiro paraíso, ao mergulhar de cabeça no tema “zumbí”, já que o herói poderá matar, esquartejar, amputar e barbarizar corpos o quanto quiser, sem o peso moral de ceifar uma vida – eis que já estão mortos! E o melhor de tudo: dispensa-se o enredo, o trabalho de pensar, e limitamo-nos á nos deliciar com a catarse gladiadora nas telas, normalmente filha ou mãe de games para adolescentes confinados.

No meio termo entre estes dois encontra-se o video clip, cuja linguagem tatibitati foi adotada pelo cinema. Nele, as referências á um passado morto são evidentes e servem pra emprestar um ar “cult”, refinado, com um sabor de “clássico”. Não há uma só obra destas em que automóveis da década de 60 ou 70 não estejam presentes – a não ser que se trate de um rap ou funk ostentação, pois entrarão em cena as Lamborghinis e Ferraris em pacífica convivência com Chevolets Impala ou Cadillacs rabos-de-peixe. O cenário oscila entre o pós-apocalíptico e o quarto de motel, com aquele luxo brega-ostentatório característico e seus personagens jamais escaparão do traficante bem sucedido, da mocinha angustiada em preto e branco ou dos jovens em euforia catártica.

É de se notar que semelhante análise se limita á música, cinema (TV) e clips, pois são os instrumentos de maior penetração – quase os únicos – entre a grande massa de jovens atuais. O público de teatro limita-se aos sobreviventes de uma geração pensante – em sua maioria velhos que já nenhuma opinião formam, simplesmente se conformam – ou de casais em que ambos querem impressionar o outro com sua “cultura” e hábitos chiques. E o mais das artes, confinou-se ao experimentalismo vanguardista conceitual, muito apreciado lá por Marte ou Vênus.

E este é o triste quadro em que vivemos: uma era em que a criação acabou lá pelo final dos anos oitenta e que vive de regurgitar o que já foi feito, a “Idade da Revisita”, onde nada há de novo sob o sol que ilumina nosso Coliseu da mídia e seus gladiadores, que oferecem a carne, sangue e amputações para as hostes bárbaras dos games, carpete e ar condicionado.

Precisamos chegar á um Mozart para concluir que a perfeição é Valeska Popozuda?

Triste.

Walter Biancardine


domingo, 17 de maio de 2015

Crônicas de um domingo vadio



Aos que nos invejam, digo que temos a Liberdade Absoluta, tão assustadora que é quase um vácuo - não caiamos no erro de crê-la solidão, pois assim a chamou a voz do que clama ao deserto de homens e idéias.
Há que se ter juízo para tê-lo na hora e medida certa.
Há que se ter juízo e culhões para dispensá-lo, na hora, medida e necessidade - necessissanidade mental - certas.
Em nossos encontros nas estradas, contemos as novas;
mas contemo-nas à dedo pois as esperamos bem fornidas de glúteos e reentrâncias para que nos invejemos de esbórnias alheias!
Bebei cerveja, Jack Daniel´s, acendei os charutos, alegrai-vos!
Além das novas, contemos também as novidades eis que nada sabemos de nossos paradeiros, sonhos, esperanças, viagens, rumos, estradas, aventuras ou ocupações atuais – tantos são os caminhos que tomamos, os quilômetros que rodamos, as ausências sentidas... e tudo isso é deveras necessário saber, para que conjuminemos nosso próximo encontro, em algum posto de gasolina, à beira do asfalto.
Fazei uma tatuagem - dragões, caveiras e tribais inspiram e apontam o norte bússola à ser seguido.
Se não ainda a tens, comprai uma parruda moto estradeira - ou um sinistro triciclo, se o labirinto já foi condenado pelo otorrino - e pegai o asfalto, eis que não importa o destino e sim as estradas.
Usai o preto, necessário para que haja a claridade das certezas;
Deixai seus cabelos longos ao vento e, mesmo que já não mais os tenha,
mesmo que a barriga repouse sobre vosso tanque de gasolina,
sinta o vento e a poeira das estradas em seu rosto, na barba mal-feita.
E creiam todos: há vida após a morte.
Há vida após os 40.

terça-feira, 12 de maio de 2015

PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR - O fim de uma mentira



DITO E FEITO -


Conforme artigo publicado neste jornal na manhã de hoje, "opositores e resmungões dos mais diversos calibres, matizes e motivos encherão as redes sociais, blogs, jornais e os milhares de programas de entrevistas que empesteiam os canais de TV locais com as mais alucinadas elocubrações sobre “as verdadeiras razões” que estariam por detrás desta decisão prefeital.
Não importa. Que os cães ladrem, pois esta é sua tarefa e natureza.
O fato inegável, que salta aos olhos, é esta demonstração de coragem de um Prefeito, que assume o ônus do ruim que encontrar – pois nenhum opositor lhe dará o bônus do bem que fizer".
Não demorou nada: o menino nervoso fez exatamente o que se espera de uma oposição tacanha, limitada e sem argumentos.

Alair assume Secretaria de Saúde


Conforme o Jornal Opinião noticiou anteriormente, o Prefeito de Cabo Frio, Alair Correa, anunciou no auditório da Prefeitura municipal, na manhã desta terça feira 12, as medidas que tomaria, relativas á Secretaria de Saúde.
A primeira delas foi a instalação de uma ampla e rigorosa auditoria, para identificar eventuais problemas ou falhas que estejam impedindo um desempenho normal neste setor. No comando desta tarefa estará a Dra. Juliana Bonanza, procuradora Jurídica, que irá igualmente visitar as unidades de saúde, apurando todos os fatos e produzindo relatório sobre a situação encontrada.
A maior de todas as surpresas entretanto foi o anúncio que o próprio prefeito será o novo titular da pasta: segundo Alair, ele “cansou de ouvir informações de que médicos não estariam atendendo pacientes, que faltaria roupa de cama para os ambulatórios e outras coisas mais“
A intenção do Prefeito é dar total independência á comissão que fará a auditoria: “Não estou dizendo que aqueles que antes passaram por ali eram desonestos, e sim que preciso de uma visão mais profunda para descobrir porque não conseguimos resolver os problemas da saúde em Cabo Frio”, disse ele.
Na coletiva, o Prefeito Alair Corrêa também divulgou a notícia de mais uma queda na arrecadação do Royalties: o valor da parcela trimestral, cujo último pagamento chegou a 36 milhões de reais, encolheu para apenas 4 milhões neste mês. Segundo Alair, “Não há experiência ou mágica que consiga lidar com isso mas vamos virar este jogo e venceremos”.

OPINIÃO – Walter Biancardine

Ao governante que falta-lhe coragem, resta a desonra” - se o ditado não existe, inventei agora inspirado pela atitude do Prefeito Alair Corrêa de tomar á pulso um dos pontos nevrálgicos de qualquer administração pública, a Saúde, e descobrir o que anda acontecendo por lá.
Como todo ato que envolve um homem público, as especulações, “achismos” e boatos após o feito certamente serão muitos. Quando este ato tem como protagonista um homem de temperamento forte como Alair Corrêa, a boataria sempre resulta muito mais volumosa que a própria ação em si.
O fato é que, tão certo como o dia e a noite, opositores e resmungões dos mais diversos calibres, matizes e motivos encherão as redes sociais, blogs, jornais e os milhares de programas de entrevistas que empesteiam os canais de TV locais com as mais alucinadas elocubrações sobre “as verdadeiras razões” que estariam por detrás desta decisão prefeital.
Não importa. Que os cães ladrem, pois esta é sua tarefa e natureza.
O fato inegável, que salta aos olhos, é esta demonstração de coragem de um Prefeito, que assume o ônus do ruim que encontrar – pois nenhum opositor lhe dará o bônus do bem que fizer – perante a opinião pública, tomando para sí a responsabilidade de colocar a Saúde Pública de Cabo Frio funcionando á contento.
Mais horrendo ainda torna-se o monstrengo quando, na mesma coletiva, Alair anuncia queda de “apenas” 80% - sim, pasmem, oitenta por cento! - na parcela trimestral dos royalties de petróleo.
Cínicos dirão: “O cara é suicida!”
Admiradores dirão: “O cara é macho!”
Mas quem conhece Alair, apenas dirá: “O cara vai dar um jeito...”



Atenção brasileiros!




O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) realiza o Projeto “Reserva Pró-Ativa: apresente-se para a missão!”.  Agora, o integrante da reserva ativa tem um canal direto com o Comando do Exército por meio deste espaço. Esses militares têm a nobre missão de ampliar a divulgação do Exército Brasileiro perante a sociedade.
Nesta fase inicial do Projeto, um grupo de militares da reserva foi selecionado, de forma aleatória, do banco de dados do Departamento-Geral do Pessoal, para receber informações institucionais diversas e remeter suas propostas e observações pelo link “Fale Conosco”. 
http://www.eb.mil.br/web/noticias-e-multimidia/reserva-pro-ativa/fale-conosco
Desde já, o CCOMSEx agradece a colaboração de todos!

O Futuro do Brasil a nós pertence


O brasileiro comum, aquele cidadão que trabalha de sol a sol para prover o sustento de sua família, que paga em dia os escorchantes tributos cobrados pelo governo e que cumpre rigorosamente o que determinam as leis do país, está cada vez mais perplexo com o noticiário policialesco que se tornou rotina, envolvendo em casos escabrosos de corrupção e roubo, exatamente as autoridades que estariam encarregadas de zelar pelo patrimônio, fazer cumprir as leis e a ordem e garantir o progresso da nação.
Esse mesmo cidadão está, também, apavorado ao verificar que o país navega no escuro, sem timoneiro e sem rumo. Ninguém é capaz de prever com um mínimo de confiança em que porto iremos chegar, se é que conseguiremos alcançar algum antes de ir a pique.
Está tudo de cabeça para baixo, essa é a triste realidade!
Será que aceitaremos nos transformar em uma Argentina ou em uma Venezuela, sem esboçar reação? Não merecemos isso, amigos, mesmo com toda a tragédia mantemos inegável potencial para ser um grande país, e devemos acordar enquanto nos reste um mínimo de tempo. Ontem, preocupado, ouvi de um analista econômico da Fundação Getúlio Vargas que o Brasil, por culpa desse criminoso período lulopetista, perderá pelo menos seis anos de avanço. Precisa dizer mais?
Apesar de tudo o que sofremos hoje, porém, já ficou claro que o ex-presidente Lula pretende se apresentar como candidato à sucessão presidencial em 2018. Ele, que sem a menor dúvida é o principal responsável por todas as nossas agruras; ele, o maior farsante que já viu esse país; ele que foi responsável pelo vergonhoso esquema de corrupção, hoje incrustado em todos os setores da vida nacional; ele, criador dos Josés Dirceus, dos Paloccis, dos Marco Aurélios e, sobretudo também, de uma sucessora que veio de encomenda tão somente para esconder os “malfeitos” de toda essa gente e preparar a volta do chefão, dando continuidade ao assalto dos cofres públicos.
Devem se unir as forças vivas do país, Povo, Congresso, Judiciário, Igreja e a Mídia para repudiar com veemência tal pretensão. A Mídia, em particular, deve deixar de lado as meias palavras e assumir que essa gente é corrupta de fato, que roubou desbragadamente nosso dinheiro, que dilapidou o patrimônio e envergonhou o bom nome da nossa diplomacia no concerto das nações.
Nada de bom restou desses longos anos de desgoverno e, até mesmo, os mais humildes já percebem que foram iludidos. O objetivo dos petistas é o de eternizar-se no Poder para continuar a fazer a única coisa que sabem: locupletar-se a que custo for.
Cabe apenas a nós definir nosso destino. Unamo-nos, pois: banco dos réus para todos eles.

Gen Gilberto Rodrigues Pimentel – Presidente do Clube Militar

URGENTE -


Em entrevista coletiva na manhã desta terça feira 12, o Prefeito de Cabo Frio Alair Corrêa anunciou as mudanças que estão sendo implementadas na Saúde do município.
A de maior destaque, tomada em caráter emergencial e provisório, é que o próprio Prefeito assume a pasta da Saúde, tendo o mesmo aproveitado para anunciar uma grande auditoria em todo o sistema de saúde do município.
A entrevista acaba de ser encerrada e Alair saiu do prédio em direção ao bairro de São Cristóvão, onde assumirá a gestão da pasta.
Mais detalhes no decorrer do dia, fique atento!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O PT E SEU PROJETO DE PODER - OPINIÃO


Publicado no "Pensamento do Clube Militar"
Como falar em marxismo se Lula sequer leu uma página de Marx? Transformar Lula em Lênin é uma piada
Na política é indispensável, ao enfrentar um adversário, conhecê-lo. O petismo, nos últimos tempos, foi transformado em algo que nunca foi. Ora é bolivariano, ora comunista, ora populista, ora – para os mais exaltados e néscios – bolivariano-comunista-populista. Puras e cristalinas bobagens.
O “bolivarianismo” nunca passou de um amontoado mal articulado de chavões esquerdistas associados à velha retórica caudilhesca latino-americana. Não é possível sequer imaginar Simón Bolívar como um marxista avant la lettre. Basta ler as páginas devastadoras que Karl Marx dedicou ao “libertador da América”: o venezuelano nada mais foi do que um representante das oligarquias que desejavam se libertar do jugo espanhol. E só.
Quando Hugo Chávez transformou Bolívar em símbolo anti-imperialista e ideólogo da sua revolução, o fez no momento que a crise do socialismo real tinha chegado ao seu ponto máximo e não havia mais nenhuma condição de ter como referência o velho marxismo-leninismo. Outros movimentos na América Latina já tinham realizado esta imersão na história nacional, mais como fachada, como os montoneros, na Argentina, e os sandinistas, na Nicarágua. A extensão do conceito, vá lá, “bolivarianismo” à Bolívia — um país com maioria de população indígena e com uma história recente fundada, para o bem ou para o mal, na Revolução de 1952 — serve somente ao discurso panfletário. A simples comparação das duas constituições (venezuelana e boliviana) demonstra claramente as distinções.
O PT nunca foi bolivariano. O percurso dos seus líderes (Lula e Chávez) é muito diferente e as histórias de cada país são processos absolutamente distintos. Basta recordar que Chávez chegou ao poder precedido por uma tentativa fracassada de golpe de Estado e com a desmoralização das instituições democráticas, especialmente durante a segunda presidência Carlos Andrés Pérez. Lula venceu as eleições de outubro de 2002 em um país que tinha obtido a estabilização econômica com o Plano Real (1994) e em plena vigência do Estado Democrático de Direito. E nos 12 anos do poder petista não houve um ataque frontal às liberdades de expressão e de imprensa como foi realizado por Chávez — sem que isso signifique que o petismo morra de amores pelos artigos 5º, 7º e 220º da nossa Constituição. Também o choque com frações da elite venezuelana por aqui não ocorreu. No Brasil houve cooptação: os milionários empréstimos do BNDES serviram para soldar a aliança do petismo com o grande capital, e não para combatê-lo.
O petismo impôs seu “projeto criminoso de poder” – gosto sempre de citar esta expressão do ministro Celso de Mello – sem que tivesse necessidade de tomar pela força o Estado. O processo clássico das revoluções socialistas do século XX não ocorreu. O “assalto ao céu” preconizado por Marx – tendo como referência a Comuna de Paris (1871) – foi transmutado numa operação paulatina de controle da máquina estatal no sentido mais amplo, o atrelamento da máquina sindical, dos movimentos sociais, dos artistas, intelectuais, jornalistas, funcionando como uma correia de transmissão do petismo. O domínio dos setores fundamentais do Estado deu ao partido recursos e poder nunca vistos na história brasileira. E a estrutura leninista – só a estrutura, não a ação – possibilitou um grau de eficácia que resistiu aos escândalos do mensalão, às inúmeras acusações de corrupção das gestões Lula-Dilma e, ao menos até o momento, ao petrolão.
Se, no seu início, o PT flertou com o socialismo, logo o partido – e suas lideranças – se adaptaram à dolce vita do capitalismo tupiniquim. Já nos anos 1980, prefeituras petistas estiveram envolvidas em mazelas. Quando Lula chegou ao Palácio do Planalto, o partido só tinha de socialista o vermelho da bandeira e a estrela. A prática governamental foi de defesa e incentivo do capitalismo. Em momento algum se falou em socialização dos meios de produção, em partido único, em transformar o marxismo-leninismo em ideologia de Estado, nada disso. Como falar em marxismo se Lula sequer leu uma página de Marx? Transformar Lula em Lênin é uma piada. Brasília não é Petrogrado. Aqui, o Cruzador Aurora são as burras do Estado.
Considerar o PT um partido comunista revela absoluto desconhecimento político e histórico. É servir comida requentada como se fosse um prato novo, recém-preparado. Não passa de conceder sentido histórico ao rançoso discurso da Guerra Fria. O Muro de Berlim caiu em 1989 mas tem gente em Pindorama que ainda não recebeu a notícia. Ao retirar do baú da História o anticomunismo primário, passam a exigir soluções fora do contexto legal como a intervenção militar travestida com um manto constitucional – outra sandice, basta ler o artigo 142 da Constituição.
O projeto criminoso de poder foi aperfeiçoado no exercício da Presidência da República. Não tem parentesco com o populismo varguista, muito menos com o peronismo ou cardenismo. É um mix original que associa pitadas de caudilhismo, com resquícios da ideologia socialista no discurso – não na prática -, um partido centralizado e a velha desfaçatez tupiniquim no trato da coisa pública, tão brasileira como a caipirinha – que seu líder tanto aprecia.
O desafio dos democratas é combater o petismo utilizando todos os instrumentos legais. Para isso, é necessário conhecer o adversário e abandonar conceituações primárias que não dão conta do objeto. E tendo como prioridade a mobilização da sociedade civil. Sem ela, o país não muda. Pior: teremos a permanência deste governo antidemocrático, antipopular e antinacional por muitos anos.
Marco Antonio Villa é historiador