sexta-feira, 22 de maio de 2015

Demagogia


Confesso que, por vezes, bate um cansaço ao perceber que a reação única de quem tem suas falhas apontadas é encher o saco dos outros com cantilenas queixosas e acusações fáceis. Essa gente não descansa e a vigarice intelectual é sua única arma.
Agora é a vez de apresentador de programa, omisso ao permitir surto apoplético de seu parceiro irritadinho cometendo enorme grosseria contra seu entrevistado. Sentindo-se magoado, resolve revidar apelando para a acusação fácil de chamar-me "bajulador" e "puxa-saco".
Triste constatar a estreiteza de raciocínio, incapaz de se dar conta que em nenhum momento protestei contra suas críticas ao governo, e sim contra a deseducação de fazê-las diante de um entrevistado que nada teria para responder - nem conhecimento nem chance, já que o surto foi ao encerramento do mesmo programa. Assim, cai a acusação de bajulador.
Por outro lado, em todo esse episódio grotesco dos que reclamam contra a criação da Fundação de Cultura, em nenhum momento apoiei a mesma ou a manutenção da Secretaria. Minhas críticas foram dirigidas á canalhice dos meios empregados. E mais: desafio que encontrem quaisquer contestações minhas empregando o elogio como arma, pois não existem. E assim, cai a acusação de puxa saco.
Agora, se uma pessoa que defende sua convicção - que não é de hoje, data de longos anos - é chamada de bajulador e puxa saco, imagino que semelhante cérebro só consiga distinguir a crítica como linguagem jornalística. Em todo caso, numa atitude atípica, o mesmo posta no resumo diário de seu programa a desinteligência ocorrida - o que ao menos indica que não sou tão indiferente para ele quanto seu amigo irritado o é, para mim.
Gostaria muito, se o ex-amigo realmente considera a crítica como uma postura constante e válida, de ler uma resenha de sua autoria sobre a atuação dos vereadores, prefeitos e demais habitantes do espaço político de Arraial do Cabo - todos, sem exceção, e sempre vistos sob esta ótica crítica, ou o mesmo estará sendo um bajulador e puxa saco.
No frigir dos ovos, tudo isso gera apenas um grande cansaço, tristeza pelas amizades abatidas ao longo do caminho e uma enorme desesperança na coerência alheia.
Que essa masturbação gramatical tenha um fim agora, pois só se prolongou em consideração á estima que tive, por longos anos, pelo cidadão.
E que os números da sorte continuem favorecendo...á todos.