Um artigo de Rodrigo Constantino
A UnB, uma instituição federal,
resolveu criar um curso sobre o “golpe” do impeachment que
derrubou Dilma Rousseff. Outras já pretendem seguir seus passos.
Todos sabem da forte presença comunista em nossas universidades,
talvez o maior câncer do País.
Os comunistas entendem, desde Gramsci,
que a revolução moderna não deve ir pelo caminho das armas, mas
sim da cultura. Em “A corrupção da inteligência”, Flávio
Gordon mostrou como nossas universidades foram tomadas pela turma
vermelha, que destruiu a educação em nosso País, substituindo-a
por pura doutrinação ideológica.
Dessas universidades saíram nossos
jornalistas, não por acaso quase todos de esquerda. Não há espaço
nos maiores veículos para os independentes, como William Waack ou
Guilherme Fiúza. A independência passa a ser um problema, não um
mérito, uma condição necessária para se fazer jornalismo
verdadeiro.
Com universidades e imprensa ocupadas,
pode-se dizer que estava tudo dominado. Chico era uma “unanimidade”.
Mas veio a era das redes sociais, e os liberais e conservadores
finalmente encontraram seu espaço. Nessa pequena brecha aberta,
passou uma boiada, e hoje milhões de brasileiros entendem que as
“Fake News” não são exclusividade da internet, pois a própria
mídia abusa delas, com seu viés ideológico.

Alguns não se importam com esses
cursos para idiotas. Ledo engano. A esquerda radical entende bem que
a narrativa é fundamental, e nos livros de história, o que ficará
para as próximas gerações é a mentira de que um governo popular
que lutava pelos pobres foi derrubado num golpe por uma elite
“neoliberal”. O estrago no conhecimento não pode ser
menosprezado. Ideias têm consequências.
Já conseguimos importantes conquistas,
diversos jovens sabem quem foi Mises ou Hayek, Burke ou Roger
Scruton. A Venezuela é a evidência indesculpável do fracasso
socialista, sem embargo americano como bode expiatório. Mas todo
cuidado é pouco. Afinal, os comunistas ainda dominam boa parte da
academia e do jornalismo. O efeito disso não deve ser desprezado.
O estrago na mente das pessoas é
grande. São aqueles que chamam de “fascismo” tudo que não é
socialismo, que trocam o debate de ideias por insultos e rótulos
depreciativos, que “até” criticam Lula e o PT, só para defender
Ciro Gomes, Marina Silva ou o PSOL em seguida. A guerra é cultural,
e ela apenas começou.
Artigo
originalmente publicado na revista IstoÉ