terça-feira, 16 de outubro de 2012



Bloguices e Efebos

O silêncio obsequioso que o fim do Jornal do Totonho nos proporcionou, como tudo de bom nesta vida, não foi uma alegria completa.
Infelizmente, desde os tempos da campanha do “diferente”, o rubicundo blogueiro cercou-se de dois efebos que o secundavam, em evidente babação imitativa, mimetizando-o tristemente no que havia de pior: sofismas, deboche e cegueira dogmática.
Um deles, após a derrota do 12 e em uma reação que bem denuncia seus verdes anos, acreditou nas mentiras de seu mestre rubicundo – que insiste em alardear um Alair vingativo como a peste – e danou a publicar seus dotes de karateca em seu blog.
O outro, emparedado atrás de tantos diplomas ostentados em sua página, e que impedem sua visão da realidade, resolveu prosseguir com a obra de deboche e desinformação daquele que agora – desgostoso e birrentinho – recolhe-se em seu tão propalado “silêncio obsequioso”.
E não são outras as razões do desgosto do internauta cabo friense além do sofrer a leitura de tais sandices acadêmicas.

Absurdos com diploma

Insiste o Efebo que vivemos, no atual momento da política cabo friense, uma repetição – ou um prolongamento – do “processo de inquietude, incerteza e insegurança que tomou conta da cidade nos últimos 4 anos”: a judicialização.
Sem dúvida iluminado por suas horas acadêmicas, raciocinou que existiriam algumas diferenças no caso atual, e pretendeu – sempre obscuro – ressaltar algumas confusões conceituais que o mesmo teria encontrado. Quis o advogado diletante do “diferente” ressaltar o óbvio: que voto e a justiça não são opostos ou adversários, mas sim complementares.
Estudioso, acessou o Google e lá digitou “Benjamin Constant”, obtendo prontinho e acabado o raciocínio sob encomenda que suas lacunas filosóficas reclamavam – no caso, “Época, vida e obras de Henri-Benjamin Constant de Rebecque – Parte II”. Tão bem aplicada foi a colagem que citou Rousseau e Hegel apenas e tão somente porque os mesmos se encontravam no texto, e tentou impingir-nos sua erudição de retalhos.
Nós outros, aqui do Opinião, somos mais humildes: simplesmente afirmamos que Jânio faz agora o que sempre acusou Alair de fazer.

Forçando a barra

Rodou, virou, e em uma esforçada hipérbole, foi o Efebo bater onde seu Mestre Rubicundo mandara, como alvo: que Alair seria – ainda essa história – ficha suja. Cândido e crente em nossa burrice, propõe a absurda tese de que Jânio teria um bom “jus esperneandi” por este fato – Alair, o ficha suja! - enquanto esquece olimpicamente as barbáries como compras de voto e fraudes perpetradas nas eleições 2008, que deram a fictícia vitória ao atual prefeito.

Forçando a barra II

Cito novamente o Efebo, que se expressou desta vez em tons mais prudentes – afinal o TSE já está com o processo nas mãos: “no caso de Cabo Frio, jamais critiquei o Sr. Alair Corrêa, por exemplo, por buscar seus direitos na justiça, no que tange às eleições de 2008. Agiu corretamente, dentro da lei e dos direitos que achava ter ou tinha. Critica-se, entretanto, a balbúrdia e o circo político criado em torno do caso, ao longo de 4 anos. A transformação de uma demanda jurídica em um palanque eleitoral é o que se aponta como falha, e é isso que vimos de 2008 a 2012, mas que não vemos atualmente (…) e que se cale a pseudo-oposição entre democracia e direito, já que a democracia, nada mais é, do que um direito”.
Que bonitinho! Que meigo! Não se vê atualmente? O sr. Jânio Mendes ir ás rádios e lá praticamente “montar” um governo e falar como prefeito eleito seria o quê, menino?
Tão ardoroso foi em sua defesa que esqueceu-se da contradição evidente em sua última frase: afirma ser a democracia um direito de todos mas manda os “pseudo” opositores ás suas teses se calarem! Esta é a democracia do 12! A “democracia diferente”!

Benjamim, para você e para mim – Opinião também é cultura!

Vejamos então o que diz o texto original, tão bem copiado e colado pelo Efebo:
“Benjamin Constant aceita a teoria de Rousseau quanto à existência da “vontade geral”, porém vê nessa ideia um totalitarismo potencial. Concorda que não é possível contestar a supremacia da vontade geral sobre toda a vontade particular, mas observa que são muitos os males causados sob o pretexto de realizar essa vontade. Ele admite: "não há no mundo senão dois poderes, um ilegítimo: é a força; e outro legítimo: é a vontade geral". Porém – adverte – é necessário uma definição correta da natureza e da extensão dessa teoria – caso contrário, sua aplicação será calamitosa. Comenta que os crimes cometidos pela Revolução Francesa pareciam dar força aos que pretendiam descobrir outras fontes para a autoridade dos governos, que não a vontade geral. Os partidários do despotismo partem francamente desse axioma, porque ele lhes dá apoio e os favorece. A soberania não existe senão de uma maneira limitada e relativa – afirma. Onde começa a independência e a existência individuais, aí para a jurisdição daquela soberania. A sociedade não pode desrespeitar essa linha, exceder sua competência, sem ser usurpadora, ou desprezar a maioria, sem ser facciosa. Rousseau ignorou esta verdade, e seu erro fez do seu contrato social, tantas vezes invocado em favor da liberdade, o mais terrível auxiliar de todos os gêneros de despotismo." diz. "Entendo por liberdade o triunfo do indivíduo tanto sobre a autoridade que queira governar despoticamente quanto sobre as massas que reclamam o direito de escravizar a minoria à maioria".
Aconteceu aquilo tudo com Alair e o menino ficou quietinho. Não citou nem Dercy Gonçalves.

De volta ao país tupiniquim

Voltemos ao caso dos recursos de Alair e Jânio: sabemos que existe utilização protelatória de recursos sim, sobretudo pelo Poder Público, mas esse vício não vai ser sanado pela extirpação - via legislação - dos recursos. Operadores do Direito com o mínimo de ética e boa fé não se valem de protelação para defender os interesses de seus clientes. A grande maioria da população NÃO tem dinheiro para bancar recursos inúmeros. Então, devemos verificar a quem irá agradar a redução dos recursos. Na atual Justiça do Estado do Rio, recheada de polêmicas, uma medida como essa seria a gota d'água!
MORAL DA HISTÓRIA: impetra-se o bom recurso com bases sólidas. Alair supunha, mais que justificadamente, fraude. Jânio supõe o quê? Insiste no ficha limpa?

Pegadinha do Mallandro

Segundo recente postagem do Efebo predileto de rubicundo blogueiro – o qual encontra-se hoje em “silêncio obsequioso” – um funcionário da Secretaria de Assistência Social o qual, segundo ele, “existe, tem nome, sobrenome e matrícula, e é concursado” (ou seja, não é fantasma!) teria denunciado o fato de uma mulher estar ligando insistentemente para a repartição pública, mandando dizer para “todo mundo aí que a vassoura e os rodos já estão comprados, e já já vão passar por aí. É só um aviso”. Afirma o Efebo que o grupo de Alair já estaria, deste modo, iniciando a perseguição sobre os vencidos. Acrescenta também que o denunciante teria enviado o ocorrido para outro blog, mas não ter sido publicada. E encerra, debochado como o Rubicundo: “Por que será?”
Respondemos ao menino tolinho: por que até o Papa pode pegar um telefone e dizer que vai “passar o rodo” na turma de Marquinho. Acreditamos que, entre suas inúmeras graduações, não se encontre a de jornalista, pois é básico e elementar – qualquer “foca” de redação sabe disso – que ocorrências com base em telefonemas anônimos não são levadas em conta!

Eles odeiam o professor Chicão

Para concluir a dissecação de tão feio cadáver, notamos que o mesmo indigitado Efebo escracha um artigo do professor Chicão, no qual ele elogiaria a vitória de Alair. Segundo o menino, se Fernandinho Beira-Mar fosse eleito prefeito, Chicão diria que ele era uma liderança popular das favelas cariocas, um político do povão, que não se deixa levar pela burguesia, e que bastaria ter mais votos para ser elogiado.
Este último surto mal vale a pena ser comentado: trata-se unicamente de dor de corno, por ver-se enganado, em seus verdes anos, pela “curva ascendente” da “força esmagadora” do 12, que o Rubicundo Silencioso proclamava até a véspera.

E por falar em Chicão

O professor roqueiro divulgou que o blogueiro Alex Garcia estaria com seu Cartão Vermelho fora do ar, porque o mesmo teria esquecido de pagar o provedor, em meio aos seus compromissos.
Sabendo da admiração de Chicão por Alex, custa-nos crer nesta alfinetada amistosa.
Pra mim, em breve devemos ter grandes novidades na mídia cabo friense.
E com patrocinios gordos.

Derriere

A jornalista Renata Cristiane foi a primeira a noticiar que o fotógrafo Marconi Castro levou um tiro, ontem, no bairro São Cristóvão em Cabo Frio. Via Twitter, a notícia chegou incompleta e assim continuou em seu blog hoje: até o momento, não se sabem as razões do atentado e nada mais detalhado foi confirmado sobre o assunto.
É melhor apurar logo, antes que algum blogueiro fanático diga que foi obra da “turma de Alair”.