POR AMOR A CABO FRIO
Estamos a alguns poucos dias do pleito que irá decidir os rumos que Cabo Frio seguirá nos próximos 4 anos. O que queremos? A continuação de tudo que presenciamos neste octoênio perdido ou a troca, a renovação, o novo em termos de tudo aquilo que se propõe para o nosso município? Nos meios universitários já se compara este período de 8 anos de estagnação de Cabo Frio à famosa década perdida, termo que caracterizou a estagnação econômica vivida pela América Latina na década de 80.
Não é necessário irmos longe. Basta que façamos uma rápida pesquisa nos indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, não precisamos enveredar pelos números e pelas técnicas estatísticas. O rei está nu! Vamos dar uma volta por Cabo Frio: hospitais sucateados, sem médicos, sem enfermeiros, sem auxiliares de enfermagem, sem remédios, verdadeiras catedrais do horror! Ensino de baixa qualidade, com profissionais necessitando reciclagem, falta de creches, filas, preparo inadequado de alunos, o que remete analfabetos funcionais para as universidades e por aí vai! Se fossemos listar todas as mazelas preencheríamos algumas laudas.
De um lado, temos um candidato que se propôs a jogar fora o seu passado e se aliar com poderosos a fim de realizar um projeto pessoal. Fez um percurso maldito: como suplente de deputado estadual em exercício se destacou pelo apoio a grupos de interesses, votando com prejuízo para os bombeiros, policiais, profissionais da saúde, professores e, pasmem, como candidato recebe apoio – alguns dizem que um pouco constrangido (ou não!) – de uma prefeitura incompetente, rejeitada pela maioria dos cidadãos e promotora da falência de nosso município, além de suporte de toda ordem de um governo estadual abalado por gravíssimos escândalos É este grupo que almeja seqüestrar a cidade de Cabo Frio..
Quanto a isso, é interessante comentar a tese desposada pelo economista Pedro Nascimento quando, em emblemático artigo, demonstra que a cidade não faliu totalmente nos últimos 8 anos (2005/2012), em função dos 8 anos anteriores (1998/2004). Resumindo: A revolução urbana realizada por Alair Corrêa em seu último mandato foi de tal ordem que seus efeitos ainda se fazem sentir até hoje! Em suas palavras: “... a herança que recebeu (MM) foi tão grande que ele pôde optar por não trabalhar durante 8 anos, para dizer o mínimo. Porém, quem o suceder receberá de herança nada além de problemas e terá de trabalhar dobrado para compensar pelos seus 8 anos de absoluta paralisia”.
Ao longo desse período de propostas, Alair esmiuçou todo o seu Plano de Governo, deixando bem claro para Cabo Frio quais são seus projetos para a educação, saúde, turismo, cultura, habitacional, trânsito, fiscalização e posturas, segurança, esporte, lazer, inclusão social e dignidade do cidadão. Enquanto isso, na falta do que comentar sobre seus planos de governo, alguns pseudoespecialistas do adversário ficam entregues a exercícios simbólicos da numerologia da campanha ou a interpretações semânticas de palavras e frases, numa lógica que beira as raias da insanidade. Já outros, de menor valor, partem para o deboche, a grosseria, a agressão e a mentira
Aliás, Alair não precisa demonstrar a sua capacidade laboral, já por todos bem conhecida, que, associada à sua invejável disposição física, sobejamente demonstrada nesta campanha em longas caminhadas com sol a pino, pedaladas e comícios, visitações, reuniões de trabalho que, muitas vezes, varam as madrugadas, deixam alguns companheiros com a língua de fora, incluindo quem lhes escreve... Porém, o mais importante de tudo é, em primeiro lugar, o seu amor por Cabo Frio e, depois, a sua vontade firme e inabalável de fazer um governo para a história!
Se somarmos a tudo isso o seu conhecimento de gestão pública, sua experiência e seu idealismo, podemos ter certeza de que ele superará em muito o que já fez de bom para Cabo Frio e fará melhor!
Não podemos deixar de registrar que nesta fase final da campanha há certo destempero do candidato da máquina administrativa estadual e municipal, quiçá um furor ressentido, pois toda a trama urdida nos subterrâneos fétidos do poder foi em vão! Isso fica bem evidente em suas propagandas e no exibicionismo e extravagância histérica de suas penas de aluguel, em que exegetas políticos de poucas luzes despejam seus ressentimentos e fracassos recorrentes numa tentativa desesperada de atingir o inalcançável, a terceira margem do rio ...
E o mais curioso é que as últimas atitudes “a la Corleone” deste bizarro grupo surtiram o efeito oposto ao que eles esperavam. Isto só vem a confirmar que o povo de nossa cidade não suporta mais essas tentativas de estupro à dama de olhos vendados!
Mas, o mais importante é que nesse momento é preciso tomar muito cuidado e trabalhar intensamente para evitar o acontecido em passado recente. Cada cidadão cabo-friense deve se tornar um fiscal da democracia. É preciso que no dia 7 de outubro cada cidadão fiscalize e denuncie abusos, tentativa de compra de votos, eleitores fantasmas ou votando com outro título, adulterações, enfim qualquer tipo de crime eleitoral. Desta forma, poderemos exercer o voto livre, sem coação, que é o objetivo maior de qualquer sistema democrático.
Enfim, tudo está nas mãos do povo cabo-friense – o verdadeiro detentor do poder!
Alberto Corrêa e Castro Neto