Os recentes
bloqueios das páginas do Opinião e do SEPE – Lagos nas redes
sociais devem ser vistos e interpretados sob a ótica da
racionalidade.
Excessos foram
cometidos por AMBOS OS LADOS nas postagens e, maior parte das vezes,
por partidários de uma ou outra visão dos movimentos grevistas, que
recheavam as páginas de comentários dignos de quem sente-se seguro
atrás de uma tela de computador.
O Opinião mantém
sua convicção de que os excessos praticados nas redes foram uma
consequência natural do exagero e intolerância do sindicato, em
suas manifestações. Deve-se ter em mente que uma organização
representativa de uma categoria exige de seus dirigentes uma postura
condizente, e que a quebra desta espécie de liturgia torna-se a
senha da baderna, para os exaltados.
O Opinião se vale
do clamor dos sindicalistas – que acusam o governo de não negociar
– para propor ao mesmo uma negociação no campo das ideias: que se
abstenham da paralisação, uma vez que os salários foram pagos e o
parcelamento de 13º não pode sustentar uma greve.
Igualmente propomos
– valendo-nos da propalada “coesão” entre seus membros e
simpatizantes – que cessem as agressões virtuais de ambos os
lados, restringindo-nos tão somente às demandas trabalhistas pelo
SEPE e ao noticiário moderado, pelo Opinião. Mas lembramos que, tal
como o sindicato levanta suas queixas de maneira opinativa à mídia
que o assiste, igualmente resguardamos nosso direito de sempre
criticar a partidarização do movimento, no mesmo tom.
Isso posto e tendo
como meta o fim dos movimentos que transtornam a vida da cidade,
reiteramos nosso chamamento à razão para que reconsiderem uma
greve, que tanto mal já causou, e cujas únicas justificativas
aceitáveis estão, no momento, satisfeitas.
Finalizando,
apelamos aos que acreditam – tanto nos artigos do Opinião quanto
nos movimentos do SEPE – que se abstenham de, com comentários
prejudiciais em redes sociais, privar uma ou outra parte desta
importante ferramenta de divulgação.
Walter Biancardine