Não devemos esticar demais a corda, sob pena de arrebentá-la. E foi o que aconteceu com o SEPE – Lagos, desde o início de sua existência contaminado por agitadores interessados em candidaturas e servindo a interesses políticos.
Quem acompanha o OPINIÃO já está cansado de ler sobre esta entidade espúria, a qual batizamos de SINDICATO DE BANDIDOS apontando única e exclusivamente seus dirigentes.
Os excessos praticados, a arrogância da postura de seus líderes e a clara intenção de nada ajudar seus associados e sim promover candidaturas, esvaziaram o movimento.
A derrota foi clara e todos viram: a Prefeitura pagou os salários no dia em que afirmou que poderia pagar, o 13º está sendo depositado em parcelas conforme determinado e, no frigir dos ovos, os únicos prejudicados foram pais e alunos, que ficaram sem suas notas e impossibilitados de tocar a vida adiante.
Uma triste e patética procissão – a qual os únicos presentes que não eram dirigentes foram os motoristas dos carros, presos no engarrafamento que propositalmente provocaram na ponte – foi criada de última hora apenas com o objetivo de disfarçar a surra definitiva em seus diretores, um velório melancólico do movimento que nada beneficiou seus associados, colocou a opinião pública contra eles e destruiu o ano de milhares de alunos – um verdadeiro tiro no pé.
Postagens em redes sociais mostram claramente que a população perdeu a paciência com a arrogância de Denises, Olneys e Rafaéis da vida – pequenos e caricatos retratos municipais de todo o horror que assistimos pela TV, vindo de Brasília.
Pais, alunos e cidadãos exigem os boletins, querem seguir a vida adiante e perceberam claramente que as constantes greves, paralisações, panelaços e “gracinhas” não visavam as causas justas dos mestres, mas apenas seus umbigos famintos.
E o arremate patético de todo este pastelão encontramos em blogs de dirigentes-professores que, tal como esquizofrênicos alienados da realidade, clamam ridiculamente por vitória – os 36 diretores que venceram uma Prefeitura e 200 mil habitantes, segundo eles.
Cabe agora aos verdadeiros professores - a absoluta maioria - se reunirem para formalizar uma outra entidade representativa, expurgada do câncer da politicagem e dos interesses eleitorais proibindo que, em seus quadros dirigentes, existam elementos sob filiação partidária ou notória atuação política.
O SEPE está morto, o cadáver já começa a cheirar e os verdadeiros mestres não podem ficar sem uma entidade – desta vez legítima – que os represente.
Mas os alunos ainda exigem seus boletins.
Walter Biancardine