domingo, 6 de março de 2016

CRÔNICAS DE UM DOMINGO VADIO - Amores, tempestades e o Bloco da Rama


Eleutério era um exemplo de cidadão cabofriense bem sucedido: herdeiro de uma pequena rede de lojas de eletrodomésticos, casado há dez anos com a mesma mulher, dois filhos irriquietos e um dos principais animadores do então ativíssimo Bloco da Rama, Leléu – como era chamado pelos colegas – tinha tudo que um jovem senhor de seus trinta e seis anos poderia querer.

Mesmo com o velho ainda a frente dos negócios, sua idade avançada fazia com que Leléu atuasse, na prática, como o verdadeiro dono de tudo. Da admissão de funcionários à compras e reposição de estoque, em tudo estava o dedo do jovem centralizador. Mesmo em suas horas de folga sua liderança era sentida, como na organização das saídas da grande paixão de sua vida – o Bloco da Rama.

Tinha Leléu dois parceiros inseparáveis no Bloco, aos quais delegava o pouco que sobrava de sua febril atividade organizadora. Ele e Nandinho – um dos parceiros – varavam madrugadas em intermináveis reuniões à portas fechadas na casa de Carlinhos, o outro parceiro e – convenientemente – solteiro e com uma casa disponível, e isso tornara-se rotina tão forte que nem mais incomodava Marieta, sua mulher.

Aos comentários de que o Bloco da Rama era um amontoado de bichas enrustidas procurando derivativo, o trio sempre respondia com um sorriso de desdém e a categórica afirmação de que seriam tão machos que sequer precisariam provar isso.

* * *

Ás vésperas do carnaval do ano da graça de Nosso Senhor de 1975, após uma lotada sexta-feira trabalhando na matriz de sua loja, entendeu Leléu de investir sua macheza na exuberância glútea de sestrosa mulatinha, a qual atendia na seção de rádio-vitrolas e sobre cujas nádegas o patrão já assestara sua pontaria desde que a mesma fora admitida.

Uma formidável tempestade de verão se aproximava, com trovões roncando, relâmpagos iluminando o lusco-fusco do entardecer e ensejando conveniente desculpa de Leléu para segurar a mulatinha após o expediente, sob pretexto de cobrir com lona algumas caixas que estavam no estoque, para evitar que molhassem.

A bem da verdade Luzia – a mulatinha – não rechaçava as investidas de Leléu. Afinal ele era jovem, rico e bem poderia ser um senhor que a ajudasse, nesta dura e difícil senda da vida, a montar sua própria casa. Sorria, lançava olhares e mesmo confidenciava intimidades como sua virgindade em seus dezessete anos. Pois naquele entardecer tempestuoso ela sentia-se criativa e sugerira uma alternativa obscena para desafligi-los da angústia descerebrada dos quadris.

Tal sugestão foi como prêmio de loteria para Leléu, antigo em cobiçar as nádegas rotundas da pequena saliente: apressadamente jogou-a de quatro por cima das caixas de papelão do estoque e ali mesmo satisfizeram-se.

* * *

Terminada a aflição, lembrou-se Leléu de sair de cima de Luzia e fumar um cigarro. Entretanto, o pior acontecera: amigos já o haviam prevenido contra os perigos da sodomia e agora, ao que tudo indicava, seus piores pesadelos tornaram-se realidade – estavam, ambos, engatados tal como dois cachorros em despudorado acasalamento.

Tudo tentaram, todas as posições, óleo de máquina de costura, cutucões na barriga da pobre que – cada vez mais nervosa – desesperava-se em gritos e xiliques histéricos, e nada funcionava.

Com suas partes cada vez mais edemaciadas e sentindo dores somente suspeitadas no inferno, decidiu Leléu cobrir a sí e a pobre desgraçadinha com tosco e imundo lençol, entrar em seu carro com ela no colo e dirigir até o hospital, última possibilidade de salvação, apesar do escândalo.

Como se o próprio Deus tivesse a firme resolução de castigá-los por seus pecados, a imensa tempestade que começara junto com suas libidinagens descia com fúria divina por sobre toda a cidade, tornando quase impossível distinguir um palmo que fosse, à frente.

Tudo tem seu lado bom, pensou Leléu: esta mesma tempestade também serviu para acabar com a luz de toda a região, permitindo que alcançassem o pronto-socorro sem serem incomodados – eis que nenhum doido se atreveria a sair ás ruas debaixo do verdadeiro dilúvio que se abatia sobre Cabo Frio.

Mas a ira de Deus não se detém com a simples escuridão. No próprio hospital Leléu – conhecidíssimo na cidade – logo foi avistado por enfermeiras companheiras de carnaval e médicos amigos do Bloco, os quais rapidamente tornaram pública sua miserável e humilhante condição.

Não fosse pouca tal desgraça, tão forte foi a tempestade que todo o teto mais a fachada de sua loja desabaram, sob o peso de toneladas de água, acionando um escandaloso e comentado trabalho do brioso Corpo de Bombeiros.

Feito antiga brincadeira do “telefone sem fio”, às notícias do pobre entalado somaram-se à do desabamento de sua loja, provocando uma romaria de amigos, amigas, parentes e mesmo autoridades, ao hospital em busca de notícias.
- É verdade que Leléu ficou preso nos escombros da loja?, perguntava um.
- Pois é, parece que ele e mais uma funcionária estavam trabalhando, e tiveram de ser separados com serra elétrica!, exagerava outro.

Lívido, Carlinhos entrara no hospital sem se importar com mais nada e berrando, alto e bom som:
- Leléu! Eu sabia! Sempre desconfiei de seus olhares pro Nandinho!

Toda aquela multidão teve sua curiosidade desperta pela insinuação, e cobrou explicações do pobre rapaz, acuado contra a parede. Sem ter como resistir, abriu o verbo:
- Eu, Nandinho e Leléu nos reuníamos em minha casa fingindo que era pra tratar dos assuntos do bloco...
- E dai?, urraram todos.
- E daí que a gente ficava juntos, os três...mas ele me trair e ficar só com o Nandinho escondido na loja, é muita sacanagem!

Mais sacanagem ainda o pobre deve ter achado, ao se deparar com as bisonhas figuras de Leléu e Luzia enrolados em lençóis, cabisbaixos e apressados, rumando de mãos dadas em direção ao carro.
Sem se fazer de rogado, o médico que os acompanhara satisfez a curiosidade popular detalhando, à sordidez possível, tudo o que os apetites irritados da turba quis saber.

* * *

O casal, na verdade, nem chegara a entrar no carro e já voltara ao hospital. Marieta os esperava na chuva, armada com a mesma pá que minutos antes estava usando para desafogar – sozinha – sua casa do lamaçal que infiltrara, e os moera à golpes.

* * *

O pai de Leléu vendeu a loja a uma rede carioca de eletrodomésticos, logo após seu filho mudar-se – desquitado – para São Paulo.

A família de Leléu – ex-mulher e filhos – igualmente saíram da cidade e ninguém nunca mais soube deles.


Nandinho e Carlinhos casaram-se informalmente, e foram morar no Arraial do Cabo, trabalhando como assessores de Luzia – que elegeu-se vereadora pelo novo município, logo após sua emancipação.

Walter Biancardine

DA REDAÇÃO - SEBE faz docinho


SEBE Lagos não quer Trolha de Pagamentos -
Financiado pela Lei Jouanet – que paga toda a minha criatividade após muita babação do ôvo esquerdo da presidonta Dízima Roussef – estou de novo, esta semana, nas caras páginas do Opinião graças aos milhões desviados da Petrobrás e que agora pagam meus luxos.
E observo que entra semana, sai semana, entra, sai, entra, sai e nunca que a furunfa entre o SEBE Lagos – Sindicato dos Sebosos da Região dos Lagos – e o prefeito Alair Correndo Atrás termina!
A última que eu soube é que o governo ofereceu a Trolha de Pagamentos dos professores para eles mesmos pagarem através do AFUNDEB, mas o SEBE recusou: alegaram que era muito grande e que ia doer.

As Três Marias -
Maria Mole, Maria Vai com As Outras e Maria Farinha – dirigentes do SEBE – vieram a público mostrar sua indignação pelo fotoshop mal feito delas, que anda circulando pelas redes sociais.
Segundo Maria Farinha, o autor da graça “nem se preocupou em, ao menos, remover o buço que ela não teve tempo de fazer”. Já Maria Mole disse que “até que ficou bonitinho, melhorou muito”, no que Maria Vai com As Outras concordou. Tal declaração fez com que Maria Farinha sentasse o cacete nas duas, que se embolaram na pancadaria e prometeram acampar em frente a Prefeitura até que “melhorassem o fotoshop”.

Velha indigitada -
Companheira de baladas da conhecidíssima e bíblica Betsabé, a milenar Judith Museumann – mais conhecida como “Aquela Velha” e querendo fazer o papel de “estou acima disso” - resolveu meter o bedelho onde não era chamada e quis por ordem no estouro da boiada contra o SEBE. Especialista em intrigas formada no Liceu de Trairagem em Ofícios, disse para Maria Mole que “ela estava lindinha”, no que foi violentamente contestada por Maria Farinha, que socou Maria Vai com As Outras e tudo degenerou em pancadaria.
Irritadas, as Três Marias prometeram acampar em frente a Prefeitura e só sair de lá quando Alair pagar uma plástica para elas e uma clínica geriátrica para “Aquela Velha”.

Atrasos -
Não é só o funcionalismo público que sofre com os atrasos. Eu, jornalista e escroque de renome, também sofro com as constantes protelações da grana dos pixulecos do petrolão, agora atrasando por causa da Devassa da Polícia Federal – aquela loira tarada e gostosa, que investiga tudo e me deixa no atraso.
Minha coluna era pra ter saído ontem, sábado, dia internacional do churrasco e pagodinho.
Lula desembarcou do Uber da PF e deixou comigo uma cueca toda borrada, mas com 35 reais dentro. Ainda sobraram 5 reais pra uma cervejinha com Edileusa, uma criatura que ajudo.
Fiz o que pude.

Assis Jatoubrigando é jornalista, escroque e está impressionado com o tamanho e a grossura da Trolha de Pagamentos dos Professores -

Todas as matérias aqui expostas são rigorosamente falsas. Qualquer semelhança com a realidade é muito azar.



EDITORIAL – NEM TUDO QUE É LEGAL É MORAL


Aos ignorantes da filosofia, aos pretensos “poços de saber”, aos carcomidos e pseudo-cultos “anciãos” que levam sua arrogância ao ponto de pretender descer á filigranas em uma disputa de massas só pela vaidade de dizerem-se livres pensadores: o Direito é embasado pela Filosofia em seu espírito, entretanto dela se desvia em meio ao incontável detalhamento legal e mesmo presta-se á aparência de indiferente, pois só age quando provocado.

A greve do SEPE só é “legal” porque ninguém ainda questionou esta “legalidade”.

Todo um funcionalismo público, mesmo á contragosto, compreende a impossibilidade da Prefeitura em pagar seus proventos na data devida e os recebe com o necessário atraso. Somente o SEPE – inflado pelo clima de palanque eleitoral – finge não entender e estende uma greve que só os favorece, fornecendo-lhes holofotes e proporcionando a união de líderes que se odeiam.

A bem da verdade, a Lei faculta o direito á greve, mas igualmente nos permite denunciar o abuso.

Quando um personagem resolve colocar-se – por vaidade – acima das paixões e arrotar uma desagregante “independência” de pensamento, nada mais faz do que dar vazão ao egoísmo de seu exibicionismo e seguir coerente com seu espírito desagregador, alcoviteiro e golpista – mesmo espírito que, um dia, insurgiu-se em motim contra o prefeito Alair Corrêa e pretendeu remover, via intrigas, o então secretário de Cultura José Facury de seu cargo – ali colocado por escolha e gosto de Alair. Resta saber quais as verdadeiras intenções deste personagem no caso em pauta: pura vaidade ou tenta desunir uma reação de pais duramente conquistada?

Quando um sindicato resolve colocar-se – por sobrevivência eleitoral e orgânica – acima das leis e arrotar uma pretensa força de pairar acima das leis, nada mais faz do que declarar abertamente seu desacato ás normas de convivência da sociedade – que, em última análise, são a base e fundamento do respeito ao qual todos temos direito. E todos sabemos quais as verdadeiras intenções deste sindicato, no caso em pauta.

Aos arrogantes vaidosos que recorrem á um anarquismo de museu para tentar elevarem-se ao “livre pensamento” - sem estofo cultural nem potência de pensamento para tal – recomendamos que reconheça, se não sua prepotente vaidade ao menos sua ignorância, e que busque a leitura de Gustave Le Bon – “A Psicologia das Massas”.

Aos criminosos amorais dirigentes de um sindicato já morto, recomendamos que escolham entre acatar o bom senso – que seja ao menos para angariarem algum respeito – ou que arquem com as consequências de um fatal enfrentamento das leis que, temperadas pelo espírito de Justiça reclamado por milhares de pais, não deixará pedra sobre pedra em seu frágil e condenado edifício moral.


Walter Biancardine

sábado, 5 de março de 2016

SEPE ENTREGA O JOGO: É TUDO POLÍTICA


Não há argumento possível que faça cessar a ambição desmedida.

Priorizando as ambições politicas de seus líderes, bem como visando a própria sobrevivência do sindicato – destruído e dividido pelas brigas entre as três principais lideranças – o resultado da assembleia do SEPE, acontecida ontem, não poderia ser outro: que se danem alunos, que se danem pais, que se dane o ano letivo.
E viva o salário, as vantagens e o poder como vereadores!

Alair estendeu a mão, abriu por pelo menos duas vezes as portas para negociação, mas os dirigentes se agarraram á única coisa que eles sabiam que o prefeito não poderia prometer: o recebimento no quinto dia útil.

Agora, seus garotos propaganda – Rafael Peçanha, Totonho, Folha dos Lagos e outros – deitam falação sobre a “intransigência” do governo. Mas o detalhe interessante, para quem tem um mínimo de sensibilidade, é perceber nestes escritos a falta de força, de verdade, de entusiasmo – a consciência pesou, sabem que passaram dos limites há muito e não foi outra a razão de convocarem os pais para tentar “limpar a barra”.

A verdade é que o SEPE se desmoralizou. Se não totalmente como entidade trabalhista, mas irrecuperável em sua posição de representante legítimo dos professores – pois mesmos os mestres, por mais que sofram transtornos, sabem que para tudo há um limite.

Agora nos resta aguardar a Justiça, que recebeu o pedido de pais de alunos pelo término imediato do ano letivo de 2015, e assistir a lenta e triste decomposição da entidade, com seus personagens-dirigentes zumbis.


Walter Biancardine

(Atualizado) LUGAR DE LADRÃO É NA CADEIA – MILITARES ADVERTEM PELA PAZ


O juiz Sérgio Moro não tem culpa se metade do Brasil se esconde de medo e a outra metade alardeia a má-fé esquerdista, para salvar o pilantra-mor, Lula.

Mesmo comentaristas de renome se borram, dizendo que o juiz deveria ter “expedido logo o mandado de prisão”, pois agora “Lula está irritado e ninguém sabe o que poderá fazer”.
Que medinho! Pois que faça!

Muita marola, muita bobagem se falou em torno da condução coercitiva do ex-presidente. Pois que fique bem claro que Moro determinou que a mesma só fosse usada caso Lula se recusasse a acompanhar os investigadores. E o covarde não queria ir.

É facultado ao juiz tal procedimento, neste caso. E ninguém está acima da lei.

Do mesmo modo, ao desaforo de Lula dizer que “queria ser ouvido por alguém com competência para isso”, foi-lhe respondido que “não cabe ao investigado escolher quem o ouvirá”. Calou a boca.

Existem provas de sobra, agora, contra Lula, Dilma e demais larápios do PT – incontestáveis, não há como negar.

A militância petista – sub miseráveis cuja única serventia que encontraram na vida foi alugar seu vandalismo ao melhor pagador, no caso um pão com mortadela – urra nas ruas e marcou, em desafio, um ato para o mesmo 13 de março que os cidadãos decentes haviam marcado, há meses, seu protesto. Querem ver o pau cantar no lombo, e verão.

Só que o forte da esquerda não é, nem nunca foi, a inteligência: Dilma se equilibra em um fiapo de sustentação – teve mesmo de se prostituir ao PT para continuar no poder – e se houver realmente confronto, com feridos ou até mortos, ela cai!

Que ninguém pense que a Anta decretaria Estado de Sítio: o Congresso não aprova.

E mesmo que aprovasse, lançaria o país numa guerra civil, pois a metade frouxa das Forças Armadas – se escondendo atrás da Legalidade (vide o generalzinho Villas Boas, baba ôvo de Aldo Rabello) – entraria em choque armado com a grande maioria de praças e oficiais que não mais toleram a roubalheira e deboche com a nação.

E aí a esquerda veria o que é apanhar de verdade. Teria saudades de 64 - vide Blog do Noblat, no O Globo, onde ele revela a advertência dos militares - http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2016/03/crise-ganhou-um-novo-componente-e-ele-veste-farda-e-pilota-tanques.html

Resumindo os fatos: a casa caiu. Lula é ladrão, Dilma foi eleita com dinheiro roubado, o PT – e todo o resto da esquerda – transviou-se de partidos politicos para facção criminosa e o país berrou que já deu, é o bastante, chega!

Não há mais como defender essa gente. Mesmo o mais fanático seguidor desta seita cleptocrata terá de admitir que acabou, ou se igualará na falta de caráter.

Pior do que um governo corrupto, é o sujeito que o defende.
13 de março, todos nas ruas!


Walter Biancardine

quinta-feira, 3 de março de 2016

Alair vai á Brasília e reposição dos royalties deve sair - Prefeito apela ao SEPE pelo início das aulas


O prefeito Alair Corrêa esteve na manhã desta quinta-feira (3) em Brasília (DF) para mais uma reunião com representantes do Ministério da Fazenda, prefeitos e secretários de municípios que fazem parte da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (OMPETRO).
Ao final da reunião, o prefeito Alair Corrêa se mostrou confiante em sua análise sobre o que ficou estabelecido:

"Retorno bem animado porque avançamos bastante em nosso projeto de receber o que perdemos, considerando que tudo ocorreu por causa da crise econômica e da má administração da Petrobrás, e não por erro do município. Volto para Cabo Frio mais animado e esperançoso", disse Alair.

Na próxima semana haverá uma nova rodada de negociações entre os municípios integrantes da OMPETRO e o Ministério da Fazenda.

Aproveitando a oportunidade, o prefeito Alair Corrêa voltou a fazer um apelo aos professores da rede municipal de ensino para que retornem às aulas:

"Aproveito o momento para fazer um apelo ao SEPE, que se mantém em greve: que voltem às escolas e concluam os boletins dos alunos. É verdade que nos últimos quatro meses tivemos um atraso de 15 à 20 dias no pagamento dos funcionários, mas agora, assim que recebermos o que temos direito ou parte dele, a primeira coisa que faremos é colocar em dia os salários. Peço que, na assembleia de amanhã (4), se for possível, os professores procurem dar um passo atrás para avançar depois”, disse o prefeito, que completou:

Se nos próximos dois ou três meses não for conseguido nenhum recurso para Cabo Frio e se não acabarmos com os 15 a 20 dias de atraso no pagamento, se acharem por bem, voltem á greve. Este é o meu pedido aos professores", afirmou Alair.

OPINIÃO – Apelo ao bom senso

Esta é a hora mais que perfeita do SEPE Lagos mostrar á sociedade que sua longa jornada de protestos não encerra nenhuma finalidade eleitoral, servindo de palanque para promover candidaturas em outubro.

Do mesmo modo mostrará, aos já inúmeros críticos desta postura intransigente do sindicato, que a paralisação – tendo personificado suas queixas em um suposto “inimigo” comum, Alair Corrêa – não teria sido um bote salva vidas para tentar unir uma diretoria destroçada, com dirigentes irreconciliáveis e que provocaram enorme cisão interna entre os militantes da instituição.

Esta é a hora de mostrar que a greve não é palanque eleitoral e que seus diretores não precisam da mesma como uma “cola” que os mantenham unidos.

Que considerem a situação das milhares de crianças e jovens sem aulas e sem rumos.

Que considerem a rotina transtornada de milhares de pais e mães.

Que recuperem o respeito do povo, adotando uma postura razoável e de bom senso.


Walter Biancardine

quarta-feira, 2 de março de 2016

ÚLTIMA HORA - E COMEÇOU A CORRIDA ELEITORAL!


Uma estranha nota saiu agora a pouco nas redes sociais, dando conta que o Dr. Newton Mureb, Diretor do Pronto Socorro de Cabo Frio, teria sido afastado do cargo.

Segundo a postagem, o afastamento seria por “discordar da irresponsabilidade da Prefeitura e não pactuar com a falta de compromisso com o pagamento dos médicos”. Ainda segundo a declaração, a Prefeitura teria a intenção de “manter na direção do Pronto Socorro de Cabo Frio somente profissionais que compactuem, sem questionamentos, com toda anarquia reinante na saúde, e que busquem vantagens ignóbeis e um pretenso poder” (sic).

O Jornal Opinião ainda não entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio para saber se tal fato realmente se deu – o afastamento – e quais as verdadeiras razões. Do mesmo modo, até o momento nenhuma nota do referido Diretor, assinada por ele, veio á público explicar as razões do afastamento.

É preciso não esquecer que acontecimentos assim, amparando-se em razões quase teatrais, sempre devem ser cuidadosamente investigados. Ainda mais quando os mesmos acontecem poucos dias após o anúncio de Alair Corrêa vir como pré candidato, nas próximas eleições.

Que o eleitor não se deixe enganar por factóides. É muito fácil uma “renúncia espetacular” quando temos outro emprego esperando por nós, do lado de lá – com vantagens políticas, é claro.

A verdade será apurada.

CURTAS E GROSSAS - Oposição quer governo gastando o que não tem


Fofinho -
O blogueiro Rafael Peçanha publicou texto fofo em seu blog, mostrando toda sua compreensão para com a Câmara de Vereadores – aquela mesma que passou por cima da necessidade emergencial de aguardar o FUNDEB e lascou a proposta de pagamento fixo dos professores todo quinto dia útil.

Fofinho II
Na meiguice que escreveu, Rafinha foi além: defendeu a construção de um novo prédio para abrigar a Câmara – escolheu uma bela hora para isso, por que será? – alegando que sairia até “mais econômico” para o contribuinte.
Obras! O moço quer obras!

Fofinho III
Para incentivar um turismo gerador de dinheiro – tipo uma Nova Orla – não pode fazer obra, é “desperdício de dinheiro”. Mas para “agradecer” a Câmara pela indecência do quinto dia útil – leia-se dois ou três desatinados, que provavelmente também serão gratos a ele – aí pode. E em plena crise braba.

Lógica sem fotoshop -
Opositores saem por aí tentando contar vantagem, dizendo que Alair Corrêa já era, etc.
Por que será que falam tanto nele, então?
Seria o caso de tratar, cada um, de suas campanhas eleitorais e esquecer o cara.
Afinal Vasco, Flamengo, Fluminense – eles se acham como tais times – iriam se preocupar com o Ibis e ficar o dia todo falando nele?

Visão tacanha -
Em blogs mais encorpados – parecem até um site – dublês de comentaristas políticos afirmam que a notícia da candidatura de Alair “não foi bem recebida nas redes sociais” e que “a maioria dos comentários era contra e achavam um absurdo”. Pra pensar na cama: será que no site do PT alguém acha que o Lula fez alguma falcatrua? Será que num site feminista alguém defende o machismo? Será que num jornal de oposição alguém acharia ótimo Alair ser candidato?
Melhor que esses “comentaristas” voltem para as notícias policiais e deixem a politica para quem entende.

Inventando folclore -
Ainda segundo esse mesmo blog – digo, site – Janio Mendes teria criado um novo personagem do folclore brasileiro: a “Mula DE cabeça”. Tá lá na manchete.
O moço saiu com essa, de tão nervoso que ficou após o anúncio de Alair.


ERRATA – COMUNICAÇÃO É DE MARCOS CHAVES – Alex Garcia também participa

O Jornal Opinião publicou mais cedo a notícia que Alex Garcia assumiria a Comunicação da Prefeitura de Cabo Frio, mas a informação correta é que ele exercerá a supervisão da mesma.
O cargo ficará com Marcos Chaves, que deve deixar a Comunicação de São Pedro da Aldeia para assumir aqui.

Está marcada para as 9hs desta quarta feira (02) uma reunião, no auditório da Prefeitura, onde serão expostas as linhas gerais da nova gestão.

terça-feira, 1 de março de 2016

PLANTÃO OPINIÃO - ARARUAMA PEDE SOCORRO


CURTAS & GROSSAS - Alex Garcia na Comunicação da PMCF!


Novos ares na Comunicação
Desde a reformulação administrativa, promovida pelo prefeito Alair Corrêa e com o consequente deslocamento de Edinho Ferrô, a Comunicação da Prefeitura andava sem um superior imediato.
Esta semana Alex Garcia, da antiga Coordenadoria de Estatística, deve assumir este vácuo e tentar levar adiante a tarefa.
Pelo que conheço de Álex, “release” é o apelido de uma borduna que ele mantém de molho na salmoura. Mas como o cara é profissional do ramo, certamente vai deixar seu temperamento mercurial no blog Cartão Vermelho – um dos mais lidos da cidade.

Santo Daime
Negociação emperrada, SEPE diz que assembleia decidiu pela permanência na greve pelo fato do governo não pagar salários até o quinto dia útil de cada mês.
Pela nojentésima vez Alair repete que “só pode pagar os professores no dia 20, que é quando entram as verbas do FUNDEB e outras”.
Rafael Peçanha, em seu blog, louva o seboso sindicato exaltando a “compreensão” dos “caridosos” sindicalistas, que resolveram “atender as necessidades do povo e que aceitarão a proposta da Câmara de Vereadores”. Sabe qual proposta? Pagar até o quinto dia útil do mês!
Ou todo mundo tomou chá de Santo Daime ou é deboche com nossa cara, mesmo!

Santo Daime II
Já no fossilizado blog do kamarada stalinista maoista Totonho – aquele, que acha médico um “pequeno burguês” - a doideira se repete: “somos muito legais e aceitamos receber até o quinto dia útil”. Considerando as relações patriarcais na oposição cabofriense, não sabemos se a lisérgica proposta foi elogiada inicialmente por Totonho e respeitosamente repetida por Rafael, ou se a Assembleia do SEPE foi uma festa muito doida, um verdadeiro Woodstock sindical, com as dirigentes (que se odeiam entre si) fazendo as pazes e se abraçando...e acabaram levando a proposta louca da Câmara a sério, como gancho para mais greve no futuro.
Paz e amor, bicho. E grana no bolso também!

Santa intriga
Existe uma outra hipótese, mais tortuosa, que tal proposta teria sido “encomendada” á alguns edis por apenas uma das dirigentes justamente para continuar fomentando mais greves e, de quebra, intrigas com suas outras duas “colegas”, e teria sido divulgada sem passar pelo crivo do coletivo.
O clima na cúpula do SEPE é tenso, e não é de hoje. Com relações praticamente cortadas, as três dirigentes agradecem aos céus todos os dias pela greve – assim, e só assim, conseguiram uma pequena e breve união de seus militantes, que andam com a pulga atrás da orelha.

Trairagem
Por falar em trairagem, o mesmo papiro – digo, blog – do Totonho vem dizendo que “a assessoria direta e indireta do deputado Federal Marquinho Mendes foi instruída a bater na reunião em que o prefeito Alair Francisco fez no Riala. A ideia é tentar restabelecer a polarização Alair X Marquinho, rompida pela ação política do deputado Janio Mendes”.
Quer dizer que o TOCO que Janio levou de Marquinho – eles se traem mutuamente – agora é chamado de “ação política”?
Tal como o sujeito que diz que a mulher dele “fez suas escolhas”, para explicar que tomou um par de chifres.

Eta jornalismo…
A página regional do G1, do O Globo, também fez matéria sobre a greve do seboso sindicato, dizendo que a proposta da Prefeitura em pagar salários condicionados a data de entrada das verbas do FUNDEB foi rejeitada em assembléia. A matéria explica que a proposta lisérgica da Câmara de Vereadores – pagamento no 5º dia útil – foi enviada ao prefeito.
Vai daí que o G1, muito pimpão, entrou em contato com a Prefeitura para saber a resposta, antes que a mesma se pronunciasse oficialmente!
Como se eles quisessem saber quem ganhou o Oscar, antes da cerimônia, e mandassem perguntar ao rapaz ali da Academia de Cinema!




segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SERIA ENGRAÇADO SE NÃO FOSSE CÔMICO – Oposição atônita repete o que “Seu Mestre” mandou e ainda critica médicos (eles não tem nada a ver com isso!)



Certos dias o trabalho de um jornalista torna-se extremamente difícil, mas não por dar notícias ruins ou reportar tragédias: a dificuldade hoje é não rir, diante do quadro surreal que a oposição se encontra – baratas surpreendidas ao acender das luzes não retratariam melhor a cena.

Difícil de explicar sem que o leitor pense que estaríamos inventando, tamanho o grotesco da situação, mas vamos tentar.

Conforme noticiamos anteriormente, a oposição cabofriense resume-se a alguns poucos atores que aceitaram o papel de “linha de frente”, com a função de repetir para o eleitor os argumentos criados pelos cérebros trevosos no comando da facção, como se fossem de autoria deles.

Mais de 48 horas após o anúncio do lançamento da pré candidatura de Alair, a oposição nada conseguiu criar ainda, em termos de argumento, e que possua um mínimo de substância. Sem reação, aparvalhada, em choque.

Nada mais natural que, diante de tal apatia de seus líderes, os opositores da “linha de frente” danassem a disparar besteiras sem fim, tentando se agarrar a algum argumento. E o único que conseguiram – Oscar na categoria “Desculpa Esfarrapada” - foi o inacreditável “Alair diz que é candidato pra atrair votos para vereador”.

A tal ponto chega o deficit na inteligência de tais criaturas que – à parte o fato de um homem com a história de Alair teoricamente se prestar a um papel desses – bradam aos quatro ventos que o prefeito “teria votação pífia”, “ninguém vota nele”, “rejeição total”. Mas curiosamente atribuem ao “rejeitado” a capacidade de atrair...votos! Ou seja, são tão burros que acusam Alair de não ter votos, mas tentam dizer que sua candidatura é só para puxar votos!

E, para arrematar o festival de burrices: Cabral inventou essa asneira aí de cima. Chicão a endossou. Rafael Peçanha também. E Totonho – vítima cruel da Esclerose Múltipla (esclerosou bom senso, inteligência e pudor) – sabe-se lá por que cargas dágua, resolveu destilar todo seu ódio e inveja socialista pelos que alcançaram algo na vida e danou a criticar os médicos!




Segundo o rubicundo blogueiro, os médicos “tem vergonha de protestar contra o governo porque são uns pequeno-burgueses”. Meu Deus. Em pleno século XXI, o homem me saca do bolso o Manifesto Populista – digo, Comunista, e sai com essa? Ele não está bem, alguém o ajude, por favor.

Vai daí que o amigo leitor só encontrará, nos blogs da oposição, réplicas de um mesmo e obtuso argumento: leu um, leu todos.

A oposição é necessária ao exercício da democracia. Ela é o contraponto que impede excessos eventuais da situação; que fiscaliza, propõe, vigia e mantém o sangue do governo em ebulição – ou o mesmo cairia na pasmaceira da acomodação.

Mas, que seja claro, dizemos OPOSIÇÃO e não PASTELÃO, triste e único espetáculo oferecido ao cabofriense pelos citados acima, à título de atestado de incompetência.

Não sabem criticar, mas querem governar.

Walter Biancardine






domingo, 28 de fevereiro de 2016

Pane - PRONTO, FALEI!


Voei quase dez anos na aviação de testes e uma coisa muito séria aprendi: quando em pane, mantenha-se reto e nivelado, concentrando-se no que ainda funciona, para conduzir a aeronave ao pouso.

Poderia dizer que Alair Corrêa assim o fez com a cidade nesta atual "pane" dos royalties, mas ele foi além: na aviação apenas esquecemos o que não funciona mais. O prefeito não pode se dar a esse luxo.

Teve de manter tudo ativo e ainda não aceitar que simplesmente "não funcionasse mais".
Desempenha ele hoje a missão de conduzir nossa aeronave a um pouso seguro, para que possamos decolar novamente em 2017.


Opositores denigrem, dizendo ser "um papel inglório", mas o povo sabe da sorte que deu em contar com o Comandante em tal situação.


Existem heroísmos cotidianos, que muitos não enxergam, ou não querem ver. Muita gente só vai entender a sorte que deu daqui a alguns anos, já distante das paixões políticas de um ano eleitoral.


Estamos juntos, Comandante.
Livre alinhar e decolar!

Walter Biancardine

EDITORIAL – UM POBRE ESBOÇO DE ESTRATÉGIA -



EDITORIAL – UM POBRE ESBOÇO DE ESTRATÉGIA -

Aos poucos, uma atônita e desorientada oposição tenta se recompor e traçar uma estratégia contra o surpreendente anúncio do prefeito Alair Corrêa, que afirmou ser pré candidato em outubro.

Sem obedecer orientações superiores, Moacir Cabral largou na frente e esboçou uma tímida contestação, qualificando a decisão de Alair como “cortina de fumaça” feita apenas para puxar votos para seus aliados, na vereança.

Com a demora dos “chefões” em orientar seus subordinados, o blogueiro Rafael Peçanha resolveu falar também e seguiu os argumentos de Cabral, acrescentando infantilmente – como é próprio de sua imaturidade – um banal “desafio” ao prefeito, “apoiando” sua decisão pois quer vê-lo ser “massacrado nas urnas”.

Correndo por fora, o também blogueiro Chicão julgou os argumentos de Cabral como válidos e publicou sua concordância com os mesmos.

Ora, tal argumento é de uma estupidez monolítica: quer dizer então que Alair, 46 anos de vida pública, 4 mandatos de prefeito, ex-deputado e único político a se reeleger tantas vezes como chefe do Executivo transformou-se em “cabo eleitoral de luxo”, segurando faixa para atrair votos para seus aliados?

É nivelar a inteligência dos cabofrienses á altura de tamanduás; ainda mais acrescentando a insinuação que tal “estratégia” seria sua “sobrevivência no poder”. Sem querer, Cabral e os que enveredaram na mesma toada assinaram recibo de que – eles sim – raciocinam como o focinhudo bichinho.

Em termos mais cotidianos, o principal tema que julgam ser o “ponto fraco” da atual gestão são suas dificuldades financeiras. Tentam substituir a crise – criada pela roubalheira de seus superiores partidários e ideológicos – por uma suposta “incompetência” do prefeito no trato com a coisa pública.

Ora, aquilo que erradamente escolheram para bater é justamente o ponto onde Alair mais pode se orgulhar: mesmo com uma inacreditavelmente brutal queda de 90% na arrecadação – em termos empresariais, levaria à demissão em massa, falência e caos até mesmo poderosas multinacionais – nenhuma escola foi fechada; mesmo estabelecimentos de ensino do nível médio, que não são obrigações municipais, permaneceram sob a tutela da cidade e com o pedido explícito do SEPE/Lagos, ainda que travestido em mais um “protesto”.

Na área da saúde, igualmente nenhuma baixa foi registrada – pelo contrário, tivemos a total reformulação do HCE, reaparelhado e substituindo com folga o verdadeiro presente de grego chamado UPA, maliciosamente plantado por intragável desafeto político, Sérgio Cabral. O sistema de saúde de Cabo Frio não só permanece ileso como continua sendo o principal responsável pelo atendimento de pacientes oriundos de todas as cidades da vizinhança.

Quanto ao pagamento de salários, estão todos quitados. Atrasos sim, constantes, mas considerando que municípios vizinhos simplesmente demitiram – o jornal O Globo, em matéria deste domingo, afirma que até concursados foram exonerados pela crise em cidades vizinhas – devemos ter em mente que Alair conseguiu verdadeiras mágicas, no sentido de preservar empregos. (ver http://oglobo.globo.com/economia/queda-nos-royalties-do-petroleo-gera-crise-nas-cidades-do-rio-18766686?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar )

Mesmo com a brutal redução da máquina administrativa, ou até por causa disto – apenas 9 secretarias subsistem – eventuais falhas e deficiências acontecem. É o que resta para a oposição criticar: uma coleta de lixo que não houve, um buraco na rua sem reparos ou mesmo a ausência de Guardas Municipais em acontecimentos pontuais.

Agora é a hora de invertermos o infantil desafio do rapaz blogueiro: poderiam eles conseguir tudo o que Alair conseguiu e ainda fazer melhor? Pois que tracem uma estratégia realista, válida e decente, e nos convençam, então.

Prometer é fácil. Falar besteiras, mais ainda.



Walter Biancardine

CRÔNICAS DE UM DOMINGO VADIO - Carro novo



Não entendia muito de automóveis, mas queria a todo custo um igual aos que via, a cada verão, nas mãos dos turistas que desfilavam pela cidade.

Em um religioso ritual diário, peregrinava pelas inúmeras agências de automóveis da cidade em busca de seu sonho, passaporte para um mundo melhor e sex appeal que o conduziria, diretamente, aos braços de mulheres inalcançáveis.

A liturgia quase não variava. Olhava cobiçoso os bólidos, segurava infantilmente o sexo e perguntava:
- Quanto custa esse BMW aqui?
- Oitenta e cinco mil reais, mas dá pra quebrar um pouco, respondia o vendedor observando sua bermuda cargo, sua camisa sem mangas, seu chinelo de dedo e sua bicicleta.

Em qualquer agência que fosse, a indagação sobre o sonho sempre despencava para a realidade. De carro em carro, afundava de reluzentes Mercedes-Benz, Jaguar, Land Rover ou Cherokee para modestos Fiat Uno, Gol bolinha e até mesmo Brasílias e Chevettes mais em conta.

Mais de um ano durou sua busca. Mais de um ano de cobiça e pinto repuxado por cima da bermuda. 

Tornou-se mesmo conhecido dos vendedores, e um deles conseguiu-lhe uma pechincha:
- Esse carro é coreano, mas as peças são todas de Monza! E tem kit gás!

O pobre olhava o carro, ávido, e quis fechar negócio a todo custo. Na verdade tratava-se de um cansado Daewoo, marca desconhecida mas o que importava era seu tamanho e aspecto: grande, quem olhasse até pensaria ser um Audi. Verdade que a cor roxa estava já queimada e opaca, os pneus eram remoldados e pequenos demais para o carro, faltavam alguns frisos, o ar condicionado não funcionava, volante sem capa de buzina, bancos puídos mas tinha insufilme e um CD player. E tinha kit gás!

O pobre vendedor enfrentou uma maratona para financiar-lhe o sonho: inventou comprovante de renda, residência e mesmo uma conta falsa em banco, mas conseguiu 36 meses de prazo, sem entrada, e prestações que tomariam dois terços de seu salário de mil reais como encarregado em uma obra.

* * *

De posse de seu sonho, uma mudança operou-se no novo e feliz proprietário do veículo. 

Primeiramente comprou um pesado e grosso cordão de prata falsa, seguido por portentosos óculos escuros que mascaravam sua insegurança em um ar arrogantemente viril.

Logo após, presenteou-se com o mais caro aparelho de telefone celular que encontrou, embora mal soubesse compreender quais funções teria, além do óbvio falar.

Roupas novas também foram necessárias – apesar de seguir fiel à receita malemolente tropical do bermudão cargo e camisas sem manga, tão em voga na Baixada Fluminense há anos.

Tanta despesa afetou o orçamento doméstico e sua mulher começou a reclamar. Gastos com combustível eram diários e os carnês com as prestações de suas jóias não paravam de chegar, tornando sua companheira de 20 anos e mãe de seus quatro filhos uma reclamona insuportável.

Sua casa continuava sem embôço pelo lado de fora – segundo ele, uma esperta estratégia para não pagar IPTU – e a laje, naquele andor, jamais seria batida.

O ápice da tensão entre o casal deu-se quando o feliz proprietário do carro novo entendeu de construir um telhado à guisa de garagem, para o possante: tal foi a despesa que viu-se obrigado a recorrer à um vereador amigo para comprar um bujão de gás.

Pensou que “perdido por um, perdido por mil”, ao tomar os últimos trocados da mulher para ir tomar cerveja no bar com seus amigos e seu carrão – suas únicas felicidades na vida – quando lá encontrou sestrosa moçoila que enfeitiçou-lhe o que restara de juízo.

A partir daí foi a vertigem do precipício: estourados todos os cartões de crédito, recorria a amigos para arranjar dinheiro que pagasse seus arrufos com a mocinha, enquanto sua mulher sujeitava-se à compaixão de vizinhos e parentes para almoços e jantas dela e dos filhos.

Idade cruel, o meio século de vida em alguns homens cobra caro, quando dominado pela possibilidade do sexo moribundo; ainda mais com jovem mocinha que – provocante – oferecia seu pescocinho ao velho vampiro, para que dela sugasse o lenitivo de seus recalques: pediu para ser mandado embora de seu trabalho de quase duas décadas e, com a indenização, montou casa para a jovem – ansiado como ninho de amor onde uma nova existência de prazeres seria iniciada. Para eles, ao menos.

* * *

Endividado até os cabelos, sem emprego e sem atinar no despenhadeiro que saltara, ainda tinha o desplante diário de desfilar em seu carrão ano 87 em frente à casa de sua ex-mulher e de seus filhos, sempre acompanhado da jovem mocinha que ria sem parar – de tudo, de todos, a toda hora e por qualquer motivo. 

Fazia sua melhor cara de arrogante, escondido por detrás de seus óculos escuros e cordão de prata, colocava o cotovelo na porta e dirigindo com uma só mão, acelerava o veículo pela rua de chão da favela.

* * *

Aquela alegria angustiada não poderia durar muito. O pobre vive hoje de flanelinha e lavador de carros no centro da cidade, morando de favor no barracão de ferramentas de uma oficina em Campo Redondo. 

A risonha mocinha ficou com a casa e seu carro – mesmo com ordem de busca e apreensão – em companhia de outras quatro senhoritas tão dadivosas quanto ela, e recebendo cavalheiros ocasionalmente.

Sua ex-mulher morreu – comenta-se – de desgosto, ao cientificar-se que seus quatro filhos enveredaram pelo mundo do crime, dois estando já mortos com ela ainda em vida, outro preso e o caçula foragido.

Em Cabo Frio esta é uma história que sequer é contada nos círculos de amigos pelos botequins, de tão banal e repetitiva que é.

Tristemente, os cafajestes só são lembrados enquanto pagam.

Walter Biancardine


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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Oposição em silêncio: combinando? - PRONTO, FALEI!


Fazem agora 24h que Alair Corrêa declarou-se pré candidato nas próximas eleições.
Até o momento, nenhum pio de seus opositores - tramam entre si as estratégias que deverão utilizar, pois que foram pegos de surpresa.
O que disser Rafael Peçanha dirá Totonho, que terá o SEPE no mesmo tom, seguido por Ademilton. Tudo igual, tudo decorado.
O tempero virá do RC24h.
Vem golpe baixo pela frente. É só aguardar.

PS: Cabral da Folha dos Lagos ensaia uma tímida contestação em seu Blog do Cabral, enquanto outros estariam pedindo orientações? Abertamente? Será? - vide foto


DA REDAÇÃO – Eu quero é frescor nas partes porque hoje é sábado!

Pixuleco -
A coluna mais prestigiada e séria da cidade anda feito a oposição do jornal de Odacir Gagau, o Falha dos Largos: igual a um vaga-lume, e pelos mesmos motivos, que é o vil metal.
Odacir é o genial criador da “Oposição-Vagalume”, que acende e apaga conforme entram (no bom sentido, é claro) as verbas dos governos. Nossa prestigiada e conceituada calúnia – digo, coluna – também aparece e desaparece, conforme consigo juntar uns pixulecos pra pagar o espaço aqui no Opinião.

Saiu do armário -
Alair Corrêa no Lombo saiu do armário e, em reunião petit comité realizada ontem, assumiu: é pré candidato, e vai mostrar a todo mundo seu vigor e disposição pra dar duas governadas sem tirar de dentro. Aos gritos histéricos e excitados de milhares de mulheres caidinhas pelos “Velhos Olhos Azuis”, o Frank Sinatra dos lagos teve de sofrer o constrangimento de mandar retirar uma senhora – baixinha e enfurecida, mais tarde identificada como Janete – que gritava para quem quisesse ouvir: - “Traidor! Você prometeu que seria uma vez só! Duas eu não vou aguentar! Traidor!”
Hoje cedo, a A.T.E.U. - Associação dos Transformistas Enrustidos Unidos – emitiu nota de repúdio contra Alair, por ter mandado um grupo de boys-magia acalmar a dama.

O segredo da disposição -
Eu, como velho e experimentado homem de imprensa, procurei Alair após o evento, querendo arrancar uns trocados pro ônibus da volta e a informação sobre como ele, com 40 anos de linha na pipa, conseguia manter o vigor, a disposição e a rigidez impressionante de princípios da adolescência.
O bom e velho Olhos Azuis me confidenciou, recostado de roupão de seda em seu chaise longue e abanado por quatro odaliscas: - “Na verdade, eu tenho uma tara: gosto que me batam. Quanto mais me batem, mais eu cresço”, afirmou o experimentado Lobo da Costa do Sol.
E não me deu o dinheiro do ônibus, o pão duro.
Culpou os royalties.

Transtorno -
O SEBE/Lagos – Sindicato dos Sebosos da Região dos Lagos – já se pronunciou sobre o impressionante vigor e disposição do velho Capitão, que mostrou ontem á todo mundo o tamanho de seu ânimo: convocou seus filiados a acamparem na frente da Prefeitura, afirmando que dali só sairão quando Alair guardar sua Corrêa e sossegar.

As Três Marias -
Maria Mole, Maria Vai Com as Outras e Maria Farinha – as três mais conhecidas dirigentes do SEBE, cujo ódio recíproco era por todos conhecido – afirmaram que “superaram as diferenças do passado” e que estão “unidas e coesas” no propósito de sossegar o fogo de Alair.
Contudo, Maria Mole mais tarde confessou que até “sentia um certo chamego pelo velho Olhos Azuis”, sendo contestada violentamente por Maria Farinha. Maria Vai com as Outras fez questão de afirmar que “muito pelo contrário, quem sabe, poderia ser, mas é isso aí, não sei”. E acabou apanhando das outras duas que, depois, brigaram entre si.

A reação das oposições -
Obronho, lider da seita “Seguidores de Onan” e conhecido como o “Divino Mão Peluda”, blogueiro e feroz opositor de Alair, jamais aceitou que o velho Olhos Azuis houvesse, no passado, roubado seu grande amor, Janete. Esta é uma rixa, portanto, que remonta ao tempo em que rede social era só uma tarrafa com placa de “bem vindos”.
Sua reação não poderia ser outra que não condenar Alair: “Aquele sujeito, só por causa dos olhos azuis dele, encantou minha Janete! Prometeu que daria um Royalty só pra ela, mas fugiu”, segundo apurei.
Seu filho adotivo e também blogueiro da oposição, Efebo – apesar do feio cacoete de repetir tudo que o pai fala – também se manifestou contra: “Aquele sujeito, só por causa dos olhos azuis dele, encantou minha tia velha! Prometeu que daria um Royalty só pra ela, mas fugiu”, disse ele, acrescentando essa informação fundamental.

Porque hoje é sábado -
Por hoje chega. Estamos num belo sábado ensolarado, ainda tenho crédito na barraca de Vadico pra tomar duas doses de Amansa Côrno e o calor tá de rachar.
Pra falar a verdade, me sinto até meio ofendido por ter ido ao jantar boca livre de Alair ontem: pra quê isso? Só pra ele mostrar que o tamanho do mandato dele é maior que o meu?
Não tenho culpa, assim por Deus fui servido. E Josilaine, uma criatura que ajudo, gosta.
Chega. Eu quero é frescor nas partes, porque hoje é sábado!

Assis Jatoubrigando é jornalista, escroque, aproveitador e líder de movimento sindical nas horas vagas

Todas as notícias aqui veiculadas são rigorosamente falsas. Qualquer semelhança com a realidade é muito azar.


GRAFITEIROS REPUDIAM PICHAÇÃO NO FORTE SÃO MATEUS


A associação de grafiteiros Domingo Com Arte divulgou uma nota de repúdio as pichações que ocorreram no Forte São Mateus, na ocasião do evento Cabo Frio 400 Cores.

A nota faz questão de diferenciar a arte de rua – o grafite – do vandalismo, punível por lei e que, segundo afirmam, teria sido praticado por dois elementos vindos da cidade de Petrópolis (RJ) conhecidos como Zero e Rame.

Nelson Feitosa, um dos organizadores do evento, sentiu a necessidade de divulgar a nota não apenas pelo ato de vandalismo em si mas, igualmente, por ter percebido nas redes sociais que muitas pessoas estariam associando o crime praticado ao tipo de arte exercida pelo grupo:

- A pichação não passa de poluição visual e vandalismo, caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos vias públicas, ou privados sem a concessão ou autorização do proprietário se constitui como crime, disse ele. E completou:

- O grafite é desempenhado com qualidade artística, em grandes painéis bem produzidos .como os do muro do complexo Aracy machado, onde foi feito um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros quadrados projeto realizado através do PROEDI. E sempre feitos com a permissão do proprietário, afirmou Nélson.

Segue abaixo a nota divulgada pela associação:

Nota de esclarecimento e repúdio -

A associação Domingo com Arte, com sua fundação em 2002, juntamente com o grupo TÁ NA RUA GRAFFITI da cidade de cabo frio e demais artistas da cidade, lança uma nota de repúdio ao acontecimento da pichação que aconteceu no forte São Matheus, um monumento turístico e histórico da cidade de Cabo Frio.

Afirmando que o ato não foi feito por nenhum artista envolvido com o evento Cabo Frio em 400 Cores onde, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro foi realizado o primeiro Encontro Nacional de Graffiti da cidade de Cabo Frio.

Este evento contou com mais de 65 dos melhores artistas de 7 estados e conhecidos nacionalmente e internacionalmente, mas está sendo discutido em rede sociais que os envolvidos teriam praticado o ato pelo fato de terem ligação com o evento.

O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.

O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, grandes painéis bem produzidos como os realizados no muro do complexo Aracy machado, onde foi feito um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros quadrados – um projeto obtido através do PROEDI.

Do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos vias públicas, ou privados sem a concessão ou autorização do proprietário se constitui como crime de acordo com as leis brasileiras nos termos do art.65,da lei 9.605/98 com pena de 3 meses a um ano e multa, como o acontecido no nosso Forte e que foi um ato cometido por dois rapazes da cidade de Petrópolis apelidados de ZERO e RAME, os quais estiveram na cidade no carnaval e praticaram o vandalismo.

Esperando ter esclarecido os fatos, convidamos toda a população da cidade para visitar a exposição Cabo Frio em 400 Cores Art Indoor, que esta acontecendo no CAV - Centro de Artes Visuais, encerrando dia 27 de março.
O espaço funciona de terça a domingo das 17:00 as 22;00.

Nelson Feitosa
Tesoureiro do projeto, membro do grupo TÁ NA RUA e um dos organizadores do evento Cabo Frio em 400 Cores.

Projeto Domingo com Arte, grupo TÁ NA RUA GRAFFITI

URGENTE: ALAIR VAI CONCORRER A REELEIÇÃO EM OUTUBRO


Em reunião realizada nesta sexta feira a noite, o prefeito Alair Corrêa anunciou que vai concorrer a reeleição como prefeito de Cabo Frio.

O anúncio – que pegou desprevenido até mesmo apoiadores mais próximos – certamente desequilibra as contas dos atuais candidatos da oposição, que não esperavam enfrentar o reconhecido cacife eleitoral de Alair.

Em seu discurso, Alair agradeceu a coragem daqueles que se mantém firmes em seu apoio – inclusive nas redes sociais – e disse que, por conta das graves dificuldades financeiras, nenhum outro prefeito havia sido tão combatido e criticado quanto ele:

- Só uma oposição louca desperdiçaria as consequências administrativas de uma prefeitura que, do dia pra noite, perde 50 milhões de reais em seu orçamento daquele mês. O resultado é que estou sendo massacrado nas redes sociais, mas por outro lado pude constatar o quanto me defendem e apoiam, disse ele. E completou:

- Me recolhi, pois precisava me dedicar exclusivamente a administrar o caos que se transformou nossos encargos diante de um dinheiro cada vez menor. Não tratei de candidaturas, apoios, nada, e isso fez que a oposição pensasse que eu houvesse desistido. Não há como desistir quando temos uma missão a completar e nos damos conta de tanta gente que nos ama, que nos apoia, que entende os sacrifícios que temos feito. Em outubro, eles vão ter de me enfrentar, exclamou, entusiasmado.

Pensando friamente
Na verdade, qual louco gostaria de ser prefeito em uma cidade quebrada? E por quê?
Essas perguntas, a oposição não responde.

As razões da recusa são idênticas as de um sindicato que se recusou a gerir as verbas do FUNDEB, conforme Alair propôs – sabem que é inviável.

Do mesmo modo, fogem apavorados quando se ventila a hipótese de imaginarmos que um outro administrador – sem os 40 anos de traquejo de Alair – estivesse a frente da administração da cidade em um momento emergencial como esse.

Algum dos pretensos pré candidatos teria algum truque, que multiplicasse dinheiro?

Algum deles conseguiria efetuar mais cortes ainda nas despesas, sem que isso significasse prejuízo ao cidadão? Não, pois não existe mágica.

O fato é um só: Alair não fechou nenhuma escola. Não fechou nenhum hospital. Não deu calote em ninguém – atrasou sim, mas não declarou o famoso “Estado de Emergência Financeira” o qual recorreu Teresópolis, recentemente. 

Além disso, cortou na própria carne e reduziu as secretarias ao número miserável de apenas 9 pastas. As receitas caíram, e não foi 10 ou 20 por cento. Foram absurdos e inviáveis 90% de perdas, que teriam feito qualquer outro chefe do Executivo entregar o abacaxi para outro descascar ou, pelo menos, enlouquecer.

Diante de um implacável plano de cargos e salários – que mesmo nos tempos de fartura já inviabilizaria a folha, já que foi feito com o único objetivo de ser um calo no sapato de Alair – e de uma despesa já enxugada ao máximo, é quase uma desfeita imaginar que qualquer outro prefeito em seu lugar teria se saído melhor.

Estamos no meio de uma das piores tempestades já enfrentadas por esta cidade.

É hora de deixarmos nosso Capitão entregar seu navio e passageiros – sãos e salvos – em bom e seguro porto.


Walter Biancardine