Certos dias o
trabalho de um jornalista torna-se extremamente difícil, mas não
por dar notícias ruins ou reportar tragédias: a dificuldade hoje é
não rir, diante do quadro surreal que a oposição se encontra –
baratas surpreendidas ao acender das luzes não retratariam melhor a
cena.
Difícil de explicar
sem que o leitor pense que estaríamos inventando, tamanho o grotesco
da situação, mas vamos tentar.
Conforme noticiamos
anteriormente, a oposição cabofriense resume-se a alguns poucos
atores que aceitaram o papel de “linha de frente”, com a função
de repetir para o eleitor os argumentos criados pelos cérebros
trevosos no comando da facção, como se fossem de autoria deles.
Mais de 48 horas
após o anúncio do lançamento da pré candidatura de Alair, a
oposição nada conseguiu criar ainda, em termos de argumento, e que
possua um mínimo de substância. Sem reação, aparvalhada, em
choque.
Nada mais natural
que, diante de tal apatia de seus líderes, os opositores da “linha
de frente” danassem a disparar besteiras sem fim, tentando se
agarrar a algum argumento. E o único que conseguiram – Oscar na
categoria “Desculpa Esfarrapada” - foi o inacreditável “Alair
diz que é candidato pra atrair votos para vereador”.
E, para arrematar o
festival de burrices: Cabral inventou essa asneira aí de cima.
Chicão a endossou. Rafael Peçanha também. E Totonho – vítima
cruel da Esclerose Múltipla (esclerosou bom senso, inteligência e
pudor) – sabe-se lá por que cargas dágua, resolveu destilar todo
seu ódio e inveja socialista pelos que alcançaram algo na vida e
danou a criticar os médicos!
Vai daí que o amigo
leitor só encontrará, nos blogs da oposição, réplicas de um
mesmo e obtuso argumento: leu um, leu todos.
A oposição é
necessária ao exercício da democracia. Ela é o contraponto que
impede excessos eventuais da situação; que fiscaliza, propõe,
vigia e mantém o sangue do governo em ebulição – ou o mesmo
cairia na pasmaceira da acomodação.
Mas, que seja claro,
dizemos OPOSIÇÃO e não PASTELÃO, triste e único espetáculo
oferecido ao cabofriense pelos citados acima, à título de atestado
de incompetência.
Não sabem criticar,
mas querem governar.
Walter Biancardine