sábado, 27 de fevereiro de 2016

GRAFITEIROS REPUDIAM PICHAÇÃO NO FORTE SÃO MATEUS


A associação de grafiteiros Domingo Com Arte divulgou uma nota de repúdio as pichações que ocorreram no Forte São Mateus, na ocasião do evento Cabo Frio 400 Cores.

A nota faz questão de diferenciar a arte de rua – o grafite – do vandalismo, punível por lei e que, segundo afirmam, teria sido praticado por dois elementos vindos da cidade de Petrópolis (RJ) conhecidos como Zero e Rame.

Nelson Feitosa, um dos organizadores do evento, sentiu a necessidade de divulgar a nota não apenas pelo ato de vandalismo em si mas, igualmente, por ter percebido nas redes sociais que muitas pessoas estariam associando o crime praticado ao tipo de arte exercida pelo grupo:

- A pichação não passa de poluição visual e vandalismo, caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos vias públicas, ou privados sem a concessão ou autorização do proprietário se constitui como crime, disse ele. E completou:

- O grafite é desempenhado com qualidade artística, em grandes painéis bem produzidos .como os do muro do complexo Aracy machado, onde foi feito um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros quadrados projeto realizado através do PROEDI. E sempre feitos com a permissão do proprietário, afirmou Nélson.

Segue abaixo a nota divulgada pela associação:

Nota de esclarecimento e repúdio -

A associação Domingo com Arte, com sua fundação em 2002, juntamente com o grupo TÁ NA RUA GRAFFITI da cidade de cabo frio e demais artistas da cidade, lança uma nota de repúdio ao acontecimento da pichação que aconteceu no forte São Matheus, um monumento turístico e histórico da cidade de Cabo Frio.

Afirmando que o ato não foi feito por nenhum artista envolvido com o evento Cabo Frio em 400 Cores onde, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro foi realizado o primeiro Encontro Nacional de Graffiti da cidade de Cabo Frio.

Este evento contou com mais de 65 dos melhores artistas de 7 estados e conhecidos nacionalmente e internacionalmente, mas está sendo discutido em rede sociais que os envolvidos teriam praticado o ato pelo fato de terem ligação com o evento.

O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.

O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, grandes painéis bem produzidos como os realizados no muro do complexo Aracy machado, onde foi feito um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros quadrados – um projeto obtido através do PROEDI.

Do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos vias públicas, ou privados sem a concessão ou autorização do proprietário se constitui como crime de acordo com as leis brasileiras nos termos do art.65,da lei 9.605/98 com pena de 3 meses a um ano e multa, como o acontecido no nosso Forte e que foi um ato cometido por dois rapazes da cidade de Petrópolis apelidados de ZERO e RAME, os quais estiveram na cidade no carnaval e praticaram o vandalismo.

Esperando ter esclarecido os fatos, convidamos toda a população da cidade para visitar a exposição Cabo Frio em 400 Cores Art Indoor, que esta acontecendo no CAV - Centro de Artes Visuais, encerrando dia 27 de março.
O espaço funciona de terça a domingo das 17:00 as 22;00.

Nelson Feitosa
Tesoureiro do projeto, membro do grupo TÁ NA RUA e um dos organizadores do evento Cabo Frio em 400 Cores.

Projeto Domingo com Arte, grupo TÁ NA RUA GRAFFITI