A associação de
grafiteiros Domingo Com Arte divulgou uma nota de repúdio as
pichações que ocorreram no Forte São Mateus, na ocasião do evento
Cabo Frio 400 Cores.
A nota faz questão
de diferenciar a arte de rua – o grafite – do vandalismo, punível
por lei e que, segundo afirmam, teria sido praticado por dois
elementos vindos da cidade de Petrópolis (RJ) conhecidos como Zero e
Rame.
Nelson Feitosa, um
dos organizadores do evento, sentiu a necessidade de divulgar a nota
não apenas pelo ato de vandalismo em si mas, igualmente, por ter
percebido nas redes sociais que muitas pessoas estariam associando o
crime praticado ao tipo de arte exercida pelo grupo:
- A pichação não
passa de poluição visual e vandalismo, caracterizado pelo ato de
escrever em muros, edifícios, monumentos vias públicas, ou privados
sem a concessão ou autorização do proprietário se constitui
como crime, disse ele. E completou:
- O grafite é
desempenhado com qualidade artística, em grandes painéis bem
produzidos .como os do muro do complexo Aracy machado, onde foi feito
um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros quadrados
projeto realizado através do PROEDI. E sempre feitos com a permissão
do proprietário, afirmou Nélson.
Segue abaixo a nota
divulgada pela associação:
Nota de
esclarecimento e repúdio -
A associação
Domingo com Arte, com sua fundação em 2002, juntamente com o grupo
TÁ NA RUA GRAFFITI da cidade de cabo frio e demais artistas da
cidade, lança uma nota de repúdio ao acontecimento da pichação
que aconteceu no forte São Matheus, um monumento turístico e
histórico da cidade de Cabo Frio.
Afirmando que o ato
não foi feito por nenhum artista envolvido com o evento Cabo Frio em
400 Cores onde, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro foi realizado o
primeiro Encontro Nacional de Graffiti da cidade de Cabo Frio.
Este evento contou
com mais de 65 dos melhores artistas de 7 estados e conhecidos
nacionalmente e internacionalmente, mas está sendo discutido em rede
sociais que os envolvidos teriam praticado o ato pelo fato de terem
ligação com o evento.
O grafite está
ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para
esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão
que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja,
o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi
introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os
brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então
começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do
grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas
giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite
é desempenhado com qualidade artística, grandes painéis bem
produzidos como os realizados no muro do complexo Aracy machado, onde
foi feito um grande painel ao ar livre com cerca de 900 metros
quadrados – um projeto obtido através do PROEDI.
Do outro não passa
de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é
caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos
vias públicas, ou privados sem a concessão ou autorização do
proprietário se constitui como crime de acordo com as leis
brasileiras nos termos do art.65,da lei 9.605/98 com pena de 3 meses
a um ano e multa, como o acontecido no nosso Forte e que foi um ato
cometido por dois rapazes da cidade de Petrópolis apelidados de ZERO
e RAME, os quais estiveram na cidade no carnaval e praticaram o
vandalismo.
Esperando ter
esclarecido os fatos, convidamos toda a população da cidade para
visitar a exposição Cabo Frio em 400 Cores Art Indoor, que esta
acontecendo no CAV - Centro de Artes Visuais, encerrando dia 27 de
março.
O espaço funciona
de terça a domingo das 17:00 as 22;00.
Nelson Feitosa
Tesoureiro do
projeto, membro do grupo TÁ NA RUA e um dos organizadores do evento
Cabo Frio em 400 Cores.
Projeto Domingo com
Arte, grupo TÁ NA RUA GRAFFITI