sábado, 13 de fevereiro de 2016

NUNCA SE ESCREVEU TANTA BESTEIRA


Por vezes julgamos um surto como terminado, mas pelos mistérios que só a psiquiatria conhece, o que pensávamos ser o fim era apenas uma pausa para novo acesso.
Não é nosso desejo entrar em nova polêmica, nova briga, novo desentendimento. Mas é impossível deixar passar impune um dos maiores arreganhos ditatoriais de um representante da (já ditatorial de berço e criação) esquerda cabofriense, clamando pela interferência do Conselho Tutelar sobre os escritos do jovem Davi Matos.
Nem vou comentar os excessos protecionistas da lei – citados pelo autor da reclamação – pois concordo. Apenas lembro que este protecionismo vitimista é obra da própria esquerda, que pune quem dá uma palmada em um jovem mas finge que não vê aqueles que o incentivam a mudar de sexo aos 6, 7 ou 8 anos ou – pior – tratam como coitadinho um assassino apenas por ter 17 anos e 11 meses.
Ora, o jovem em questão tem como único pecado – aos olhos censores de nosso esquerdista – escrever contrariando seus pontos de vista. Sim, pois desfilasse o garoto uma cartilha marxista em seus escritos e ele seria o primeiro a incensá-lo com o triste adjetivo de “prodígio”.
A que ponto de absurdo chegamos, onde um professor pretende que um adolescente tenha seu direito de escrever censurado, unicamente por divergir politicamente! ESTA É A ESQUERDA BRASILEIRA!
O menino exibe, em seus escritos, certa falta de maturidade própria de sua idade – mas é infinitamente superior ao seu pretenso censor, quatro vezes mais velho, neste quesito.
Em um país onde a garotada nada lê além de mensagens em código do WhatsApp ou outros neologismos dos games, é grata a satisfação de encontrar um jovem que não apenas escreve bem – com inicio, meio e fim – e sem apocalipses gramaticais, como sofremos ver todos os dias até em grandes jornais – mas também exibe coerência e segurança.
Eu próprio me vejo nele, em meus longínquos 13 anos, quando mimeografava um ridículo pasquim na escola – extinto em seu décimo número pelo dono do colégio – um almirante, e pai do nosso Carlos Eduardo Novaes.
Se com aquela mão de obra que um mimeógrafo dava eu segui em frente, quanto mais hoje em dia, que basta ter uma internet!
Podemos achar o apelido de “Prodígio” como exagerado e pretensioso, mas vá lá.
Podemos desejar que o garoto também se ocupe de outras coisas próprias de sua idade e não se embrenhe, tão precocemente, na imundície do jornalismo político ou da própria politica.
Podemos até não concordar com suas opiniões.
Mas enquanto eu tiver dois míseros dedos para batucar neste teclado, vou defender até a morte o direito do menino a postar seu blog – e nenhum troglodita leninista vai tirar isso dele.
O ridículo, em Cabo Frio, parece não ter mais limites.
Walter Biancardine