Um garoto de 13 anos
resolveu agir contra o excesso de protestos do SEPE Lagos e, por
esforço próprio organizou o mesmo, acreditando que tudo correria
bem.
Ciente que os
professores são uma classe honrada, que não compactuam com as
manobras politicas de um sindicato-palanque, apostou que haveriam
adesões e muitos encontrariam em seu ato a chance de externar suas
opiniões.
Faltou experiência,
faltou vivência, faltou “maldade”, e o protesto deu errado.
Ninguém gosta de
sofrer um revés e o mesmo, por sí só, já seria uma consequência
bastante pesada para o menino carregar, afinal até mesmo gozações
por parte de colegas de escola ele poderia temer.
A nota triste é que
nenhum colega sequer pensou nisso.
Mas o SEPE sim.
A direção do
sindicato – e mais o batalhão de guerrilheiros virtuais, que
repete a cartilha dos MAV's terroristas das redes sociais em
patrulhas ideológicas – é composta, também, de professores,
imagino.
E estes
“professores” não perdoaram a iniciativa do jovem Davi.
Uma enxurrada de
xingamentos, deboches, palavrões, calúnias – um verdadeiro
“ciberbullying” - invadiu a matéria do Opinião postada ontem,
sobre o movimento que deu errado.
“Professores”
que xingaram o jovem; “professores” que debocharam de sua
iniciativa, “professores” que desqualificaram seu direito a ter
uma opinião, “professores” que atacaram não só um menino de 13
anos mas também sua família.
Pior: “professores”
cheios de diplomas, inflados em suas arrogâncias intelectuais – já
os chamei de “úteros sem ovários, apenas acumulam esperma sem
nenhuma vida darem à luz”, ou seja, conhecimento sem frutos – e
que mantém blogs, frequentam programas de rádio e TV, igualmente e
sem a menor vergonha tentaram castrar o menino, debochando, rindo,
desqualificando – matando-o espiritualmente, se possível fosse.
Tal comportamento
delinquente, patológico, é um preocupante indício do caráter
daqueles a quem o menino se atreveu a enfrentar.
Os verdadeiros
educadores, os mestres reais e vocacionados, certamente não
concordaram em sua totalidade com o menino – afinal, estamos
tratando do recebimento de salários, do ganha pão – mas
compreenderam que é dever daqueles que se propõem a formar uma
pessoa permitir que tentem voar, e até incentivar a iniciativa. Os
que não concordaram foram dignos, e mantiveram-se quietos.
Mas a direção do
SEPE, não.
E tamanha foi a
crueldade, a ânsia de linchamento moral de um garoto cuja única
culpa é admirar um desafeto político do sindicato, que seus
excessos acabaram por transformar o erro do menino em uma
impressionante vitória da verdade sobre as ambições ocultas.
Em outubro, estes
mesmos linchadores de crianças estarão pedindo seu voto, prometendo
educar seus filhos e cuidá-los.
As aulas recomeçam.
Você, pai e mãe, confiarão neles?
Walter Biancardine