terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O TEMPO ARRANCA AS MÁSCARAS


Um garoto de 13 anos resolveu agir contra o excesso de protestos do SEPE Lagos e, por esforço próprio organizou o mesmo, acreditando que tudo correria bem.

Ciente que os professores são uma classe honrada, que não compactuam com as manobras politicas de um sindicato-palanque, apostou que haveriam adesões e muitos encontrariam em seu ato a chance de externar suas opiniões.

Faltou experiência, faltou vivência, faltou “maldade”, e o protesto deu errado.

Ninguém gosta de sofrer um revés e o mesmo, por sí só, já seria uma consequência bastante pesada para o menino carregar, afinal até mesmo gozações por parte de colegas de escola ele poderia temer.
A nota triste é que nenhum colega sequer pensou nisso.

Mas o SEPE sim.

A direção do sindicato – e mais o batalhão de guerrilheiros virtuais, que repete a cartilha dos MAV's terroristas das redes sociais em patrulhas ideológicas – é composta, também, de professores, imagino.
E estes “professores” não perdoaram a iniciativa do jovem Davi.

Uma enxurrada de xingamentos, deboches, palavrões, calúnias – um verdadeiro “ciberbullying” - invadiu a matéria do Opinião postada ontem, sobre o movimento que deu errado.

“Professores” que xingaram o jovem; “professores” que debocharam de sua iniciativa, “professores” que desqualificaram seu direito a ter uma opinião, “professores” que atacaram não só um menino de 13 anos mas também sua família.

Pior: “professores” cheios de diplomas, inflados em suas arrogâncias intelectuais – já os chamei de “úteros sem ovários, apenas acumulam esperma sem nenhuma vida darem à luz”, ou seja, conhecimento sem frutos – e que mantém blogs, frequentam programas de rádio e TV, igualmente e sem a menor vergonha tentaram castrar o menino, debochando, rindo, desqualificando – matando-o espiritualmente, se possível fosse.

Tal comportamento delinquente, patológico, é um preocupante indício do caráter daqueles a quem o menino se atreveu a enfrentar.

Os verdadeiros educadores, os mestres reais e vocacionados, certamente não concordaram em sua totalidade com o menino – afinal, estamos tratando do recebimento de salários, do ganha pão – mas compreenderam que é dever daqueles que se propõem a formar uma pessoa permitir que tentem voar, e até incentivar a iniciativa. Os que não concordaram foram dignos, e mantiveram-se quietos.

Mas a direção do SEPE, não.

E tamanha foi a crueldade, a ânsia de linchamento moral de um garoto cuja única culpa é admirar um desafeto político do sindicato, que seus excessos acabaram por transformar o erro do menino em uma impressionante vitória da verdade sobre as ambições ocultas.

Em outubro, estes mesmos linchadores de crianças estarão pedindo seu voto, prometendo educar seus filhos e cuidá-los.

As aulas recomeçam. Você, pai e mãe, confiarão neles?


Walter Biancardine