quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

EDITORIAL - CRIANÇAS PROVINCIANAS



Câmara de Búzios pede o afastamento do Dr. André do Cargo.
Um fedelho em Cabo Frio protocola um requerimento querendo destituir Alair do poder.
Um sindicato faz greves sem fim, acreditando que o mundo parou para assisti-lo.
Requerimentos, protocolos, processos, greves, passeatas…em Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia...e por aí vai.
Qual dos casos acima é justo? Qual é mero oportunismo?

A classe politica e os aspirantes á ela na Região dos Lagos estão se assemelhando, nos últimos tempos, a bebês que descobriram seu poder de destruir empurrando um copo de cima da mesa: encantados, repetem, repetem, abusam do direito e o prostituem, transformando armas legítimas da democracia em um achincalhe – uma alavanca de suas vaidades e ambições pessoais.

Vivemos hoje em um momento que mal podemos distinguir o que é uma iniciativa cabível, embasada, daquilo que surge na mídia – sempre escandalosa – como mera fanfarronice eleitoral.

O desgaste provocado por este tipo de espetáculo tosco – na verdade, uma farsa, pois não se busca solucionar o problema e sim “aparecer bem na foto”, como defensor dos oprimidos – apenas gera o descrédito que hoje as instituições brasileiras sofrem.

Aos olhos do povo, um mar de impunidade corre solto quando, na verdade, muitas coisas não seriam realmente puníveis e sim lá arroladas apenas pelo desejo de aparecer, por parte de seus promotores.

Enquanto isso crimes verdadeiros são varridos para baixo do tapete, pois a atenção pública foi desviada para factóides com evidente finalidade de auto promoção.

Está na hora de abandonar o provincianismo.
Está na hora de crescer.


Walter Biancardine