Aos ignorantes da
filosofia, aos pretensos “poços de saber”, aos carcomidos e
pseudo-cultos “anciãos” que levam sua arrogância ao ponto de
pretender descer á filigranas em uma disputa de massas só pela
vaidade de dizerem-se livres pensadores: o Direito é embasado pela
Filosofia em seu espírito, entretanto dela se desvia em meio ao
incontável detalhamento legal e mesmo presta-se á aparência de
indiferente, pois só age quando provocado.
A greve do SEPE só
é “legal” porque ninguém ainda questionou esta “legalidade”.
Todo um
funcionalismo público, mesmo á contragosto, compreende a
impossibilidade da Prefeitura em pagar seus proventos na data devida
e os recebe com o necessário atraso. Somente o SEPE – inflado pelo
clima de palanque eleitoral – finge não entender e estende uma
greve que só os favorece, fornecendo-lhes holofotes e proporcionando
a união de líderes que se odeiam.
A bem da verdade, a
Lei faculta o direito á greve, mas igualmente nos permite denunciar
o abuso.
Quando um personagem
resolve colocar-se – por vaidade – acima das paixões e arrotar
uma desagregante “independência” de pensamento, nada mais faz do
que dar vazão ao egoísmo de seu exibicionismo e seguir coerente com
seu espírito desagregador, alcoviteiro e golpista – mesmo espírito
que, um dia, insurgiu-se em motim contra o prefeito Alair Corrêa e
pretendeu remover, via intrigas, o então secretário de Cultura José
Facury de seu cargo – ali colocado por escolha e gosto de Alair.
Resta saber quais as verdadeiras intenções deste personagem no caso
em pauta: pura vaidade ou tenta desunir uma reação de pais duramente conquistada?
Quando um sindicato
resolve colocar-se – por sobrevivência eleitoral e orgânica –
acima das leis e arrotar uma pretensa força de pairar acima das
leis, nada mais faz do que declarar abertamente seu desacato ás
normas de convivência da sociedade – que, em última análise, são
a base e fundamento do respeito ao qual todos temos direito. E todos
sabemos quais as verdadeiras intenções deste sindicato, no caso em
pauta.
Aos arrogantes
vaidosos que recorrem á um anarquismo de museu para tentar
elevarem-se ao “livre pensamento” - sem estofo cultural nem
potência de pensamento para tal – recomendamos que reconheça, se
não sua prepotente vaidade ao menos sua ignorância, e que busque a
leitura de Gustave Le Bon – “A Psicologia das Massas”.
Aos criminosos
amorais dirigentes de um sindicato já morto, recomendamos que escolham entre
acatar o bom senso – que seja ao menos para angariarem algum
respeito – ou que arquem com as consequências de um fatal
enfrentamento das leis que, temperadas pelo espírito de Justiça
reclamado por milhares de pais, não deixará pedra sobre pedra em
seu frágil e condenado edifício moral.
Walter Biancardine