domingo, 6 de março de 2016

EDITORIAL – NEM TUDO QUE É LEGAL É MORAL


Aos ignorantes da filosofia, aos pretensos “poços de saber”, aos carcomidos e pseudo-cultos “anciãos” que levam sua arrogância ao ponto de pretender descer á filigranas em uma disputa de massas só pela vaidade de dizerem-se livres pensadores: o Direito é embasado pela Filosofia em seu espírito, entretanto dela se desvia em meio ao incontável detalhamento legal e mesmo presta-se á aparência de indiferente, pois só age quando provocado.

A greve do SEPE só é “legal” porque ninguém ainda questionou esta “legalidade”.

Todo um funcionalismo público, mesmo á contragosto, compreende a impossibilidade da Prefeitura em pagar seus proventos na data devida e os recebe com o necessário atraso. Somente o SEPE – inflado pelo clima de palanque eleitoral – finge não entender e estende uma greve que só os favorece, fornecendo-lhes holofotes e proporcionando a união de líderes que se odeiam.

A bem da verdade, a Lei faculta o direito á greve, mas igualmente nos permite denunciar o abuso.

Quando um personagem resolve colocar-se – por vaidade – acima das paixões e arrotar uma desagregante “independência” de pensamento, nada mais faz do que dar vazão ao egoísmo de seu exibicionismo e seguir coerente com seu espírito desagregador, alcoviteiro e golpista – mesmo espírito que, um dia, insurgiu-se em motim contra o prefeito Alair Corrêa e pretendeu remover, via intrigas, o então secretário de Cultura José Facury de seu cargo – ali colocado por escolha e gosto de Alair. Resta saber quais as verdadeiras intenções deste personagem no caso em pauta: pura vaidade ou tenta desunir uma reação de pais duramente conquistada?

Quando um sindicato resolve colocar-se – por sobrevivência eleitoral e orgânica – acima das leis e arrotar uma pretensa força de pairar acima das leis, nada mais faz do que declarar abertamente seu desacato ás normas de convivência da sociedade – que, em última análise, são a base e fundamento do respeito ao qual todos temos direito. E todos sabemos quais as verdadeiras intenções deste sindicato, no caso em pauta.

Aos arrogantes vaidosos que recorrem á um anarquismo de museu para tentar elevarem-se ao “livre pensamento” - sem estofo cultural nem potência de pensamento para tal – recomendamos que reconheça, se não sua prepotente vaidade ao menos sua ignorância, e que busque a leitura de Gustave Le Bon – “A Psicologia das Massas”.

Aos criminosos amorais dirigentes de um sindicato já morto, recomendamos que escolham entre acatar o bom senso – que seja ao menos para angariarem algum respeito – ou que arquem com as consequências de um fatal enfrentamento das leis que, temperadas pelo espírito de Justiça reclamado por milhares de pais, não deixará pedra sobre pedra em seu frágil e condenado edifício moral.


Walter Biancardine