Luto.
Luto absoluto.
Não há outro
sentimento que acometa o brasileiro de bem diante da traição servil
de um homem, um senhor que certamente terá filhos e netos, mas
envergonhados de sua ascendência venal.
Ao cometer a
barbárie de devolver o processo contra o criminoso Luis Inácio ao
STF, tirando-o das mãos de Sérgio Moro, Teori Zawascki cria o
inédito precedente de conceder foro privilegiado a um cidadão
comum, bem como confessa de público e inteiro teor as conversas
gravadas entre o vulgar ex presidente e um de seus acólitos.
Pior: não apenas
prestando-se ao papel de office-boy de um analfabeto criminoso, vai
além e ainda determina que o homem credor da admiração de toda uma
nação explique-se, por haver suspendido o sigilo das gravações.
Ou seja, não apenas rouba, como mata.
Muitos não entendem
as razões do país estar tomado por uma onda de radicalismo, mas
poucos terão a coragem de admitir que apoiar extremismos é a saída
desesperada dos que não suportam mais a lentidão sádica do
conta-gotas institucional, que pinga pequenas vitórias e derrama
derrotas na cara do brasileiro, diariamente.
A nação não mais
pode suportar tal estado de coisas: ameaçada por bandidos
travestidos de movimentos sociais – os Cangaceiros de Guilherme
Boulos – acuados por juízes covardes e venais, exasperados por
parlamentares em leilão e espreitados por ditadores vizinhos, em sua
ânsia invasora.
O povo deve ir para
as ruas gritar, protestar e de lá não arredar o pé até que haja
um sinal de recuo. Que aconteça a desobediência civil. Que ninguém
trabalhe, para ir protestar. Que nenhum imposto mais seja pago, até
que os cofres ignóbeis desmaiem por inanição.
Contar com a
intervenção das Forças Armadas diante de tal estado de caos não é
mais um extremismo, é uma tábua de salvação, é instinto de
sobrevivência.
E que o bom Deus
permita que seus chefes não estejam, também, nos bolsos petistas.
Walter Biancardine