Lula começa seu
terceiro mandato e Jaques Wagner se encolhe na chefia de gabinete -
A presidente Dilma
Rousseff decidiu agora há pouco, depois de muitas horas de reunião,
que o ex-presidente Lula vai ocupar a Casa Civil do governo, no lugar
de Jaques Wagner, que vai para a chefia de gabinete.
Está em discussão
uma reforma mais ampla do primeiro escalão do governo. Dilma deve
mexer em outras peças do Ministério, bem como na área da economia.
Lula exigiu uma guinada nos rumos das políticas econômica e
monetária, torrando as reservas internacionais para abatimento de
dívidas e uma pressão pela redução da taxa de juros, estimulando
um consumo artificial e criando um populismo fiscal.
O governo se esforça
para convencer a população que a ida de Lula para o Palácio do
Planalto seria para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Já
a oposição afirma que o oferecimento de um ministério para Lula é
para blindá-lo no campo da Justiça. A consequência prática é que
Lula se livra da mira do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, já
que passaria a ter como foro o Supremo Tribunal Federal.
OPINIÃO – AGORA,
SÓ NA BALA
De maneira
caprichosamente desavergonhada, a esquerda petralha fez item por item
de tudo o que acusavam os “coxinhas” de pretender realizar:
respondiam aos protestos contra Dilma alegando que “perdedores
queriam o terceiro turno”, mas na prática temos agora o terceiro
mandato de um caudilho, com o único objetivo de fechar de vez as
portas da liberdade no Brasil.
Acusavam a direita
de golpismo, mas outro nome não existe para uma excrescência
chamada Lula ser, agora, o novo e virtual presidente – um golpe
claro contra as instituições, corroborado pela sabujice em último
grau de Renan Calheiros, que pretende oficializar o crime instituindo
o parlamentarismo transex, por ele engendrado, e que brindaria o
cleptocrata nove dedos com o título oficial de Primeiro Ministro –
ou seja, o golpe dentro do golpe, o AI-5 vermelho.
Praticaram um
evidente e debochado estelionato eleitoral por duas vezes: a
primeira, quando Dilma reeleita fez tudo o que acusou a direita de
pretender fazer, uma vez no governo. Agora, o último e mais grave
estelionato: vota-se em Dilma, leva-se um Lula – querendo ou não.
Acusavam a direita
de não ouvir a voz das ruas: pois para as entupidas orelhas
petistas, 6.500.000 brasileiros gritando “fora Dilma, fora Lula”
- a maior manifestação da história do país e, segundo aponta-se,
do mundo – nada significa, é apenas um murmúrio que os libera
para empurrar-nos, goela abaixo, o maior criminoso já surgido em
nossa história pátria.
Igualmente taxavam
opositores de praticarem um “discurso de ódio”, mas outra coisa
não fez o vigarista nove dedos ao conclamar a militância á uma
revanche, ao convocar o “exército do Stédile” e ao posar agora,
claramente, como o vingador vermelho.
Não se iludam: a
partir de agora a grande mídia – já quase totalmente sufocada –
se afogará em dinheiro de anúncios estatais e em leis casuísticas
que amordaçarão a liberdade de imprensa, conforme preconizado no
infame PNDH III e pelo Foro de São Paulo.
Opositores serão
perseguidos – veladamente como hoje ou às claras, se assim
entender nosso ditador – empresas de comunicação serão
retalhadas a custa de dinheiro e pressões politicas, bem como
governadores e prefeitos terão de dobrar seus joelhos ao fuhrer de
botequim, para conseguir nada mais que seus direitos.
E em 2018, ele virá
de novo. E continuará vindo, enquanto quiser, por obra e graça da
apatia de políticos venais e militares covardes, que – à despeito
de 6 milhões de brasileiros desesperados – aceitarão calados
qualquer coisa que não prejudique seus confortos e privilégios
individuais.
O ex-presidente João
Figueiredo estava certo: esta gente só sairá do poder à custa de
muito sangue do povo brasileiro, à poder de balas e força bruta.
A era de fazer
política acabou, agora é na bala.
Walter Biancardine