O país inteiro se
fartou das roubalheiras do Governo Federal e de seus expedientes
baixos para se livrar da cadeia.
Do mesmo modo, é
impossível continuar a ouvir os gritos de “golpista”, “fascista”
e a falta de modos de todos os que defendem o indefensável, berrando
por cima da fala dos outros e os impedindo de dizer qualquer coisa.
O parágrafo acima
pode ser lido como notícias vindas dos protestos de Brasília ou de
bem perto, de nosso quintal: Cabo Frio, pois os métodos, táticas e
golpes baixos são os mesmos – a facção é uma só, unida e
disposta ao tumulto e baderna, lá ou aqui.
O Opinião já
desmascarou a farsa, já expôs de maneira clara que as orientações
da baderna vem de cima e em tudo são iguais: terror e bullying nas
redes sociais, intimidações aos que pensam contrariamente às suas
reivindicações, ocupação constante de espaços públicos (muito
antes dos justos protestos contra a quadrilha vermelha), difamação,
calúnia, assassinato de reputações e infiltração na máquina
pública com o único fim de sabotá-la. Tudo isso se passa com os
que ousam desafiar a quadrilha petista e com os que combatem o
terrorismo eleitoral da oposição cabofriense.
Marquinho Mendes
-
E nem poderia ser
diferente: já há tempos o deputado Federal Marcos Mendes uniu seu
nome, de maneira irremediável, ao de Dilma Roussef ao aliar-se à
Sérgio Cabral. Usou o nome da presidente em cartazes eleitorais,
declarou sua concordância e sintonia com o petismo e foi em frente.
Seguia confortável,
confiante que a gigantesca máquina partidária do PMDB o ajudaria
nas próximas eleições – até que, esta semana, o partido decidiu
desembarcar do Governo Dilma e deixou o Senhor Sorriso a pé.
Janio Mendes -
Em pior situação
ficou o deputado Estadual Janio Mendes, pois além da subserviência
explícita ao pupilo de Cabral – o atual governador Pezão –
Janio construiu uma carreira em cima de argumentos derivados de um
esquerdismo populista que, hoje, se revela ao Brasil como uma mera
alavanca de quadrilheiros vulgares. Não estamos a julgar a
honestidade do deputado e sim explicitando que todo o discurso
político de uma vida foi, definitivamente, por água abaixo.
Para piorar, em que
pese Marquinho também ter apoiado as badernas do SEPE por
convenientes que foram, o fantasma janista no mais espúrio dos
sindicatos aparece com nitidez inegável: seja por relações de
parentesco e partidárias com um conhecido agitador sindical, seja
pelo empréstimo ostensivo de seu endosso às badernas, o deputado
agora se vê às voltas com a esquisitíssima marcha – à – ré
política que deu, passando a atacar um governador que, até
recentemente, obedecia de modo cego.
O que restou do
SEPE -
Esquisitíssima, mas
não inexplicável: Pezão e Cabral são nomes indissociáveis ao
lulopetismo que agora agoniza em Brasília, e a guinada é mera
sobrevivência política. Restou-lhe o SEPE, de alcance local apenas,
implorando repercussão na mídia ao obedecer Janio e igualmente
atacar Pezão no Rio; um grupo sindical esquecido, desmascarado,
desmoralizado mas que ainda pode render-lhe alguns parcos votos –
isso se as manifestações em Brasília acalmarem, caso contrário o
palanque eleitoral do sindicato continuará às moscas.
Alair Corrêa -
Ao largo de tudo
isso navega Alair Corrêa, lutando para honrar os compromissos
financeiros e trabalhistas da Prefeitura e trabalhando em silêncio –
como é típico daqueles que querem resolver um problema, e não
aparecer graças à ele.
Após um ano sem
poder fazer qualquer obra, limitando-se à pagar folha de pessoal e
manter os programas sociais, a última terça feira (15) foi
significativa para Alair: foram retomadas as obras do Cantinho do Céu
– Monte Alegre.
Além das ruas do
bairro, está sendo aberto um novo acesso ao Jardim Esperança, uma
grande avenida que irá do prédio do frigorífico Boi Bom até o
Hospital do Jardim Esperança. Atravessará todo o bairro Monte
Alegre com pista asfáltica e um cordão de manilhas coletando as
águas de chuva que se misturam com esgoto.
Segundo Alair
explicou em seu blog, “a grande obra havia sido prometida no ano
passado mas, infelizmente, a crise financeira que tomou conta do
Estado e do Município nos impediu de realizá-la naquele momento”,
escreveu ele.
Alair em
Brasília, mas não é para protestar -
A última quarta
feira (16) foi um dia repleto de reuniões, com o objetivo de
conseguir recursos para Cabo Frio. As atividades de Alair na capital
Federal se intensificaram quando a Prefeitura recebeu a parcela
especial dos royalties do petróleo de fevereiro, pelo valor
irrisório.
Segundo Alair, “foi
o dia que mais me preocupou desde o início do meu governo”, disse.
Em outra postagem
nas redes sociais, o prefeito escreveu: “Todos se lembram que
afirmei em campanha que iria construir uma nova cidade. Eu afirmava
isso porque tinha sido prefeito em uma época onde não existiam as
parcelas trimestrais de royalties, e mesmo assim fiz muitas obras -
mas governando com mais 160 milhões todo mês, como teve o o governo
passado, construirei uma nova cidade”, publicou.
Mas a crise guardava
uma surpresa amarga para Alair: a parcela trimestral de R$ 40 Milhões
caiu, de um mês para o outro, para apenas R$ 1 milhão de reais e
fez a cidade perder R$39 milhões do dia para a noite.
A semana de Alair em
Brasilia tem sido uma peregrinação entre reuniões, comissões e
gabinetes, se reunindo no Ministério da Fazenda, na Diretoria de
Governo do Banco do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, ou com a
diretoria da Comissão de Valores Mobiliários, mostrando a situação
da cidade e cobrando as perdas havidas por culpa do mercado
financeiro e da Petrobrás.
Segundo o prefeito,
“não acreditamos que recuperaremos integralmente os mais de R$ 500
milhões que Cabo Frio perdeu com o problema da Petrobrás. No
entanto, achamos possível que recebamos uma parte desse montante. Na
verdade não precisamos que devolvam tudo o que perdemos, mas sim
recursos suficientes para colocarmos a folha dos nossos funcionários
em dia, regularizarmos a situação do Ibascaf, pagarmos os
prestadores de serviço, os fornecedores, poder colocar a Saúde em
condições de atender melhor o contribuinte e manter os programas
sociais", disse ele, e completou: “nos últimos dias avançamos em
nosso objetivo e só descansaremos quando recuperarmos o que perdemos
e os recursos retornarem aos cofres da prefeitura”, finalizou.
Walter
Biancardine