quinta-feira, 17 de março de 2016

ENQUANTO O PAÍS PEGA FOGO, ALAIR TRABALHA – Protestos acabaram com os holofotes da paralisação do SEPE – Janio e Marquinho em situação difícil por defenderem Dilma -


O país inteiro se fartou das roubalheiras do Governo Federal e de seus expedientes baixos para se livrar da cadeia.

Do mesmo modo, é impossível continuar a ouvir os gritos de “golpista”, “fascista” e a falta de modos de todos os que defendem o indefensável, berrando por cima da fala dos outros e os impedindo de dizer qualquer coisa.

O parágrafo acima pode ser lido como notícias vindas dos protestos de Brasília ou de bem perto, de nosso quintal: Cabo Frio, pois os métodos, táticas e golpes baixos são os mesmos – a facção é uma só, unida e disposta ao tumulto e baderna, lá ou aqui.

O Opinião já desmascarou a farsa, já expôs de maneira clara que as orientações da baderna vem de cima e em tudo são iguais: terror e bullying nas redes sociais, intimidações aos que pensam contrariamente às suas reivindicações, ocupação constante de espaços públicos (muito antes dos justos protestos contra a quadrilha vermelha), difamação, calúnia, assassinato de reputações e infiltração na máquina pública com o único fim de sabotá-la. Tudo isso se passa com os que ousam desafiar a quadrilha petista e com os que combatem o terrorismo eleitoral da oposição cabofriense.

Marquinho Mendes -
E nem poderia ser diferente: já há tempos o deputado Federal Marcos Mendes uniu seu nome, de maneira irremediável, ao de Dilma Roussef ao aliar-se à Sérgio Cabral. Usou o nome da presidente em cartazes eleitorais, declarou sua concordância e sintonia com o petismo e foi em frente.

Seguia confortável, confiante que a gigantesca máquina partidária do PMDB o ajudaria nas próximas eleições – até que, esta semana, o partido decidiu desembarcar do Governo Dilma e deixou o Senhor Sorriso a pé.

Janio Mendes -
Em pior situação ficou o deputado Estadual Janio Mendes, pois além da subserviência explícita ao pupilo de Cabral – o atual governador Pezão – Janio construiu uma carreira em cima de argumentos derivados de um esquerdismo populista que, hoje, se revela ao Brasil como uma mera alavanca de quadrilheiros vulgares. Não estamos a julgar a honestidade do deputado e sim explicitando que todo o discurso político de uma vida foi, definitivamente, por água abaixo.

Para piorar, em que pese Marquinho também ter apoiado as badernas do SEPE por convenientes que foram, o fantasma janista no mais espúrio dos sindicatos aparece com nitidez inegável: seja por relações de parentesco e partidárias com um conhecido agitador sindical, seja pelo empréstimo ostensivo de seu endosso às badernas, o deputado agora se vê às voltas com a esquisitíssima marcha – à – ré política que deu, passando a atacar um governador que, até recentemente, obedecia de modo cego.

O que restou do SEPE -
Esquisitíssima, mas não inexplicável: Pezão e Cabral são nomes indissociáveis ao lulopetismo que agora agoniza em Brasília, e a guinada é mera sobrevivência política. Restou-lhe o SEPE, de alcance local apenas, implorando repercussão na mídia ao obedecer Janio e igualmente atacar Pezão no Rio; um grupo sindical esquecido, desmascarado, desmoralizado mas que ainda pode render-lhe alguns parcos votos – isso se as manifestações em Brasília acalmarem, caso contrário o palanque eleitoral do sindicato continuará às moscas.

Alair Corrêa -
Ao largo de tudo isso navega Alair Corrêa, lutando para honrar os compromissos financeiros e trabalhistas da Prefeitura e trabalhando em silêncio – como é típico daqueles que querem resolver um problema, e não aparecer graças à ele.

Após um ano sem poder fazer qualquer obra, limitando-se à pagar folha de pessoal e manter os programas sociais, a última terça feira (15) foi significativa para Alair: foram retomadas as obras do Cantinho do Céu – Monte Alegre.

Além das ruas do bairro, está sendo aberto um novo acesso ao Jardim Esperança, uma grande avenida que irá do prédio do frigorífico Boi Bom até o Hospital do Jardim Esperança. Atravessará todo o bairro Monte Alegre com pista asfáltica e um cordão de manilhas coletando as águas de chuva que se misturam com esgoto.

Segundo Alair explicou em seu blog, “a grande obra havia sido prometida no ano passado mas, infelizmente, a crise financeira que tomou conta do Estado e do Município nos impediu de realizá-la naquele momento”, escreveu ele.

Alair em Brasília, mas não é para protestar -
A última quarta feira (16) foi um dia repleto de reuniões, com o objetivo de conseguir recursos para Cabo Frio. As atividades de Alair na capital Federal se intensificaram quando a Prefeitura recebeu a parcela especial dos royalties do petróleo de fevereiro, pelo valor irrisório.

Segundo Alair, “foi o dia que mais me preocupou desde o início do meu governo”, disse.

Em outra postagem nas redes sociais, o prefeito escreveu: “Todos se lembram que afirmei em campanha que iria construir uma nova cidade. Eu afirmava isso porque tinha sido prefeito em uma época onde não existiam as parcelas trimestrais de royalties, e mesmo assim fiz muitas obras - mas governando com mais 160 milhões todo mês, como teve o o governo passado, construirei uma nova cidade”, publicou.

Mas a crise guardava uma surpresa amarga para Alair: a parcela trimestral de R$ 40 Milhões caiu, de um mês para o outro, para apenas R$ 1 milhão de reais e fez a cidade perder R$39 milhões do dia para a noite.

A semana de Alair em Brasilia tem sido uma peregrinação entre reuniões, comissões e gabinetes, se reunindo no Ministério da Fazenda, na Diretoria de Governo do Banco do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, ou com a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários, mostrando a situação da cidade e cobrando as perdas havidas por culpa do mercado financeiro e da Petrobrás.

Segundo o prefeito, “não acreditamos que recuperaremos integralmente os mais de R$ 500 milhões que Cabo Frio perdeu com o problema da Petrobrás. No entanto, achamos possível que recebamos uma parte desse montante. Na verdade não precisamos que devolvam tudo o que perdemos, mas sim recursos suficientes para colocarmos a folha dos nossos funcionários em dia, regularizarmos a situação do Ibascaf, pagarmos os prestadores de serviço, os fornecedores, poder colocar a Saúde em condições de atender melhor o contribuinte e manter os programas sociais", disse ele, e completou: “nos últimos dias avançamos em nosso objetivo e só descansaremos quando recuperarmos o que perdemos e os recursos retornarem aos cofres da prefeitura”, finalizou.

Walter Biancardine