Não há argumento
possível que faça cessar a ambição desmedida.
Priorizando as
ambições politicas de seus líderes, bem como visando a própria
sobrevivência do sindicato – destruído e dividido pelas brigas
entre as três principais lideranças – o resultado da assembleia do SEPE, acontecida ontem, não poderia ser outro: que se danem alunos, que se danem pais, que
se dane o ano letivo.
E viva o salário,
as vantagens e o poder como vereadores!
Alair estendeu a
mão, abriu por pelo menos duas vezes as portas para negociação,
mas os dirigentes se agarraram á única coisa que eles sabiam que o
prefeito não poderia prometer: o recebimento no quinto dia útil.
Agora, seus garotos
propaganda – Rafael Peçanha, Totonho, Folha dos Lagos e outros –
deitam falação sobre a “intransigência” do governo. Mas o
detalhe interessante, para quem tem um mínimo de sensibilidade, é
perceber nestes escritos a falta de força, de verdade, de entusiasmo
– a consciência pesou, sabem que passaram dos limites há muito e
não foi outra a razão de convocarem os pais para tentar “limpar a
barra”.
A verdade é que o
SEPE se desmoralizou. Se não totalmente como entidade trabalhista,
mas irrecuperável em sua posição de representante legítimo dos
professores – pois mesmos os mestres, por mais que sofram
transtornos, sabem que para tudo há um limite.
Agora nos resta
aguardar a Justiça, que recebeu o pedido de pais de alunos pelo
término imediato do ano letivo de 2015, e assistir a lenta e triste
decomposição da entidade, com seus personagens-dirigentes zumbis.
Walter Biancardine