Aquiles Barreto não esconde que tudo continuará na mesma
Em recente entrevista ao programa Sidnei Marinho na Litoral News, o debutante de prefeito Aquiles Barreto foi claro: “Pertenço á um grupo, que Marquinho construiu, e seguirei os rumos deste grupo”. E disse mais: “Se Marquinho não puder ser candidato, trabalharei para eleger um sucessor apontado pelo grupo”. Leia mais:
Mais claro, impossível. A máquina administrativa continuará nas mãos do prefeito cassado, que não só continuará administrando – a seu modo, óbvio – a cidade como, inclusive, se utilizará de toda a poderosa estrutura pública para reeleger-se ou eleger um indicado – que poderá ser o próprio Aquiles Barreto.
Certamente terá o apoio “docemente constrangido” de diversos grupos, associações e até sindicatos – o dos professores é um exemplo possível, já que nem um pio sequer deram contra o fechamento da Escola Municipal Santos Anjos Custódio, na Praia do Siqueira, que há 30 anos funcionava no local.
Estes grupos não deram sossego ao seu antecessor, Alair Corrêa, que – sem nenhum tostão – tirou leite de pedra para manter toda a estrutura funcionando. Foram passeatas, greves, invasões e até depredações de prédios públicos, com o uso de violência. Manifestantes que lá estavam juraram não terem nenhuma intenção política, mas hoje – coincidência? - são vereadores.
Já Marquinho, em seu breve desastre atual de um ano e quatro meses, fechou sem queixas ou resmungos um hospital e sete escolas – sob o olhar complacente, compreensivo até, destes sindicatos.
E fez isso com os cofres cheios.
Sempre bom relembrar a verdade e o que a lei diz: Marquinho não poderá ser candidato – o TSE já sinalizou que não aceita. Quanto a possíveis sucessores, melhor esquecer pois não existem nomes com peso suficiente para, no quadro atual, bater Dr. Adriano.
Aquiles Barreto ganha – caído no colo, de presente de Natal – a chance de criar uma personalidade política própria, demitindo todo o secretariado e fazendo um breve mas marcante governo, que poderia asfaltar uma brilhante carreira futura.
Aparentemente, entretanto, parece preferir o papel de fantoche de Marquinho Mendes.
Quanto ao que disseram em entrevistas sobre o tema gente como Jânio Mendes, Paulo César, Rafael Peçanha(?) ou outros, até menos cotados ainda no cenário politico cabofriense, melhor esquecer: nenhuma diferença fará, ou influência terá, nestas eleições.
Com Alair mirando a ALERJ, o campo está livre para aventuras.
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