
sábado, 11 de março de 2017
OPINIÃO - Os “Terríveis Tempos da Ditadura Militar"
Nasci e me criei ao feitio normal, tal e qual tantos outros meninos da Zona Sul carioca; nem pobre de marré, nem rico de comprar felicidade.
Mal chegado á este mundo, em dois meses veio a Revolução de 64 e foi sob ela que conheci a vida, entre as ruas úmidas de Copacabana e as férias tórridas em Cabo Frio.
Nestes tempos – verdes anos, diria um poeta – andava-se descalço os três quarteirões que separavam minha casa da praia. Uma rua Santa Clara que mais era um túnel, acobertada pelos pudores de tantas árvores que mal via-se o sol. Natural que nos meio-fios crescessem limo e que, eventualmente pequenos animais dos matos, dos morros pouco habitados, virassem tapetes peludos no asfalto.
Minha casa tinha uma só televisão e nela, poucos canais – 4 ou 5 emissoras, não mais.
Pedíamos ligações interurbanas á telefonista e ficávamos a esperar. Dava pra ir ao bar comprar cigarros e voltar, mesmo que fosse meia noite.
O rush tinha hora e local marcados, uma das poucas pontualidades cariocas. Andávamos de vidros abertos, capotas arriadas ou mesmo sem capacetes. Quem sabe, dependurados em caçambas ou montados em traseiras de buggies – nas horas difíceis, o meio era pendurar-se na escada do ônibus pois chegávamos onde queríamos e nem pagávamos passagem.
Mas o regime era militar e não se escolhia o Presidente da República.
Falando nele, foi com uma ponta de dor no coração que me despedi das barcas da Cantareira, a dos automóveis, que cediam lugar à maior ponte do mundo, à época: a Ponte Presidente Costa e Silva, ligando o Rio á Niterói. Uma obra que chamou atenção do mundo, em um tempo em que tudo parecia dar certo: tri-campeonato da Seleção no México, Transamazônica, Ponte.
Podíamos ir e vir á vontade, de dia, de madrugada, mas certamente com um gostinho de saudades da velha Cantareira. E como viajávamos de madrugada!
Aliás, como no velho samba, tínhamos “a madrugada como companheira”: noitadas que começavam nas batidas do Oswaldo, na Barra, e terminavam no Cervantes – sol nascendo – em Copacabana. A madrugada era nossa, a noite era nossa, a cidade era nossa, e retribuíamos com um bairrismo que beirava o paroxismo apaixonado.
Mas o regime era militar, e não se escolhia governadores – ao menos, o do Rio, não.
É de se notar que no relato já havia eu adquirido jeito e cabeludice de rapaz feito – e isso significava os primeiros pileques e seus vexames, como largar o carro numa vaga esdrúxula na rua, com vidros abertos, e acordar ressaqueado e temeroso de que houvessem levado o caríssimo toca fitas Roadstar, que eventualmente permanecia em sua santa paz.
Conversávamos nas esquinas. O lugar da turma era na rua, e lá ficávamos, sem ter o que fazer, até que o sono vencesse, o assunto acabasse ou o sol nascesse – o que acontecesse primeiro. Bando de fedelhos, pelos seus 16, 17 anos, a perambular pelas madrugadas e plenamente seguros, pois os bandidos tinham, por estes loucos anos, medo da polícia.
Mas o regime era militar, e não se podia falar mal do governo na TV – bem como também não se podia falar palavrões nem mostrar bundas e pintos, afinal uma criança poderia estar na sala.
Tempos loucos, que não entendiamos. Panfletos clamavam por liberdade, e nós nos perguntávamos: “somos então uns oprimidos?”
Vi amigos crescerem, estudarem, arranjarem bons empregos ou partirem para o comércio, com a cara e a coragem. A rua era uma extensão de nossa casa e o bairro nos pertencia. Saíamos e voltávamos à hora que bem nos aprouvesse, e para onde nos desse na telha – mas os folhetos e cochichos nos bares era sempre “Queremos Liberdade!”.
Chicos e Caetanos nos acenavam uma Terra Prometida maravilhosa, com a tal liberdade, que não sabíamos o que era pois “havíamos nascido sob ditadura”.
Resmungávamos contra a inflação, mas no final das contas, com as aplicações, ficavam seis por meia dúzia. E o país crescia, alucinadamente, até que vieram os anos oitenta.
Tempos de anistia, de fim da censura, de volta dos exilados e, coincidentemente, violência e estagnação econômica – a década perdida.
Nunca pediram tanto a tal liberdade e ela, finalmente, veio.
Hoje, temos instituições democráticas, um governo civil e eleições diretas para todos os níveis, bem como o fim da censura.
Mas tenho medo de sair às ruas, pois não são mais minhas.
Mais gente morre por bala anualmente, que em toda guerra do Vietnan, e nada podemos fazer, pois o desarmamento – dos honestos – nos deixou desprotegidos e a polícia é sempre vista pela mídia como criminosa, enquanto meliantes são vítimas.
Mas temos um governo civil e eleições diretas – cujas urnas são impossíveis de confiar e nem ao menos submetidas a uma auditoria.
Hoje meu Rio desmaravilhou-se, e sucumbe ao domínio do crime, do poder paralelo e arbitrário – tal qual uma ditadura, só que criminosa – sem que tenhamos como protestar ou escolher outra vida.
Um celerado sociopata decide se devo viver ou não, segurando um fuzil de assalto, a cada sinal de trânsito ou via expressa, enquanto tento esquecer as madrugadas, pois são tempos de toque de recolher.
Uma nação inteira é saqueada, sangrada até a falência, sem que possamos remover ou prender os responsáveis, pois são os mesmos que clamavam por “liberdade” e agora nos acusam de golpismo.
Mas agora temos eleições diretas para todos os níveis.
Poucos se atrevem a protestar, pois a censura deu lugar á patrulha ideológica e á condenação ao ostracismo – e neste oblívio não há arte nem poesia.
Mas agora a censura acabou.
E podemos apreciar peitos, bundas, pintos e toda a diversidade de genitálias, preferências, taras, orientações sexuais bem como músicas que endeusam traficantes, que louvam a piranhice como “mulheres decididas” e, felizes, nos emburrecemos, embrutecemos, decaímos à padrões jamais vistos – mesmo nos países mais ridicularizados no planeta.
E ninguém clama mais por liberdade, pois não sabemos o que fazer com ela.
Era ISTO que nos prometiam, naqueles tempos?
Walter Biancardine
sábado, 4 de março de 2017
quinta-feira, 2 de março de 2017
Editorial - DESCANSE EM PAZ, RIO DE JANEIRO -
Em 1982, com a chegada de Leonel Brizola ao governo do Estado do Rio, uma funesta conjunção se iniciou: a demagogia populista do "socialismo moreno" PROIBIU a policia de subir morros e deu ocasião a que traficantes iniciassem seus arsenais, desfrutando da impunidade que reina até hoje.
Paralelo a isso, programas popularescos como o extinto "O Povo na TV" - com Wagner Montes - tinha como prato diário açoitar a policia e sua "brutalidade".
E, para completar, o fim do regime militar tirava de cena a conotação de força do Estado - que passou a ser civil, moderninho, liberal e cioso dos "direitos humanos".
Tudo isso aconteceu entre os anos de 1982/85.
Como arremate horrendo, a cidade do Rio - outrora Maravilhosa, com seus folclóricos cariocas - se extinguiu em meados da década de 90.
Nélson Motta e Evandro Mesquita são os últimos exemplares, conservados no formol, desta raça desaparecida.
O que existe hoje é um povo neurótico, vivendo em uma terra de ninguém; falida, arrasada pela guerra civil e dominada pelo crime.
A esquerda matou o Rio, com o apoio de todos.
Era chique e descolado ser de esquerda.
Lia-se o Pasquim.
Triste.
Walter Biancardine
quarta-feira, 1 de março de 2017
EDITORIAL - Parabéns, Hell de Janeiro!
Queria desejar os parabéns pelos 452 anos do meu Rio de Janeiro, mas do Rio que eu conheci, aquele, o legal.
Um Rio em que o carioca, raça extinta, ainda habitava suas ruas e era dono delas, de cada botequim, e conhecia todos os portugueses donos das milhares de padarias da cidade.
Um Rio em que, no carnaval, se tocava e dançava samba, e não funk.
Um Rio em que, descendo a rua Santa Clara em Copacabana, por exemplo, podiamos saber da vida de todo mundo: bastavam dois dedinhos de prosa com os porteiros, em seu eterno afã de lavar as calçadas com as mangueiras de uma água ainda abundante e barata.
Um Rio em que se valorizava quem realmente fez o seu folclore, quem definiu o carioca em sua melhor acepção e quem deu ao mundo suas melhores histórias e lendas: o habitante classe média (existia isso, então!) da Zona Sul, berço da Bossa Nova que mostrou ao mundo quem era o Brasil.
Um Rio que também era Zona Norte, com as mulheres mais lindas do mundo concentradas em um único bairro: Tijuca, bem como os infalíveis botequins "São Jorge" espalhados por todo o subúrbio da Central e Leopoldina.
Queria dar os parabéns ao Rio - o Rio da Fábrica de Sabão Português no Cajú; o Rio do chafariz do Bairro Peixoto, da Turma do Camões, dos malucos da Constante Ramos, da Turma do Remo do Flamengo - que decidiam qualquer briga e suspiravam por entrar na chique Le Bec Fin.
Rio do Rian - je ne regrette rién, mas trocá-lo por um bordel disfarçado de piano Sobre as Ondas foi demais.
Rio do Roxy, da Cinelândia, do 154 que passava fumaçando na porta de minha casa, dos táxis Zé do Caixão e Fuscas sem o banco da frente e taxímetro capelinha.
Rio do anotador do jogo do bicho, de uma calma digna de bela dama adormecida, quando a madrugada caía. Rio do silêncio que reinava soberano entre as árvores enrugadas, das lojas de armarinho e das boutiques chiquérrimas bem alí, na sua rua, ao lado de sua casa.
Rio dos biscoitos Globo e Limão e Mate berrados na praia, com direito á chorinho.
Rio em que se filava cigarros na cara de pau e ninguém achava ruim.
Queria não ter perdido esse Rio, que foi morto, vencido pela barbárie, crime, deseducação - um Rio onde o carioca vai á São Paulo e se encanta com a cordialidade lá encontrada!
Sou órfão de uma cidade, sem raízes, com referências que foram demolidas, revogadas, esquecidas, motivos de chacota ou acusações de elitismo.
De qualquer modo, deixo meus parabéns á cidade que me viu nascer e crescer.
Só não queria ter tido o triste dever de enterrá-la.
Aquele Rio, hoje, jaz em minhas memórias.
O Rio já foi mó barato, cara!
Walter Biancardine
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
INTERNACIONAL: TRUMP: UM FREIO Á GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL - Hernán Narbona
Hernán Narbona
Um ar de nacionalismo econômico permeia os slogans com os quais Donald Trump construiu sua campanha eleitoral.
“Agora, os Estados Unidos estão em primeiro lugar” é o carro chefe de um país continente que alcançou o status de super potência e agora pretende fechar-se, definindo suas prioridades e relegando guerras preventivas e fiscalização internacional de interesses corporativos á segundo plano.
Trump entende, como bom empresário da economia real, o que significa guerrear contra a economia financeira internacional. Entende que o capital especulativo – flutuante, gerador de “bolhas” de valorização que depois explodem e criador de crises cíclicas que derrubam as indústrias de carne e aço – não faz bem ao Estado. Entende também que é necessário frear o apetite irracional de entidades financeiras, sempre em busca de ganhos permanentes e crescimento sem limites, para assim voltar as vistas do governo ao território e a nação, cuidando que maiorias marginalizadas pela globalização e empobrecidas pelas crises globais possam recuperar empregos, estabilidade e dignidade.
É certo que o linguajar de Trump é de um búfalo de smoking, sem nenhuma condescendência politicamente correta com os “diferentes” - de onde surgiu uma postura xenófoba diante da invasão de imigrantes e o tráfico ilegal de pessoas praticado pelos “Coyotes”, que vendem o sonho americano aos necessitados. Mas, por outro lado, está absolutamente certo que a vida para o cidadão comum norte americano – o “povão” - é hoje somente abandono, perda do bem estar típico e desemprego. De fato, para quem não alcança um padrão de classe média com bons seguros sociais, viver nos EUA hoje é uma realidade de neo-escravidão. Este modelo, neo liberal, é o mesmo aplicado pelo varejo com seus trabalhadores no Chile, por exemplo. Esta situação de abuso consentido está tocando fundo nos corações norte americanos e as últimas eleições revelaram o voto-castigo, punindo os criadores desta insegurança crescente que afeta os cidadãos locais. Como Trump está longe de ser um cientista político formado nas aulas da Trilateral Commission e sim um “self-made man” que ganhou a vida ao sabor dos seus esforços e oportunidades, ele sabe falar a mesma língua da grande massa de eleitores, já fartos do duplo padrão dos Democratas servidores das grandes corporações em seus negócios internacionais e esquecidos – ou descuidados – de seu próprio quintal.
A este povo, que assistiu a globalização econômica transplantar as fábricas que trabalhavam para a China, que permitiu ao gigante asiático integrar-se á organização Mundial do Comércio, que tolerou este novo sócio não cumprir a conduta de livre comércio e que terminaria por quebrar as indústrias americanas e européias com seus produtos oriundos do dumping laboral e ambiental, Donald Trump ofereceu um atalho: voltar a produzir nos Estados Unidos, com mão de obra americana.
Na verdade o atalho oferecido põe um freio á inércia global, onde os Estados Unidos e o ocidente suportaram a conduta da China porque seu crescimento sustentava o deficit das contas externas dos EUA e melhorava os indicadores do comércio global, altamente concentrado em multinacionais.
De fato, nestes modelos as corporações não pagam impostos: sonegam, já que canalizam seus lucros á paraísos fiscais sem que o país recupere sua parte no negócio. E os que mais perderam com este modelo foram os trabalhadores, sindicatos e a indústria local – a pequena e média empresa, sempre grande empregadora – que se viu forçada a demitir, internacionalizar-se e trazer lá de fora o que antes produzia nos Estados Unidos. E tudo isso na loucura de uma competição desigual de um mercado altamente concentrado.
Este fenômeno nos dá um esboço do que será a era Trump: reajuste das políticas públicas e limitação dos gastos no estrangeiro – bases militares, por exemplo. De forma inteligente este empresário – agora Presidente – procura aliar-se á Rússia para uma nova ordem de equilíbrio e colaboração diante de inimigos em comum, pragmatismo que desafogará os cofres públicos americanos.
O grande inimigo que Trump deverá neutralizar, entretanto, está em seu próprio quintal: a indústria bélica, que se desenvolveu ao longo das guerras preventivas – e das nem tanto assim – desde o Vietnam após o assassinato de Kennedy, em diante.
Trump deve se valer da perplexidade momentânea de seus adversários e, confiando num restrito círculo de colegas empresários e familiares, impor suas medidas de viés nacionalista. Na medida em que seus eleitores notem mudanças em seus estados e cidades, seu governo sairá fortalecido e toda a onda de protestos e oposição atuais serão totalmente esquecidos pelo Congresso.
É um cenário complexo para os analistas, mas certamente o é muito mais para o Pentágono e para a China, pois existem mudanças ainda no porvir que surpreenderão aqueles que tentam desenhar os próximos dias da era Trump.
Vizinhos que somos, deveremos nos manter atentos aos movimentos no tabuleiro deste xadrez.
“Agora, os Estados Unidos estão em primeiro lugar” é o carro chefe de um país continente que alcançou o status de super potência e agora pretende fechar-se, definindo suas prioridades e relegando guerras preventivas e fiscalização internacional de interesses corporativos á segundo plano.
Trump entende, como bom empresário da economia real, o que significa guerrear contra a economia financeira internacional. Entende que o capital especulativo – flutuante, gerador de “bolhas” de valorização que depois explodem e criador de crises cíclicas que derrubam as indústrias de carne e aço – não faz bem ao Estado. Entende também que é necessário frear o apetite irracional de entidades financeiras, sempre em busca de ganhos permanentes e crescimento sem limites, para assim voltar as vistas do governo ao território e a nação, cuidando que maiorias marginalizadas pela globalização e empobrecidas pelas crises globais possam recuperar empregos, estabilidade e dignidade.
É certo que o linguajar de Trump é de um búfalo de smoking, sem nenhuma condescendência politicamente correta com os “diferentes” - de onde surgiu uma postura xenófoba diante da invasão de imigrantes e o tráfico ilegal de pessoas praticado pelos “Coyotes”, que vendem o sonho americano aos necessitados. Mas, por outro lado, está absolutamente certo que a vida para o cidadão comum norte americano – o “povão” - é hoje somente abandono, perda do bem estar típico e desemprego. De fato, para quem não alcança um padrão de classe média com bons seguros sociais, viver nos EUA hoje é uma realidade de neo-escravidão. Este modelo, neo liberal, é o mesmo aplicado pelo varejo com seus trabalhadores no Chile, por exemplo. Esta situação de abuso consentido está tocando fundo nos corações norte americanos e as últimas eleições revelaram o voto-castigo, punindo os criadores desta insegurança crescente que afeta os cidadãos locais. Como Trump está longe de ser um cientista político formado nas aulas da Trilateral Commission e sim um “self-made man” que ganhou a vida ao sabor dos seus esforços e oportunidades, ele sabe falar a mesma língua da grande massa de eleitores, já fartos do duplo padrão dos Democratas servidores das grandes corporações em seus negócios internacionais e esquecidos – ou descuidados – de seu próprio quintal.
A este povo, que assistiu a globalização econômica transplantar as fábricas que trabalhavam para a China, que permitiu ao gigante asiático integrar-se á organização Mundial do Comércio, que tolerou este novo sócio não cumprir a conduta de livre comércio e que terminaria por quebrar as indústrias americanas e européias com seus produtos oriundos do dumping laboral e ambiental, Donald Trump ofereceu um atalho: voltar a produzir nos Estados Unidos, com mão de obra americana.
Na verdade o atalho oferecido põe um freio á inércia global, onde os Estados Unidos e o ocidente suportaram a conduta da China porque seu crescimento sustentava o deficit das contas externas dos EUA e melhorava os indicadores do comércio global, altamente concentrado em multinacionais.
De fato, nestes modelos as corporações não pagam impostos: sonegam, já que canalizam seus lucros á paraísos fiscais sem que o país recupere sua parte no negócio. E os que mais perderam com este modelo foram os trabalhadores, sindicatos e a indústria local – a pequena e média empresa, sempre grande empregadora – que se viu forçada a demitir, internacionalizar-se e trazer lá de fora o que antes produzia nos Estados Unidos. E tudo isso na loucura de uma competição desigual de um mercado altamente concentrado.
Este fenômeno nos dá um esboço do que será a era Trump: reajuste das políticas públicas e limitação dos gastos no estrangeiro – bases militares, por exemplo. De forma inteligente este empresário – agora Presidente – procura aliar-se á Rússia para uma nova ordem de equilíbrio e colaboração diante de inimigos em comum, pragmatismo que desafogará os cofres públicos americanos.
O grande inimigo que Trump deverá neutralizar, entretanto, está em seu próprio quintal: a indústria bélica, que se desenvolveu ao longo das guerras preventivas – e das nem tanto assim – desde o Vietnam após o assassinato de Kennedy, em diante.
Trump deve se valer da perplexidade momentânea de seus adversários e, confiando num restrito círculo de colegas empresários e familiares, impor suas medidas de viés nacionalista. Na medida em que seus eleitores notem mudanças em seus estados e cidades, seu governo sairá fortalecido e toda a onda de protestos e oposição atuais serão totalmente esquecidos pelo Congresso.
É um cenário complexo para os analistas, mas certamente o é muito mais para o Pentágono e para a China, pois existem mudanças ainda no porvir que surpreenderão aqueles que tentam desenhar os próximos dias da era Trump.
Vizinhos que somos, deveremos nos manter atentos aos movimentos no tabuleiro deste xadrez.
Hernán narbona é administrador,
especialista em negociações internacionais
e publica artigos em sua página, no Chile.
Para ver o original, clique aqui:
domingo, 12 de fevereiro de 2017
EDITORIAL - A LÓGICA BÁSICA DE UM IGNORANTE -
Em todo esse sanhaço promovido pela PM do Espírito Santo muito se falou, palpitou, opinou e até cobrou, mas sempre com alvos errados - é o que diz a simplória lógica deste ignorante que vos tecla.
Toda a esquerda cobra a desmilitarização da PM e consequente mudança de sua subordinação, ficando a mesma sujeita á sindicatos, GREVES, controle partidário e etc. Vocês querem a polícia cruzando os braços juntos com professores, metalúrgicos (sumidos!) e outros?
Pois bem: se Deus der juízo ao povo, a PM jamais será desmilitarizada e enquanto não o for, providências hão de ser tomadas.
A primeira é a prisão imediata dos PM's grevistas e de seus comandantes.
A segunda é a responsabilização de suas esposas, por incitação á insubmissão e desobediência civil, igualmente punidas com prisão.
A terceira é a intervenção Federal no Estado, removendo seu governador por não pagamento de salários e descumprimento de toda a pauta que causou a paralisação policial (justa, porém ilegal). E junto com o governador, igualmente deve ser apeado o secretário de Segurança do Estado, com a nomeação dos respectivos substitutos interventores - de preferência, militares.
Não é justo um policial arriscar a vida e nem mesmo receber seu salário. Mas é completamente ilegal a paralisação dos mesmos.
Policiais grevistas devem ser punidos. Familiares cúmplices também. E igual e principalmente, gestores do Estado devem sofrer as mais graves consequências penais.
Simples assim.
Mas...caberá em nosso atual quadro de "bom mocismo" político?
Ou isso é coisa, como diria a GloboNews, de "Trump"?
Samba, carnaval e malemolência só nos levaram ao caos.
Quem sabe um pouco de maturidade nos ajude?
Walter Biancardine
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
A VELOCIDADE TERRÍVEL DA QUEDA – A mão que nos segura
Circunstâncias particulares terríveis e a falta absoluta de patrocinadores patriotas impeliram o OPINIÃO á única saída: cessar suas publicações. Mas houve uma reviravolta.
Por vezes acontecem coisas que escapam ao domínio frio da lógica e esbarram na mais humana das solidariedades: a força, mais uma vez dada por um idealista. E este idealista chama-se João Luis Woerdenbag – Lobão, para os íntimos.
Em conversa privada no Twitter, Lobão mostrou ao OPINIÃO a importância desta “micromídia”, composta por blogueiros, redes sociais, youtubers, que desbancaram o monopólio da verdade até então mantido pelas grandes redes de comunicação.
Isso não significa que o consagrado roqueiro saia por aí apoiando qualquer boateiro ou mentiroso que apareça na internet: não, pelo contrário. Lobão é seletivo, e ainda que menos o fosse, um mínimo de lógica avisa qualquer leitor da possibilidade de estar diante de uma notícia falsa.
Mas Lobão não se limitou a mostrar nossa importância, ele também nos lembrou do momento crítico que vivemos e que somos nós – a micromídia – quem impele o povo ás ruas por um país melhor e honesto. E isso nos retira o direito de nos calarmos.
Isso também evidencia o medo que ainda domina grande parte do empresariado nacional e local, pois graças á Lobão e seu apoio, uma pequena publicação como a nossa já conseguiu mais de 21 mil acessos em uma única matéria! E se tal repercussão não atrai patrocínios, é porque – desculpem o trocadilho – há algo a temer.
Em nome deste trabalho de formiguinha que milhares de nós fazemos, em nome da força e influência que conquistamos e em honra de abnegados como Lobão – que certamente sente na carne os prejuízos impostos pela grande mídia á sua postura – o OPINIÃO continuará no ar!
Walter Biancardine
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
OPINIÃO ENCERRA SUAS ATIVIDADES
O fim de uma luta
O Opinião surgiu em 2009, após minha saída da Rede Lagos de jornal e TV.
Sentí, naquela época, a necessidade de continuar lutando pela cidade que acreditava, ainda mais com a recente eleição de um prefeito que não era de meu agrado, e esta postura sempre foi clara.
Começamos como jornal papel, mas nenhum anunciante quis associar sua marca a um veículo opositor. Saímos das bancas e fomos para a internet – á época, ainda um insípido meio de comunicação – e lá construímos nossa história.
Com linguagem aberta e objetiva, posturas claras e nunca ficando em cima do muro, conquistamos vitórias ao longo dos anos. Revelamos a baixeza sindical em Cabo Frio, os conluios políticos, o oportunismo de ambiciosos candidatos á vereança – e a tal ponto de sucesso chegamos que o prefeito opositor nos processou, sindicatos tentaram bloquear nossas páginas nas redes sociais e na internet, armadilhas foram preparadas em programas de entrevistas e mais um longo e tedioso rol de armações ao longo destes oito anos de luta, sem patrocinadores ou apoios de qualquer espécie.
Neste meio tempo e com o agravamento da crise política em Brasília, entramos também nesta briga defendendo o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef e a prisão dos ladrões que saquearam o país.
Conseguimos o apoio do cantor Lobão, dos políticos Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, bem como uma pequena mas expressiva e influente lista de nomes conhecidos Brasil á fora.
Para nosso pequeno tamanho, foi motivo de alegria termos mais de 21 mil acessos num só dia em nossas matérias, mas mesmo assim continuamos trabalhando por idealismo – sem patrocínio, sem apoios próximos, sem incentivos.
Criamos nosso canal no You Tube onde postamos vídeos jornalisticos opinativos, bem como nos espalhamos pelo Twitter, Google+, The Real Talk, Facebook e até mesmo Instagram.
É evidente que ao longo de quase uma década de luta conseguimos reunir uma pesada lista de inimizades e ódios, ao ponto de sermos chamados de “câncer da mídia” em decorrência de nossas posições políticas e sociais.
E tudo isso, um dia, certamente iria pesar. E agora pesou.
Toda essa luta, todos os ódios que angariamos, o nenhum apoio que tivemos além da leitura amiga de nossos seguidores, tudo isso sem obter um só resultado positivo.
Mesmo o grupo político que apoiamos em nossa cidade, ao chegar ao poder, revelou-se de uma inépcia avassaladora e nos envergonhou por termos defendido por anos um grupo que se auto-destruiu em nome da ambição – e com ela levou o município junto.
O balanço que fazemos após tudo isso, é negativo e está na hora de parar.
Idealismo não paga contas, não nos dá casa e comida e certamente saio disto tudo muito mais pobre que entrei – caso único na política e jornalismo locais.
Esta é a última postagem do Opinião – o ambicionado nome que tantas vezes tentaram roubar de mim. Sem nenhum resultado real na vida de Cabo Frio ou na política brasileira, somado á minha própria deterioração fisica e material, resta a resignação e o silêncio.
E a torcida, para que surjam outros com mais dinheiro, saúde, apoio e competência para levar esta tarefa adiante, sem que para isso precisem destruir a própria vida pessoal.
Agora é hora de buscar novos rumos, procurar o sustento do suor nosso de cada dia.
E virar, definitivamente, a última página do Opinião.
Muito obrigado á todos!
Walter Biancardine.
sábado, 7 de janeiro de 2017
GLOBONEWS DOUTRINÁRIA: E NÓS PAGAMOS PARA VER -
Esta cena está sendo usada como vinheta pela GloboNews e é repetida incessantemente
Suas vinhetas transformaram-se em propaganda ideológica, fora a pregação explícita e ofensiva que coloca o presidente dos EUA recém-eleito, Donald Trump, como o sucessor de Adolf Hitler, em uma agressividade de comportamento jamais vista nesta ou em qualquer outra emissora.
Em seus programas - os acertos de conta nos presídios, por exemplo - a GloboNews coloca no ar um programa do Fernando Gabeira em que, ao passar estatísticas do número de mortos por armas de fogo no Brasil, a imagem que passa ao fundo é de viaturas da PM e do BOPE - ou seja, uma primária e evidente afirmação subliminar da inocência do preso, da culpa da PM e das teses da esquerda: quem mata 60 mil pessoas por ano é a PM.
E isso é apenas UM exemplo.
Do mesmo modo, vinhetas que são apenas texto chegam a chocar pois mais parecem slogans de propaganda eleitoral e nem valem ser comentadas.
Algo de muito profundo mudou nas Organizações Globo desde a morte de Roberto Marinho - que, se não foi dos mais conservadores, ao menos tinha a consciência de não deixar sua obra transformar-se em trincheira partidária, como seus herdeiros o fazem.
Noticiários omitem informações importantes, que contrariam a tese das "vítimas da sociedade" ou a sujeira esquerdista.
Programas evidenciam o partidarismo convidando apenas uma só pessoa, ou grupo coeso em suas opiniões, aparentando que o mundo real é como prega a esquerda.
A agressividade ideológica, entretanto, contrasta gravemente com o comportamento fútil, primário e descontraído em excesso de seus repórteres e apresentadores. Estamos a ver notícias ou um show? É para se informar ou distrair?
Ou é para que a doutrinação seja feita de forma suave e sem resistência?
Definitivamente, este canal perdeu-se em seu desespero, e se você não acredita, dispa-se de seus hábitos e o assista com olhar crítico - ou pior: abaixe o volume da TV e veja só as imagens.
Você se sentirá um bobo enganado.
sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
A GERAÇÃO MAIS FRESCA QUE O MUNDO JÁ VIU -
Sem entrar no drama e sofrimento vivido pelo cãozinho objeto da reportagem - muito sortudo por encontrar gente que o amparou e cuidou de forma correta - fica patente na matéria o elevado grau de viadagem de uma geração inteira de seres humanos que perdeu o contato com a realidade: para tais esquizofrênicos, animais não possuem mais "DONOS", e sim "tutores", como se humanos deficientes fossem!
O pior é o consentimento silencioso da mídia ao divulgar textos com este tipo de mensagem, a qual nos faz esperar para breve um emocionante DIÁLOGO entre um cãozinho e SUA CRIANÇA DE ESTIMAÇÃO - tal qual em contos de fada pervertidos.
Jornais engajados como a Folha de São Paulo, escravas das mesadas de George Soros e da orientação petista, se rebaixam assim ao último grau de ridículo e se descredenciam como fonte confiável de informação.
Triste, mas real.
(PS: o menino é até chamado de DONO do animal, mas ENTRE ASPAS, ao final do texto...)
O pior é o consentimento silencioso da mídia ao divulgar textos com este tipo de mensagem, a qual nos faz esperar para breve um emocionante DIÁLOGO entre um cãozinho e SUA CRIANÇA DE ESTIMAÇÃO - tal qual em contos de fada pervertidos.
Jornais engajados como a Folha de São Paulo, escravas das mesadas de George Soros e da orientação petista, se rebaixam assim ao último grau de ridículo e se descredenciam como fonte confiável de informação.
Triste, mas real.
(PS: o menino é até chamado de DONO do animal, mas ENTRE ASPAS, ao final do texto...)
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
OS FÃS DE HOJE SÃO OS LINCHADORES DE AMANHÃ – A entrevista de Alair Corrêa na TV
Bastante apropriados os versos do poeta e compositor Cazuza, para definir o momento – inglório – que o ainda prefeito Alair Corrêa atravessa, e sob o qual deverá entregar o cargo para seu sucessor, Marquinho Mendes, que o antecedeu até 2012 e igualmente saiu sob vaias.
Três fatos foram determinantes para esta impressionante derrocada de popularidade daquele que já foi considerado um dos melhores prefeitos do país: a absurda aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCCR) pela Câmara de Vereadores de Cabo Frio – uma atitude irresponsável, que onerou a folha de pagamentos em milhões de reais da noite para o dia, sem nenhum prazo para adequação do orçamento – a queda do preço do petróleo e a manipulação, pelos governos do PT, da arrecadação dos royalties igualmente de forma repentina e, finalmente, a falência da República após o saque petista aos cofres públicos – que empurrou estados importantes como Rio de Janeiro (embora igualmente saqueado por Sérgio Cabral), Rio Grande do Sul e Minas Gerais para a decretação do estado de calamidade financeira e lançou o país inteiro na mais brutal recessão e onda de desemprego já vista nos últimos 100 anos.
Em que pese as boas intenções de Alair e até mesmo a vaidade de fazer um governo glorioso, a verdade é que seu estilo personalista foi mudado á duras penas pelas críticas e assim permitiu a acomodação de assessores, auxiliares, secretários e outros cargos importantes de primeiro escalão detentores pela primeira vez de um real poder de mando. Só que muito mais interessados estavam em seus benefícios pessoais do que no correto funcionamento da cidade – mas este foi o preço do acordo que Alair fez para reeleger-se, esquecendo-se que um auxiliar pode ser incompetente mas quem assina a burrice alheia é o prefeito.
Existe um outro ponto também, e que foi demonstrado claramente durante a marcante entrevista veiculada no programa Amaury Valério, no canal 10: Alair já sente o peso dos anos. Foi evidente a atual falta de trato em sua fala, impaciente, resumida e até mesmo irritada – é claro que sua situação poderia explicar este fraco desempenho televisivo, mas o fato é que este comportamento irritadiço permeou seus quatro anos de governo, não só devido a horda de parasitas, pedidos e problemas inerentes ao cargo mas, também, por uma real irritação com a torpe rotina da vida pública – que já cumpre há quarenta anos.
A verdade é que Alair cometeu erros, uns menores, outros graves. Estes erros mais graves deram a munição que sindicatos aproveitadores e políticos de oposição precisavam para detonar sua administração, e foram bem sucedidos nisso. Do mesmo modo subestimou o prefeito o poder das redes sociais e internet – não apenas Alair, mas todo o establishment governamental de municípios, estados e Federação igualmente revelaram-se despreparados para isso – e através do wi fi escoou-se sua popularidade, no calor das queixas deixadas sem resposta por sua assessoria de Comunicação e sem ações concretas pelos demais departamentos.
Por outro lado Alair foi certeiro e revelou grande conhecimento dos hábitos e costumes das pessoas ao relembrar que os agressores e queixosos de hoje são os mesmos que o idolatravam quatro anos atrás. Fez bem o prefeito ao lembrar que ele – e mais ninguém – colocou a cidade no mapa turístico nacional; do mesmo modo enfiou o dedo na ferida oposicionista ao relembrar os constantes abonos salariais concedidos e que provocaram verdadeira histeria de adoração dos cabofrienses, além da inveja daqueles que não participavam do festivo bolo municipal. Enumerou suas obras e realizações, mostrando um inegável e impressionante saldo, mas em tudo e por tudo mal conseguiu esconder sua derrota – nem tanto para a oposição, mas principalmente para uma gorda fatia de aliados acomodados em seu governo. E todos viram seu cansaço e desânimo.
É certo que a gestão de Marquinho Mendes – salvo milagre econômico alheio às suas forças – igualmente sofrerá poderosa erosão, e em breve será xingado e odiado. Mas conta o novo prefeito com uma força que Alair não soube – ou não quis – construir: uma boa equipe de auxiliares. E é a favor desta equipe que o cabofriense deve dirigir suas preces: não por idealismo ou partidarismo pois o homem político pouco difere um do outro, mas sim pelo mais básico instinto de sobrevivência, em meio ao caos econômico e financeiro que o país inteiro se tornou.
Digna de nota é a iniciativa do radialista Amaury Valério ao longo destas entrevistas – Marquinho e Alair: imparcial e com algumas perguntas até incômodas, o que não é hábito de nossa mídia sempre gentilíssima. Soube conduzir com isenção, concedeu o tempo necessário para as (longas) respostas de cada um e depois teve ainda a louvável coragem de mostrar os comentários de sua audiência sobre os entrevistados. Desnecessário dizer que para o novo mandatário, apenas elogios e juras de amor. Já para o rei posto, rei morto: xingamentos, desaforos e pedidos de direito de resposta.
Mas assim é o ser humano, o ser político, o eleitor: fútil, leviano, inconstante e oportunista.
O programa Amaury Valério nos mostrou o porquê de nossa democracia não funcionar: povo e políticos, em sua grande maioria, se equivalem.
E que Deus nos reserve um melhor 2017.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
GLOBONEWS DÁ MORAL AO ERRO!
Ninguém tem nada a ver com o que cada um faz na cama. Isso é assunto pessoal e fim de papo.
Mas cobra-se ao militar uma POSTURA MILITAR, CLARAMENTE DEFINIDA EM REGRAS QUE SÃO DIVULGADAS E ACEITAS POR TODOS, NO MOMENTO EM QUE ENTRAM NA INSTITUIÇÃO!
A GLOBONEWS transforma, assim, o ERRADO EM VÍTIMA!
NÃO CONCORDA COM AS REGRAS? CAIA FORA, é direito de cada um!!
(Veja a legenda no video: "protesto contra discriminação LGBT". Discriminação? Ou seria "enquadramento ás normas aceitas por todos numa instituição"?)
A MIDIA QUER VITIMIZAR!
Ou ficaria bem um Presidente da República de shortinho?
Um Ministro do STF no Baile Gala Gay?
Ou um Papa de cuecas de oncinha?
NÃO É DISCRIMINAÇÃO, É POSTURA!
BOM DIA COM CHAPÉU DOS OUTROS – Entrevista de Marquinho Mendes no Amaury Valério
O custo do minuto televisivo em Cabo Frio deve ser extremamente barato, tal a quantidade de tempo gasta em coisas absolutamente inexpressivas ou sem nenhuma relevância. E assim foi a entrevista do prefeito eleito Marquinho Mendes dada hoje, no programa Amaury Valério.
Marquinho está certo, absolutamente seguro, que o cabofriense é uma besta quadrada, incapaz de raciocinar e lembrar de suas duas últimas gestões municipais – as quais fizeram ele e sua equipe saírem escorraçados do prédio Tiradentes.
E Marquinho tem razão: o cabofriense médio é, realmente, uma besta sem memória pois agora aclama o eleito como salvador da pátria – e pior, um salvador que apregoa orgulhosamente como saída para a crise a mesma providência que Alair Corrêa tentou tomar, mas que foi impedido de todas as formas pelos “deputados” minhocas da terra: o empréstimo.
Pior ainda: Marquinho quer pegar dinheiro de bancos privados, com taxas de juros de mercado, quase uma agiotagem como sabemos! Mas alega o faceiro e garboso eleito que “amortizará esta dívida ao longo de seus quatro anos de mandato”.
Que lindo! Mas tal fala não se deve unicamente á vergonha de fazer exatamente o que tanto criticou em Alair, mas também pelo fato de desconhecer solenemente que um dos princípios do governo republicano é a “impessoalidade administrativa” - ou seja, um governo eleito É SIM responsável pelas dívidas e obrigações contraídas pelo seu antecessor!
Tal como Alair teve arruinada sua administração pelo PCCR votado pela bovina Câmara de Vereadores, Marquinho TEM QUE PAGAR todas as obrigações contraídas por Alair – com exceção, é claro, de proventos de cargos comissionados.
De nada adianta posar de macho em frente as câmeras de TV e dizer “não vou pagar as dívidas de Alair”, porque tal ato é CALOTE. Marquinho é responsável por pagar o que Alair deixou, do mesmo modo que Alair teve – ou deveria ter tido – a obrigação de pagar o que Marquinho deixou.
Não foi assim com o PCCR?
Ainda assim – se descontarmos a pantomima das bravatas marquinianas e sua inevitável finalização de pastor evangélico, pedindo que Deus o ajude a fazer algo que, sozinho, não seria capaz – sobraram algumas boas novas.
Ao contrário da centralização personalista de Alair, Marquinho sempre teve bons quadros a seu redor – descontada a presença incômoda de seu irmão – e o secretário de Fazenda Clésio também compareceu, quase constrangido, ao programa. Dizemos “quase constrangido” porque qualquer cidadão de bom senso sabe que a atual calamidade financeira do município é 50% culpa de Alair e 50% culpa do Estado Brasil, que QUEBROU! Assim, por mais que se esforce, o resultado de suas ações serão tímidos, pois qualquer governo que entrasse dependeria dos resultados da recuperação de UM PAÍS FALIDO para se reerguer.
Uma boa surpresa foi a apresentação do jornalista Tomas Baggio, para a secretaria de Comunicação: competente e sério, Baggio certamente se concentrará em suas funções e não em rabos de saia perambulantes pelo Palácio Tiradentes – mas é aí que está o perigo: tal seriedade não conflitará com eventuais interesses do governo em divulgar, exagerar, minimizar ou mesmo ocultar alguns fatos ou informações? Resta-nos desejar que o rapaz tenha estômago para lidar com tais coisas, inevitáveis em quaisquer governos.
Por fim, sobra o Réveillón, que será bancado por – segundo Marquinho - “empresários amigos”.
Amigos MESMO, pois qualquer morador da cidade sabe quem são os donos das empresas que financiarão o evento.
De qualquer modo, que 2017 seja um ano mais sereno. Que o país se recupere e crie condições para que a cidade saia do buraco, pouco importando que o prefeito A ou B se aproveitará disso em seu benefício, pois o que interessa é a cidade, que não pode morrer.
E que fique a lição: queima de fogos é bom, mas em tal momento de luto, torna-se um deboche.
Trabalhe, Marquinho. Trabalhe.
Deixe a festa para depois.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
ANALFABETISMO FUNCIONAL DE TERCEIRO GRAU
É evidente que o extremismo fanático de um frustrado tomou o lugar de seu raciocínio.
Por anos este sujeito – que se diz professor mas que apenas ocupa uma sala de aula para doutrinar jovens em suas crenças comprovadamente fraudulentas – vem efetuando verdadeira pregação através de seu blog, sem se preocupar com lógica, coerência ou, ao menos, honestidade intelectual.
Compara Lula á Jesus Cristo ao mesmo tempo em que – sem seus festivais que organizava e ganhava dinheiro – desce o porrete em um governo o qual sorriu amavelmente enquanto ganhou algum.
Ofende, chama gente que não conhece de “nazista” apenas porque não compartilha de sua fé assassina em um sistema que já matou mais de 100 milhões de almas ao redor do mundo; usa os bons sentimentos de todos como propriedade de sua ideologia, fazendo o leitor crer que, se um bom sentimento aflora da notícia que lê em seu blog, é porque ele é socialista e não sabe.
Frauda pesquisas, frauda notícias, torce fatos sem nenhum escrúpulo – e nem precisa ter, pois não é jornalista e nenhum compromisso com a verdade ele tem, mas exige de todos que se alinhem á ele em sua ira interminável contra tudo e todos que possuem ou são algo que ele não tem ou é.
Um caso clínico, o do tal “Banha”.
O artigo que provocou o ódio do rapaz |
Em Cabo Frio e com um diploma pendurado á duras custas na parede (nestas horas ele defende como ninguém a “meritocracia” que tanto diz abominar), escolheu público mais manso e fácil: os estudantes. E haja paciência para aguentar suas ofensas, seus xingamentos, frustrações, taras e demais podridões ocultas que despeja sem dó em seus escritos.
Não sabe o que é fascismo e chama de fascista todos os que não concordam com seu pensamento.
Ensina história mas dela só sabe a versão vermelha dos livrinhos do Foro de São Paulo.
Se diz democrata mas vive por e para a implantação de uma ditadura bolivariana no Brasil.
Prega o fim do preconceito, mas fala todo o dia sobre o “Clube do Macho” e ainda reduz fatos da cidade á condição de “Fofoquinhas Bibas”.
Diz amar animais, mas sequer lembra-se dos que ele come sem nenhum remorso.
Enfim, o homem é uma fraude.
Acusa terceiros daquilo que passa em sua alma e tenta expiar seus pecados transferindo-os para os outros.
Dado o nivel intelectual primário, o conhecimento sobre história francamente raso e tendencioso que possui e sua nenhuma honestidade intelectual, esta é a última vez que estas páginas se ocupam de tal anacrônica e caricatural figura, pois não há debate ou troca de idéias entre um ser humano e um fanático obcecado.
Sua nenhuma cultura, nenhum bom senso e nenhuma coerência ou verdade de raciocínio não o colocam em condições de formador de opinião e muito menos justificam sua presença em uma sala de aula.
Destas páginas já está banido e de nada adiantarão xingamentos ou calúnias para provocar barraco: a resposta sempre será um eloquente silêncio.
Quanto á seus alunos, Deus e a vida se encarregarão de ensinar as verdades que este senhor cuidadosamente omitiu ou torceu.
Ficam os votos que alguma prefeitura dê-lhe logo um festival de música para ganhar dinheiro, e assim desviar sua atenção para outros assuntos.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
CAGÜETE -
O papel da imprensa ao receber denúncias é publicá-las.
Entregar as mesmas á autoridades - ou pior, á FUTURAS autoridades e que SEMPRE FORAM OPOSIÇÃO, e sem que elas peçam - é baixeza mesmo. O nome disso é "CAGÜETAGEM".
PS: usando o mesmo raciocínio do esquerdopata ao defender seu herói Lula - Denúncia é prova?
Ridículo.
O papel da imprensa ao receber denúncias é publicá-las.
Entregar as mesmas á autoridades - ou pior, á FUTURAS autoridades e que SEMPRE FORAM OPOSIÇÃO, e sem que elas peçam - é baixeza mesmo. O nome disso é "CAGÜETAGEM".
PS: usando o mesmo raciocínio do esquerdopata ao defender seu herói Lula - Denúncia é prova?
Ridículo.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
MEXENDO NO VESPEIRO - Opinião é crime?
O preconceito, embora moralmente abominável, é uma opinião. Deve uma opinião ser criminalizada? Devemos limitar nossos pensamentos apenas por temor de incorrermos em crimes de pontos de vista? Não seria melhor limitá-los por questões morais?
Não se trata de defender racismo, homofobia ou quaisquer um desses assuntos tão em voga no atual estado de coma esquerdista, e sim de ponderarmos que O PENSAMENTO NÃO PODE SER CRIMINALIZADO!
Agora, se por não gostar de negros, gays ou seja lá o que for, encontramos um deles na rua e o agredimos, aí sim é crime! E com o agravante de ter motivo torpe!
Em nenhum país do mundo existem leis que criminalizem a opinião, só no Brasil. Se tal fato se desse nos EUA, o autor seria execrado por todos, banido do convívio social, mas não haveria polícia no meio.
Já aqui, seria preso, depois solto e entrevistado em um talk show na TV.
TEMOS LEIS DEMAIS E MORAL DE MENOS!
Acesse:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/jovem-que-fez-injurias-a-filha-de-gagliasso-e-negra-e-nao-se-arrependeu-diz-delegada.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
domingo, 18 de dezembro de 2016
COM OU SEM JORNAL, O FIM DE UM GRUPO POLÍTICO
O FIM SABIDO MAS NÃO ANUNCIADO
Um blog da cidade afirma que “o pessoal de Alair” vai lançar um novo jornal ano que vem, e sugere que o mesmo terá a finalidade de opor-se ao governo Marquinho Mendes.
Custa a crer que existam pessoas que admitam a possibilidade de sobrevida deste grupo e, pior, que supõem existir ainda união entre os mesmos para tocar um jornal com fins de projeto político. O grupo morreu, vitimado pelos interesses de seus altos escalões.
EGOÍSMO E AMBIÇÃO
Se algo ficou claro durante esta gestão de Alair Corrêa foi o absoluto egoísmo da quase totalidade de seus manda-chuvas: ninguém pensou no futuro, todos miraram apenas em suas ambições pessoais e muito mais confortáveis para consegui-las ficaram com a crise do Estado, que (teoricamente) os desobrigou de realizarem para o povo e os deixou, felizes, na auto satisfação.
NÃO HÁ MAIS "GRUPO POLÍTICO DE ALAIR"
Podemos dizer sem medo de errar que 99% dos que lá estavam visavam apenas a si mesmos e agora, com novo prefeito e novas possibilidades, tratam de desinfetarem-se da “bactéria” nociva para mais facilmente aderirem ao novo mandatário.
NENHUM JORNAL SÉRIO VIRÁ
Nenhum jornalista decente aceitará rodar um informativo com ideias controladas por um grupo e sob o balão de oxigênio financeiro de um projeto misto de vaidade, vingança midiática e vida necessariamente curta. Se o mesmo surgir, escrevam: será radical e de breve duração, tangido por ilustre (e ambicioso) desconhecido.
A SERIEDADE ACABOU
Houve, no passado, exemplos de jornais e TV's alinhados com Alair mas que não funcionavam como meros “capachos” de seus rompantes ou necessidades, e o Lagos Jornal – com a Rede Lagos de Comunicação – foi o maior e melhor exemplo, ainda que administrado por seus achegados.
Com profissionais de renome, bons patrocinadores, organização eficaz e linha editorial determinada na redação – e não nos palanques – este grupo conseguiu quebrar a hegemonia até mesmo da vetusta Folha dos Lagos, com matérias sérias e sem jamais esconder quem apoiava.
Já o Diário Cabofriense – surgido anos depois e que também apoiava Alair – foi o exemplo contrário, em matéria de gestão: com liberdade total em sua linha editorial, denunciou os abusos de sindicatos, as manobras de aproveitadores que terminaram por se candidatar e vencer cadeiras na Câmara e a tal ponto de sucesso chegou que tornou-se, para diversos grupos políticos, um “câncer da mídia”. Mas tanto sucesso teve um preço, e este foi cobrado pela covardia de anunciantes, que retiraram seus patrocínios por não quererem ver suas marcas teoricamente vinculadas á uma ideia política de um governo vitimado por crises – e o jornal faliu.
A verdade é que faltará, hoje, material humano para o pretendido jornal do “grupo de Alair” bem como seriedade em sua constituição, pois mídia sobrevive de anúncios – e quem anunciará em um jornal que apoia um grupo egoísta e paralítico?
E ALAIR?
Muita gente achou que o editorial passado do Opinião elogiava Alair. Não foi assim, leiam e interpretem, por favor.
Não o detonamos, até porque não há uma razão concreta que atribua toda culpa da atual calamidade de Cabo Frio somente á ele. Errou sim, muitas vezes de forma até primária – confiando em quem não devia e ignorando bons quadros – e jamais deixou de lado suas implicâncias, sempre maiores que o bom senso. Mas o fato é que Alair está sozinho, traído, abandonado, seu grupo acabou, não há sucessor político para ele e sua reação – sumir e esconder-se – é a pior de todas, mas compreensível.
Neste momento não há futuro político para Alair nem para ninguém ligado á ele.
É hora de humildade e de reconstrução de suas bases, desta vez reerguidas pelo caráter e competência de cada um – e não ditadas pelos proveitos políticos que possam vir daí.
É sua última chance – com ou sem jornal.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
INTERVENÇÃO? NÃO, DESOBEDIÊNCIA CIVIL!
Uma semana atípica, não pela overdose de escândalos ou denúncias contra impolutos oficiais pois isto já é triste rotina, mas pelas atitudes inesperadas de luminares da política nacional.
Um dos pontos altos foi um dueto de absurdos, protagonizados pelos senadores Humberto Costa (PT) e Ronaldo Caiado (DEM), que afirmaram da tribuna, respectivamente:
“ - Depor o presidente Temer agora será o golpe dentro do golpe e não apoiaremos quem prega isso!” (Humberto Costa, PT, oposição)
“ - Esperamos que o presidente Temer tenha a grandeza de convocar eleições diretas e renunciar ao cargo” (Ronaldo Caiado, DEM, situação)
Para o cidadão mais atento e ansioso pelo fim da baderna, foi fácil imaginar que os três poderes teriam recebido sutil aviso das Forças Armadas que, do jeito que está (após mais uma sessão de vandalismo em Brasília e São Paulo) não poderia ficar.
Visionário e frouxo, o General Villas Boas foi imediatamente á público deixar claro que ele jamais autorizará que as FFAA socorram o Brasil, que deixará de fato o povo á própria sorte e que quem prega a intervenção “é maluco”. Ao mesmo tempo o noticiário das grandes emissoras deixou de tratar os vândalos esquerdistas como tais – vândalos e criminosos, nomenclatura adotada após a posse de Temer – para voltar a chamá-los docemente de “manifestantes”, como nos dias de Dilma.
E isso demoliu as esperanças dos brasileiros. Mas não foi só, pois junto com o nocaute veio a humilhação: uma das maiores ratazanas da política nacional, o senador Jader Barbalho, foi a tribuna fazer longo, inflamado e indecente discurso para apoiar as leis contra “abuso de autoridade”, endereçada aos juízes e investigadores da lava-jato.
Esta fala pornográfica – pasmem – tem as bênçãos do presidente Temer, que se aliou á Renan Calheiros e contratou Jader Barbalho como o pedreiro que começará a construir o muro que blindará os ladrões da pátria.
Resumindo: o clima estranho, tenso e as falas inesperadas de gente que mudou radicalmente de posição em questão de poucas horas não foi por efeito da macheza das Forças Armadas – pois, sob o comando de Villas Boas, morrerá emasculada – e sim pela mais desonesta e abjeta auto-proteção da maior quadrilha de criminosos já vista na face da terra, e todos sustentados pelo nosso dinheiro.
Villas Boas se eternizará no comando, como a garantia que os ladrões precisam; a lei contra a lava jato e Sergio Moro será aprovada; ladrões escaparão impunes e eleições diretas virão, para colocar Lula de volta – pois nada foi dito contra, por parte do Judiciário – ou, na pior das hipóteses, Fernando Henrique Cardoso, o esquerdista de terno e gravata.
A conclusão que se chega é que ninguém irá nos socorrer.
O que resta ao brasileiro é a desobediência civil, total e plena, mas que jamais será alcançada pois somos frouxos, indisciplinados, interesseiros, egoístas e preguiçosos demais para isso.
O Brasil acabou.
E é propriedade deles. Feliz Natal, esparro!
Walter Biancardine
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
ALAIR CORRÊA VAI PARA CASA - SERÁ O FIM DE UMA ERA? Editorial
EDITORIAL CABO FRIO
– Um fim melancólico
Ao fim de quatro
décadas na vida pública, a despedida de Alair Corrêa do cargo de
prefeito e, talvez, de sua carreira política tem os inconfundíveis
contornos da melancolia e decepção.
Não há quem possa,
usando de sinceridade, recusar-se a reconhecer que a cidade de Cabo
Frio foi colocada no mapa por Alair – uma decisão arriscada, quase
monocrática e favorecida por cofres cheios de royalties – e que
resultou finalmente na “vida própria” do município.
Por outro lado, os
problemas típicos de urbes maiores também vieram – migração de
desvalidos para o “ouro fácil” – favorecido por shows
gratuitos em uma política suicida de turismo baixa renda – inchaço
populacional, surgimento de favelas, criminalidade e deficit na infra
estrutura. Os dias de paraíso da cidade se acabaram e restou para
nós cuidarmos para que todo um município não se transforme numa
perigosa e decadente periferia.
Três coisas
golpearam as esperanças de Alair, de forma fatal: a primeira, já há
tempos, foi a morte de seu filho Márcio Corrêa – um dos políticos
mais queridos da cidade – em um acidente automobilístico.
Ocorrida num momento
em que o prestígio do prefeito era imbatível, o trágico
acontecimento acabou com a secreta pretensão de Alair em
candidatar-se ao governo do Estado do Rio – aos moldes de Anthony
Garotinho – e o atingiu emocionalmente de forma, talvez,
irrecuperável – nenhum pai escapa ileso da morte de um filho.
Se a tragédia em
nada influiu na sua capacidade administrativa, por outro lado o
condenou a pendular entre ser deputado ou o eterno prefeito –
nascendo aí a briga com Marcos Mendes, que acabou ocupando a
prefeitura que deveria ser de Márcio enquanto Alair governaria o
Estado.
O segundo golpe veio
com a queda brutal dos royalties: depois de anos em desentendimento
com seu sucessor Marquinho Mendes, finalmente voltou ao ambicionado
cargo e disposto a, mais uma vez, transformar a cidade no rumo
prometido em campanha, que seria tornar Cabo Frio a meca do turismo
nacional. Pois a falta de dinheiro não apenas minou suas esperanças
como levou a cidade ao ponto da catástrofe financeira –
aproveitada pelos inúmeros adversários que cultivou em anos de
mando pessoal, como um estigma pregado em seu rosto.
O terceiro e último
golpe foi o que normalmente ocorre nos naufrágios de grandes navios:
a debandada da tripulação. Alair foi deixado sozinho por muitos,
traído por alguns e evitado por todos. Não se trata de disfarçar
erros de conduta do prefeito ou minimizar os piores traços
administrativos de sua gestão como impulsividade, personalismo e até
arrogância dos mais próximos, mas sim de expor ao público que uma
desgraça cívica jamais é causada por uma só razão ou uma só
pessoa – no caso, Alair.
Resumindo e
exemplificando a era Alair Corrêa em Cabo Frio poderíamos dizer
que, sem ele, não teríamos uma cidade inteiramente pavimentada, com
um impressionante asfalto liso e plano, digno de outros países. Por
outro lado, graças aos seus incontidos rompantes, hoje este asfalto
se assemelha ao solo de crateras da lua.
Cabe a cada
cabofriense fazer um balanço, pesar qualidades e defeitos como visão
de futuro e personalismo, empreendedorismo e amadorismo financeiro,
carisma pessoal e implicância boquirrota com adversários,
perseverança e implicância. E o saldo deste balanço de cada
cidadão poderá, talvez, influir nas decisões futuras do homem que
colocou Cabo Frio no mapa mas que hoje apenas planeja sumir.
E este comportamento
deve nortear as escolhas políticas do eleitor, já que dentre os
atuantes no cenário de hoje temos um Marquinho que dormiu oito anos
como prefeito, um Jânio que nenhuma experiência possui e sofre o
vexame de sua subserviência aos governos corruptos de Sérgio Cabral
e Pezão, Paulo César com sua incrível capacidade de desprezar e
perder oportunidades bem como a zebra do páreo, Dr. Adriano –
igualmente sem experiência e provavelmente sem a coragem necessária
para sentar naquela cadeira sem se tornar escravo de empreiteiras e
outros.
O Opinião sempre
apoiou Alair Corrêa e não seria agora que faltaria com o respeito
devido ao homem que fez esta cidade. Entretanto e tendo como base
suas atuais atitudes, é justo supor que o velho político descobriu
que seu tempo passou.
Agora está na hora
de novos personagens, novas escolhas e certamente Cabo Frio merece
coisa melhor do que os atuais habitantes do cenário político.
Walter Biancardine
Editorial opinativo. Todos os citados tem amplo direito de resposta.
Editorial opinativo. Todos os citados tem amplo direito de resposta.
domingo, 11 de dezembro de 2016
É PRA AGRADECER! -
Fatos da política precipitaram a volta do Opinião, o qual ainda estava pesquisando se seu retorno seria bem vindo.
A fartura surreal dos acontecimentos nacionais brindaram a Revista Opinião - que voltou de supetão e sem nenhum aviso prévio - com o alcance de mais de duas mil pessoas no Facebook e outros tantos em sua página oficial na internet.
É claro que ainda estamos distantes dos 21 mil acessos em uma única matéria - que aconteceu quando a Polícia Federal descobriu que Lula havia levado objetos do Palácio do Planalto para seu cofre particular - mas, para um primeiro e precoce passo, penso que estamos muito bem!
Estamos ansiosos para que os mais de 5 mil acessos diários retornem, mas para isso sabemos que muito temos que trabalhar! Assim, os próximos passos serão adequações no visual, no ritmo das postagens e na pauta, enfocando mais profundamente as notícias regionais.
Deixo aqui meu profundo agradecimento á todos os que ajudaram neste nosso brilhante e apressado retorno.
A fartura surreal dos acontecimentos nacionais brindaram a Revista Opinião - que voltou de supetão e sem nenhum aviso prévio - com o alcance de mais de duas mil pessoas no Facebook e outros tantos em sua página oficial na internet.
É claro que ainda estamos distantes dos 21 mil acessos em uma única matéria - que aconteceu quando a Polícia Federal descobriu que Lula havia levado objetos do Palácio do Planalto para seu cofre particular - mas, para um primeiro e precoce passo, penso que estamos muito bem!
Estamos ansiosos para que os mais de 5 mil acessos diários retornem, mas para isso sabemos que muito temos que trabalhar! Assim, os próximos passos serão adequações no visual, no ritmo das postagens e na pauta, enfocando mais profundamente as notícias regionais.
Deixo aqui meu profundo agradecimento á todos os que ajudaram neste nosso brilhante e apressado retorno.
MUITO OBRIGADO!
Walter Biancardine
sábado, 10 de dezembro de 2016
EDITORIAL - NÃO É RADICALISMO, É PRAGMATISMO
A ser verdade, ao fim e ao cabo de todas as delações não sobrará uma única alma inocente no planalto. Como haver governo então?
As pessoas e a mídia insistem em confiar "nos processos democráticos" e "nas instituições" - apenas se esquecem que ambos só funcionam quando temos GENTE para tal, e em meio a esta barafunda, se houver um único honesto em Brasilia ele não será Presidente sem que se violente as leis e se force barras.
Mesmo novas eleições não cumprirão nosso desejo, pois os candidatos oferecidos igualmente serão réus sob acordo ou inexpressivos radicais. E nada pior do que, após tudo isso, termos de viver governos nascidos sob um "acordão" para que a Federação subsista - ainda sob a égide de canalhas por falta absoluta de inocentes e capazes.
Como um remédio amargo - muito amargo - a única saída que desponta é a INTERVENÇÃO MILITAR.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
STF apanha e aceita: Renan volta ao Senado como rei
Frouxa Lex, Sed Lex – a lei é frouxa mas é a lei
A decisão da maioria do Supremo, tomada no final da tarde de hoje, garante a permanência de Renan Calheiros na Presidência do Senado mas o impede de ocupar a Presidência da República, na ausência de Michel Temer e de Rodrigo Maia.
Esta decisão é resultado direto da reunião de Temer com integrantes do STF – entre eles o Ministro Luis Fux, lembrado aqui por proferir seu voto de forma inusitadamente emocional, veemente e teatral – que resultou nesta “meia-sola”, no famoso “jeitinho brasileiro” que impediu a Presidência da República de ver-se sem mais um canalha conveniente (o primeiro foi Eduardo Cunha).
Assim, a liminar de Marco Aurélio foi para o espaço e Renan concluirá o seu mandato como presidente, já que a ADPF da Rede não será julgada tão cedo - Dias Toffoli permanece com o processo – e o estabanado Ministro Marco amarga a derrota, como consequência direta de sua ação precipitada e popularesca.
A vigarice
O fato é que Mello caiu numa esparrela do partido Rede – o atual PT usando piercing – e prestou-se a este papel: de fato ainda não há, julgada e publicada, nenhuma decisão legal que impeça um réu de permanecer senador e na presidência da casa. As limitações são apenas morais e estas sabemos inexistentes neste meio.
Por outro lado, o fator Moro tem despertado ciúmes doentios e atitudes desesperadas de alguns magistrados – pró e contra o atual governo – no intuito de também serem heróis, chegando ao ponto de xingarem-se através dos meios de comunicação – vide Gilmar Mendes – ou de cometerem asneiras como a prisão do indigitado Garotinho, que todos desejavam mas ainda sem fundamentação legal.
Para coroar este inédito festival de exibicionismo atropelado, Renan igualmente quer mostrar sua musculatura e simplesmente dá um chá de cadeira no oficial encarregado de entregar-lhe a intimação, perpetrando assim o crime – noticiado ao vivo na TV – de obstrução de justiça. E não há outra conclusão possível, diante de tais fatos, que o Brasil vive hoje um grotesco Big Brother, com seus integrantes disputando para ver quem aparece mais e melhor diante do povo nas praças.
É o fim do estado de direito, da ordem constitucional e do poder do Estado. Pura e simplesmente.
Pretenderiam os juízes instaurar a ditadura da toga, com todo poder concentrado em poucos ministros de um STF ativista, que em vez de seguir a Constituição da qual deveria ser o guardião, resolveu bancar o legislador e o executivo ao mesmo tempo?
Pretendem políticos instaurarem o mando pessoal, enganados pela voz do povo nas ruas que – em alguns casos – coincide com suas conveniências?
A disputa de poder entre os Poderes é evidente. E o rasgo institucional – e constitucional – também.
Negócio fechado – o acordo
Em meio a tal barafunda que vive o país, o Senado acaba de retirar a urgência da lei de abuso de autoridade. Está explicitada a harmonia institucional que pregou Celso de Mello, após ganhar carinhos de Michel Temer e se prestar ao papel de propor o acordão: o Senado desiste do abuso de autoridade, o STF desiste de punir Renan Calheiros.
A causa do acordo -
Embora publicamente o presidente interino do Senado, Jorge Viana (PT-AC) tenha, ainda crendo que assumiria, dado declarações de que não iria se precipitar e que as consequências do agravamento da crise econômica preocupa o Congresso, participantes de uma reunião de emergência havida na casa de Renan Calheiros revelaram que, embora compreensivo dos riscos, Viana já tinha avisado que suspenderia toda a pauta de votações dos projetos de interesse do governo. Isso incluiria, além do segundo turno da PEC do teto de gastos, a lei de licitações, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e créditos adicionais.
Agora, com a decisão submissa mas legal do STF – provocada pela hiperatividade de um Ministro – Renan retorna ao Senado como rei e poderá vender mais caro ainda seu apoio ao governo Temer.
A pressa do povo -
Quem foi às ruas domingo pedir a cabeça de Renan Calheiros lembrou quem seria seu substituto?
Além disso, há o exibicionismo Judiciário. Muitas pessoas não ligarão para como Renan cai, apenas para o fato em si. Ou seja, não só ignoram quem assumiria seu lugar, como sequer pararam para pensar em como se deu sua queda. Sem o fortalecimento de nossas instituições, o país sempre será uma republiqueta das bananas e esta é uma das razões que Renan se apoia para pretender impor a lei que condena magistrados – mais uma vez, como tudo nos últimos tempos, uma boa lei mas em tempos extremamente inconvenientes.
E agora?
Agora Michel Temer sofrerá as consequências de ter feito acordos com o capeta: muito mais caro sairá qualquer acordo com o Presidente do Senado e teremos o desprazer de ver as pautas necessárias para o país serem vendidas a peso de ouro, sangradas uma a uma, por um Renan ávido e soberbo.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
SENADO NÃO ACATA LIMINAR DO SUPREMO E MANTÉM RENAN NA PRESIDÊNCIA – INSTITUIÇÕES NO BRASIL MOSTRAM SUA AGONIA
Em uma decisão inédita, ilegal e sem precedentes, a mesa diretora do Senado decidiu não acatar a liminar expedida pelo Ministro Marco Aurélio Melo, que determina o imediato afastamento de Renan Calheiros da Presidência.
Mesmo concedida em uma hora particularmente inconveniente, a liminar do STF é uma determinação judicial e tem de ser cumprida. Neste caso, não apenas a mesa diretora insurgiu-se contra o Judiciário como o próprio senador recusou-se a assinar a notificação que o cientificaria da determinação, em um inédito motim institucional contra a ordem nacional.
Resta saber se o Judiciário acatará calado a bofetada do Legislativo e esperará a decisão em plenário da causa ou se será expedida a imediata ordem de prisão contra Renan Calheiros.
Seja qual for o resultado deste vexame, o que não resta dúvida é o fato de Marco Aurélio Melo e Renan Calheiros terem colocado o Brasil á beira do precipício institucional, deixando claro á todos que hoje o país não tem leis nem instituições.
É hora de deixarmos de considerar uma intervenção militar como sonhos de radicais e pensarmos na mesma como questão de sobrevivência e unidade nacional.
Não há outra verdade: os três poderes estão cometendo suicídio coletivo e matando o país com eles.
Walter Biancardine
CRISE INSTITUCIONAL -
Gilmar, o bipolar, desta vez está certo. Como esteve certo Marco Aurélio, apenas desgraçando o país por sua falta de "timing" ou excesso de subserviência política.
O fato é que agora, se Renan voltar ao Senado por decisão do plenário do STF, ostentará uma força política que o tornará virtualmente nocivo - mais do que já é - ao Brasil.
Apelos de Renan por mobilização pública mais parecem um transgênero entre o pastelão e o imoral. Pretende, o pobre, mostrar sua força política para o STF.
Enquanto isso, o Executivo ostenta um presidente que lá está quase que "por favor". Um Legislativo podre em seu âmago, sem nenhuma moral conciliatória, debanda apavorado em meio ao naufrágio, enquanto um Judiciário canibaliza-se, com todo o indecente apetite de suas vaidades.
Em tudo e por tudo, vê-se claramente as instituições sendo rasgadas pela vaidade e politicagem de seus expoentes.
Dias negros virão.
Leia o link abaixo:
http://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-moreno/post/gilmar-sugere-inimputabilidade-ou-impeachment-para-marco-aurelio.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar
EDITORIAL - O PIOR QUE HÁ DE VIR
OS PIORES TEMPOS -
Senhores, não é hora de rir.
O país atravessa a mais séria crise institucional já enfrentada desde a proclamação desta infeliz república.
A Ministra Presidente do STF, Carmem Lúcia, disse sem os filtros da grande mídia: "Ou é a democracia ou a guerra. E o papel da Justiça é pacificar”.
Até mesmo o indesejado Jorge Viana, que assumirá a presidência do Senado, afirma sem papas na língua: ""Eu não posso e não devo ter ideia sobre o que farei na presidência do Senado. É uma situação muito grave, é uma crise institucional gravíssima que o país está vivendo"
Em momentos tão críticos como este, cabe a todos os brasileiros lembrarem QUEM colocou o país em tal estado de coisas: os 13 anos de desgoverno ditatorial do PT, apoiados por TODA A ESQUERDA BRASILEIRA E COM O INCONTESTE ENDOSSO DA GRANDE MÍDIA.
Que estejamos preparados para enfrentar, com serenidade e maturidade, os tristes tempos que poderão advir.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
ATENÇÃO - URGENTE: RENAN CALHEIROS AFASTADO DA PRESIDÊNCIA DO SENADO -
Marco Aurélio Mello é um crápula que não dá ponto sem nó: ao atender um justificado anseio popular afastando Renan Calheiros da Presidência do Senado, ele fere não só o próprio STF ao justificar o ato como sendo em obediência á uma decisão ainda não proferida (está com o comparsa Toffoli, para vistas), como também fornica de vez as esperanças do governo Temer em suas pautas a serem votadas.
O vice que assume é Jorge Viana (PT-AC), que vai fazer o possível e o impossível para destruir de vez esta gestão e levar o país á uma convulsão social.
Com esta gente, só na bala.
SEGUE A NOTA DO G1 - Leia
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu liminar (decisão provisória) nesta segunda-feira (5) para afastar Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado.
O ministro atendeu a pedido do partido Rede Sustentabilidade e entendeu que, como Renan Calheiros virou réu no Supremo, não pode continuar no cargo em razão de estar na linha sucessória da Presidência da República.
"Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de Presidente do Senado o senador Renan Calheiros. Com a urgência que o caso requer, deem cumprimento, por mandado, sob as penas da Lei, a esta decisão", afirma o ministro no despacho.
O plenário do STF ainda terá de se manifestar para dar uma decisão final sobre o caso, o que não tem data para ocorrer. Renan Calheiros ainda poderá recorrer da decisão de Marco Aurélio.
Com o afastamento do peemedebista da presidência, o senador oposicionista Jorge Vianna (PT-AC), primeiro-vice-presidente do Senado, assumirá o comando da Casa.
Réu no STF
Na semana passada, o plenário do Supremo decidiu, por oito votos a três, abrir ação penal e tornar Renan réu pelo crime de peculato (apropriação de verba pública).
Segundo o STF, há indícios de que Renan fraudou recebimento de empréstimos de uma locadora de veículos para justificar movimentação financeira suficiente para pagar pensão à filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.
A Corte também entendeu que há indícios de que Renan Calheiros usou dinheiro da verba indenizatória que deveria ser usada no exercício do cargo de Senador para pagar a locadora, embora não haja nenhum indício de que o serviço foi realmente prestado.
Réu na linha de sucessão
Antes, em novembro, o Supremo começou a julgar ação apresentada pela Rede sobre se um réu pode estar na linha sucessória da Presidência.
Para seis ministros, um parlamentar que é alvo de ação penal não pode ser presidente da Câmara ou presidente do Senado porque é inerente ao cargo deles eventualmente ter que assumir a Presidência.
O julgamento, porém, não foi concluído porque o ministro Dias Toffoli pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
Apesar de o julgamento não ter sido concluído, a Rede argumentou no pedido de afastamento de Renan que isso não impedia Marco Aurélio Mello de analisar a liminar. O partido lembrou que isso já aconteceu em outros casos, de um ministro pedir vista sobre um tema e outro conceder liminar sobre o mesmo tema.
Do G1
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