segunda-feira, 20 de agosto de 2012



A repressão governamental contra aqueles que expõem publicamente suas opiniões não é um triste privilégio exclusivo do século passado.
Experimentamos hoje um inacreditável retrocesso da mão pesada do Estado, praticamente ressuscitando o "crime de opinião" ao dar cínica guarida judicial aos inúmeros processos civis sob a acusação de danos morais, difamação e calúnia, sem atinar em suas verdadeiras motivações políticas e censórias.
Não foi outra a razão da prolongada hibernação de nosso jornal: criticando uma decisão da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que deu ganho de causa ao prefeito de Cabo Frio em um processo que litigava contra Alair Corrêa, tivemos nossa palavra cassada por ilegítima interpelação deste prefeito - arvorado em defensor do Poder Judiciário fluminense contra nossas supostamente danosas considerações.
O processo contra nós teve o destino que merecia: a lata de lixo, arquivado por ilegitimidade do autor.
O Poder Judiciário não precisa que ninguém o defenda, é soberano e não carece de protetores - auto intitulados ou nomeados como "sinônimos" do mesmo por algum nefasto político.
O leitor há de perdoar nossa prolongada ausência - muito maior do que a suficiente para recompor-nos de tal atribulação - mas não podemos fugir à verdade, admitindo profundo desencanto que nos dominou durante todo esse tempo e paralisou nossas atividades de maneira muito mais grave que quaisquer arreganhos absurdos de coronéis provincianos.
O Opinião está de volta, este é o fato.
E desde já podemos assegurar àqueles que buscam nossas páginas que este é apenas um primeiro passo, em busca de destinos maiores no coração do povo da Região dos Lagos.
Quem viver, verá!