Várias Variadas
·OFENSAS
Se alguma mídia opina desfavoravelmente a respeito de uma ATITUDE (pública e verdadeira) de uma pessoa pública, isto é tomado como uma ofensa PESSOAL; e é passível de processo judicial e das punições previstas em LEI. Porém, se outra mídia ofende e macula a VIDA PESSOAL (privada e nem sempre verdadeira) de uma pessoa pública, isto é levado na conta de “birra” ou “fofoca”- ou seja, é NORMAL, e o ofendido que se vire para limpar a barra perante a comunidade, ou que engula a “mácula” como puder... Faz sentido?
·ELOGIOS
Algumas mídias têm por costume cair de pára-quedas numa “briga” alheia (como a acima descrita) e tomar o partido que mais lhes convenha no momento – sem sequer averiguar os comos e por quês. Mas como alguns “rixentos” ( ou ofendidos – como queiram) o são por compulsão, mais dia menos dia os então paladinos, acabam se tornando “réus” em ações propostas por alguém da mesma patota daquele que tão avidamente e briosamente foi por eles defendido. É “bem feito”? Até pode ser... Mas, faz sentido?
·PESOS & PENAS
Incorre em crime de RACISMO - imprescritível e inafiançável e quiças hediondo a partir da reforma do C. Penal; um dono de restaurante que impeça uma cidadã “boazuda” afro-descendente de se alimentar em estabelecimento comercial. A pena é de prisão e multa. Se a mesmíssima gostosona, no mesmo restaurante levar uma navalhada que lhe deforme o rosto (lesão deformante e irreversível), por que uma mulher ciumenta cismou que a moça estava paquerando-lhe o marido; a agressora incorre no crime de LESÃO CORPORAL, que segundo o mesmo código: permite fiança, só procede mediante queixa da vítima, e prescreve. E a pena é proporcionalmente muito inferior a aplicável no primeiro caso... Faz sentido?
·RESPONSABILIDADES
Já se incorporou aos costumes o corre-corre para finalizar e inaugurar obras públicas em período eleitoral (com ou sem a presença dos candidatos da situação). Também é bastante comum que serviços públicos (varrição, coleta de lixo, poda de árvores, mutirão de serviços de saúde) assumam uma súbita importância e presteza (lixeiros 3 vezes ao dia?). E que tal a criação de programas profissionalizantes e de empregabilidade e que de lambuja proporcionem aos inscritos uma mesadinha? E que por mera casualidade funcionem em prédios públicos (escolas municipais, por exemplo)... E o que dizer se curiosamente a responsabilidade pelos ditos serviços estão ou estiveram a cargo de pessoas que ou são candidatos, ou tem parentes que o são? Faz sentido?
·EXPOSIÇÃO
Fica muito difícil entender o que pretende um político que expõe os membros da sua família como se estivesse em um leilão de gado, mostrando claramente ao seu eleitorado (pobre e desvalido) que “ele” tem uma vida pessoal e familiar saída diretamente de um “anuncio de margarina” – tipo não é pro teu bico. É uma bofetada na cara do pai e da mãe, doentes, desempregados, com meia dúzia (os que sobreviveram) de filhos famélicos e ignorantes. Por felicidade esta GENTE não tem televisão - de modo que a arrogância e o assédio moral não tornam o “sofrimento” continuado, mas a birosca da esquina tem; e a imagem “deletéria” vai acompanhar estes eleitores na hora de digitar o número do candidato na urna. Faz sentido?
·DANDO NOMES AOS “BOIS”
Como o digníssimo público leitor/eleitor há de ter percebido AQUI não são dados “nomes aos bois” (ou melhor dito aos capetas). Motivo? Bem, em primeiro lugar por que nem o editor do Jornal Opinião, nem esta escriba têm meios para pagar todas as multas que adviriam desta deduragem. Por outro lado, qualquer dos nossos antenadíssimos leitores é perfeitamente capaz de identificar os personagens por conta própria. E finalmente as mesmas colocações feitas aqui são aplicáveis a vários casos locais ou não. Faz todo o sentido! É ou não é?
* Beth Michel é artista plástica, aprendiz de escriba, blogueira e “crítica contemporânea” ( chique no último né?)