CORAGEM DE MINISTRO DO STF SURPREENDE DITADURA PETISTA
Finalmente, vozes importantes começam a contestar o socialismo de vitrine
Até então distante do julgamento do mensalão, o Palácio do Planalto recebeu com surpresa a afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, de que um projeto de lei foi alterado propositalmente para beneficiar alguns dos réus da ação penal. A postura de Britto gerou desconforto em integrantes da cúpula do governo.
A afirmação de Ayres Britto sobre a mudança na legislação para influenciar o julgamento foi feita na quinta-feira, quando ele votou pela primeira vez no caso. Avaliação reservada de integrantes do Planalto é de que Ayres Britto passou por cima da autonomia do Poder Legislativo e ainda criou constrangimentos ao Poder Executivo, já que o autor da lei em questão é o atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
Para um interlocutor da presidente Dilma Rousseff, Ayres Britto usou palavras fortes e com isso criou um atrito entre os três poderes. O presidente do STF chegou a afirmar que a manobra “é um veemente, desabrido, escancarado” atropelo à Constituição. A lei em questão deu nova regulação para os repasses do “bônus-volume”, que são comissões que as agências recebem das empresas de comunicação como incentivo pelos anúncios veiculados.
No processo do mensalão, a Procuradoria Geral da República acusou uma empresa de Marcos Valério de ficar com R$ 2,9 milhões de bônus que, por contrato, deveriam ser devolvidos para o Banco do Brasil. Pela nova lei sancionada pelo ex-presidente Lula, essa prática passa a ser legal.
(Fonte: G1)
Opinião do OPINIÃO:
Um Congresso subserviente cuja única função é mendigar graças do Governo Federal não pode ser atropelado por outros poderes. Atropela-se a si mesmo, em sua ânsia servil.
Dez anos no poder deram uma incontestável arrogância aos stalinistas que pretendem nova ditadura tupiniquim, e apenas este foi o motivo da surpresa: ao longo dos anos e por conta de uma regra absurda, o Planalto acostumou-se a ter pupilos nas cadeiras da mais alta Corte de Justiça do país, nomeados pela benemerência – e esperando retorno em favores – da Presidência da República.
Acontece que alguns que lá estão foram nomeados ainda por presidentes mais democráticos, e mesmo aos recém-chegados, lícito é esperar que suas consciências falem mais alto.
As corajosas palavras do Ministro Ayres Britto – somadas à postura irretocável do seu colega Ministro Joaquim Barbosa foram duro tapa na cara dos totalitaristas tropicais, e mostraram claramente que nem todos se acovardaram ao marketing demagógico petista e muito menos se omitiram diante de uma turba fanática que não admite contestação.
Típico dos teleguiados petistas, o silêncio é o que se seguirá, pois a cartilha de ações e reações é uma só e que permeia a Federação, os Estados e os Municípios. Se fecharão em copas, aparentando profunda mágoa com as incansáveis manobras das elites, enquanto preparam sórdida vendeta contra os dois brasileiros que simbolizam que nem tudo está perdido.
Ayres Britto e Joaquim Barbosa: ainda existem motivos para nos orgulharmos de ser brasileiros.