Um boi bom de Ibope
Parece que uma verdadeira praga de clones vem se alastrando pelas terras cabofrienses: já tivemos aqui um blog com o mesmo nome deste – e que pirraceava em dizer que era o original – depois tivemos um frigorífico homônimo à um da cidade de Campos dos Goytacazes e agora, pasmem!, temos não dois, mas nove Ibopes!
Excetuando-se o caso bovino citado acima, é senso comum crer que a lei impeça empresas de atuarem com o mesmo nome – notadamente no mesmo segmento de mercado. Portanto, os tais nove Ibopes ou são grossa bandalheira a enganar incautos ou são subsidiárias da mesma empresa de estatísticas.
Entretanto, ao observar a reação de júbilo de conhecido – e pretenso – formador de opinião local, constatamos que seria muito interessante e honesto que este mesmo momento fosse aproveitado para que o sapientíssimo blogueiro explicasse melhor as obscuras relações dos promotores da candidatura de seu estimado concorrente à Prefeitura com o fake Boi Bom de Cabo Frio.
Igualmente, já que o assunto são falsidades, seria de bom tom que o blogueiro justificasse a injustificável contratação de funcionários fantasmas na ALERJ – notadamente uma candidata de destaque na conjuntura atual, embora inexpressiva até então.
Ainda na extensa seara das falsidades, também seria bom que o mesmo rotundo senhor definisse qual das suas múltiplas opiniões é a verdadeira: se a que diz que Alair e Marquinho – este último o patrono e promotor de seu candidato – são “farinha do mesmo saco”, ou se a frente do “Vai ser diferente” é uma frente de oposição ao governo municipal e solenemente ignora os préstimos municipais e estaduais. Até porque – nunca é demais repetir o raciocínio que lancei aqui – jamais se viu um sucessor apontado proclamar que “vai ser diferente” de seu padrinho.
Para não perder o hábito, também seria de bom tom que o vetusto escrevinhador deixasse bem claro se ele considera o Cabofolia algo de pernicioso à cidade – conforme proclamou durante anos – ou se simplesmente desconhece o que seja este evento, pois apenas anunciou – e ganhou dinheiro – o mesmo em suas páginas.
E, finalizando, o que este mesmo professor de ética teria a dizer sobre a retirada de suas postagens contrárias ao Cabofolia, logo após a denúncia por mim levada à público?
De todas as questões levantadas acima, ressalta-se a primeira – Boi Bom – onde cheques foram trocados por pessoas ligadas ao atual governo e que ampara a capenga candidatura. Ora, embora difícil, é possível que se contrate serviços de homônimos ignorando a farsa.
Mas é impossível fazer o que foi feito na Boi Bom apenas porque, casualmente, estavam passando na calçada em frente.
Tal como um hipopótamo em mesa de tampo de vidro, o frágil telhado da campanha continuísta e de sua mídia assalariada desaba por sí só, com o peso absurdo de seu histerismo vazio e hipócrita.
Walter Biancardine