Uma análise mais
aprofundada sobre as consequências do impeachment deixarei para
outro artigo. Neste, discorrerei apenas sobre o fim da esquerda no
Brasil, o fim das bandeiras demagógicas e populistas, e sobre a
urgente necessidade de levarmos o Brasil á idade adulta.
Assim sendo, por
mais que o noticiário local tente dar uma de “isentão”, fica
patente a mágoa de quem perdeu discurso com a vergonhosa queda de
Dilma Roussef e seus aderentes.
Tal como o
cabofriense médio, a mídia local acredita piamente que o mundo, o
universo e a criação Divina se resumem á Praça Porto Rocha e o
Malibú. Não, não é assim. E a prova disso é que mesmo pífia, a
manifestação pró impeachment daqui foi maior que a dos contra.
Cidadãos de Cabo Frio, cuja mentalidade já é outra e arejada pelos
novos ventos, sabem que basta uma canetada em Brasília para acabar
com nossos sonhos por aqui, ou realizá-los – Alair Corrêa que o
diga.
A verdade é que
Dilma é apenas a outra face do mal. Lula, Zé Dirceu, Genoíno,
Berzoini, Ruy Falcão, Stédile, Boulos, todos estes são integrantes
de uma mesma quadrilha truculenta, com métodos e padrões morais de
traficantes de drogas, que invadiu e empesteou o Estado, a política
e a cultura brasileira.
Lamentam-se os
“isentões” e os nem tanto que um novo governo irá retirar os
programas sociais – é a eterna chantagem contra uma maioria
parasitária do curral eleitoral da fome. Que retire, pois além de
não haver almoço grátis (alguém paga o caviar dos apaniguados da
Lei Rouanet e o pão com mortadela dos militantes), um verdadeiro
programa social nunca deve dar o peixe e sim ensinar a pescar. O
sucesso deste tipo de programa não se mede pela quantidade de gente
que abriga e sim pelo número dos que os deixam, prontos para serem
produtivos á sociedade.
Não vamos cansar
nossos leitores enumerando os males que a esquerda produziu, ao longo
de décadas pós redemocratização, ao modo de pensar do brasileiro
– um caldo de cultura que incensa o ócio, privilegia o medíocre,
exalta o incapaz, sustenta o sociopata e se alimenta da hipocrisia
mútua do “politicamente correto”. Basta ligar o rádio e ouvir
uma música bárbara, tribal, primária e bordelesca. Basta ir á um
teatro e assistir uma peça, incompreensível em seu “conceitual”
que mais parece um código entre amigos – hermético, pernóstico e
pobre mas financiada por generosas verbas estatais. Basta assistir à
TV e notar o rebaixamento de idéias e conceitos, em busca da
compreensão de um povo que se entrevou no caldo de cultura
esquerdista e mal consegue manejar os rudimentos da civilização. Se
antes a esquerda se valia de Marx em seus argumentos, hoje recorre –
com gosto – ao estômago e a libido da turba.
Dilma caiu, e levou
junto Lula, sua demagogia populista e o vasto arsenal de mentiras e
sofismas da esquerda. Resta agora verificarmos o grau de cinismo de
políticos e aspirantes a tal, que terão de buscar outras bandeiras
ou – na falta de capacidade criativa que lhes é peculiar –
envergar suas melhores caras de pau e ainda ostentarem a bandeira
vermelha da execração pública.
O que defenderão?
Mais esmolas para o povo, às custas do seu bolso, do meu bolso? Mais
divisão entre pobres e ricos, negros e brancos, gays e héteros?
Mais ódio e racismo contra a chamada “elite branca”? Mais inveja
contra quem paga impostos e produz? Mais paternalismo do Estado, para
que não tenham o fardo da responsabilidade sobre seus próprios
fracassos? Na verdade, sempre se desculparão que “este não é o
socialismo que dá certo” ou se vitimizando com “não nos
deixaram implantar o socialismo”- o paraíso sempre adiado, tal
como promessas de uma virgem.
O brasileiro precisa
crescer, urgente. Longe se vai sua já tardia adolescência, que
paralisa um país inteiro do Natal ao carnaval, tal como crianças em
férias escolares. Precisamos acabar com o horror ao trabalho, com as
piadas e deboches á quem se dedica a melhorar (“este é caxias,
nerd, CDF”, etc) para que compreendamos, finalmente, que quem
insiste na existência de senzala são os que preferem o almoço
grátis da escravidão á responsabilidade do banquete da liberdade.
Qualquer ideologia é
melhor que a esquerda dos quilombos e qualquer um é melhor que
Dilma, Lula e o PT de engenho.
Mas a mentalidade de
traficantes dos quadrilheiros vermelhos não vai aceitar calado o
jogo democrático, pois a democracia – para eles – só existe
quando é a seu favor. Eles irão gritar, emperrar judicialmente o
processo, fazer greves, manifestações, quebra-quebras e tentar o
único argumento que conhecem: a força bruta e o terror.
Que venham, pois a
macheza nunca foi privilégio desta esquerda que late e não morde.
Macheza de verdade possui aquele que defende sua família, suas
conquistas e sua moral.
Caiam pra dentro,
tigrada!
Walter Biancardine