sábado, 2 de abril de 2016

O MUSEU DOS MAL AMADOS - PERGUNTINHAS BOAS PRA CACETE – O inventário da pobreza política da oposição em Cabo Frio


Por vezes a vida do jornalista político torna-se difícil pelo fato de nada termos a explicar: situações por demais óbvias, de uma cretinice evidente, nos roubam a chance de brilhar em análises que se tornam completamente desnecessárias – é como se a oposição cabofriense houvesse perdido de vez a vergonha na cara e resolvido agir como um réu confesso – a delação premiada de suas sujeiras ideológicas e estratégicas, que infelizmente em nada abonarão a desonestidade intelectual de seus representantes.

Janio Mendes fecha-se em copas, desgastado e acabrunhado pelo véu da longa farsa, rasgado de cima a baixo pela coincidência de ações de um SEPE desastrado, ávido e incompetente em suas “guerrilhas” - que expuseram o pior lado demagógico e eleitoreiro de sindicatos aparelhados – conjugado com um surreal Governo Federal com a barriga rasgada e mostrando toda a a imundície de roubos, repressões, chantagens e até assassinatos, que compunham seu modus operandi.

O SEPE – órgão local apoiado por Janio – foi desmascarado. Já o Governo Federal assumiu sua ilegalidade criminosa e a pratica escancaradamente em busca de sua sobrevivência. E este governo, cujo discurso todos os brasileiros agora sabem ser apenas uma farsa, foi a luz guia destes esquerdistas de vitrine que usaram e abusaram de seus slogans e chavões de ódio divisionista e populista. Tal naufrágio arrastou para o fundo do oceano eleitoral as pretensões do aprendiz de Lula chamado Janio Mendes, e seu congênere de mesmo sobrenome, Marquinho.

Já denunciamos que a esquerda não pensa, apenas repete chavões e cumpre ordens. Em Brasília loteiam-se cargos nos Ministérios em troca de deputados ausentes na votação do impeachment. Em Cabo Frio arrebanham-se celebridades inexpressivas em candidaturas à vereança, para encorpar sua minguada força eleitoral – e pouco importam suas ideologias, o que vale é serem relativamente populares ainda que à força de apologia às drogas, sensacionalismo mundo cão ou greves-palanque.

Em Brasília, expedem-se ordens aos sindicatos e movimentos sociais para que tumultuem o país – e sentimos isto aqui com o SEPE. 

Em Brasília manda-se os MAV's (Militantes de Ambientes Virtuais) congestionarem as redes sociais com seus perfis fakes, para passar a impressão de maioria. Aqui, tal situação se repete em sua forma caiçara, mas intacta em sua essência desonesta conforme já denunciamos e provamos nestas páginas. 

Em Brasília cometem-se assassinatos de reputações e desconstruções de imagens públicas – não faltam exemplos de políticos tidos como “amigos incondicionais” e que agora são chamados de “idiotas” por um alcoólatra desesperado – vide o caso Delcídio do Amaral. Aqui, antigos aliados ou amigos do prefeito Alair Corrêa, assanhados pelo fogo eleitoral que lhes devoram as partes, desandam a criticar e caluniar o homem que, até seis meses atrás, era “um exemplo de governança”.

E se em Brasília temos gente idosa como Chico Buarque e Caetano Veloso a suicidarem suas popularidades pretéritas ao emprestarem apoio á um cadáver político indefensável, aqui temos igualmente nossos fósseis tais como o blogueiro Totonho, cujo último artigo é digno de ser pendurado no Museu dos Horrores Esquerdistas – um retrato congelado das idéias, palavras e motes de uma época há muito soterrada pela verdade histórica, mas que insiste em seus urros agonizantes de “não passarão”, “oligarquias capitalistas”, “órgãos de repressão” e outros fedores de mofo retirados de um baú trancado desde 1968.

Pelas razões acima compreenderá o leitor a dificuldade de um analista político em trazer á sua apreciação algum tema que ele próprio já não tenha percebido sozinho, sem precisar ler nenhum jornal: é por demais evidente, chega a ser chato.

Cabe agora a pregunta incômoda: irão os partidos traírem seus integrantes em troca de um pedacinho de governo Federal moribundo? O PMDB saiu do governo, mas não saiu. E o PP ensaia uma dúvida que mais cheira á leilão.

Que estes senhores lá do Planalto se lembrem que os prefeitos e vereadores são a sustentação de seus deputados e governadores – eles são a base da pirâmide. E sem isso, sem esta coerência mínima, não há como justificar o sistema de representação partidária neste país.

PERGUNTAS BOAS PRA CACETE

1 – Sr. Janio, o senhor votou sistematicamente contra os professores, mas diz apoiar o SEPE. Como assim? Isso não prejudicaria o marido de sua sobrinha, que tenta fazer carreira politica através deste sindicato?

2 – O senhor também apresentou um projeto na ALERJ que foi vetado por Pezão – e o senhor votou pela manutenção do veto, ou seja, contra o senhor mesmo. Pelo amor de Deus, nos explique.

3 – O senhor recebe com honras Ciro Gomes e Lupi, prestando assim reverência ao PDT – partido que faz parte da sustentação de Dilma. O senhor acredita que ela ainda tenha condições de governar?

4 – Em que sentido o senhor acha que uma (vá lá) cantora de rap, com um histórico de arruaças e passagens pela polícia, pode contribuir para melhorar a cidade?

5 – Sr. Marcos Mendes, o senhor corteja abertamente o PT em busca de mais tempo no horário eleitoral gratuito ou é por convicção ideológica?

6 – Se é por convicção, o senhor não teme vincular seu nome á uma legenda caindo de podre, manchete fronteiriça entre noticiário politico e página policial?

7 – Do mesmo modo, sua história junto ao PT nos remete diretamente ao caso do militante que divulgou a gravação com a famosa frase “um pacotinho bom pra cacete”. Não seria o caso de evitar a qualquer custo reviver tamanho desgaste?

8 – O senhor é recordista em processos. Não há, de sua parte, nenhum temor com os mesmos? Todos eles, sem exceção, são apenas “perseguição política”?

Cartas para a redação, se quiserem.


Walter Biancardine