O tempo é senhor da
razão.
A frase, que ganhou
triste notoriedade nos anos 90 graças a uma camiseta do ex
presidente Fernando Collor, sobrevive e se aplica aos políticos da
oposição na cidade.
De maneira
implacável, cruel e quase irônica, a crise política criada pelas
roubalheiras ditatoriais do PT, Lula e Dilma, permeou através das
instâncias de poder e foi desmascarando antigos usuários de
discursos mofados e posturas hipócritas.
O deputado Federal
Marquinho Mendes é um exemplo: entalado em uma sinuca de bico entre
a necessidade de fechar com o PT de Cabo Frio e a opinião pública,
não teve dúvidas e já avisou que vai votar CONTRA o impeachment de
Dilma Roussef – que se dane o Brasil, desde que ele ganhe 15
segundos a mais de tempo na propaganda eleitoral da TV. Aliás, o
histórico da associação de MM com o PT não é dos mais bonitos.
Basta lembrar o escândalo do “pacotinho bom pra cacete”, gravado
e mostrado nas TV's como um suborno ao vivo e a cores.
Já o deputado
Estadual Janio Mendes arrasta atrás de si uma triste estrada de
subserviência: curvou-se ao Sérgio Cabral, curvou-se ao Pezão,
curvou-se á barbárie de Lupi e Ciro Gomes e se curvará a qualquer
um que signifique uma esmola a sua candidatura de prefeito. Janio é
o Lula municipal: há anos criticando, vendendo uma suposta
coerência, anunciando esperança e agora, ao roçar o desespero,
encarnar o “Janinho Paz e Amor” para conquistar “azelites”
que sempre demonizou. Sem tirar nem pôr.
No campo da vereança
esta mesma oposição é, ao menos, coerente: tão medíocre quanto
seus candidatos majoritários, assim os são seus postulantes á
Câmara. De professores-sindicalistas que já iniciam sua carreira
politica com a batida mentira do “nada do que faço tem pretensão
eleitoral” - e que depois verificamos ser a única razão de suas
atitudes – até o desespero raspa de tacho em convidar expoentes do
anonimato musical (o “musical” corre por conta da boa vontade do
autor) ou repórteres policiais que repentinamente se arvoram em
canhestros analistas políticos, tudo vale em busca da nominata.
O que mais
entristece neste cenário é termos a certeza de que eles nos acham
nada mais que otários. É sabermos que o julgamento que fazem de
nossa inteligência é tão rasteiro que acham suficiente pendurar a
candidatura de um Peter Pan politico ou uma contumaz defensora das
drogas para que acreditemos no “novo”, na “mudança”, nos
dias melhores prometidos.
É a glamourização
da mediocridade, conforme preconizado pelas lideranças lá em cima.
O que eles mandam lá
em Brasília, seus prepostos repetem aqui. E não há motivos para
crermos que, só em Cabo Frio, será diferente.
Enquanto isso, Alair
Corrêa trabalha. E muito.
Walter Biancardine