Não se iluda: o
movimento pró-impeachment vive um refluxo.
A bem da verdade,
todo o país – os 80% decentes – vive esta sensação de pasmo,
mesmerizados com a quase patológica capacidade governamental de
perpetuar-se em crimes abertos e sem nenhuma preocupação em
ocultar, como seja, a grande black friday que se transformaram os
cargos de primeiro escalão do Planalto.
Comprar deputados e
senadores às escâncaras não torna menor o outro crime diário
cometido pela Presidente da República: utilizar as dependências do
Palácio do Planalto – a casa do governo – para promover
verdadeiros comícios com as claque paga. Verdadeiras carnificinas
democráticas, onde o mando pessoal e um projeto particular de poder
são enfiados via satélite por dentro das gargantas de cada
brasileiro, e abençoados pelo silêncio cúmplice de políticos, boa
parte da mídia e a esmagadora maioria das Forças Armadas.
Tá tranquilo, tá
favorável: este é o ponto que a ousadia criminosa lulopetista
conseguiu. Lula governa da suíte de um hotel em Brasília, amparado
por lacaios do STF. Dilma vai às compras e volta com bolsas e bolsas
de deputados e senadores – nem tão baratos assim, mas ainda em
conta.
E o povo se ilude
com a pantomima do impeachment, cuja única função é servir como
atestado anti-golpista dos assustados brasileiros que se opõem ao
governo – o qual, mesmo assim, acusa: é golpe!
E nisso o tempo
passa, o ímpeto arrefece, o brasileiro esquece, o povo cordial
perdoa.
E logo estaremos
apenas nos divertindo com notinhas em jornais, fingindo que criticam
os desatinos de Dilma na campanha eleitoral de 2018 a qual –
apostem – será sucedida pelo sr. Luis Inácio, o Lula que matou
uma nação.
O tempo trabalha a
favor do ladrão. É hora de ir para as ruas.
E não mais sair até
que este governo caia.
Walter Biancardine