Por vezes a vida do
jornalista político torna-se difícil pelo fato de nada termos a
explicar: situações por demais óbvias, de uma cretinice evidente,
nos roubam a chance de brilhar em análises que se tornam
completamente desnecessárias – é como se a oposição cabofriense
houvesse perdido de vez a vergonha na cara e resolvido agir como um
réu confesso – a delação premiada de suas sujeiras ideológicas
e estratégicas, que infelizmente em nada abonarão a desonestidade
intelectual de seus representantes.
Janio Mendes
fecha-se em copas, desgastado e acabrunhado pelo véu da longa farsa,
rasgado de cima a baixo pela coincidência de ações de um SEPE
desastrado, ávido e incompetente em suas “guerrilhas” - que
expuseram o pior lado demagógico e eleitoreiro de sindicatos
aparelhados – conjugado com um surreal Governo Federal com a
barriga rasgada e mostrando toda a a imundície de roubos,
repressões, chantagens e até assassinatos, que compunham seu modus
operandi.
O SEPE – órgão
local apoiado por Janio – foi desmascarado. Já o Governo Federal
assumiu sua ilegalidade criminosa e a pratica escancaradamente em
busca de sua sobrevivência. E este governo, cujo discurso todos os
brasileiros agora sabem ser apenas uma farsa, foi a luz guia destes
esquerdistas de vitrine que usaram e abusaram de seus slogans e
chavões de ódio divisionista e populista. Tal naufrágio arrastou
para o fundo do oceano eleitoral as pretensões do aprendiz de Lula
chamado Janio Mendes, e seu congênere de mesmo sobrenome, Marquinho.
Já denunciamos que
a esquerda não pensa, apenas repete chavões e cumpre ordens. Em
Brasília loteiam-se cargos nos Ministérios em troca de deputados
ausentes na votação do impeachment. Em Cabo Frio arrebanham-se
celebridades inexpressivas em candidaturas à vereança, para
encorpar sua minguada força eleitoral – e pouco importam suas
ideologias, o que vale é serem relativamente populares ainda que à
força de apologia às drogas, sensacionalismo mundo cão ou
greves-palanque.
Em Brasília,
expedem-se ordens aos sindicatos e movimentos sociais para que
tumultuem o país – e sentimos isto aqui com o SEPE.
Em Brasília
manda-se os MAV's (Militantes de Ambientes Virtuais) congestionarem
as redes sociais com seus perfis fakes, para passar a impressão de
maioria. Aqui, tal situação se repete em sua forma caiçara, mas
intacta em sua essência desonesta conforme já denunciamos e
provamos nestas páginas.
Em Brasília cometem-se assassinatos de
reputações e desconstruções de imagens públicas – não faltam
exemplos de políticos tidos como “amigos incondicionais” e que
agora são chamados de “idiotas” por um alcoólatra desesperado –
vide o caso Delcídio do Amaral. Aqui, antigos aliados ou amigos do
prefeito Alair Corrêa, assanhados pelo fogo eleitoral que lhes
devoram as partes, desandam a criticar e caluniar o homem que, até
seis meses atrás, era “um exemplo de governança”.
E se em Brasília
temos gente idosa como Chico Buarque e Caetano Veloso a suicidarem
suas popularidades pretéritas ao emprestarem apoio á um cadáver
político indefensável, aqui temos igualmente nossos fósseis tais
como o blogueiro Totonho, cujo último artigo é digno de ser
pendurado no Museu dos Horrores Esquerdistas – um retrato congelado
das idéias, palavras e motes de uma época há muito soterrada pela
verdade histórica, mas que insiste em seus urros agonizantes de “não
passarão”, “oligarquias capitalistas”, “órgãos de
repressão” e outros fedores de mofo retirados de um baú trancado
desde 1968.
Pelas razões acima
compreenderá o leitor a dificuldade de um analista político em
trazer á sua apreciação algum tema que ele próprio já não tenha
percebido sozinho, sem precisar ler nenhum jornal: é por demais
evidente, chega a ser chato.
Cabe agora a
pregunta incômoda: irão os partidos traírem seus integrantes em
troca de um pedacinho de governo Federal moribundo? O PMDB saiu do
governo, mas não saiu. E o PP ensaia uma dúvida que mais cheira á
leilão.
Que estes senhores
lá do Planalto se lembrem que os prefeitos e vereadores são a
sustentação de seus deputados e governadores – eles são a base
da pirâmide. E sem isso, sem esta coerência mínima, não há como
justificar o sistema de representação partidária neste país.
PERGUNTAS BOAS PRA
CACETE
1 – Sr. Janio, o
senhor votou sistematicamente contra os professores, mas diz apoiar o
SEPE. Como assim? Isso não prejudicaria o marido de sua sobrinha,
que tenta fazer carreira politica através deste sindicato?
2 – O senhor
também apresentou um projeto na ALERJ que foi vetado por Pezão –
e o senhor votou pela manutenção do veto, ou seja, contra o senhor
mesmo. Pelo amor de Deus, nos explique.
3 – O senhor
recebe com honras Ciro Gomes e Lupi, prestando assim reverência ao
PDT – partido que faz parte da sustentação de Dilma. O senhor
acredita que ela ainda tenha condições de governar?
4 – Em que sentido
o senhor acha que uma (vá lá) cantora de rap, com um histórico de
arruaças e passagens pela polícia, pode contribuir para melhorar a
cidade?
5 – Sr. Marcos
Mendes, o senhor corteja abertamente o PT em busca de mais tempo no
horário eleitoral gratuito ou é por convicção ideológica?
6 – Se é por
convicção, o senhor não teme vincular seu nome á uma legenda
caindo de podre, manchete fronteiriça entre noticiário politico e
página policial?
7 – Do mesmo modo,
sua história junto ao PT nos remete diretamente ao caso do militante
que divulgou a gravação com a famosa frase “um pacotinho bom pra
cacete”. Não seria o caso de evitar a qualquer custo reviver
tamanho desgaste?
8 – O senhor é
recordista em processos. Não há, de sua parte, nenhum temor com os
mesmos? Todos eles, sem exceção, são apenas “perseguição
política”?
Cartas para a
redação, se quiserem.
Walter Biancardine