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Este editorial é um testemunho da entrevista concedida pelo ex prefeito Alair Corrêa à Inter TV – afiliada local da Rede Globo – recentemente, onde ele teve a oportunidade de desmentir a falsa informação de que uma grande quantia em dinheiro teria sido apreendida em sua casa quando, na verdade, foi encontrada na residência de um dos sócios de uma empreiteira investigada, no bairro Leblon, Rio de Janeiro.
Entretanto, um repórter não trabalha sozinho. Por trás dele existe a produção jornalística que, na edição da matéria, pode montá-la como bem entenderem seus critérios – inclusive cortando trechos que, sabe-se lá por quais razões – não interessem à pauta da emissora. E o trecho cortado foi exatamente o desmentido de Alair, uma pessoa que certamente jamais foi vista com simpatia pela empresa global.
Não entraremos aqui na discussão sobre ética jornalística, compromisso com a verdade e outros valores pois cada um de nós – se temos boa índole – os conhecemos sem precisar de explicações.
O que nos causa preocupação é a desfaçatez com que uma empresa de porte nacional molda suas “verdades” e tenta nos empurrá-las. Se fazem isso com uma cidade de 200 mil habitantes, o quê não serão capazes de fazer com temas de interesse nacional?
Cada pauta “escandalosa” da emissora passa, então, a ser suspeita: do assassinato de uma vereadora pouco conhecida, Marielle, e que se tornou celebridade da noite para o dia, até o ódio explícito por Donald Trump – presidente dos EUA e que nada tem a ver conosco – tudo se torna mal cheiroso, fedendo à farsa e à interesses escondidos.
E pior: tal desvio de conduta é encampado pelo jornalismo nanico local, que os copia descaradamente e com todas as suas mentiras embutidas, sem a preocupação básica de investigar se é fato ou não, e os passa adiante. A mentira torna-se, assim, um “telefone sem fio” propagador de boatos e acusações mentirosas, lançadas por importantes mídias com interesses excusos e endossadas por pequenas publicações em busca de sucesso fácil.
Os pontos de vista do Opinião são, após nove anos de estrada, bastante conhecidos mas desde o impeachment de Dilma Roussef temos nos dedicado também a mostrar todas as mentiras que a grande mídia tenta nos impor, querendo moldar nossas opiniões, valores, gostos e hábitos.
Nos sombrios tempos que vivemos desde então – com o próprio Governo Federal do PT tentando censurar a internet, calando a mídia por anúncios e fechando o Congresso á custa de dinheiro – atingimos repercussão nacional, com dezenas de milhares de acessos por todo o Brasil e seguidores famosos. E isso se deu pelo fato de que as redes sociais deram voz a quem sempre quis falar e jamais teve chance: o povo.
É certo que também existe muita mentira nas redes – e em todos os lugares – mas a grande mídia perdeu definitivamente seu status de “formadora de opinião” e de “condutora das massas”. Agora, quem mostra a verdade é a internet, através do cidadão comum e dos canais – como o Opinião – reconhecidamente comprometidos com a verdade pelo peso dos seguidores que possui e pela repercussão de suas matérias.
O povo brasileiro não deve nada a ninguém, pois ele mesmo é quem publica as verdades, hoje em dia.
Atitudes corajosas e de clara compreensão da podridão da grande mídia – como a demonstrada pelo sr. Leonardo, autor do vídeo que acompanha esta matéria – devem ser aplaudidas e imitadas.
Cremos que agora tudo está bem claro sobre o mal que a TV nos faz, e que nós temos um lado: o seu.
E esta é a razão deste editorial.
Walter Biancardine
Editor
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