quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

EDITORIAL - CRIANÇAS PROVINCIANAS



Câmara de Búzios pede o afastamento do Dr. André do Cargo.
Um fedelho em Cabo Frio protocola um requerimento querendo destituir Alair do poder.
Um sindicato faz greves sem fim, acreditando que o mundo parou para assisti-lo.
Requerimentos, protocolos, processos, greves, passeatas…em Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia...e por aí vai.
Qual dos casos acima é justo? Qual é mero oportunismo?

A classe politica e os aspirantes á ela na Região dos Lagos estão se assemelhando, nos últimos tempos, a bebês que descobriram seu poder de destruir empurrando um copo de cima da mesa: encantados, repetem, repetem, abusam do direito e o prostituem, transformando armas legítimas da democracia em um achincalhe – uma alavanca de suas vaidades e ambições pessoais.

Vivemos hoje em um momento que mal podemos distinguir o que é uma iniciativa cabível, embasada, daquilo que surge na mídia – sempre escandalosa – como mera fanfarronice eleitoral.

O desgaste provocado por este tipo de espetáculo tosco – na verdade, uma farsa, pois não se busca solucionar o problema e sim “aparecer bem na foto”, como defensor dos oprimidos – apenas gera o descrédito que hoje as instituições brasileiras sofrem.

Aos olhos do povo, um mar de impunidade corre solto quando, na verdade, muitas coisas não seriam realmente puníveis e sim lá arroladas apenas pelo desejo de aparecer, por parte de seus promotores.

Enquanto isso crimes verdadeiros são varridos para baixo do tapete, pois a atenção pública foi desviada para factóides com evidente finalidade de auto promoção.

Está na hora de abandonar o provincianismo.
Está na hora de crescer.


Walter Biancardine

GREVE DO SEPE TEM DATA E HORA PARA ACABAR


A greve do SEPE já tem data e hora para acabar: zero hora do dia 02 de outubro de 2016, dia das eleições municipais em todo o Brasil e, é claro, em Cabo Frio – onde o sindicato espera emplacar alguns de seus dirigentes como vereadores ou, no mínimo, angariar votos suficientes para garantir um bom cargo ou posição de poder e influência na administração municipal.

Publicamos ontem que os dirigentes do mais espúrio dos sindicatos teriam tomado algum tipo de calmante para terem sido tão compreensivos, educados e cordatos com o homem que, apesar de seus mais de 70 anos, xingavam não só a ele mas sua família também até o dia anterior.

Alair teve seu gesto de boa vontade. Procurou o diálogo, mostrou as contas, explicou as dificuldades e impossibilidades. Entre quatro paredes, dirigentes foram compreensivos e reconheceram o aperto passado pelo município. Mas esta compreensão funcionaria em uma assembleia repleta de militantes sedentos de sangue?

Falhou. Ainda que tenha havido uma boa vontade real do SEPE, o mesmo agora é prisioneiro do monstro que criou, a turba inflamada das assembleias, que não aceitará nada menos que a cabeça de Alair em uma bandeja de prata.

O SEPE não pode viver sem a greve. Não pode viver sem os holofotes que a mídia amiga – composta igualmente de candidatos – dirige a eles. Não pode se dar ao luxo de entrar em um acordo e dispensar o precioso palanque eleitoral, que sangrará pais e alunos de Cabo Frio por todo ano de 2016 até que cheguem as eleições e suas ambições sejam satisfeitas.

Talvez já tenhamos gasto linhas e páginas demais com semelhante ajuntamento de desqualificados.

É hora de parar de falar neste sindicato de bandidos, de dar o cartaz que tanto querem.

Chega de SEPE. E que pais e alunos se lembrem de quem os deixou sem aulas, sem esperanças e sem o direito de tocar a vida adiante.

Greve que nunca acaba: o palco do eterno comício do SEPE.


Walter Biancardine

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CURTAS & GROSSAS


Dia atípico
O prefeito Alair Corrêa reuniu-se, na Câmara de Vereadores nesta quarta feira, em uma conversa com os sindicalistas do SEPE intermediada pelos edis.
Mostrou as contas, explicou pela enésima vez a questão da insuficiência do FUNDEB para a folha de pagamentos da educação e, a tal ponto foi didático que o vereador Aquiles Barreto – pasmem! – teria se oferecido para conseguir um empréstimo junto a Caixa Econômica Federal para aliviar as dores do magistério.

Dia atípico II
Os sindicalistas do SEPE devem ter tomado alguma coisa antes da tal reunião. Valium 20mg, Lexotan, o que seja. Espantosamente calmos, espantosamente cordatos, igualmente concluíram que a situação financeira da Prefeitura é terrível e concordaram em receber estas mesmas contas apresentadas na Câmara para análise.

Dia atípico III
Aproveitando a maré – tá tranquilo, tá favorável – o prefeito Alair Corrêa falou sobre a reunião na mídia. Primeiro, no programa Amaury Valério e depois – pasmem 2! – no Região em Foco, aquele mesmo que esculhambou o governo diante de um Secretário de Cultura, no caso o Facury, atônito e sem direito de resposta diante de tanta grosseria.

Dia atípico IV
Alair falou – pausadamente, calmo e de modo quase didático – sobre o conversado na Câmara. Explicou a insuficiência de fundos, a questão dos atrasos no pagamento mas sem nunca deixar de pagar aos professores e o porquê de ter aberto o diálogo com o SEPE:
- Sou um democrata, mas não admito que se reúnam na porta de minha casa e me xinguem, ofendam minha família, minha mulher. Na audiência de conciliação eles (os dirigentes) se mostraram mais calmos e cordatos, por isso resolvi conversar, explicou o prefeito.
Com a carapuça enterrada até o pescoço os dois apresentadores, que meses antes o esculhambaram, apenas engoliram em seco.

Dia atípico V
Aliás vale ressaltar a mansidão, cordura, educação – quase miaram para o prefeito, na verdade – da dupla a frente do Região em Foco. Bem diferente da agressividade barraqueira com que destrataram um Secretário Municipal do mesmo governo, naquele mesmo programa.
Quando Alair – sem nenhum sorriso – fala baixo, calmo e pausado, o sangue dessa gente gela nas veias.

Rotina
Entretanto, nem tudo são flores nesta nova conjunção astral que parece ter alinhado os planetas no dia de hoje. O radialista Ademilton Ferreira segue batendo duro em Alair, com uma ferocidade nunca vista. Parece que, quando o assunto é Prefeitura, Ademilton esquece o risinho debochado com que costuma soltar suas eternas indiretas. Papai Ariston garante.

Nova rotina
Já o blogueiro Chicão prossegue em sua nova função de espinafrar o mesmo prefeito o qual – pouco tempo atrás – morria de amores. Desapoderado, sai batendo em todo mundo sem guardar critério, lógica, coerência ou respeito à verdade.
Daqui a pouco poderá dar o braço á “anciã culta” em suas críticas contra a mão que o afagou.

NOTA POSTERIOR: verificamos as postagens no blog do Chicão e, realmente, ele não afirma que o prefeito estaria doente. Ele fala, isto sim, que a "família deveria se preocupar com sua saúde". Mesmo considerando o sentido dúbio da frase, publicamos esta errata.

Aposta
A verdade é que se o SEPE finalmente entrar em acordo com Alair, o blogueiro protegido de Janio ficará – tal como seu patrono – sem discurso.
Apostas já estão sendo feitas na certeza de que o menino vai tentar ressuscitar o pedido de cassação do prefeito, reclamar do Ibascaf, falar do buraco na rua ou que um imbecil pichou o convento – e a culpa, é claro, será do chefe do Executivo.
Desespero puro.



domingo, 21 de fevereiro de 2016

CRÔNICAS DE DOMINGO - Um senhor que ajuda


- Graças a Deus ela tem um senhor que ajuda, senão nem sei o que seria dos seus estudos, exclamou aliviada dona Palmira, ao saber que os três últimos meses do colégio da filha – uma linda jovem de 15 anos que desabrochava em flor diante da cobiça alheia – estavam adiantadamente pagos.

Rousemar – ou simplesmente Rose – era o fruto dourado do casamento daquela pobre costureira da Vila Nova, viúva de um pescador que ninguém sabia ao certo se havia, de fato, morrido.

Seu Alberízio – o senhor que ajudava devotadamente a jovem – era um conhecido e circunspecto dono de comércio na praça Porto Rocha e, altruísta, tudo fazia para que o anonimato de sua filantropia permanecesse.

Proprietário de um armazém de aviamentos e passamanarias, não apenas custeava os estudos da jovem como também provisionava a mãe da menina com fornecimento abundante de matéria-prima para suas costuras. De fato, a vida finalmente parecia facilitar um pouco as dores de dona Palmira, agora amealhando seus trocados com as costuras e apostando na formosura da filha como o arrimo de sua velhice.

Aquele final do ano de 1966 seria, de todas as maneiras, marcante para a pequena e modesta família. Sua pequena jóia, Rose, terminaria o primeiro grau, completaria 16 anos e poderia ajudar a mãe em sua faina de costuras e arremates. Dona Palmira já ensaiava o discurso de agradecimento que faria aos pés do generoso Alberízio, quando a pequena irrompeu pela sala, decidida:
- Mãe, vou embora daqui.

A velha sentiu o teto desabar-lhe sobre a cabeça, e perguntou quase em uma expectoração:
- Como assim, minha filha? Endoidou?

-Não, o seu Alberízio me disse que quando eu completasse os estudos ele montava uma casa para mim, revelou, sem a menor cerimônia.

Palmira sentou-se em seu sofá puído, em busca de amparo. Compreendera de um só lance tudo o que se passara nos últimos dois anos; da mudança de comportamento da pequena passando pelos seus trejeitos e gostos precocemente femininos, as conversas cochichadas entre Rose e seu protetor – que supunha somente caridosos e ajuizados conselhos paternais – e sentiu-se enojada e envergonhada de jamais ter enxergado a concupiscência em tantos “colinhos” que o abastado senhor oferecia à jovem, ainda menina.

Uma surra de cinta limitou o trânsito da rapariga entre seu quarto e o banheiro enquanto, resoluta, Palmira ganhava a rua rumo ao armazém de aviamentos.

* * *

- O senhor é um homem casado, seu Alberízio! Como pode fazer isso? E com uma menina que podia ser sua filha, disparou Palmira, defronte ao balcão da loja que ficava na frente do lar do comerciante.

O até então circunspecto senhor gelou com a súbita aparição da costureira e quase desmaiou ao constatar que sua mulher, alarmada com os gritos, veio à venda para saber o que se passava.

Palmira olhou a mulher, uma senhora de idade aproximada à sua, que enxugava as mãos em seu avental e trazia atrás de sí uma pequena fieira de crianças curiosas – uma prole que ia de uns 9 aos seus 15 anos – e perdeu o ímpeto.
- Seu Alberízio, eu preciso falar em particular com o senhor!

* * *

Arrependera-se daquela conversa. Arrependera-se mesmo de ter sentido alguma piedade da mulher do negociante, dos seus filhos, completamente inocentes da depravação que minava seu lar, feito infiltração dos piores esgotos da alma. 

Realmente, arrependera-se de tudo ao constatar que – na prática – aquele seríssimo senhor era agora proprietário de sua filha, um cafetão em trajes sociais cujo único interesse teria sido preservar uma libido decadente, alimentando-a de mocinhas cada vez mais jovens e que porventura já houvessem nascido sem o sentido da decência em suas almas.

Sim, porque não há concubinato com menos de dois culpados. Agora Palmira sabia que, por razões que só Deus entenderia, sua pequena filha sempre estivera disposta a trocar a virtude pelo conforto, desde que aprendera a traduzir as razões de tanta gentileza do velho senhor, e isso mal saída da infância. Na cabeça suja da pequena, pensava Palmira, que mal haveria em deixar-se apalpar se era tudo o que o velho queria? Em troca ela teria boas roupas, passeios, estudo!

Concluíra finalmente que sua filha achara a troca justa, quase uma pechincha, antes de cair ao chão vitimada por um derrame.

* * *

Quatro anos se passaram desde a morte da pobre velha. Quatro anos se passaram, nos quais a agora moça feita insistia em seu sonho de casar-se com o velho Alberízio – insinuações sempre rechaçadas a custa de piadas, brigas ou mesmo presentes caros.

Naquela véspera da decisão da Copa do Mundo, Rose encheu-se de razões cuidadosamente garimpadas entre os grãos de sua moral e bateu às portas do comércio de seu protetor. Sem a condescendência de sua falecida mãe, a moça criou um escândalo de proporções bíblicas ao provocar a expulsão do velho de sua própria casa pela sua enfurecida mulher que agora, finalmente, sabia de todo o lodaçal que corria sob seu nariz.

Assustada com as consequências avassaladoras de seus atos, escondeu-se Rose em sua casa de teúda e manteúda enquanto os comentários ganhavam a cidade, desmoralizando toda uma família, um comércio, e sem sinal de que aquilo fosse ter um fim tão cedo.

Os meses correram. Alberízio perdera o comércio para sua mulher, ameaçado pelos cunhados. 

Empobrecido, mudou-se para uma pequena casinha cujo aluguel às duras penas pagava, com seus parcos rendimentos de caseiro na mansão de um milionário carioca.

Imaginou o velho que seria a hora, então, de casar-se de fato com sua protegida e poder contar com o conforto daquela casa, que tão cara – em todos os aspectos – lhe saíra. A resposta a sua reivindicação, entretanto, fora uma debochada gargalhada. A formosa Rose era agora noiva, casaria em breve com um tenente que servia na Base Aero Naval de São Pedro da Aldeia, e que se ele não fosse embora logo, ela mandaria chamar os militares.

Alberízio terminou seus dias na mais sórdida miséria, em uma cabana nas matas do Peró, onde fazia uma pobre menina cega vender conchinhas na beira da estrada, aos turistas que passavam.

Walter Biancardine


AOS ALUNOS, COM CARINHO


Sendo tal cartaz de autoria do SEPE, podemos traduzir:

"Querido aluno, estamos nos lixando pra você.

Não sentimos falta nenhuma das salas de aula, pois o que importa pra nós é eleger alguém da diretoria como vereador.

Não estamos deixando de ensinar: estamos ensinando que o importante é o poder, o dinheiro, a influência - essa história de ir à luta é só pra engambelar pais e mães otários.

Vamos infernizar a cidade, não importa o preço, e vamos deixar o Governo do Estado em paz, pois mesmo que nosso sindicato seja estadual, não vamos contrariar aqueles que nos financiam.

Assim, amanhã você vai entender que alguém te ferrou em nome de suas próprias ambições, e que nessa vida vale a lei do mais canalha."

Com carinho,


Dos dirigentes que se dizem professores.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

SILÊNCIO GRÁVIDO


Hoje é sexta feira, fim de semana que chega e momento de tirar dos ombros a pesada mochila das batalhas cotidianas.

Porém, ao contrário de tantas outras, percebe-se nesta um estranho e pesado silêncio – calmaria após as tempestades, dirão os otimistas. Ou a quietude que prenuncia tormentas, segundo os pessimistas – silêncio grávido, cujo rebento é fruto de grande e duradoura interrogação.

Paira nos ares a tensão surda, indefinível, inquietante e que nos faz temer respostas tanto quanto a malícia dos que perguntam, posto que – ultimamente – nada parece acontecer de forma aleatória e inocente.

É o silêncio ensurdecedor, que confunde bússolas e angustia os homens.

Se nada pode ser feito, algo há de ser dito.

O silêncio adormece os corações.


Walter Biancardine

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

BULLYING VIRTUAL: A VALENTIA DOS ANÔNIMOS


Há um limite claro entre a luta justa, o bom combate – não importando as razões – e o jogo sujo, o golpe baixo e o terrorismo, seja ele real ou virtual.

Existe um padrão claríssimo, fácil de perceber, nas táticas de imposição de ideias pela força, empregadas por toda a esquerda brasileira: a patrulha ideológica virtual, o ciber-bullying, as agressões em comentários postados, difamações, boatos e calúnias na mídia seguem uma linha descendente, idênticos entre si em seu modus operandi, cujo início percebemos nos defensores do governo petista – e, a reboque, nos manifestantes pró-PT, MST, Passe Livre e outros – e que permeia todas as esferas de oposição governamental.

Os ataques baixos empregados em defesa da roubalheira Federal são replicados de maneira idêntica quando o governo de um Estado ou Município se interpõe entre tais “guerrilheiros” e seus objetivos.

O que vemos em Cabo Frio atualmente não é uma reação espontânea de trabalhadores indignados: trata-se de um movimento calculado, orquestrado e com uma finalidade precisa, que é desestabilizar o governo. Só um cego não perceberá as mesmas táticas e golpes baixos, empregados pelo SEPE para conseguir seus objetivos eleitorais.

O mais espúrio dos sindicatos se utiliza dos serviços de “guerrilheiros virtuais” para lotar as páginas de seus adversários com ofensas, calúnias e provocações. Em sua maioria são pessoas que sequer pertencem ao magistério, e que usam como desculpa “simpatia pela causa” ou por ter algum parente exercendo a profissão.

Outros, mais óbvios, servem-se de perfis falsos cuja única finalidade – coordenados pela direção do sindicato e seus patrocinadores – é lotar as redes sociais de xingamentos e assim aparentar, aos olhos de um visitante incauto, que formam uma “maioria esmagadora e indignada”.

Tudo mentira, tudo falsidade, tudo orquestrado!

Não mais de 10 perfis conseguem engarrafar as redes sociais com suas agressões, chegando ao ponto de políticos, como o prefeito Alair Corrêa, se retirarem da internet para preservar um mínimo de dignidade e que culminou com o absurdo linchamento moral de um garoto de 13 anos, que atreveu a dizer-se contra o movimento.

Só que a criatura, engendrada pelas esquerdas e adotada pelo SEPE, começa a sair do controle e ganhar vida própria, já que passou recentemente a atacar até mesmo aliados, como o ex-prefeito Marquinho Mendes, em suas intervenções na rede.

Ao lado desta presença terrorista e agressiva nas redes sociais, reza a cartilha esquerdista que igualmente dominem a mídia – e não foi outra a razão de convidarem artistas e jornalistas conhecidos na cidade, para concorrerem á vereança.

O Opinião, por diversas vezes, já alertou – e os fatos provaram ser verdade – quanto á utilização de pessoas proeminentes e movimentos reivindicatórios para fins eleitorais.

Não é outra a razão de, agora, o SEPE tentar “limpar sua barra” convocando reuniões com pais de alunos objetivando convencê-los a engolir o prejuízo.

Não foi outra a razão de acusarmos como político o protesto solitário de uma “rapper” – foi convidada pelo deputado Janio Mendes para ser candidata a vereadora.

Não é outra a razão de afirmarmos serem estas greves palanques eleitorais – dirigentes do SEPE serão candidatos em outubro.

E não foi a toa que afirmamos o propósito de dominação da mídia – a jornalista Renata Cristiane, igualmente convidada para concorrer á vereança.

Ilesos nesta guerra e posando de inocentes, só Janio Mendes e seu fiel escudeiro, dublé de agitador e dirigente sindical – os fiéis depositários, em Cabo Frio, de todos os horrores do desgoverno petista que quebrou o Brasil.

Cabe a pergunta: por que será?

Walter Biancardine



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

MOMENTO CULTURA – Sequelas do Vietnam


Talvez um dos momentos mais inglórios da história recente dos Estados Unidos tenha sido a guerra do Vietnam.
Horrores bélicos à parte, uma tremenda convulsão social envolveu governo, cidadãos, ativistas e ex-combatentes de volta ao lar.
Em plenos anos da filosofia “Paz e Amor”, os soldados que retornavam do front – muitos mutilados, feridos ou com a mente destruída pelos horrores da guerra – acabaram sendo hostilizados pelo próprio povo que defendiam.
Tornaram-se símbolos da matança – os “matadores de criancinhas” - e não encontraram em seus compatriotas, amigos e vizinhos o apoio necessário.
Abandonados até pelo próprio governo, hostilizados pelo povo e arrastando as sequelas dos horrores vividos, formaram o que se convencionou chamar de “geração perdida”.
Foram precisos muitos anos até que os ânimos esfriassem e o país compreendesse o sacrifício de quem se entregou à luta e nem ao menos um “muito obrigado” recebeu.
Alguns, felizmente, viveram para receber o agradecimento.
Muitos, entretanto, morreram amargurados, odiados e esquecidos.
Quem realmente colheu os louros foram os ativistas do “paz e amor”, cuja filosofia de omissão, embuste, intrigas e pleno domínio da mídia conseguiu impor sua versão dos fatos.
Existem guerras em que não há vencedores.
É preciso um mínimo de respeito aos que lutaram.
Walter Biancardine

O TEMPO ARRANCA AS MÁSCARAS


Um garoto de 13 anos resolveu agir contra o excesso de protestos do SEPE Lagos e, por esforço próprio organizou o mesmo, acreditando que tudo correria bem.

Ciente que os professores são uma classe honrada, que não compactuam com as manobras politicas de um sindicato-palanque, apostou que haveriam adesões e muitos encontrariam em seu ato a chance de externar suas opiniões.

Faltou experiência, faltou vivência, faltou “maldade”, e o protesto deu errado.

Ninguém gosta de sofrer um revés e o mesmo, por sí só, já seria uma consequência bastante pesada para o menino carregar, afinal até mesmo gozações por parte de colegas de escola ele poderia temer.
A nota triste é que nenhum colega sequer pensou nisso.

Mas o SEPE sim.

A direção do sindicato – e mais o batalhão de guerrilheiros virtuais, que repete a cartilha dos MAV's terroristas das redes sociais em patrulhas ideológicas – é composta, também, de professores, imagino.
E estes “professores” não perdoaram a iniciativa do jovem Davi.

Uma enxurrada de xingamentos, deboches, palavrões, calúnias – um verdadeiro “ciberbullying” - invadiu a matéria do Opinião postada ontem, sobre o movimento que deu errado.

“Professores” que xingaram o jovem; “professores” que debocharam de sua iniciativa, “professores” que desqualificaram seu direito a ter uma opinião, “professores” que atacaram não só um menino de 13 anos mas também sua família.

Pior: “professores” cheios de diplomas, inflados em suas arrogâncias intelectuais – já os chamei de “úteros sem ovários, apenas acumulam esperma sem nenhuma vida darem à luz”, ou seja, conhecimento sem frutos – e que mantém blogs, frequentam programas de rádio e TV, igualmente e sem a menor vergonha tentaram castrar o menino, debochando, rindo, desqualificando – matando-o espiritualmente, se possível fosse.

Tal comportamento delinquente, patológico, é um preocupante indício do caráter daqueles a quem o menino se atreveu a enfrentar.

Os verdadeiros educadores, os mestres reais e vocacionados, certamente não concordaram em sua totalidade com o menino – afinal, estamos tratando do recebimento de salários, do ganha pão – mas compreenderam que é dever daqueles que se propõem a formar uma pessoa permitir que tentem voar, e até incentivar a iniciativa. Os que não concordaram foram dignos, e mantiveram-se quietos.

Mas a direção do SEPE, não.

E tamanha foi a crueldade, a ânsia de linchamento moral de um garoto cuja única culpa é admirar um desafeto político do sindicato, que seus excessos acabaram por transformar o erro do menino em uma impressionante vitória da verdade sobre as ambições ocultas.

Em outubro, estes mesmos linchadores de crianças estarão pedindo seu voto, prometendo educar seus filhos e cuidá-los.

As aulas recomeçam. Você, pai e mãe, confiarão neles?


Walter Biancardine

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

COVARDES NEM TENTAM


Um garoto de 13 anos abriu mão do direito de ser espectador e decidiu ser protagonista, em uma situação absurda, abusiva e prejudicial não apenas a ele, mas também a muitos outros garotos e garotas perdidos, sem saber dos seus rumos – confiscados por um sindicato sem nenhum escrúpulo em tomar os destinos de jovens como reféns de suas pretensões políticas.

Errou, querendo combater fogo com fogo, protesto com protesto, multidão com multidão – que não apareceu, em parte farta de tantos transtornos nas ruas e em parte temerosa com a possível violência dos integrantes do tal sindicato que – coincidentemente – marcou mais uma manifestação, e para o mesmo dia.



Errou sim, mas enquanto muitos apenas sofriam passivamente uma decisão arbitrária e ilegal de um sindicato, ele tirou a bunda da poltrona e apresentou-se para a briga. Desigual? Sim, um jovem e inexperiente rapazola de pouco mais de uma década de vida não é páreo para baderneiros profissionais.

Mas sua coragem juvenil deixa evidências que podem ser plenamente observadas na reação do, digamos, “vitorioso” SEPE: professores, mestres educadores, responsáveis pela formação de toda uma juventude, agora zombam de um jovem e pretendem não apenas emprestar o ridículo ao que deveria ser cultivado e incentivado, mas também querem roubar-lhe até mesmo a iniciativa corajosa, atribuindo a terceiros sua tentativa.

Nem ao menos lembraram-se da dignidade do silêncio; a cegueira, barbárie e insensibilidade apodreceram o sindicato em seu cerne. Assim, colhem agora sua vitória de Pirro, desmoralizados em sua crueldade justamente contra aqueles que são a razão de seus ofícios.

Cabo Frio está de luto: morreram os mestres, nasceram os monstros.

Mas o futuro nos reserva um Davi.


Walter Biancardine

SEPE: PRIMÁRIOS E PREVISÍVEIS...


ATENÇÃO PAIS E ALUNOS: NÃO CEDAM AS PROVOCAÇÕES - ELES QUEREM SER "VÍTIMAS"!


domingo, 14 de fevereiro de 2016

ARMAÇÃO REVELADA – AGORA A PALHAÇADA SE EXPLICA!


Ratos costumam abandonar um navio quando farejam perigo.
O professor-censor, que não tem o faro muito apurado, imaginou farejar algo errado no atual governo e, esperto, tratou de bandear-se para o braço truculento da dupla Mendes & Mendes: o SEPE.

Não foi outra a razão da inexplicável (até então) birra contra o garoto Davi, que por iniciativa própria organiza uma manifestação popular contra o mais espúrio dos sindicatos já vistos.

A farsa foi evidenciada pela postagem sentimentalóide de Rafael Peçanha – um dos dirigentes do SEPE e virtual candidato a vereador – que tenta desqualificar a iniciativa de Davi com a alegação de que o mesmo estuda em escola particular.

Para variar e seguindo a tradição de frouxidão da oposição, afirmam ainda que “tudo é feito à mando de Alair”. Para eles, ninguém possui capacidade ou iniciativa própria, sempre são lacaios de alguém, fazendo seu “serviço sujo”. Ora, o gato que usa, acusa!

Sem argumentos, Rafael Peçanha mais uma vez apela para o drama. Faro errado, Chicão se bandeia para o lado que acredita ser mais popular – ambos professores, ambos historiadores, ambos socialistas, ambos úteros sem ovários.

E por que a convocação feita pelo menino Davi não é legitima? Só porque o sr. Rafael assim o quis? Porque é contra o SEPE? Ou por ciúmes e inveja? Por não querer correr o risco de um garoto de 13 anos mobilizar mais gente que seu sindicato fora da lei?

O professor Chicão se uniu ao também professor Rafael Peçanha com o único objetivo de esvaziar o movimento idealizado pelo jovem, esta é que é a verdade.

Um assim o fez por inveja. Outro, por medo. Enquanto se discute a idade de Davi, esquecemos a ilegalidade do SEPE e a manifestação contra o mesmo, já marcada.

Chicão quer a renúncia de Alair e uma boca no próximo governo, por isso se uniu ao SEPE, que teme uma manifestação pública contra seus desmandos, organizada pelo jovem Davi.

Ambos os professores emprenhados de títulos e diplomas, reivindicando o monopólio da sabedoria. Ambos professores, mas descrentes dos jovens.
Ambos medrosos e despeitados.
\Ambos querem os jovens somente se forem a seu favor.

Está desmascarada a farsa.


Walter Biancardine

INFANTILIDADE SEM FIM – PROFESSOR QUER CENSURAR JUVENTUDE


Um socialista que defende a meritocracia - “Consegui meus diplomas a custa de muito esforço” - quer calar a boca de quem discorda de sua ideologia -


Penso que, por causa de um menino birrento e teimoso, este assunto tão cedo terá fim. E não estou falando do menino de 13 anos, que escreve suas impressões e opiniões sobre a política cabofriense: falo sobre o outro menino, o de meio século de vida, que não se conforma em ver que o mundo é indiferente às suas pseudo verdades e condena o direito de um jovem postar suas opiniões, nas redes sociais e blogs.

De formação stalinista radical, praticante descarado de doutrinação política em salas de aula, sem o menor senso de democracia ou, ao menos, de equidade, grita o gorila ditador que o Conselho Tutelar intervenha no caso – pois, segundo ele, “não é possível responder á um adolescente”.

Pois este referido professor é notoriamente incapaz de responder a quem seja – garoto, velho ou tamanduá – já que, do alto de seus inúmeros diplomas, graduações e anos de sala de aula, revelou-se sem condições de produzir o que fosse, com tais conhecimentos acumulados.

É um útero sem ovários: acumula esperma, sem dar nenhuma vida á luz.

O tal “socialista empreendedor” quer CENSURAR o jovem blogueiro pois, como menor de idade, não teria o direito de fazer perfis em redes sociais ou blogs e – pior – de atrever-se a falar de política! Em sua lógica doente, aos 13 anos não pode sequer comentar sobre isso, mas aos 16 poderá eleger um presidente da República! Aos 13 anos pode mudar de sexo, mas não pode admirar Alair Corrêa. Qual seu problema com os heróis que o rapaz escolhe, meu caro?

Do alto de seus inúmeros diplomas, graduações e anos de sala de aula,
revelou-se sem condições de produzir o que fosse:
é um útero sem ovários, acumula esperma sem dar nenhuma vida à luz.


Em sua pobreza de argumentos, resolve atacar a mim também, imaginando ter uma grande arma ao chamar-me de “portariado neonazista”. Isso posto, resolvi ensinar ao professor de história o que – aparentemente – ele esqueceu: “Partido Nacional SOCIALISTA” - National Sozialistische Arbeitenpartei – é o nome completo do PARTIDO NAZISTA, que é o quê? Adivinharam! SOCIALISTA!

Matou 6 milhões de judeus, gays e ciganos que, somados aos mais de 100 MILHÕES de almas que foram trucidadas pelo regime SOVIÉTICO, CHINÊS e CUBANO que este professor tanto admira, dá bem uma ideia do calibre de sua imbecilidade: quem discorda das verdades sagradas do socialismo deve ser chamado de NAZISTA, FASCISTA – fácil, não?

Pois bem, meu caro e problemático chefe de torcida organizada; meu prezado – quando interessa – empreendedor capitalista, organizador do Dog Rock e Rock Humanitário, os quais tiveram o bondoso apoio do prefeito que hoje ele critica, fica aqui meu desafio: entre na Justiça contra o menino. Entre na Justiça contra mim, me acusando de nazismo. Entre na Justiça contra Deus, que te negou talentos e capacidades que inveja.

Mas, antes disso tudo, procure um bom terapeuta, pois socialismo é como espinhas: se não passar após a puberdade, melhor buscar ajuda.

Ditadura aqui não tem vez, filho.


Walter Biancardine.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

NUNCA SE ESCREVEU TANTA BESTEIRA


Por vezes julgamos um surto como terminado, mas pelos mistérios que só a psiquiatria conhece, o que pensávamos ser o fim era apenas uma pausa para novo acesso.
Não é nosso desejo entrar em nova polêmica, nova briga, novo desentendimento. Mas é impossível deixar passar impune um dos maiores arreganhos ditatoriais de um representante da (já ditatorial de berço e criação) esquerda cabofriense, clamando pela interferência do Conselho Tutelar sobre os escritos do jovem Davi Matos.
Nem vou comentar os excessos protecionistas da lei – citados pelo autor da reclamação – pois concordo. Apenas lembro que este protecionismo vitimista é obra da própria esquerda, que pune quem dá uma palmada em um jovem mas finge que não vê aqueles que o incentivam a mudar de sexo aos 6, 7 ou 8 anos ou – pior – tratam como coitadinho um assassino apenas por ter 17 anos e 11 meses.
Ora, o jovem em questão tem como único pecado – aos olhos censores de nosso esquerdista – escrever contrariando seus pontos de vista. Sim, pois desfilasse o garoto uma cartilha marxista em seus escritos e ele seria o primeiro a incensá-lo com o triste adjetivo de “prodígio”.
A que ponto de absurdo chegamos, onde um professor pretende que um adolescente tenha seu direito de escrever censurado, unicamente por divergir politicamente! ESTA É A ESQUERDA BRASILEIRA!
O menino exibe, em seus escritos, certa falta de maturidade própria de sua idade – mas é infinitamente superior ao seu pretenso censor, quatro vezes mais velho, neste quesito.
Em um país onde a garotada nada lê além de mensagens em código do WhatsApp ou outros neologismos dos games, é grata a satisfação de encontrar um jovem que não apenas escreve bem – com inicio, meio e fim – e sem apocalipses gramaticais, como sofremos ver todos os dias até em grandes jornais – mas também exibe coerência e segurança.
Eu próprio me vejo nele, em meus longínquos 13 anos, quando mimeografava um ridículo pasquim na escola – extinto em seu décimo número pelo dono do colégio – um almirante, e pai do nosso Carlos Eduardo Novaes.
Se com aquela mão de obra que um mimeógrafo dava eu segui em frente, quanto mais hoje em dia, que basta ter uma internet!
Podemos achar o apelido de “Prodígio” como exagerado e pretensioso, mas vá lá.
Podemos desejar que o garoto também se ocupe de outras coisas próprias de sua idade e não se embrenhe, tão precocemente, na imundície do jornalismo político ou da própria politica.
Podemos até não concordar com suas opiniões.
Mas enquanto eu tiver dois míseros dedos para batucar neste teclado, vou defender até a morte o direito do menino a postar seu blog – e nenhum troglodita leninista vai tirar isso dele.
O ridículo, em Cabo Frio, parece não ter mais limites.
Walter Biancardine

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CARTA ABERTA AO PROF. CHICÃO


Prezado Chicão, peço que não apele para o chavão, dualismo, maniqueísmo e outros quetais, em nosso atual e passageiro desentendimento.
Alega você que era o "queridinho" do prefeito mas agora ele teria mandado um "portariado" te atacar" - no caso, eu.
Em primeiro lugar, mesmo que te seja difícil, acredite que existem pessoas a defender governos, religiões ou ideologias sem que precisem de um feitor as "ordenando" que tal o faça - e assim eu sou. Ou o "engajado" com "senso crítico" e "politizado" tem como única característica a crítica total? Aplaudiu, perdeu todas essas qualidades? Alair deve ter mais o que fazer, não acha?
Desde 2007 escrevo publicamente meu apoio á Alair; mesmo nos piores anos - na pressão total do governo passado, com o ex-mandatário me processando e encontrando todas as portas fechadas aqui para mim, não vendí minhas convicções.
Não preciso e nem aceito que Alair - ou qualquer outro - venha me dizer o que fazer ou como pensar. Não sou um de seus alunos, Chicão, permeáveis à sua doutrinação ideológica.
Poupe-se, pois sua infantilidade (não são outra coisa suas bravatas) por vezes resvala no ridículo ou ofensivo, como agora.
Agindo assim, você se coloca no mesmo nível que a "Velha Senhora" e tantos outros que, como última arma, recorrem ao demérito da iniciativa pessoal e mesmo à capacidade de escrever algo sem ajuda, ordem ou benefício posterior.
Em segundo lugar, não te ataquei - e nem desejaria, tendo em vista o teor de suas queixas. Ora, supor que você utiliza aulas para doutrinar, que sua ótica é imune à argumentos contrários e que suas verdades são absolutas, antigas e estanques seria alguma mentira?
Repito: serenidade é algo que realmente passa longe de seu temperamento.
Seu esquerdismo é adolescente, estereotipado, fanatizado e tenho a certeza absoluta que sua defesa veemente de tal ideologia falida e assassina decorre somente pela sua boa índole, do seu senso de justiça e amor ao próximo, sentimentos que infelizmente foram canalizados para a saída mais à mão, nas faculdades.
Caia na real - você e tantos outros, cuja única arma é associar quem defende um governo com alguém que dele se beneficia ilegalmente - e enxergue que ninguém é dono da verdade. Nem eu, nem você.
O governo de Alair tem falhas, algumas enxergo, outras não. Defendo porque ainda acredito, e quanto as falhas que observo, não sairei por aí fazendo propaganda delas. Ou para você, alardear erros é isenção?
Recentemente critiquei a atuação pífia da Secretaria de Comunicação e a turma do "Preto ou Branco" - desta vez do lado do governo - arreganhou os dentes para mim. Não me dirigí ao sr, Santa Rosa - o qual nem conheço e nada de mau ou bom poderia falar - e sim ao infeliz subalterno que lá faz as vezes de "gerente". Mas, então? Devo transformar isso numa bandeira? Repetir a cada dia? Repercutir o tema?
Insisto no fato de que missão dada é missão cumprida. Quem se propõe a fazer algo, deve ir até o fim, custe o que custar - e a eventual renúncia de Alair não traria nenhum benefício prático ao povo - nem mesmo a oposição se beneficiaria, pois perderiam o alvo a ser batido.
Usar o argumentos tais como "preservar a saúde" é algo de tão torto que mal dá para comentar, pois um prefeito, vereador, secretário ou mesmo seus queridos "portariados" SERVEM ao governo, e o servir tem prioridade, exige sacrifícios. Se não estiver disposto, se não acreditar que aguenta o rojão, que não se candidate.
Encerro esta esperando que, algum dia, a maturidade o alcance e você, finalmente, compreenda que a vida é cinza.
Preto e branco, certo ou errado, bom ou mau só existem em nossa conduta moral - nunca pertenceu a nenhuma ideologia - e a política é feita apenas de tons.
Você é um homem bom, Chicão, e por isso é meu amigo. Além do mais, o rock and roll nos une, mas não use mais deste tipo de maniqueísmo ao se dirigir a mim, pois com 52 anos de estrada, não engulo uma bobajada que nem na adolescência acreditei.
Fica meu abraço e o agradecimento público por resgatar um pouco da memória do meu pai, na presidência do Clube do Canal.
Sempre serei grato à você por isso.
Walter Biancardine

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CHICÃO, RENÚNCIA É COISA DE FROUXO!


Mudar de idéia, de escolhas ou de opinião é um direito de todos mas a coisa perde sua legitimidade quando, para justificarmos essa mudança, usamos outras pessoas para tal.

Em um postagem em seu blog, o professor Chicão pede a renúncia do prefeito Alair Corrêa por – segundo ele – dispor de um orçamento numericamente maior que o valor da folha de pagamentos e ainda assim “não conseguir pagá-la” e por não conseguir colocar “ordem” na cidade.

O prefeito pediu direito de resposta e lá foi publicada sua versão, contestando os argumentos e apresentando alguns números, fatos tais que não são meu objetivo aqui analisar.

Pois bem: em sua “resposta á resposta” de Alair, Chicão finca pé em sua posição e exige a saída do prefeito baseado no fato de que “ninguém acredita mais em Alair. Só alguns de seus portariados ainda o defendem, em geral por gratidão”.

E é aí que a porca torce o rabo.

Que o professor ignore – passe por cima mesmo, tal como fez – os argumentos do prefeito, é algo de previsível. Afinal, o que esperar de uma personalidade tão facilmente “fanatizável” por causas? 

Um professor que publica em seu blog a pérola “porque só loira protesta contra Dilma ? Jamais vi uma negra protestando” - incentivando assim o divisionismo e o ódio racial e de classes pregado pela criminosa agenda do PT e do Foro de São Paulo (ambos obedecidos cegamente por ele) – perdeu, de fato, a serenidade e isenção para estar em uma classe. 

A não ser que admitamos as escolas e universidades como o que realmente se transformaram: centros de doutrinação bolivariana.

Mas que este mesmo professor inclua milhares de pessoas como justificativa de seu raciocínio, apenas por terem cargos de confiança, aí já vai longe demais.

É preciso que Chicão cresça. A adolescência contestadora há tempos já se foi e a obrigatoriedade, em seu ofício, de manter-se em contato com estes jovens pressupõe uma pessoa que será a luz a guiá-los – e não um espantoso caso de regressão, de assimilação de valores do mais fraco pelo mais forte tornando-se um mestre em busca de aceitação, cuja única ferramenta é “fazer-se colega”, como demonstra.

Chicão não discute: Chicão quer, e pronto. Birra, comportamento infantil e – pior – egoísta, pois sua maior fonte de decepção é ver seu bairro em franca desordem, como de fato acontece.

Baseado no problema salarial dos professores – classe honrada, da qual faz parte – e no furdunço que os farofeiros, ano após ano, transformam seu bairro do Peró, Chicão crê possuir argumentos para exigir a renúncia de um prefeito.

Não é assim, Chicão.

Não apenas o Peró, mas muitos outros locais exigem atenção – mas não a renúncia, argumento este tão descabido que até mesmo a oposição hesita em usá-lo.

Garotos protestam, xingam, fazem birra e malcriações – e desistem fácil, pois se algo caracteriza os jovens é sua grande arrancada mas pouca resistência, em termos de busca de objetivos.

E Alair, do alto de seus setenta e poucos anos, talvez já tenha perdido a capacidade das grandes arrancadas. Mas, tal como acontece aos homens maduros, possui uma infinita capacidade de resistência – a resiliência da maturidade.

Desistir é para os fracos, Chicão.

O pedido saiu com endereço errado.

Walter Biancardine


domingo, 7 de fevereiro de 2016

CRÔNICAS DE DOMINGO - GISLAINE DOS TRÊS VERÕES


Uma pré adolescente encantadora, dificilmente um turista – dos milhares que visitavam a cidade a cada verão – a suporia tão mal nascida nos baixios do Morubá, vizinha de esgotos a céu aberto e criações de galinhas.

Corpo esguio, olhos azuis e pele alva, era uma edição revista e melhorada dos rudes e vermelhos caiçaras que um dia povoaram o cabo.

Enquanto criança, denunciava sua pobreza pelos vestidinhos de chita rotos e desbotados, que esvoaçavam em suas loucas e desabaladas correrias com a criançada da rua, atrás de pipas, bolas e piões.

Sua beleza pueril passou quase menosprezada até seus onze ou doze anos, quando o faro apurado da molecada começou a querer sua companhia para outras brincadeiras que não pique bandeira, futebol ou búlica.

Apartada da fome nervosa de seus antigos amigos pela mãe, Gislaine – tal como uma borboleta em seu casulo– agasalhou sua beleza durante longos quatro anos até que, premida por vaidade tímida mas que ainda assim acarretava despesas, arranjou um emprego graças aos auxílios de um tio torto, visitante assíduo de sua família e que dedicara especial afeição à menina-moça durante todos esses anos difíceis de reclusão.

Sua família, entretanto, nunca entendeu sua mudança após começar a trabalhar: toda a afeição que Gislaine aceitava de seu tio transformou-se em um nojo inexplicável, e passou a cada vez mais evitar ficar em casa,sempre com desculpas de solicitações do trabalho ou da escola.

O primeiro verão

Esplendorosa em seus dezesseis anos, o verão de 1984 descobriu Gislaine nas finas areias do cabo.

Hordas de admiradores perseguiam-na, em busca do privilégio machista do débút com a donzela da restinga.Garotos locais e turistas se revezavam em suas impertinentes solicitações e convites mal formulados, e a todos a resposta era um inseguro e tímido “não”, acompanhado de uma inocente lambida em seu sorvete.

O seu “não”, junto com a pouca idade, impunham um respeito mal contido à sanha depravada dos seus solicitantes:

- Verão que vem ela vai estar uma uva, diziam, lambendo os beiços e arrepanhando as partes.

E assim seguiu o verão de Gislaine, em seus divertimentos acanhados no Fliperama ou passeios com as coleguinhas na rua do hotel Malibú – olhando os turistas em seus carrões, rindo e sonhando com o príncipe encantado que, certamente, as levariam para uma vida de sonho e luxo.

Entretanto, como é da vida acontecer, um dia Gislaine compreendeu todo o seu poder ao sofrer o constrangimento de uma declaração de amor de seu patrão na loja de doces, que se ajoelhou, chorou e prometeu montar uma casa para ela e ajudar toda sua família, se a menina fosse só dele.

Sua recusa transformou-se em demissão, tal como outras três antigas amadas do comerciante, que foram sumariamente dispensadas após o devido uso. Ela, ao menos, foi embora por negar seus favores.

O segundo verão

No verão seguinte Érica – a antiga Gislaine rebatizada pelas amigas – estava, de fato, uma uva.

Sabia que tinha uma arma entre as pernas. Seu tio a cumulara de favores durante anos e mesmo seu antigo patrão, por mais ordinário que fosse, prestava-se como seu capacho, na crença de que a demoveria em favor de ser sua propriedade.

Conseguira um emprego em uma boutique que, além do salário razoável, permitia que a beldade usasse algumas das roupas lá vendidas. Bela, bem vestida e devidamente protegida pela maldade recém-descoberta de seu poder libidinoso, apostou Érica todas as suas fichas naquele verão.

Não frequentava mais Cabo Frio, trocando suas praias pelas areias bem mais promissoras de Armação dos Búzios onde se misturava, sem destoar, com as belas moças cariocas, francesas, italianas e argentinas que lá banhavam e exibiam seus cobiçados e – agora sabia – caros corpos.

Um rapaz do Rio de Janeiro, jovem, bonito e rico, a levou um dia para passear de lancha. Tirou fotografias e disse que, breve, ela estaria desfilando nas passarelas. Se não alcançou de imediato o eixo Milão-New York-Paris, as fotos renderam-lhe prontamente convites para desfiles locais, onde donos de comércio da região,misturados a turistas cobiçosos, muito desfrutaram de sua companhia em troca de promessas de fama, sucesso e glamour.

Érica agora era requisitada, jovem e bela; o mundo estava a seus pés e ela não se misturava.

Seus antigos amigos não alcançavam seu grand monde superior, rarefeito em sofisticação, e nem de longe teriam dinheiro para frequentar os mesmos lugares onde – só lá – ela seria encontrada.

Durante um ano inteiro viveu uma vida de festas, passeios em carros importados, restaurantes caros e promessas – muitas promessas, tantas quantas foram seus amantes. Chegou mesmo a viver sozinha uns bons quatro meses em uma luxuosa cobertura, de conhecido magnata da construção civil, enquanto seu romance durou.

Porém, em um rápido balanço daquele ano tão louco, de seu conseguira apenas uma pequena motocicleta, presenteada por um empresário com quem tivera um curto e tumultuado caso.

As noites sem dormir empregadas em festas, os excessos, as bebidas, orgias e incessantes solicitações começaram a cobrar seu preço: às portas do verão seguinte, Érica já se olhava no espelho preocupada com seu viço, que se perdera.

O último verão

Seus olhos eram agora de um azul aguado, desbotados e vermelhos. Sua fina pele caiçara denunciava o castigo do sol, em rugas precoces que só realçavam seus cabelos de palha, queimados e sem brilho.

Tantos jantares e drinks mudaram sua silhueta, acrescentando quilos e culotes onde jamais houveram, e impondo à sua renitente vaidade o uso de cintas e calças cada vez mais apertadas.

Sentia que perdera as condições de disputar atenções em Búzios e voltara, como filha pródiga, a frequentar Cabo Frio. Nos inevitáveis reencontros com os antigos amigos, disfarçava o saber-se usada com umasimplicidade de alma há muito perdida:

- Cansei daquela confusão. Eu nem escutava o que me diziam, com toda aquela música alta. Por isso que agora prefiro barezinhos assim, escondidos e sossegados. Pelo menos a gente pode conversar, e é isso que importa, não é?

Os barezinhos, escondidos e sossegados, eram a trilha do despenhadeiro de seus sonhos: cada vez mais escondidos, cada vez mais simples, obrigavam Gislaine – Érica pertencia a um outro mundo – à esforços quase incoerentes para justificar seu ostracismo.

Os empregos eram crescentemente difíceis, levando-a à uma série de casamentos que a sustentaram ainda alguns poucos anos. O desrespeito dos homens pelas suas formas, sempre mais flácidas e maiores,invariavelmente terminavam em pancadas e privações.

Rendeu-se, um dia, à realidade. O mundo odeia a beleza e felicidade, Érica estava morta e ela, com a vida enxertada por uma esperança que não lhe pertencia, saltara direto da infância para a velhice.

Nunca chegou a saber se Érica seria a vida real e Gislaine o pesadelo, ou se Gislaine era seu destino e Érica apenas um sonho.

Esperanças mortas, vive hoje em companhia de seu tio torto – entrevado em uma cadeira de rodas, mas ainda solícito – e é atendente em sua barraca de caipifrutas na entrada da favela, juntamente com a mulher dele.

De seu passado, glorioso e breve, guarda apenas fotografias amareladas e um escondido caso com a pobre moça, companheira de trabalho, que a segue e ampara como cão fiel.

Walter Biancardine

sábado, 6 de fevereiro de 2016

TELMA FLORA TAMBÉM NO OPINIÃO


O Opinião passa a contar agora com a colaboração da jornalista Telma Flora, também editora do Diário Cabofriense e da revista eletrônica Visão La Flora.

Reconhecida por seu trabalho de anos em publicações que marcaram época em Cabo Frio, e igualmente tida no meio jornalístico como uma profissional “capaz de encher as páginas de um jornal sozinha”, Telma firma agora esta parceria conosco em busca de um jornalismo que faça a diferença.
Porque, da mesmice, estamos todos cheios!


Bem vinda, Telma! Vamos á sua estréia com o artigo abaixo!

No limite, sempre no limite haverá novos horizontes

É hora de tomar novos rumos... É hora de desgarrar de certos valores, desapegar e seguir em frente, esquecendo os medos e continuar a “botar a cara pra bater”... 

Ficar esperando que as coisas mudem e deixar passar as oportunidades é pura idiotice... As oportunidades podem e devem ser alcançadas... 

Há momentos na vida que devemos fazer escolhas, tomar decisões importantes para a nossa evolução... E para que isso ocorra precisamos nos desapegar de sentimentalismos e, pelo menos uma vez na vida, tomar decisões apenas utilizando a razão... 

É preciso fazer justiça, sentir o próprio valor independente dos outros o qual somente nós mesmos é que poderemos reconhecer...

Nossa intuição não deve jamais ser ignorada e sim lapidada a cada nova experiência, a cada situação que a vida nos oferece...

É preciso seguir, acreditar que as coisas sempre mudam e sempre vão mudar independente da nossa vontade, basta acreditar seguir nossa jornada, sem culpas, medos ou ressentimentos..

Precisamos pensar em nós mesmos... E deixar que os outros sejam apenas os outros...

As pessoas criam regras que não cumprem, impõem comportamentos que não têm, esperam o respeito que não dão e ditam princípios que não seguem, mas o pior de tudo é te fazer acreditar naquilo que não vão cumprir...

Telma Flora 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

OBRA PRIMA DO CINISMO


Uma impressionante peça dramática – é o melhor que podemos dizer – foi publicada em blog de dirigente e ativista partidário do SEPE, visando atingir o sentimento do leitor.

Sem nenhum argumento consistente, adota descaradamente a tática de vitimização e acusa o governo municipal de agir exatamente da maneira que o próprio SEPE age: jogando sujo.

A tal ponto chega o descaramento que o referido rapaz declara-se “surpreso” com o “prematuro acirrar de ânimos”, cujo protagonista é a própria entidade que ele defende. 

Prematuro? Há meses este sindicato promove badernas e paralisa a cidade, espalha o terror invadindo prédios públicos, realiza verdadeira patrulha ideológica nas redes sociais – unindo-se em bandos para achincalhar qualquer um que não concorde com os métodos do sindicato – e se vale do desrespeito, deboche e nenhuma disposição para negociar como armas de divulgação de candidaturas.

Surpreso com o que eles próprios iniciaram? Só pode ser deboche ou cinismo!

Em seu rosário de auto-vitimização não poderia faltar a propaganda politica – objetivo número um de todo esse transtorno que envolveu a cidade: chora pelo “coitado” Janio Mendes, tio de sua esposa e, tal como ele, do PDT, denunciando uma suposta campanha contra seu protetor e padrinho de candidatura.

Acusa os “coladores de cartazes” de serem “burros” por agirem perto de câmaras de segurança e facilitarem a identificação dos autores. 

Ora vejam só! Isso quer dizer que, nas ilegalidades que o SEPE ou ele próprio eventualmente poderiam cometer, os cuidados seriam maiores? Seriam eles “profissionais do jogo sujo”?

Pior: sequer tem a honestidade intelectual de admitir que quem pratica um ato à vista de todos, provavelmente está convicto do que faz, e não à mando de ninguém. 

Aquele que colou cartazes – ainda que seja uma forma primária de protesto – certamente está enojado com as atitudes do deputado e de seus seguidores. Tão enojado que pouco se importa que saibam quem é.

Conclui o rapaz – em sua obra prima de cinismo ou esquizofrenia – que atos assim denotam “o crescimento dos oponentes ao governo” e o “avanço da pré candidatura de Janio”. Ora essa! Mas o movimento não era distante da politica, como sempre teimam em dizer?

No mais e para concluir a dissecação de tão primário atestado de imaturidade, pavoneia-se o menino clamando que “o SEPE avança largamente nos braços da população”. 

Nem sabemos se vale a pena comentar tal coisa. 

Talvez seja bom perguntar aos milhares de pais e alunos, cujas vidas particulares, decisões pessoais, mudanças de cidade, de escola ou o simples desejo de saber se passaram de ano se tornaram reféns de uma enorme e perversa máquina de propaganda eleitoral.

É justamente devido a este tipo de dirigentes que o SEPE perdeu o respeito da população e virou sinônimo de transtorno em Cabo Frio.

Que haja uma reflexão por parte daqueles que comandam a entidade. 

Que reflitam sobre os prejuízos que a imposição de bandeiras eleitorais causa em toda a população, e que retornem às finalidades inerentes à organização: defender seus filiados e compreender que só existe uma força de trabalho pelo fato de alguém pagá-la.

Matar a mão que o alimenta é uma atitude cinematográfica e eleitoralmente espetacular.

Mas é pura burrice, paga pelo povo.


Walter Biancardine

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

NOTA DO SEPE TENTA NOVAMENTE MANIPULAR PAIS E MESTRES


O departamento jurídico do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-Lagos) divulgou texto na página oficial do sindicato no Facebook esclarecendo pontos que considera cruciais para o movimento grevista. 

De acordo com os advogados, “a categoria vem sofrendo ataques pela administração”, que “imputa fatos inverídicos e aumenta as dúvidas que a categoria possui”.

Tal nota é de uma má-fé inacreditável e demonstra o pouco caso que o sindicato empresta à inteligência de seus filiados e da população cabofriense.

Sempre mantendo a postura de “vítimas”, o jurídico sindical aponta como únicas alegações a análise da letra da Lei, sob um determinado ângulo – a vitimização favorável ao SEPE, é claro.

Nada mencionam do descarado desacato à liminar obtida pela Prefeitura; igualmente não mencionam os excessos e vandalismo praticados, bem como as agressões e ameaças contra funcionários públicos, quando da invasão do prédio da PMCF.

Vamos analisar, abaixo, a primária nota expedida pelo sindicato e comentar – mas sob a ótica da pura e simples RAZÃO, e não o ENGÔDO SENTIMENTAL E APELATIVO de uma agremiação hoje utilizada com o único fim de promover candidaturas:

SEPE - Das ações em curso
Estamos lutando diariamente para restabelecer o calendário de pagamento respeitando o limite máximo do 5º dia útil do mês subsequente e o pagamento integral do 13º salário. (...) 

Lei é para ser cumprida e o SEPE/RJ, que prima pela legalidade, buscará de todas as formas proteger sua categoria. 

Diante disso, estamos com as ações em pleno curso no município de Cabo Frio e na Presidência do Tribunal de Justiça, repassando sempre as informações para conhecimento da categoria.

OPINIÃO – Acusa a nota que o SEPE/RJ “prima pela legalidade”, entretanto descumpre – ostensivamente e de modo deliberado – a liminar obtida pela Prefeitura de Cabo Frio, que determinava o FECHAMENTO DO ANO LETIVO, e não o FIM DA GREVE. 

Nenhuma liminar encerra uma greve e alegações como essa são pura VIGARICE INTELECTUAL.

(...)

SEPE - Quando o movimento grevista pode ser considerado abusivo e, portanto, ilegal?
Apenas após seu julgamento de mérito. (...) Assim, não há qualquer decisão de mérito proferida no presente ato paredista de Cabo Frio.

OPINIÃO – Novamente a VIGARICE INTELECTUAL, apresentando distorções de raciocínio: não há decisão de mérito sobre a greve, realmente. Ninguém acusou a greve de ILEGAL e nem a mesma está sendo questionada ainda. 

A LIMINAR DESCUMPRIDA PELO SEPE OBRIGA, ISSO SIM, AO FECHAMENTO DO ANO LETIVO, para que pais e alunos não saiam mais prejudicados ainda, pelo movimento. 

Condicionar este fechamento à uma atitude do Governo Municipal é MÁ FÉ e CHANTAGEM por parte do sindicato, que tenta manipular a opinião pública já amplamente desfavorável. 

A greve do SEPE ainda não foi julgada ILEGAL. Mas todos já a consideram IMORAL.

SEPE - O servidor pode ser punido por ter participado de greve?
Não. O exercício da greve constitui direito constitucionalmente assegurado aos servidores públicos, (...) poderão ser averiguados os abusos e excessos cometidos no exercício do direito de greve.

OPINIÃO - “ABUSOS E EXCESSOS” no exercício do direito de greve foram, de fato, COMETIDOS PELO SEPE, ao invadir prédio da administração pública, agredir, ameaçar e impedir o livre direito de ir e vir de funcionários, além da depredação e vandalismo amplamente divulgados no ato de ocupação. 

Tais atos SÃO PUNÍVEIS CRIMINALMENTE E DE FORMA INDIVIDUAL, ou seja, o SEPE sai ileso, mas os envolvidos RESPONDERÃO NA JUSTIÇA.

SEPE - Os dias parados serão descontados?
Em termos. O pagamento dos dias parados, via de regra, tem sido objeto de negociação durante a própria greve (...) Desta maneira, caberá em eventual ação judicial analisar a legalidade ou não dos descontos.

OPINIÃO – Quando julgada ILEGAL, o CORTE DO PONTO é permitido.

(…)

Como se pode analisar, a argumentação do corpo jurídico do SEPE é de uma fraqueza impressionante, denotando desprezo pela inteligência alheia – inclusive do jurídico municipal – ou uma descuidada confissão pública de incompetência.

Existe também a hipótese que quaisquer esforços argumentativos tenham sido suplantados pela exigência de dirigentes em encher tal declaração de plataformas politicas, desvirtuando assim uma eventual e correta linha argumentativa dos advogados – o que, conhecendo a sede de poder de seus líderes – não é nada improvável.

Resta agora a incômoda expectativa de que o corpo jurídico do município entre imediatamente em ação, levando à juízo o deboche e desprezo à Lei demonstrado pelo SEPE ao ignorarem uma determinação legal. 

Chamamos tal espera de “incômoda” pelo fato de nada ter sido noticiado pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Cabo Frio, até o presente momento.

Deixarão passar tamanha chance?

Esperemos.


Walter Biancardine